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Abordando a saúde sexual na atenção básica Associação Psiquiátrica Americana (2002)- resposta sexual saudável como um conjunto de quatro etapas sucessivas: Fase de desejo sexual Fase de excitação Fase de orgasmo Fase de resolução Fase de desejo sexual: Sensações específicas para receptividade à experiência sexual. Fontes que estimulam o desejo sexual variam de pessoa para pessoa. Influenciam negativa no desejo sexual: doença, depressão, ansiedade, achar que sexo é errado, estar com raiva do(a) parceiro(a), sentir-se explorado(a) de alguma forma pelo(a) outro(a), ter medo do envolvimento afetivo, entre outros. Fase de excitação: Fase de preparação para o ato sexual, desencadeada pelo desejo. Estímulos psicológicos (pensamentos e fantasias) e/ou físicos (tato, olfato, gustação, audição e visão) podem levar à excitação. Junto com sensações de prazer, surgem alterações corporais que são representadas basicamente, no homem, pela ereção, e na mulher, pela vasocongestão da vagina e da vulva e pela lubrificação vaginal. Fase de orgasmo: É o clímax de prazer sexual, que ocorre após uma fase de crescente excitação. No homem, junto com o prazer, ocorre a sensação de não conseguir mais segurar a ejaculação e, então, ela ocorre. Na mulher, ocorrem contrações musculares rítmicas em volta da entrada da vagina. Fase de resolução: É um período em que o organismo retorna às condições físicas e emocionais usuais, considerando que, nas fases anteriores, a respiração, a circulação periférica, os batimentos cardíacos, a pressão arterial, a sudorese, entre outras manifestações do organismo, tenderiam a se pronunciar. Disfunções sexuais Homens que não tenham ereção ou tenham ejaculação precoce. Mulheres que nunca tiveram ou frequentemente não tenham orgasmo. A maioria estar relacionada a problemas psicológicos ou problemas no relacionamento. Pode ser resultado de problemas orgânicos ou uso de certas substâncias, como drogas, remédios ou exposição a toxinas. Causas das disfunções sexuais • Aspectos psicológicos- tabu, pecado, punições, não aceitação da orientação sexual; • Dificuldades nos relacionamentos: brigas, desentendimentos, falta de intimidade; • Traumas: devido a violências; • Condição geral de saúde: presença de disfunção sexual decorrente dos efeitos diretos de uma doença, como: depressão, ansiedade, doenças crônico-degenerativas graves, entre outras. • Efeitos diretos de uma substância: medicamentos – alguns anti- hipertensivos, alguns antiarrítmicos, alguns psicotrópicos, anabolizantes, álcool e outras drogas, exposição a toxinas, entre outros. Classificação das disfunções sexuais • Desejo sexual hipoativo; • Aversão sexual; • Falha na fase de excitação sexual ou falha de resposta genital (lubrificação e ereção); • Ejaculação precoce; • Anorgasmia ou disfunção orgásmica (grande retardo ou ausência do orgasmo); • Vaginismo: é uma contração involuntária, não desejada, da musculatura da vagina • que ocorre quando a penetração é tentada ou quando a mulher imagina que possa • vir a ter um ato sexual com penetração. A penetração pode tornar-se impossível ou • extremamente dolorosa. • Dispareunia: é a dor genital que ocorre durante a relação sexual. Pode ocorrer em homens, mas é mais comum em mulheres. Embora a dor seja mais frequente durante o ato sexual, também pode ocorrer antes ou após o intercurso da relação sexual. Comportamentos sexuais incomuns ou bizarros - PARAFILIAS Conceito: são caracterizadas por impulsos, fantasias ou práticas sexuais incomuns ou particulares, frequentemente compulsivas e em certas condições muito lesivas à própria pessoa ou a outrem. A pessoa é incapaz de controlar o impulso, apresentando comportamento desviante que pode ser aumentado com situações que geram ansiedade, estresse ou depressão. Tipos de parafilias • Exibicionismo: exposição dos genitais em público, com intuito de impressionar ou chocar as pessoas. • Fetichismo: excitação sexual com objetos inanimados, como sapatos, cabelo, roupas íntimas, entre outros. • Pedofilia: atividade sexual com crianças. • Masoquismo: prazer ou excitação sexual derivada do fato de sofrer abuso/agressão física ou psicológica ou de ser humilhado (masoquismo moral). • Sadismo: excitação sexual derivada do fato de causar sofrimento físico ou psicológico a outra pessoa. • Zoofilia: sexo com animais. • Frotteurismo: friccionar genitais em outras pessoas (fora do contexto de uma atividade sexual com um parceiro) para adquirir excitação. • Voyerismo: excitação sexual pela observação de atos sexuais ou pessoas nuas. Atividades desenvolvidas na atenção em saúde reprodutiva e atendimento a grupos especiais Atividades desenvolvidas na atenção em saúde reprodutiva Aconselhamento Atividades educativas Atividades clínicas Aconselhamento • Relação de confiança • Ajuda o indivíduo para avalie suas próprias vulnerabilidades, tome decisões sobre ter ou não filhos e sobre os recursos a serem utilizados para concretizar suas escolhas, considerando o que seja mais adequado à sua realidade e à prática do sexo seguro. • Acolhimento da demanda da pessoa ou casal, entendida como suas necessidades, curiosidades, dúvidas, preocupações, medos e angústias, relacionadas às questões de sexualidade, planejamento reprodutivo e prevenção das DST/HIV/Aids. Aconselhamento • Identificação do contexto de vida da pessoa ou do casal e suas ideias, desejos ou não desejos em relação a ter ou não ter filhos. • Abordagem proativa com questionamentos sobre a atividade sexual. • Avaliação de vulnerabilidades individual ou do casal, para a infecção pelo HIV e outras DST. • Compreensão de que o sucesso a ser alcançado depende da ação conjunta e solidária dos profissionais de saúde com a pessoa ou o casal. Atividades educativas • Oferecer às pessoas os conhecimentos necessários para a escolha livre e informada. • Propicia a reflexão sobre os temas relacionados à sexualidade e à reprodução. Atividades clínicas • Anamnese. • Exame físico. • Identificação das necessidades individuais e/ou do casal, incentivando a livre expressão dos sentimentos e dúvidas quanto à sexualidade e à saúde reprodutiva. • Identificação de dificuldades quanto às relações sexuais ou de disfunção sexual. Atividades clínicas • Ações de prevenção do câncer de próstata. Em homens com idade superior a 50 anos, recomenda-se a avaliação anual e realização de exames (Antígeno Prostático Específico – PSA e toque retal) para detecção precoce do câncer de próstata. • Orientações para a prevenção do câncer de pênis, incluindo recomendações para o autoexame, principalmente para homens com idade acima de 50 anos. • Ações de prevenção do câncer de colo de útero e de mama, com especial atenção para a orientação do autoexame das mamas e para a realização do exame preventivo do câncer de colo de útero. • Identificação da data da última coleta do exame preventivo do câncer de colo de útero e avaliação da necessidade de realização de nova coleta, de acordo com o protocolo vigente. Atividades clínicas • Atenção pré-natal e puerperal. • Atenção à saúde da mulher no climatério/menopausa. • Orientação para prevenção de DST/HIV/Aids, com incentivo à dupla proteção. • Orientação para a escolha dos recursos à concepção ou à anticoncepção, incentivando a participação ativa na decisão individual ou do casal. • Prescrição e oferta do método escolhido. • Acompanhamento da pessoa ou do casal.
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