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PRISÃO - RESUMO DA AULA DE PRÁTICA PENAL - Modelo de estrutura da relaxamento e revogação de prisão

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03/03/2021
Lei 13.964/2019
Prisão e liberdade
Medida de Contracautela Causa ou Cautela
Relaxamento de prisão Prisão ilegal
Liberdade Provisória Prisão, em flagrante, legal
Revogação da preventiva Prisão, em flagrante, legal
1. 1º Hipótese: prisão ILEGAL do qual o juiz ainda não tomou ciência.
CPP, Art. 306. A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre
serão comunicados imediatamente ao juiz competente, ao Ministério
Público e à família do preso ou à pessoa por ele indicada.
§ 1o Em até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, será
encaminhado ao juiz competente o auto de prisão em flagrante e, caso o
autuado não informe o nome de seu advogado, cópia integral para a
Defensoria Pública.
§ 2o No mesmo prazo, será entregue ao preso, mediante recibo, a nota de
culpa, assinada pela autoridade, com o motivo da prisão, o nome do
condutor e os das testemunhas.
Art. 310. Após receber o auto de prisão em flagrante, no prazo máximo de
até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, o juiz deverá
promover audiência de custódia com a presença do acusado, seu
advogado constituído ou membro da Defensoria Pública e o membro do
Ministério Público, e, nessa audiência, o juiz deverá,
fundamentadamente:
I - relaxar a prisão ilegal; ou
II - converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os
requisitos constantes do art. 312 deste Código, e se revelarem
inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão; ou
III - conceder liberdade provisória, com ou sem fiança.
1.1. Autoridade coatora: delegado.
1.2. Medida Cabível: relaxamento de prisão direcionado para o juiz de
garantia.
2. 2º Hipótese: juiz tomou ciência da prisão, em flagrante legal, e ainda não se
manifestou acerca da concessão da liberdade provisória, não decretou a
preventiva, nem relaxou a prisão, mas ainda estamos dentro do prazo razoável.
2.1. Medida Cabível: liberdade provisória.
3. 3º Hipótese: juiz toma ciência da prisão em flagrante e não se manifesta
sobre a concessão da liberdade provisória, nem decreta a prisão preventiva,
nem relaxa a prisão. Ou seja, mantém o preso em flagrante além do tempo
(24h) que autorizou a lei (art. 310 do CPP).
3.1. Autoridade coatora: juiz
3.2. Medida Cabível: Habeas Corpus para tribunal.
● Prisão Temporária decretada ilegalmente
○ A autoridade coatora é o juiz.
○ Medida Cabível: habeas corpus.
● Prisão Preventiva decretada ilegalmente
○ Autoridade coatora: juiz
○ Medida Cabível: HC para o tribunal.
● Prisão Preventiva legal cujos os pressupostos desapareceram.
○ Medida Cabível: revogação da preventiva ao juiz, caso ele negue, cabe HC ao
tribunal
● Prisão em flagrante legal.
○ Medida cabível: liberdade provisória ao juiz.
● Prisão temporária legal cujos motivos cessaram.
○ Medida cabível: revogação da temporária ao juiz, caso ele negue, cabe HC ao
tribunal.
➔ O inquérito policial é instaurado em conduta flagrantemente atípica ou quando for
evidente a falta de justa causa.
◆ Autoridade coatora: delegado.
◆ Medida cabível: Habeas Corpus trancativo.
RELAXAMENTO DE PRISÃO
● Ilegalidade Formais
○ Ilegalidade total de testemunha durante o flagrante (art. 304 CPP);
○ Desrespeito ao direito do silêncio e à garantia de não autoincriminação (art. 5º,
LXVIII da CF/88, c/c art. 6º V, e 186 do CPP e art. 8º, 2, “g” do Pacto de José
da Costa Rica);
○ Ausência de comunicação, imediata, do flagrante ao juiz, ministério público,
e/ou à família ou pessoa por ele indicada (art. 5º LXII, da CF/88 c/c art. 306,
caput, CPP e art. 7º, 6º do Pacto de São José da Costa Rica).
○ Não entrega da nota de culpa dentro de 24h (art. 306, §1º CPP)
○ Quando a imunidade é violada.
● Ilegalidade Materiais:
○ Preso não está em flagrante (302 do CPP);
○ Prova obtida por meio ilícito (art. 5º, LVI, da CF c/c art. 157 do CPP)
○ Flagrante Forjado;
○ Flagrante preparado (súmula 145 do STF)
○ Vedações à prisão em flagrante (art. 28 da Lei 11.343/06, art. 301 do CTB e
art. 69 da Lei 9.099/95);
Estrutura da Peça
1. ENDEREÇAMENTO:
❖ EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR DOUTOR(A) JUIZ(A) DE GARANTIAS DA
“...” VARA CRIMINAL DA COMARCA DE “...”
❖ EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR DOUTOR(A) JUIZ(A) FEDERAL DE
GARANTIAS DA “...” VARA CRIMINAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE “...”
❖ EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR DOUTOR(A) JUIZ(A) DE GARANTIAS DA
“...” DA VARA DO TRIBUNAL DO JÚRI DA COMARCA DE “...”
2. IDENTIFICAÇÃO DO PRESO:
Fulano, nacionalidade “...”, estado civil “...”, profissão “...”, portador da cédula de
identidade nº “...”, inscrito no cadastro de pessoas físicas sob nº “...”, residente e domiciliado
na rua “...”, nº “...”, cidade “...”, estado “...”, CEP: “...”, email “...”, vem por intermédio de
seu advogado infra-assinado (procuração e anexo), com endereço profissional na rua “...”, nº
“...”, cidade “...”, estado “...”, CEP: “...”, email “...” vem à presença de Vossa Excelência
requerer RELAXAMENTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE, com fundamento no art. 5º,
LXV, da Constituição Federal, bem como no art. 310, I, do CPP, pelas razões a seguir
aduzidas:
3. FATOS:
❖ Onde;
❖ Quando;
❖ Como;
3. FUNDAMENTO:
❖ Identifica com nitidez as legalidades do flagrante e discorrer sobre estas ilegalidades.
❖ Da impossibilidade de decretação da prisão preventiva.
4. PEDIDO:
Diante de todo o exposto, postula-se o relaxamento da prisão em flagrante imposta ao
acusado, a fim de que possa permanecer em liberdade durante o processo, com a devida
expedição do alvará de soltura em seu favor.
Neste termos,
Pede deferimento.
Local e data
OAB/”...” nº “...’
!!! Na peça de relaxamento de prisão em flagrante o que se discute é apenas a
ILEGALIDADE DA PRISÃO em flagrante e não mérito. !!!
PRISÃO PREVENTIVA LEGAL
Cabimento:
art. 312 CPP “A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem
pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal ou para
assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício
suficiente de autoria e de perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado.
§ 1º A prisão preventiva também poderá ser decretada em caso de descumprimento de
qualquer das obrigações impostas por força de outras medidas cautelares” Então
quando os pressupostos da prisão preventiva desaparecerem, caberá a revogação da
prisão preventiva.
§ 2º A decisão que decretar a prisão preventiva deve ser motivada e fundamentada em
receio de perigo e existência concreta de fatos novos ou contemporâneos que justifiquem
a aplicação da medida adotada.”
Art. 316 “O juiz poderá, de ofício ou a pedido das partes, revogar a medida cautelar ou
substituí-la quando verificar a falta de motivo para que subsista, bem como voltar a
decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem.”
Então quando os pressupostos da prisão preventiva desaparecerem, caber
REVOGAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA, lembrando que tal revogação pode ocorrer por
meio de ofício do juiz ou até mesmo a requerimento do Ministério Público. Devendo também
o magistrado revisar a necessidade ou não da prisão a cada 90 (noventa) dias, sob pena de
torna-lá ilegal, conforme art. 316, § único do CPP, caso não seja analisado em 90 (noventa)
dias caberá Habeas Corpus.
Estrutura da peça
1. ENDEREÇAMENTO:
❖ EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR DOUTOR(A) JUIZ(A) DE GARANTIAS DA
“...” VARA CRIMINAL DA COMARCA DE “...”
❖ EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR DOUTOR(A) JUIZ(A) FEDERAL DE
GARANTIAS DA “...” VARA CRIMINAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE “...”
❖ EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR DOUTOR(A) JUIZ(A) DE GARANTIAS DA
“...” DA VARA DO TRIBUNAL DO JÚRI DA COMARCA DE “...”
2. IDENTIFICAÇÃO DO PRESO:
Fulano, nacionalidade “...”, estado civil “...”, profissão “...”, portador da cédula de
identidade nº “...”, inscrito no cadastro de pessoas físicas sob nº “...”, residente e domiciliado
na rua “...”, nº “...”, cidade “...”, estado “...”, CEP: “...”, email “...”, vem por intermédio de
seu advogado infra-assinado (procuração e anexo), com endereço profissional na rua “...”, nº
“...”, cidade “...”, estado “...”, CEP: “...”, email “...” vem à presença de Vossa Excelência
requererREVOGAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA, com fundamento no art. 316 do
CPP, pelas razões a seguir aduzidas:
3. FATOS:
Fazer exposição dos fatos indicando os principais motivos pelo qual ocorreu o
desaparecimento da necessidade da prisão preventiva.
4. FUNDAMENTO
Art. 316
5. PEDIDO:
Revogação da prisão preventiva e com a devida expedição do alvará.
Cidade/Estado
Advogado
OAB/”...” nº “...”
Referência:
Aula do dia 03/03/2020 do professor Rubens Alves da Silva, da Faculdade Centro
Universitário Luterano de Manaus /CEULM/ULBRA.

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