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Constipação intestinal Definição: Segundo os Critérios de Roma IV, é uma disfunção onde se predomina uma evacuação dificultosa, pouco frequente e incompleta. Queixas devem ter seu início nos 6 meses precedentes ao diagnóstico com presença frequente nos últimos 3 meses, incluindo 2 ou mais características, referidas em 25% das evacuações: Esforço evacuatório Fezes endurecidas Sensação de eliminação incompleta fecal Sensação de obstrução anorretal Manobras digitais para facilitar a saída do conteúdo fecal Menos que 3 evacuações por semana Necessidade de laxativos Considerada uma das doenças intestinais mais comuns na atualidade chegando a acometer até 25% da população em determinados países, em especial os ocidentais e mulheres. Fatores ambientais, idade, sexo, hábitos pessoais, medicações dentre outras, condicionam o surgimento da doença. Classificação 1. Constipação intestinal primária (idiopática): entidade em que a causa da constipação não pode ser identificada a partir da história clínica e do exame físico. Existem distúrbios de motilidade colônica. Ingestão alimentar inadequada Sedentarismo Baixa ingestão hídrica Após os testes funcionais, a constipação primária pode ser classificada como: Constipação de trânsito normal (68%) Obstrução da saída do assoalho pélvico (27%) Constipação em trânsito lento Inércia colônica Causas combinadas (lenta constipação de trânsito e disfunção do assoalho pélvico) 2. Constipação intestinal secundária (orgânica): Avaliação clínica e exame físico. Existem causas diretamente identificáveis como medicações, obstruções, distúrbios neurológicos, distúrbios endocrinológicos. Intestinais: tumores, diverticulite, doenças inflamatórias, volvo, endometriose, pós-operatório, doença hemoroidária Doenças metabólicas: Hipotireoidismo, hipoparatireoidismo, hipercalcemia, hipocalemia, hipomagnessemia, DM, uremia, intoxicação por metais pesados Medicamentos: Antidepressivos; anti-Parkinsonianos, antiepilépticos, anti-histamínicos, anticolinérgicos, BCC, suplementação de cálcio e ferro, AINEs. Megacólon Neuropatias: neoplasias ou lesões medulares, doença cerebrovascular, esclerose múltipla, neuropatia autonômica, doença de Parkinson Outras condições: doença de chagas, imobilidade, comprometimento cognitivo Diagnóstico Frequentemente, pacientes e profissionais médicos menos experientes, definam a constipação como apenas em termos de frequência evacuatória e consistência das fezes. Com a finalidade de padronizar os critérios diagnósticos e o manejo da constipação intestinal, foram descritos os critérios de ROMA I, II, III e IV. Hoje, o ROMA IV traz que os sintomas devem estar presentes 6 meses antes do diagnóstico e estarem presentes nos três meses anteriores. A história clínica dos pacientes com constipação deve ser analisada juntamente com a consistência fecal, frequência de defecação, esforço ao defecar, manobras digitais, sensação de evacuações incompletas, dor e desconforto abdominal, uso de laxantes, histórico cirúrgico, comorbidades , estilo de vida, dieta e ocupação. A escala de forma de fezes de Bristol pode ser útil para os pacientes avaliarem e descreverem aspectos de suas fezes, facilitando o reconhecimento da gravidade da constipação. Roma IV sugere o uso da escala de Bristol e dos diários intestinais, que são bons preditores do tempo de trânsito colônico e métodos eficientes caracterizar os hábitos intestinais e facilitar o diagnóstico. Sintomas descritos pelo paciente como frequência e dificuldade evacuatória associado ao exame físico e exames complementares definem o tipo de constipação a ser tratado. Avaliação da constipação A história clínica obtida e o exame físico realizado em pacientes com constipação intestinal devem buscar identificar seu início, a presença de um fator causal e sinais de alarme. Uma análise detalhada da história clínica permite avaliar se o paciente realmente cumpre os critérios clínicos objetivos da constipação intestinal, como os critérios de Roma IV. Essa análise confirma a presença de fatores de risco para constipação, como dieta inadequada, baixa ingestão de líquidos, sedentarismo, doença psiquiátrica, uso de medicamentos, comorbidades, cirurgia prévia e sintomas da síndrome do intestino irritável. Além disso, permite identificação de sinais de alarme, como hematoquezia, perda de peso significativa, história familiar de câncer, anemia, sangramento anal e alterações no comportamento intestinal que indicam a necessidade de colonoscopia e / ou exame radiológico para descartar as causas secundárias da constipação. A história médica e o exame proctológico sugerem a causa da constipação intestinal. No caso da defecação obstruída, a história verifica a presença de esforços evacuatórios excessivos e prolongados, baixo volume de fezes, sensação de evacuação incompleta e necessidade de manobras digitais do períneo, ânus ou vagina, além de sensação de abaulamento vaginal. Um exame da região perineal e do ânus com exame digital retal e vaginal pode identificar hipertonia esfincteriana, presença de retocele ou enterocele, impactação fecal e causas secundárias de constipação (neopla- sia anorretal, prolapso retal, fissura anal, estenose e compressão extrínseca). Exames fecais, radiológicos ou endoscópicos em situação de constipação sem características alarmantes não são rotineiramente indicados Exames de sangue: Os testes incluem hemograma, teste serológico para doença de Chagas (para pacientes em aeras endêmicas), cálcio sérico, avaliação da função tireoidiana e da paratireóide além de função renal, glicemia de jejum e níveis de potássio e magnésio. Estes exames devem ser solicitados principalmente em casos clinicamente suspeitos e não como investigações de rotina. Enema baritado: Este exame que pode ser recomendado para identificar doenças colorretais (doença diverticular, neoplasia). Uma investigação complementar para constipações deve ser realizada 12 semanas após o tratamento clínico, em casos persistentes ou após falta de sucesso com medidas dietéticas e readequação funcional. Manometria anorretal: Este teste deve ser realizado em casos de constipação crônica refratária ao tratamento clínico, com o objetivo de identificar ou excluir aganglionose (megacólon chagásico ou doença de Hirschsprung) e megacólon psicogênico. A manometria fornece informações importantes sobre o reflexo inibitório retoanal, o tônus da musculatura do esfíncter interno e externo, a sensibilidade retal, capacidade e complacência. Videodefecografia (VDG), ressonância magnética ou ecodefecografia: Estes exames devem ser realizados para estudar os distúrbios do assoalho pélvico, preferencialmente conduzidos juntamente com a manometria anorretal em pacientes com sinais sugestivos de síndrome da evacuação obstruída ou saída obstruída pela história e exame físico. Videodefecografia é o estudo radiológico da dinâmica evacuatória e é útil para investigar anormalidades anatômicas responsáveis pela saída obstruída, como retocele, intussuscepção, enterocele, sigmoidocele, anismus (disfunção anorretal resultante de contrações paradoxais dos esfíncteres anais durante a evacuação) e contração paradoxal do músculo puborretal. Além de anormalidades estruturais, o VDG pode ser usado para avaliar a mobilidade do assoalho pélvico, diagnosticar a síndrome do descenso perineal e avaliar o grau de esvaziamento retal. Recentemente, por causa de sua alta exposição à radiação e em pacientes idosos, alguns autores realizaram a fotodefecografia utilizando apenas gravação em vídeo, sem radiografia, enquanto outros optaram pela defecografia por ressonância magnética ou ecodefecografia, que são bem correlacionadoscom os resultados obtidos pelo VDG, sem o uso de radiação ionizante . Tempo de Trânsito Colônico (CTT): O exame CTT é realizado para avaliar o tempo necessário para a eliminação das fezes e pode ser realizado com o uso de marcadores radiopacos ou pelo método de cintilografia. Uma cápsula contendo 24 marcadores radiopacos é ingerida e uma radiografia anabdominal é feita cinco dias depois. Normalmente, menos de 5 marcadores devem ser vistos no cólon. Trata-se de um teste simples e útil, pois permite a identificação de três pacientes básicos: aqueles com tempo de trânsito normal (que eliminam 80% dos marcadores até o quinto dia), aqueles com trânsito lento (que retêm mais de 20% do marcador pelo quinto dia, distribuído por todo o cólon), e aqueles com obstrução de saída (que retêm mais de 20% dos marcadores no quinto dia, acumulados na região retossigmóide). CTT tem as vantagens de ser um teste de baixo custo e relativamente não invasivo; sua desvantagem é a exposição à radiação, embora em baixas doses. Deve ser o primeiro teste realizado quando o exame clínico e proctológico não indicar obstrução de saída. Os CTT podem ser recomendados para avaliar a resposta ao tratamento clínico ou cirúrgico da constipação crônica Teste de expulsão por balão: Este é um método simples e útil, indicado principalmente como um teste de triagem para os sintomas de obstrução de saída (dissinergia do assoalho pélvico). Um balão preenchido com água (50 a 60 mL) é posicionado na bacia retal e o paciente é solicitado a fazer um esforço de evacuação para expeli-lo. Quando a expulsão é alcançada, a função pélvica pode ser excluída. Este teste foi recomendado pela maioria das diretrizes de avaliação da constipação. Eletromiografia do esfíncter anal (EMG): Este método é recomendado para diagnosticar a contração paradoxal do músculo puborretal. O teste mede a atividade elétrica do componente estriado do esfíncter anorreceptor durante a contração voluntária, em repouso e com esforço de tosse e evacuação. Sua principal desvantagem é a dor do paciente devido à inserção da agulha no esfíncter anal externo para obter a resposta. Teste do hidrogênio no ar expirado: recomendado para avaliar o tempo de trânsito orocecal, este teste é uma ajuda valiosa para a motilidade diferenciada do trato gastrintestinal (superior e inferior) da inércia colônica isolada. É recomendado para casos sérios e refratários de inércia colônica, antes da indicação de uma colectomia História clínica Detalhes sobre duração, frequência e sintomas associados à evacuação: dor, distensão abdominal, características das fezes, sangramento, histórico familiar de neoplasia. Avaliar detalhadamente a dieta habitual do paciente como ingestão de fibras e líquidos. Avaliar estilo de vida do paciente: sedentarismo, fatores emocionais, rotina de trabalho. Avaliar uso de medicações que possam estar envolvidas na constipação: ansiolíticos, antidepressivos, anti- Parkinsonianos, analgésicos derivados de morfina. Avaliar fatores epidemiológicos para Doença de Chagas ainda presente em algumas regiões do Brasil como Bahia por exemplo. Exame físico Avaliar quadro de anemia, desnutrição, alteração anatômica tireoidiana, comprometimentos neurológicos, hérnias de parede abdominal, massas abdominais, fecalomas (massa fecal estagnada no intestino grosso, mais comum no reto). Exame proctológico: avaliar lesões orificiais (hipertonia anal com fissura), tumores ou fezes impactadas em reto; presença de retocele. Exames complementares Gerais: hemograma, TSH (avaliar disfunção tireoidiana), cálcio sérico (avaliar disfunção paratireóide), glicemia de jejum (diabetes),sorologia para Doença de Chagas quando epidemiologia positiva. Colonoscopia: indicada para todos após 50 anos de idade e em mais jovens conforme necessidade de cada caso. Testes específicos para casos mais severos: Tempo de trânsito cólico Defecografia Manometria anorretal Eletromiografia do diafragma pélvico Ultrassonografia do canal anal Tratamento O manejo inicial de pacientes com constipação sintomática geralmente inclui modificação do estilo de vida, uma dieta rica em fibras e aumento da ingestão de líquidos. Embora a eficácia dessa abordagem não possa ser estimada de maneira confiável, porque a qualidade da evidência é muito baixa. Medidas gerais: Dieta rica em fibras: 25–30 gramas/dia Hidratação adequada: mínimo 2 litros/dia. Respeitar o reflexo evacuatório (vontade de evacuar) Atividade física regular Postura adequada no momento da evacuação. Assim, o efeito terapêutico benéfico combinado, o baixo custo, a segurança e outros benefícios gerais de saúde desses métodos justificam seu uso como o primeiro passo no tratamento da constipação, notadamente na atenção primária à saúde. Quando o referido estilo de vida e medidas dietéticas falham, o segundo passo no manejo da constipação intestinal envolve o uso de laxantes osmóticos como polietilenoglicol (PEG) e lactulose e laxantes associados à formação de matéria fecal (psyllium, methylcellulose e polycarbophil). Uma revisão de estudos randomizados que compararam polietilenoglicol com lactulose encontrou PEG superior, com melhores resultados quanto à frequência e consistência das fezes e menos sintomas de dor abdominal. Laxantes estimulantes (senna, cascara buckthorn, bisacodil, picosulfato de sódio e derivados de antraquinona) podem ser utilizados para casos nos quais a fibra e laxantes osmóticos não foram bem-sucedidos. Além de reduzir a absorção de água e estimular a motilidade intestinal, eles também aumentam a liberação de prostaglandina. Sua principal vantagem é o mecanismo terapêutico de ação, com a evacuação ocorrendo em média dentro de 6 a 12 horas. Devido aos seus efeitos colaterais (distúrbios eletrolíticos, hipocalemia e cólica abdominal), estes não devem ser usados por períodos prolongados. Os fármacos pró-cinéticos, como o Tegaserod (um agonista do 5-HT4) e a Prucaloprida (um antagonista do receptor de 5-HT4 altamente seletivo) atuam para aumentar o peristaltismo, acelerando, dessa forma, o trânsito gastrointestinal (1B). São recomendados para casos não responsivos aos laxantes. A Prucaloprida pode ser usada em uma dose de 2-4 mg por dia e tem sido considerada uma boa opção para o tratamento da constipação crônica em mulheres que não respondem à fibra e laxantes. Num estudo comparativo com placebo, a Prucaloprida demonstrou uma superioridade clara e a capacidade de produzir três movimentos intestinais por semana em comparação com o toplacebo. Os probióticos têm sido recomendados com o objetivo de restaurar a microbiota intestinal, aumentar a frequência evacuatória, melhorar a consistência fecal e diminuir a flatulência. Ex.: Lactobacillus casei Shirota. Actualmente, não existem provas científicas que confirmem o seu benefício no tratamento da constipação intestinal crênica. Enemas ou supositórios podem ser usados em casos selecionados de pacientes com constipação crônica (por exemplo, aqueles com megacólon psicogênico) ou impactação fecal, em que as medidas iniciais (fibras, fluidos e laxantes) foram ineficazes. A irrigação transanal estimula o reto e hidrata as fezes, permitindo a descarga intestinal. O uso desses métodos deve ser limitado a breves períodos, e os agentes podem ser compostos de fosfato de sódio ou óleos vegetais. Ex.: Supositório de glicerina (Granado, Glicerin), Sorbitol (Minilax). Outras drogas estimulam a secreção de líquidos pelo intestino (Lubiprostona, Amitiza e Linaclotide, Constella), aumentando assim o conteúdo de água nas fezes. Medicações Formas leves a moderadas podem ser tratadas com laxativos baseados em fibras que atuam de 3 formas: Aumentama hidratação das fezes Aceleram o trânsito intestinal Atuam sobre a microflora produzindo ácidos graxos, estimulando peristaltismo Exemplos: Simbioflora ®, Atillus®, Fiber mais®, Fiber norm®, Tamarine fibras®, Regulare®. Laxativos osmóticos (caso falha na utilização das fibras) podem ser utilizados: Promovem retenção de água no trânsito intestinal; Exemplos: Lactulona ( Duphalac®); Lactilol ( Imolac®); Polietilenoglicol (Muvinlax®); Sorbitol; Manitol ; Leite de Magnésia. Laxativos irritativos: Diminuem a absorção de água e estimula produção de prostaglandina Atuam nas terminações nervosas entéricas; Exemplos: Bisacodil (Lacto Purga®); Picossulfato de Na (Guttalax®, Rapilax®); Sene (Lacass®, Tamarine®, Naturetti®). Laxativos procinéticos: São agonistas de receptores de serotonina, estimulando a peristalse cólica; Exemplos: Tegaserode ( Zelmac®); Prucaloprida ( Resolor®). Obs: A utilização dos laxantes pode levar a complicações agudas como desidratação por exemplo, especialmente em pacientes idosos e complicações crônicas, principalmente com uso de laxantes irritativos ou estimulantes, onde estes podem promover lesões neurológicas intestinais com seu abuso, levando a maior dependência de laxantes para conseguir evacuar. Probióticos: os ditos “lactobacilos” e suas derivações parecem exercer benefício na melhora da constipação com seu uso, entretanto aguardamos mais estudos para confirmar reais benefícios. Fleet Enema: reservado para casos especiais com constipação refratária ou presença de fecalomas. Fisioterapia Biofeedback: procedimento reservado para casos de obstrução de saída por anismo. Cirurgia: indicada para casos de exceção como Megacólon Chagásico por exemplo. Tratamento da disfunção do assoalho pélvico (biofeedback) O biofeedback tem sido utilizado para treinar a musculatura do assoalho pélvico através de exercícios específicos, que, em casos de disfunção pélvica (Anismus, contração paradoxal do músculo puborretal ou síndrome espástica do assoalho pélvico) auxiliam no relaxamento desta musculatura durante esforços evacuatórios. Esta abordagem é recomendada para crianças com mais de 6 anos de idade e adultos. Terapia de biofeedback com o objetivo de treinar pacientes para relaxar o assoalho pélvico durante a defecação é recomendada para o tratamento de pacientes com sintomas de disfunção pélvica. Constipação de transito lento (CTL) Pacientes com CTL refratários ao tratamento conservador e sem obstrução de saída podem se beneficiar da colestesia subtotal com anastomose ileorretal. A presença de dismotilidade do trato gastrintestinal superior (gastroparesia e pseudo-obstrução intestinal), distúrbios psiquiátricos graves e distúrbios neurológicos sistêmicos, como diabetes mellitus e esclerose múltipla, devem ser excluídos antes que o tratamento cirúrgico seja indicado. Disfunção do assoalho pélvico (Obstrução da saída) As principais indicações para o tratamento cirúrgico da constipação pela síndrome da defecação obstruída são a retocele, enterocele, sigmoidocele e prolapso com a opção cirúrgica apropriada avaliada para cada caso individualmente. Tratamento cirúrgico É necessária uma avaliação detalhada e diligente do paciente antes de qualquer tratamento invasivo para a constipação intestinal. Além disso, as causas da obstrução devem ser tratadas antes do uso de procedimentos cirúrgicos para alterar o trânsito colônico. Para o tratamento de distúrbios retais associados ao trânsito lento, uma investigação completa é imperativa para o sucesso do tratamento Considerações finais A constipação intestinal constitui uma entidade muito comum e de fisiologia muito complexa, englobando fatores dietéticos, fisiológicos, anatômicos, psicossociais e culturais, dificultando muitas vezes sua abordagem terapêutica. O tratamento conservador é indicado na maioria dos casos reservando o tratamento cirúrgico para pacientes com disfunções bastante específicas. Resumo do tratamento Modificações no estilo de vida Laxantes osmóticos: promovem a retenção de água no trânsito intestinal Polietilenoglicol PEG 4000: diluir 1-2 sachês ao dia em água, suco ou sopas Muvinlax dissolver 1 sachê em 125mL de água, chá ou suco. 1-2 sachê/dia Lactulose Lactulona (Frasco de 120mL com 667mg de lactulose/mL): 15-30mL/dia Inflact Formadores de massa Psyllium (Metamucil – frasco com 210g): uma colher de sobremesa (7g) em 240mL de água, 1 a 3 vezes ao dia, junto às refeições. Laxantes estimulantes: Diminuem a absorção de água e estimula produção de prostaglandina Sene Tamarine (capsula: 14,634mg): 1 capsula ao dia após a última refeição. Não utilizar por mais 7 dias consecutivos. Lacass (comprimido: 66,66mg): 1 Cp ao dia, ao deitar. Almeida Prado - Complexo 46 (sene, picossulfato de sódio, polygonum punctatum, c): 1-2Cp à noite Bisacodil Lacto Purga (cp 5mg): 1-2 cp/dia Picossulfato de Na Guttalax (solução oral, frasco com 20mL, 7,5mg/mL): 10 a 20 gotas à noite. Pró-cinéticos: São agonistas de receptores de serotonina, estimulando a peristalse cólica Tegaserode Zelmac (Cp 6mg): 1Cp 2x/dia, antes das refeições, por até 12 semanas Prucaloprida Resolor (Cp 2mg): 1Cp ao dia, com ou sem alimentos, qualquer hora do dia