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5. Iter Criminis

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ITER CRIMINIS
DOUGLAS DA SILVA ARAÚJO
Mestre em Direito – UFRN
Mestre em Planejamento Urbano e Dinâmicas Territoriais – UERN
Especialista em Criminologia e Segurança Pública – FIP
Graduado em Direito – UFCG
Iter criminis é o caminho/itinerário do crime. É o conjunto de fases que vão se suceder no caminho do delito. 
INTRODUÇÃO
Cogitação
Preparação
Execução
Consumação
Exemplo geral: o agente, com intenção de matar a vítima (cogitação), adquire um revólver e se posta de emboscada à sua espera (atos preparatórios), atirando contra ela (execução) e lhe produzindo a morte (consumação).
FASES
Cogitação
É a ideia do crime que surge na cabeça do agente. 
Preparação
O sujeito cria condições para realização da conduta delituosa idealizada. 
Execução
Ocorre quando o sujeito coloca em prática o seu plano. 
Consumação
Ocorre quando o agente realiza todos os elementos do tipo penal. 
É sempre impunível. 
O agente começa a preparar terreno para cometer o crime.
Em regra, não é punível. 
Em regra, é a partir dessa fase que passa a ser punível a sua conduta. 
É a subsunção do fato à norma.
Exceção: crimes-obstáculo. Ex.: associação criminosa.
Iniciada a execução, pode ocorrer: a consumação, a tentativa de crime, a desistência voluntária ou arrependimento eficaz. 
Nos termos do art. 14, 1, do Código Penal, diz-se o crime consumado quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal.
Classificação dos crimes em relação ao comento de consumação:
crimes materiais: ocorre a consumação com a produção do resultado naturalístico; 
crimes formais: ocorre a consumação com a prática da conduta típica, independentemente da produção do resultado naturalístico; 
crimes de mera conduta: com a prática da conduta, pois o tipo não prevê a produção de resultado naturalístico. 
CRIME CONSUMADO (Art. 14, I, CP)
Tentativa se dá quando o sujeito inicia a execução, mas não chega à consumação, por circunstâncias alheias à sua vontade. 
Pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de 1/3 a 2/3. 
e) Espécies de tentativa:
A tentativa, quanto ao iter criminis percorrido, pode ser: 
tentativa imperfeita (inacabada): o sujeito não praticou todos os atos executórios. A execução é interrompida. 
tentativa perfeita (acabada): o sujeito praticou todos os atos executórios, mas não conseguiu alcançar o seu intento. 
Quanto ao resultado produzido na vítima, poderá ser: 
tentativa branca (incruenta): a vítima não sofre lesão. 
tentativa vermelha (cruenta): a vítima é atingida pelo agente.
CRIME TENTADO (Art. 14, II, CP)
Esses dois casos são denominados de tentativa abandonada.
Na tentativa, o resultado não acontece por circunstâncias alheias à vontade do agente. Na tentativa abandonada, o resultado não ocorre pela vontade do agente, que impede a consumação do delito. 
O sujeito só responderá pelos atos até então praticados. 
A desistência voluntária e o arrependimento eficaz são incompatíveis com o crime culposo.
Existe discussão doutrinária sobre a natureza jurídica, porém prevalece o entendimento de que se trata de causas exclusão da tipicidade. 
 DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA e ARREPENDIMENTO EFICAZ 
Na desistência voluntária, o indivíduo não termina os atos executórios, podendo prosseguir, mas não quer.
Ex.: o agente, com intenção de matar a vítima, desfere três facadas em seu corpo. Em seguida, podendo prosseguir na execução, desferindo outros golpes, desiste de seu intento, permitindo que a vítima sobreviva. Responderá apenas pela lesão corporal (leve, grave ou gravíssima).
No arrependimento eficaz, o agente, depois de realizados os atos executórios aptos a alcançar o resultado (conforme planejado), arrepende-se e pratica uma ação impedindo a produção do resultado, evitando, em razão dela, a consumação do crime inicialmente pretendido. Se ocorrer a consumação o arrependimento não será eficaz. 
O arrependimento eficaz se dá depois de finalizados os atos de execução e antes da consumação. 
Ex.: O ex-marido de uma mulher, com o firme propósito de matá-la, coloca veneno na comida dela. Após ela finalizar a refeição, ele se arrepende e a leva ao hospital para uma lavagem gástrica, tudo a tempo de salvá-la da morte. Responderá pela lesão corporal. 
 DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA e ARREPENDIMENTO EFICAZ 
REQUISITOS:
Deflui-se do art. 15 os seguintes requisitos: 
início de execução; 
não consumação; 
voluntariedade (agir ou deixar de agir sem coação física ou moral). 
Obs.: o ato voluntário pode ser espontâneo ou não espontâneo (a vontade surge após o agente ser induzido por circunstância externa que não impossibilitaria a consumação do crime). Assim, o requisito é uma conduta voluntária, não necessariamente espontânea. 
Exemplo: o agente, no interior da casa da vítima, desiste do furto em virtude de um conselho de um terceiro. O ato não foi espontâneo, mas sim voluntário. Saliente-se que o agente, se quisesse, poderia ter prosseguido com a execução do crime. 
 DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA e ARREPENDIMENTO EFICAZ 
Conforme o art. 16 do CP, nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços. 
Natureza jurídica: causa obrigatória de redução de pena.
REQUISITOS:
Crime cometido sem violência ou grave ameaça à pessoa;
Reparação do dano ou restituição do objeto material: a reparação deve ser integral;
Ato voluntário: a reparação ou restituição não precisa ser espontânea, bastando ser voluntária.
Reparação até o recebimento da denúncia ou da queixa: caso seja posterior e antes da sentença, será considerada circunstância atenuante genérica (CP, art. 65, III, b), e incidirá na segunda fase de aplicação da pena.
ARREPENDIMENTO POSTERIOR
Crime impossível é o quase-crime, crime oco, tentativa inidônea. 
O art. 17 do CP estabelece que não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime. 
São espécies de crime impossível: 
ineficácia absoluta do meio: é o meio escolhido pelo sujeito. Ex.: quem pega uma arma quebrada para atirar, não vai alcançar o intento criminoso; O sujeito, pretendendo matar a vítima, aciona o gatilho com a arma sem munição; a falsificação grosseira. 
impropriedade absoluta do objeto: o objeto material não serve para a consumação do delito. Ex.: matar quem já está morto. Praticar aborto em quem não está grávida.
flagrante preparado: Súmula 145 do STF: “não há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a sua consumação”. No caso, a autoridade policial ou terceiro induz ou instiga o agente a praticar o crime, mas adota medidas para que o crime jamais se consume. 
CRIME IMPOSSÍVEL

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