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Parto no domicílio No entanto, não se deve desencorajar o planejamento do parto no domicílio, se assegurar que todas as mulheres que optarem pelo planejamento do parto fora do hospital tenham acesso em tempo hábil e oportuno a uma maternidade, se houver necessidade de transferência. A lei 8.080/1990, assegura às mulheres o direito de ter acompanhantes de sua escolha durante o trabalho de parto e parto. O parto de baixo risco pode ser o médico obstetra ou a enfermeira obstétrica. É recomendado que os gestores de saúde proporcionem condições para a implementação de modelo de assistência que inclua a enfermeira obstétrica e obstetriz na assistência ao parto de baixo risco por apresentar vantagens em relação à redução de intervenções e maior satisfação das mulheres. 2. (FCC 2007) De acordo com a Lei no 8.080/90, os serviços de saúde do Sistema Único de Saúde - SUS, da rede própria ou conveniada, ficam obrigados a permitir a presença, junto à parturiente, de a) dois acompanhantes, indicados por sua genitora, esposo ou descendente maior de 18 (dezoito) anos, durante todo o período de trabalho de parto, parto e pós- parto imediato. b) um acompanhante, indicado pela autoridade competente responsável, durante todo o período de trabalho de parto, parto, excetuando-se o pós-parto imediato. c) dois acompanhantes, indicados pela parturiente, durante todo o período de trabalho de parto, parto e pós-parto imediato. d) dois acompanhantes, indicados pela autoridade responsável, durante todo o período de trabalho de parto, parto, excetuando-se o pós-parto imediato. e) um acompanhante, indicado pela parturiente, durante todo o período de trabalho de parto, parto e pós-parto imediato. Letra E Cuidados gerais durante o trabalho de parto Informação e comunicação Humanização Relação de confiança Participar das decisões Apoio emocional e físico • Mulheres em trabalho de parto podem ingerir líquidos, de preferência soluções isotônicas ao invés de somente água. • Mulheres em trabalho de parto que não estiverem sob efeito de opióides ou não apresentarem fatores de risco iminente para anestesia geral podem ingerir uma dieta leve. Alimentação durante o trabalho de parto • Batimentos cardiofetais. • Utilizar estetoscópio de Pinard ou sonar Doppler • A ausculta dos BCF deve ser feita antes, durante e após as contrações. • A duração da ausculta é de 1 minuto e deve ser vista a cada 30 minutos. Avaliação do feto • Massagem • Técnicas de relaxamento • Músicas • Aromaterapia • Hipnose • imersão em água. • Acupuntura Métodos não farmacológicos para o controle da dor Contraindicações A injeção de água estéril não deve ser usada para alívio da dor no parto. A estimulação elétrica transcutânea não deve ser utilizada em mulheres em trabalho de parto estabelecido. 3. (IBFC Prefeitura de São Paulo - SP 2016) Revisão Cochrane foi realizada, sobre os banhos mornos na primeira faze do trabalho de parto, é correto afirmar que: a) Provocam aumento na duração do trabalho de parto, mas diminuem a dor. b) Diminuem a duração do trabalho de parto, mas aumentam a necessidade de anestesia peridural. c) Reduzem a necessidade de analgesia peridural, sem afetar negativamente a duração do trabalho de parto. d) Reduzem as taxas de parto cirúrgico, mas aumentam a necessidade de analgesia peridural. e) Diminuem a duração do trabalho de parto e as taxas de parto cirúrgico. Letra C Analgesia inalatória com óxido nitroso, Analgesia parenteral (IM ou IV). Analgesia regional Métodos farmacológicos para controle álgico Analgesia intramuscular e endovenosa Os opióides não devem ser utilizados de rotina: Alívio limitado da dor; Efeitos colaterais na mulher (náusea, sonolência e tonteira) e para a criança (depressão respiratória ao nascer e sonolência que pode durar vários dias) Interferência negativa no aleitamento materno. Diante da administração de opióides (EV ou IM) utilizar concomitantemente um anti-emético. Uso de opióide • As mulheres não devem entrar em piscina ou banheira. • Aumento na complexidade da assistência ao parto, como por exemplo: maior necessidade de monitorização e acesso venoso. • Analgesia farmacológica é restrita ao complexo hospitalar. Analgesia inalatória O óxido nitroso a 50% em veículo específico pode ser oferecido para alívio da dor no trabalho de parto, quando possível e disponível, mas informar às mulheres que elas podem apresentar náusea, tonteiras, vômitos e alteração da memória. Analgesia regional - A analgesia regional só está disponível no ambiente hospitalar; - É mais eficaz para alívio da dor que os opióides; - Não está associada com aumento na incidência de dor lombar; - Não está associada com primeiro período do parto mais longo ou aumento na chance de cesariana; - Está associada com aumento na duração do segundo período do parto e na chance de parto vaginal instrumental; - Necessita de nível mais elevado de monitoração e a mobilidade pode ser reduzida. Analgesia regional A analgesia peridural e a analgesia combinada raqui – peridural (RPC) constituem técnicas igualmente eficazes para alívio da dor de parto. A escolha entre elas será influenciada pela experiência do anestesiologista com a técnica. Anestésicos em baixas doses. Analgesia regional Antes da realização da analgesia regional de parto deve haver acesso venoso pré- estabelecido. Toda gestante submetida a analgesia de parto deverá estar com monitorização básica previamente instalada (Pressão Arterial Não Invasiva - PANI a cada 5 minutos e oximetria de pulso). Toda gestante após analgesia regional deve ser avaliada quanto à ocorrência de hipotensão arterial, sendo a necessidade de hidratação ou suporte com substâncias vasoativas avaliada individualmente. A rotina de monitoração para iniciação da analgesia de parto deve ser repetida nos momentos de doses de resgate via cateter peridural. Os puxos devem ser sempre durante a contração. Após constatado 10 cm de dilatação, devem ser estabelecidas estratégias para que o nascimento ocorra em até 4 horas, independente da paridade. Ruptura prematura de membranas (RPM) no termo • Não realizar exame especular se o diagnóstico de ruptura das membranas for evidente. Se houver dúvida em relação ao diagnóstico de ruptura das membranas realizar um exame especular. • Explicar às mulheres com ruptura precoce de membranas no termo que: - o risco de infecção neonatal grave é de 1%, comparado com 0,5% para mulheres com membranas intactas; - 60% das mulheres com ruptura precoce de membranas no termo entrará em trabalho de parto dentro de 24 horas; - a indução do trabalho de parto é apropriada dentro das 24 horas após a ruptura precoce das membranas. Ruptura prematura de membranas (RPM) no termo Até que a indução do trabalho de parto seja iniciada ou se a conduta expectante for escolhida pela gestante para além de 24 horas: aconselhar- a mulher a aguardar em ambiente hospitalar; medir- a temperatura a cada 4 horas durante o período de observação e observar qualquer alteração na cor ou cheiro das perdas vaginais; Avaliar- a movimentação fetal e a frequência cardíaca fetal. Se o trabalho de parto não se iniciar dentro de 24 horas após a ruptura precoce das membranas, a mulher deve ser aconselhada a ter o parto em uma maternidade baseada em hospital, com serviço de neonatologia. Eliminação de mecônio imediatamente antes ou durante o trabalho de parto • Monitorar a frequência cardíaca fetal para avaliação do bem-estar fetal diante da eliminação de mecônio durante o trabalho de parto. • Considerar a realização de amnioinfusão diante da eliminação de mecônio moderado a espesso durante o trabalho de parto, se não houver disponibilidade de monitoração eletrônica fetal contínua. • Não existem evidências para recomendar ou não recomendar a cesariana apenas pela eliminação isolada de mecônio durante o trabalho de parto. Condições para diagnóstico de trabalho de parto Contrações regulares Dilatação Apagamentodo colo Indicadores menos precisos do trabalho de parto: Atividade• uterina aumentada, mas com contrações irregulares. Perda• do tampão mucoso. Formação• da bolsa das águas. São• indicadores menos precisos do trabalho de parto, na medida em que existem grandes variações individuais entre o aparecimento desses sinais e o início real do trabalho de parto. Fase de latência do primeiro período do trabalho de parto – um período não necessariamente contínuo quando: - há contrações uterinas dolorosas E - há alguma modificação cervical, incluindo apagamento e dilatação até 4 cm. Admitir para assistência Estar em trabalho de parto estabelecido: - ≥ 4 cm de dilatação cervical. - há contrações uterinas regulares E - há dilatação cervical progressiva a partir dos 4 cm. Trabalho de parto - PARECER CREMEC Nº 04/98 Os elementos que a compõem não têm, isoladamente, valor absoluto e é, somente, o conjunto deles, fiador da precisão. De forma esquemática, podem ser considerados: 1. Contrações dolorosas, rítmicas (mínimo 2em 10 minutos), que se estendem a todo o útero e têm duração de 50 a 60 segundos; 2. Colo apagado, nas primíparas, e dilatado para 2cm; nas multíparas, semiapagado e com 3cm de dilatação; 3. Formação da bolsa das águas; 4. Perda do tampão mucoso, denunciando o apagamento do colo". A exemplo de REZENDE & MONTENEGRO (1980): Existem pelo menos duas contrações uterinas em 10 minutos, rítmicas (com intervalo inter-contrátil regular) e dolorosas, com apagamento e dilatação do colo uterino de 2cm em primíparas e de 3cm em multíparas, bem como a formação da bolsa das águas. Consideramos ser este o momento oportuno para a internação da parturiente. 4. (AOCP EBSERH 2015) O diagnóstico do trabalho de parto pode ser considerado de forma esquemática como a) contrações dolorosas que duram de 20 a 40 segundos, e perda do tampão mucoso. b) contrações dolorosas, rítmicas (no mínimo 2 em 10 minutos) com duração de 50 a 60 segundos. Colo apagado, nas primíparas e dilatado para 2 cm, nas multíparas semiapagado e com 3 cm de dilatação. Formação da bolsa das águas. Perda do tampão mucoso. c) perda do tampão mucoso, colo apagado e dilatado e contrações uterinas. d) formação da bolsa das águas, colo dilatado em 1 cm e contrações dolorosas com duração de 30 segundos. e) colo dilatado nas primíparas e apagado nas multíparas e contrações dolorosas. Letra B Fases do trabalho de parto Dilatação Expulsão Dequitação Greenberg
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