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5º PERIODO -PROJETO DE ESTÁGIO - ENSINO FUNDAMENTAL II (1)

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FACULDADE FUTURA
KAROLAINE DOS SANTOS
 INTERDISCIPLINARIDADE EM SALA DE AULA
 
 SÃO PEDRO DO SUAÇUÍ
 2020
 FACULDADE FUTURA
 KAROLAINE DOS SANTOS
 INTERDISCIPLINARIDADE EM SALA DE AULA
Relatório de estágio apresentado à disciplina Estágio Supervisionado, da Faculdade Futura, no Curso de Pedagogia, como pré-requisito para aprovação.
 SÃO PEDRO DO SUAÇUÍ
 2020
 INTERDISCIPLINARIDADE EM SALA DE AULA
RESUMO- Este projeto tem como finalidade realizar a regência interdisciplinar na disciplina de estágio durante todo o curso de licenciatura em Pedagogia. O Estágio Supervisionado é um elemento curricular obrigatório para todos os alunos. Essa pesquisa busca relacionar os conhecimentos teóricos adquiridos com as percepções da realidade escolar, trabalhando os conteúdos de forma interdisciplinar, aprimorando mais ainda as qualidades do professor em formação. O entendimento e aplicação da interdisciplinaridade e dos projetos de ensino nas regências dos estagiários analisa também o processo de formação do educando de forma interdisciplinar, pois essa metodologia vem sendo muito discutido na contemporaneidade, isso vem modificando a maneira de ensinar, com foco em transformar a realidade que vemos no contexto escolar. Esse projeto de estágio supervisionado não é apenas o momento de aplicação do que foi assimilado, mas sim a explicitação da indissociabilidade entre a teoria, a prática e seus elementos que os compõem. A interdisciplinaridade promove também melhor convivência entre professores, alunos, e famílias. Enfim, ser interdisciplinar é ter uma postura diferente; uma postura que busque o conhecimento mais prazeroso do conteúdo. Visando atingir os objetivos foram feitas observações, estudos de documentos e artigos que tratam do tema apresentado. Os resultados mostram que o conceito de interdisciplinaridade na prática discente é um revelador de fragilidades e limitações.
 
PALAVRAS-CHAVE: Escola. Prática. Interdisciplinaridade.
1. INTRODUÇÃO
 O primeiro passo para usar a interdisciplinaridade é abandonar postura antiga e unidirecionada, que não é consistente e se torna rigorosa e restrita.
A interdisciplinaridade, segundo o dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, diz de algo “que estabelece relações entre duas ou mais disciplinas ou ramos de conhecimento” ou “que é comum a duas ou mais disciplinas.”
 Este trabalho, vem tratar como a interdisciplinaridade surge no Brasil, as dificuldades iniciais e possibilidades, busca também compreender os principais problemas na aplicação deste conceito e quais as propostas de atuação do educador, sua importância e sua relação com a profissão e seus educandos. 
 Ao se falar em Interdisciplinaridade é remeter-se a um conceito utilizado para designar um vasto conjunto de assuntos ligados à educação e que tornou-se um importante mecanismo de ampliação de discussões e da visão do profissional docente sobre sua prática. 
 A interdisciplinaridade que será trabalhada no decorrer deste trabalho é um elemento importante na formação do educador, pois foge da sistemática formativa das disciplinas curriculares isoladas e promove uma nova proposta educativa, aliando a prática docente e a formação do professor.
 Presente trabalho apresenta alguns questionamentos construídos a partir das práticas e reflexões.
 A compreensão da metodologia interdisciplinar como método, contribuirá para a reflexão e encaminhamento na solução de dificuldades relacionada ao ensino – aprendizagem em sala de aula. Esse presente trabalho é de grande relevância para a aprendizagem dos alunos do curso de pedagogia, pois aborda um tema muito discutido e pouco colocado em prática no âmbito educacional.
 A metodologia abordada foi o estudo de artigos que apresentam o tema em estudo.
 A estrutura desse trabalho esta dividido em dois capitulos que abordam os obstáculos da interdisciplinaridade na escola onde buscam argumentos para sanar dúvidas sobre o assunto. E o outro trata de promover a interdisciplinaridade no meio escolar.
2- DESENVOLVIMENTO
2.1- OBSTÁCULOS E DESAFIOS DA INTERDISCIPLINARIDADE
 Ao final da década de 1960, o conceito de interdisciplinaridade, chega também ao Brasil influenciando, posteriormente, na elaboração de leis que regem a educação brasileira, tais como: a Lei de Diretrizes e Bases (LDB - Lei nº 9394/96) e os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), tendo como precursores Hilton Japiassu e Ivani Fazenda.
 O tema da interdisciplinaridade é discutido no ensino brasileiro desde a década de 1970. Fazenda (1994, p. 17, 27) realiza uma divisão em três fases, assim caracterizadas: A década de 1970 caracterizou-se por uma construção epistemológica, a busca de uma explicação filosófica e uma definição da interdisciplinaridade.
 A década de 1980 caracterizou-se pela explicação das contradições epistemológicas, pela busca de uma diretriz sociológica e pela tentativa de desenvolver um método interdisciplinar. Considerando a interdisciplinaridade mais um processo que um produto para redimensionar as práticas escolares. A década de 1990 caracterizou-se pela tentativa de construir uma nova epistemologia e uma teoria sobre interdisciplinaridade, e pela busca de um projeto antropológico. Os educadores no Brasil constatavam que a interdisciplinaridade era uma exigência da proposta de conhecimento e de educação.
 É um consenso entre os profissionais da educação a necessidade de integrar as disciplinas do currículo. Mas a construção e o desenvolvimento de trabalhos interdisciplinares esbarram em alguns obstáculos.
 Para que práticas interdisciplinares sejam implementadas nas escolas faz-se necessário uma ruptura com o modelo estabelecido historicamente em nossas escolas. 
 O termo “interdisciplinaridade” vem sendo muito utilizado pelos profissionais da educação, entretanto, não se tem ao certo uma definição que possa orientar os professores a praticá-la. Zimmermann e Carlos (2005) afirmam que este termo “ainda se revela multifacetado e polissêmico” (p.1), gerando dificuldades no seu entendimento e, consequentemente, na sua aplicação em sala de aula.
 Em relação à interdisciplinaridade, Japiassu diz o seguinte:
Podemos dizer que nos reconhecemos diante de um empreendimento interdisciplinar todas às vezes em que ele conseguir incorporar os resultados de várias especialidades, que tomar de empréstimo à outras disciplinas certos instrumentos e técnicas metodológicos, fazendo uso dos esquemas conceituais e das análises que se encontram nos diversos ramos do saber, a fim de fazê-los integrarem e convergirem, depois de terem sido comparados e julgados (JAPIASSU, 1976, p.75).
 A interdisciplinaridade não é bem compreendida pelos que usam este termo e até tentam reproduzi-lo em sua prática.
 Esse conceito é uma temática compreendida como uma forma de trabalhar em sala de aula, no qual se propõe um tema com abordagens em diferentes disciplinas. Um dos obstáculos é entender as partes de ligação entre as diferentes áreas de conhecimento, unindo-se para transpor algo inovador, abrir sabedorias, resgatar possibilidades e ultrapassar o pensar fragmentado.
 De acordo com Japiassu (1976) outro obstáculo para que a prática da interdisciplinaridade seja estabelecida com rigor é o fato de existir entre vários especialistas persistentes ignorâncias recíprocas e por vezes sistemáticas.
 A interdisciplinaridade serve como um principal complemento no conhecimento escolar transmitindo comouma nova dinâmica na metodologia aplicada. Esse conceito fica mais claro quando se considera realmente de que todo conhecimento mantêm um dialogo permanente com outros conhecimentos que pode ser de questionamento, de confirmação e de aplicação. Segundo os Parâmetros Curriculares.
 (...) É importante enfatizar que a interdisciplinaridade supõe um eixo integrador, que pode ser o objeto de conhecimento, um projeto de investigação, um plano de intervenção. Nesse sentido ela deve partir da necessidade sentida pelas escolas, professores e alunos de explicar, compreender, intervir, mudar, prever, algo que desafia uma disciplina isolada e atrai a atenção de mais de um olhar, talvez vários. Explicação, compreensão, intervenção são processos que requerem um conhecimento que vai além da descrição da realidade mobiliza competências cognitivas para deduzir, tirar inferências ou fazer previsões a partir do fato observado (Parâmetros Curriculares Nacionais –Ensino Médio. Brasília: MEC, 2002, p. 88 e 89). 
 O professor desempenha papel fundamental na organização de atividades e na formulação de situações que propiciem aos alunos oportunidades de aprendizagem de forma significativa. Do ponto de vista afetivo, estes autores consideram que o professor representa confiança para o aluno, poder social, intelectual e um modelo (possível) a seguir, além da conseqüente motivação do desejo de saber. Ressalta, ainda, que a importância da qualidade do vínculo afetivo entre o professor e seus alunos exerce grande influênciasobre o relacionamento que crianças e jovens estabelecem entre si. A interdisciplinaridade acontece naturalmente se houver sensibilidade para o contexto, mas sua prática e sistematização demandam trabalho didático de um ou mais professores. Por falta de tempo, interesse ou preparo, o exercício docente na maioria das vezes ignora a intervenção de outras disciplinas na realidade ou fato que está trabalhando com os alunos.
 Em um movimento de constante reafirmação, a interdisciplinaridade nos traz como características fundamentais uma ousadia da busca, da pesquisa; é uma transformação da insegurança num exercício de reflexão, num construir, e reconhece que a insegurança da solidão inicial e individual, que muitas vezes marca o pensar interdisciplinar, pode transformar-se na permuta, no diálogo, no aceitar o pensamento do outro. Assim, a interdisciplinaridade é uma oportunidade concreta para uma revisão das relações com o conhecimento e o saber, ampliando e socializando, além do saber, as pessoas nas práticas coletivas.
2.2- COMO PROMOVER A INTERDISCIPLINARIDADE NO ÂMBITO ESCOLAR
 A construção de um conhecimento interdisciplinar, entre outros processos sociais, é de fundamental importância na análise e resolução dos problemas ambientais. Nas últimas décadas, com efeito, tem ocorrido um debate epistemológico em todos os campos de especialização científica sob uma perspectiva interdisciplinar, em vista de uma maior compreensão e domínio da problemática ambiental. A característica básica da interdisciplinaridade é dada pela "intensidade das trocas entre os especialistas e pelo grau de integração real das disciplinas no interior de um mesmo projeto de pesquisa" (Japiassu, 1976, p.74). Sob este enfoque, o conhecimento interdisciplinar é uma relação de reciprocidade, de mutualidade, ou seja, de diálogo entre os interessados em uma superação das fronteiras disciplinares. Por diálogo entende-se o respeito pela fala de cada um, pela sua forma de pensar, o esforço honesto de todas as partes em tentar entender, o objeto concreto em torno do qual todos se debruçam (Pernambuco, In: Pontuschka, (org.), 1993, p.24).
 A interdisciplinaridade depende fundamentalmente de uma atitude de colaboração dos pesquisadores frente ao desafio de uma prática coletiva, com o objetivo de se produzir conhecimento novo, unitário e crítico. A interdisciplinaridade é um paradigma metodológico que visa o encontro entre especialistas de diversas áreas do conhecimento, numa perspectiva de se buscar respostas a novos problemas por meio das trocas de dados, de informações, de resultados, de metodologias etc. (Japiassu, 1976, p.39-90); Fazenda, 1979, p.25-50; 1993, p.39-43).
De acordo com Jolivet e Pavé (1992, p.20-1), a prática da interdisciplinaridade deve ser considerada sob duas formas: um esforço comum de pesquisa conjugando diversas áreas e uma participação de diversas áreas do conhecimento num campo comum de pesquisa.
 A primeira forma trata-se de uma cooperação entre pesquisadores de diversas áreas que decidem partilhar resultados de suas pesquisas específicas; já a segunda forma constitui propriamente a pesquisa interdisciplinar, em torno de objetivos comuns sobre o mesmo objeto de estudo.
 A interdisciplinaridade não é um campo de indagação recente. Essa ideia de um saber unitário sempre existiu na história do pensamento, surgindo tanto nas culturas antigas como na época medieval através de uma epistemologia do cosmos, em termos de visão unitária do real, mas sob concepções diferenciadas. No entanto o homem antigo considerava a realidade (natureza, homem, deuses) submetida à leis imanentes do cosmo, o homem medieval acreditava na transcendência do ser divino, como Deus criador e protetor do cosmos. Nos tempos modernos verifica-se uma desintegração do saber unitário, no contexto e convergência de influências do Renascimento, da Reforma e das Grandes Descobertas: o homem passa a ter consciência de si num universo ampliado, no qual a Terra não é mais o centro do universo e o Ocidente deixou de ser o centro da Terra; surge um novo horizonte do saber, como busca daquilo que não se sabe. Os pensadores começaram a ser pesquisadores e tentam desenvolver um trabalho coletivo e complementar (as academias e sociedades científicas e culturais do século XVII e o enciclopedismo do séc. XVIII), marcando um momento em que uma visão unitária, interdisciplinar, do saber aparecia como uma urgência histórica ante a fragmentação do conhecimento. No século XIX, porém, com a própria expansão dos trabalhos científicos e a ampliação das especulações teóricas, a visão de um saber unitário torna-se cada vez mais precária, cedendo lugar à divisão especializada das ciências (Fazenda, 1979, p.25-6 e 51-3; Japiassu, 1976, p.45-8).
 A busca do saber interdisciplinar decorre da necessidade que o homem experimenta em compreender as condições e o sentido de sua existência no tempo presente, para decidir e atuar a partir de e sobre essas condições, em vista de transformações até mesmo prementes. A magnitude interativa dos fenômenos sociais e naturais do mundo atual escapa ao âmbito de análise e interpretação das áreas de conhecimento exige mais e mais uma interação produtiva entre os especialistas. Assim é que a complexidade das condições existenciais do homem de hoje demanda uma real colaboração das ciências naturais e sociais para uma leitura global e interpretativa do meio ambiente (Arizpe, 1991, p.641-6).
 Várias são as ciências que vêm concretizando trabalhos interdisciplinares em torno da questão ambiental. Entre elas a Biologia, a Química, a Engenharia e a Física, em todas as especialidades. De outro lado, as Ciências Sociais e Matemáticas ainda não se encontram suficientemente envolvidas com pesquisas sobre o meio ambiente. As primeiras ciências a se envolver com as questões ambientais foram as denominadas ciências da vida: Biologia e Ecologia. Em conexão com elas, surgiram movimentos militantes, dentre os quais os ecologistas políticos têm sido os mais ativos e radicais em denunciar os perigos que a humanidade e todos os seres vivos estão correndo por causa da assustadoramente crescente degradação ambiental. A biodiversidade e as relações organismo-meio são focos de atenção dos cientistas desta área, que se voltam aos efeitos, reações e transformações do meio ambiente sob a ação do homem.
 Para avaliar como acontecem as práticas interdisciplinares é importante analisar as condições necessáriaspara sua concretização: 
 (...) Cada escola adquire uma identidade própria em função das características do meio social em que está inserida ou da clientela que atende, pressupõe-se que as atividades interdisciplinares produzidas pelos professores (as) sejam diferentes de escola para outra. Isso, porém, não invalida o exame de um caso particular pelo carácter de transferência que ele pode representar (ANDRÉ, 2005, p.63).
 A construção do saber e do conhecimento se desenvolve em conjunto com todas as áreas, sem menosprezo de nenhuma, modificando, desse modo, nossa prática escolar, tornando-a menos individualista e mais consciente da necessidade da interação social.
 A interdisciplinaridade escolar, para Fazenda (1991), é uma atitude tomada pelo profissional de ensino, na tentativa de buscar alternativas para conhecer mais além de sua área. Essa busca nos leva a romper com as barreiras entre as disciplinas por meio do diálogo constante entre os professores, com a criação de projetos coletivos em que todos possam trabalhar integrando teorias, métodos e práticas. Significa a substituição de uma concepção fragmentária e individualista do ser humano, para uma visão do ser humano em constante processo de transformação, que necessita da integração social para se desenvolver. Os professores de algumas universidades buscavam o rompimento com a denominada “educação por migalhas” (FAZENDA, 1994). Era um movimento que se opunha à alienação da academia às questões cotidianas e às organizações curriculares que privilegiavam a especialização e conduziam o aluno a uma visão limitada e restrita. (...) Assim como a interdisciplinaridade torna-se a grande responsável pelo movimento de redimensionamento teórico das ciências e pela revisão dos hábitos de pesquisa, ela poderia constituir – se naquela que propugnaria novos caminhos para a educação (FAZENDA, 1994, p. 23). O tema da interdisciplinaridade é discutido no ensino brasileiro desde a década.
 Segundo Piaget, a interdisciplinaridade seria uma forma de se chegar à transdisciplinaridade, etapa que não ficaria na interação e reciprocidade entre as ciências, mas alcançaria um estágio onde não haveria mais fronteiras entre as disciplinas.
 Atualmente a interdisciplinaridade tem sido abraçada por grande parte dos educadores, visto que tal postura garante a construção do conhecimento de maneira global, rompendo com as fronteiras das disciplinas, pois apenas a integração dos conteúdos não seria satisfatório. Geralmente aplicada já nas séries iniciais do Ensino Fundamental, os professores devem incentivar os alunos a construírem relações entre os diferentes conteúdos presentes nas diversas disciplinas do currículo.
 É de grande importância levar em conta no momento da avaliação de um projeto didático, as aprendizagens realizadas pelos alunos durante sua realização. Um projeto é definido como satisfatório com base nas aprendizagens que proporciona aos seus alunos, não pela qualidade pontual de seu produto final. Vale ressaltar aos educadores que a interdisciplinaridade quando voltada para a educação, em especial aos projetos educacionais, baseia em alguns princípios, entre eles:
• Noção de tempo: o aluno não tem tempo certo para aprender. Não existe data marcada para aprender. Ele aprende a toda hora e não apenas na sala de aula.
• Na crença de que é o indivíduo que aprende. Então, é preciso ensinar a aprender, a estudar etc., estabelecendo uma relação direta e pessoal com a aquisição do saber.
• Embora adquirido individualmente, o conhecimento é uma totalidade.
• A criança, o jovem e o adulto aprendem quando possuem um projeto de vida e o conteúdo do ensino é significativo para eles no interior desse projeto. O aprendizado envolve emoção e razão no processo de reprodução e criação do conhecimento.
 Uma ação pedagógica através da interdisciplinaridade propicia a construção de uma escola participativa e decisiva na formação social do indivíduo, bem como uma prática coletiva e solidária na organização da escola. Um projeto interdisciplinar de educação deverá ser marcado por uma visão geral da educação, num sentido progressista e libertador.
3- RELATO DE ESTUDO
 Os projetos são boas opções de trabalhar a interdisciplinaridade em sala de aula.
 Um dos projetos a serem trabalhados na escola poderá ser o de Meio ambiente e sustentabilidade. Visando da ênfase ao mundo globalizado e competitivo, esse projeto vem em contrapartida, buscando melhorar o meio de vida das pessoas.
 Esse trabalho pode ser desenvolvido nas disciplinas de Língua Portuguesa, Ciências, Geografia e Educação ambiental. Os professores das respectivas disciplinas, juntamente com a direção e coordenação, deverão reunir-se para o planejamento do projeto interdisciplinar. Depois do planejamento pronto, irão passar a proposta aos alunos, e deixar que eles escolham um tema dentro do contexto proposto. 
 As disciplinas a serem trabalhadas nesse projeto, são:
Língua Portuguesa: 
 Leitura, interpretação e produção de texto. 
 Interagir e expressar desejos, necessidades e sentimentos por meio da linguagem oral Leitura, interpretação e produção de texto.
Interagir e expressar desejos, necessidades e sentimentos por meio da linguagem oral e escrita, contando suas vivências; 
Ciências Naturais: 
Pesquisar os processos da reciclagem.
Assistir a vídeos sobre a preservação da natureza.
Pesquisar os processos da reciclagem. 
Assistir a vídeos sobre a preservação da natureza. 
Desenvolver progressivamente hábito de higiene pessoal, e social, quanto a jogar o 
Desenvolver progressivamente hábito de higiene pessoal, e social, quanto a jogar o lixo no lixo e preservar o ambiente. 
Geografia: 
Debater o que fazer para que nossa rua, nosso bairro e município fiquem mais limpos.
Discutir a responsabilidade da poluição causada pelo lixo que as pessoas jogam nos rios.
Debater o que fazer para que nossa rua, nosso bairro e município fiquem mais limpos. 
 Discutir a responsabilidade da poluição causada pelo lixo que as pessoas jogam nos rios. 
Educação ambiental:
 Organizar uma excursão perto da escola, onde certamente houver árvores e arbustos. O 
Organizar uma excursão perto da escola, onde certamente houver árvores e arbustos. O objetivo pode ser o estudo de plantas, e para isso orientar os alunos para que não se torne um simples passeio. 
 Os professores serão os mediadores desse projeto, dando suporte necessário aos alunos pra que os mesmos buscam consolidar seus objetivos junto a sua aprendizagem.
 A metodologia usada será a metodologia interdisciplinar, a qual é mais prazerosa para os educandos, pois eles sentem mais motivados conseguindo assim assimilar melhor os conteúdos propostos.
CONCLUSÃO
 Para que um projeto interdisciplinar aconteça de forma eficaz é primordial que as áreas do conhecimento conversem entre si, para isso é necessário tempo e planejamento. Em muitos casos, onde há desencontros de professores em função de suas cargas horárias, cada disciplina cumpre o que está estabelecido nos conteúdos programáticos de forma tradicional e muitas vezes entediante ao aluno.
 Desta maneira, um trabalho interdisciplinar proporciona, não só a interação entre os alunos, mas também incentiva o trabalho em equipe entre os professores envolvidos, bem como a coordenação pedagógica, que atuam juntos desde a escolha do tema, suporte aos alunos durante as atividades e sistematização das mesmas.
 Trabalhar nessa perspectiva interdisciplinar possibilita um maior entendimento da temática abordada, por meio de uma visão geral do assunto, e isso faz com que os alunos se tornem críticos e reflexivos. Desta maneira, habilita-os para solução de problemas, autoconfiança e o gosto pela aprendizagem. O planejamento é o ponto chave para que as possibilidades possam ser alcançadas. Após isso, é colocar “a mão na massa” e vivenciar esta experiência tão fundamental para professores e alunos.
REFERÊNCIAS
https://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/interdisciplinaridade-obstaculos-epistemologicos-motivacoes-.htm.https://educador.brasilescola.uol.com.br/orientacoes/promovendo-interdisciplinaridade-na-escola.htm
FAZENDA, Ivani C. Arantes. Integração e Interdisciplinaridade no Ensino Brasileiro: Efetividade ou Ideologia. 5. ed., São Paulo: Loyola, 2002.
FAZENDA, I. C. A. Interdisciplinaridade: história, teoria e pesquisa. 13. Ed. Campinas: Papirus, 1994.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretária de Educação Média e tecnológica. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Médio. Brasília: Ministério da Educação, 2002.
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