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Acadêmica: Juliana Rabelo Injúria Renal Aguda Definição Classificação Gravidade Aumento da creatinina sérica ≥ 0,3 mg/dl dentro de 48h OU Oligúrica: quando o débito urinário for <500 ml/24h, ou 400 ml/24h, dependendo da referência IRA estágio 1 Aumento da creatinina ≥ 0,3 mg/dl OU Aumento da creatinina 1,5 a 1,9x o valor de base OU Débito urinário < 0,5 ml/kg/h por 6-12h Aumento da creatinina sérica ≥ 1,5x o valor de base, ocorrendo nos últimos 7 dias OU Não oligúrica: quando a diurese for >400-500 ml/24h IRA estágio 2 Aumento da creatinina 2,0 a 2,9x o valor de base OU Débito urinário < 0,5 ml/kg/h por ≥ 12h Débito urinário < 0,5 ml/kg/h por mais do que 6h Anúrica: para débitos urinários <50 ml/24h ou 100 ml/24h (divergência na literatura) IRA estágio 3 Aumento da creatinina para um valor ≥ 4,0 mg/dl OU Aumento da creatinina 3,0x o valor de base OU Débito urinário < 0,3 ml/kg/h por ≥ 24h OU Anúria ≥ 12h OU Início da terapia de substituição renal OU Pacientes com < 18 anos: queda na TFG estimada para < 35 ml/min/1.73m2 Fisiopatologia Azotemia pré renal Azotemia renal Azotemia pós-renal Definição Etiologia Fisiopatologia Sindrome hepatorenal Critérios diagnósticos de SHR Definição Etiologia Definição Etiologia Fisiopatologia Elevação das escórias nitrogenadas causada pela redução do fluxo sanguíneo renal Caracteriza-se clinicamente pela reversibilidade Redução do volume circulante efetivo Estados de choque ICC descompensada Cirrose hepática com ascite Nefropatia isquêmica (IECA\BRA\ AINE) Desajuste da autorregulação do fluxo sanguíneo renal AINEs, IECA e BRA prejudicam essa autorregulação Redução do volume circulante efetivo ativa SRAA que promove vasoconstrição Drogas com efeito vasoconstrictor renal (noradrenalina, Ausência de alterações estruturais no parênquima renal. Intensa vasoconstricção nas artérias e arteríolas pré- glomerulares (isquemia do córtex) pela alterações hemodinâmicas das hepatopatias Reversibilidade depende única e exclusivamente da normalização da função hepática Hepatopatia grave, aguda ou crônica, com hipertensão porta Cr > 1,5 mg/dl. Ausência de melhora da creatinina sérica após expansão volêmica com albumina IV (1 g/kg), passados pelo menos 2 dias sem administrar diuréticos Ausência de choque circulatório Ausência de uso atual ou recente de Disfunção renal aguda causada por lesão no próprio parênquima renal A causa mais comum é a necrose tubular aguda Necrose tubular aguda Isquêmica: choque, sepse, SIRS, pós- operatório. Rabdomiólise Hemólise intravascular Medicamentos: aminoglicosídeos, anfotericina B, contraste iodado, ciclosporina, aciclovir, foscarnet, pentamidina, cisplatina, ifosfamida. Venenos: etilenoglicol, Bothrops jararaca, loxsoceles. Síndrome da lise tumoral (ácido Disfunção renal causada por obstrução aguda do sistema uroexcretor Só irá se desenvolver nas obstruções com repercussão renal bilateral, excetuando-se pacientes com função renal previamente comprometida A causa mais comum é a hiperplasia prostática Congênitas Obstrução uretral: Valva uretral posterior, estenose, fimose Adquiridas Obstrução uretral: Estenose iatrogênica (ex. cateter de Foley por tempo prolongado), cálculo ureteral Obstrução do colo vesical e uretra prostática: HPB, Ca de próstata e bexiga Obstrução dos A pressão no interior dos túbulos renais aumenta A filtração glomerular aumenta inicialmente devido à produção excessiva de prostaglandinas Após as primeiras horas observamos a síntese progressiva de substâncias vasoconstrictoras que levam a uma diminuição da FG Se a obstrução for persistente, o epitélio tubular, sob efeito da maior pressão luminal, libera adrenalina, dopamina - em dose alfa, ergotamina, ciclosporina e contraste iodado) drogas nefrotóxicas Ausência de sinais de doença parenquimatosa renal, particularmente: Proteinúria < 500 mg/dia Presença de < 50 hemácias por campo de grande aumento no sedimento urinário USG de rins e vias urinárias normal (descartando lesões no parênquima e obstrução do trato urinário) úrico) Leptospirose Nefrite intersticial aguda alérgica: Penicilinas, cefalosporinas, sulfas, tetraciclinas, rifampicina, etambutol, diuréticos, alopurinol, AINE, ranitidina, captopril. GNDA GNRP Nefroesclerose hipertensiva maligna Ateroembolismo por colesterol Síndrome hemolítico-urêmica Crise renal da esclerodermia Trombose de veia renal bilateral benigna óstios vesicais: Ca de bexiga Obstrução ureteral bilateral: Carcinoma metastático (colo uterino), linfoma pélvico, fibrose retroperitoneal, cálculo bilateral Unilateral em rim único: cálculo, papila necrosada, coagulo, inflamação, tumor Funcional: Bexiga neurogênica, medicamentos, mielopatia substâncias quimiotáxicas que atraem células inflamatórias O resultado será uma nefrite tubulointersticial crônica Monócitos e macrófagos infiltrantes secretam citocinas que promovem fibrose tecidual Há grande risco de infecção A pielonefrite leva à perda renal em poucos dias Manifestações clínicas Síndrome urêmica aguda Hipervolemia Acúmulo de toxinas nitrogenadas dialisáveis Desequilíbrios hidroeletrolíticos e acidobásicos Manifestações cardiopulmonares Manifestações hematológicas Manifestações neurológicas Manifestações gastrointestinais Forma oligúrica\anúrica Forma não oligúrica HAS EAP Pericardite Tamponamento cardíaco Distúrbio da hemostasia com sangramentos Encefalopatia, crise convulsiva, coma Síndrome das pernas inquietas Neuropatia periférica Náuseas, vômitos, diarreia, soluços incoercíveis Hipercalemia Hiponatremia Acidose metabólica Hiperfosfatemia e hipocalcemia Hipermagnesemia (mg > 2,0 mg/dl) Hiperuricemia Hipocalemia Hipomagnesemia Diagnóstico Quando suspeitar Redução do débito urinário Sinais e sintomas da síndrome urêmica Azotemia assintomática Azotemia pré-renal Azotemia renal Azotemia pós-renal Clinica Laboratório Exame de urina Resposta à prova terapêutica com volume Específico de cada patologia Clinica Laboratório Exame de urina Hipotensão postural Taquicardia postural Pressão venosa jugular reduzida Desidratação de mucosas Oligúria Relação Ur/Cr plasmática ≥ 40 FENa < 1% NaUr < 20 OsmUr > 500 Cilindros hialinos Biópsia renal: Indicada nos casos em que não se consegue definir o tipo de IR intrínseca através de outros métodos complementares. Anúria Alternância anúria x poliúria Pode abrir só com poliúria (obstrução parcial + transbordamento de urina) Bexigoma Exame de imagem (principal = USG) mostra hidronefrose (dilatação pielocalicial) Em 2% pode haver “encarceramento” da via urinária, sem dilatação apreciável Hematúria Piúria Fases avançadas (nefropatia obstrutiva) = Atrofia renal e FENa > 1% Tratamento Azotemia pré-renal Azotemia renal Azotemia pós-renal Diálise Objetivo: Normalizar imediatamente o fluxo sanguíneo renal Depende de cada patologia Objetivo: desobstruir as vias urinárias o mais rápido possível. Objetivo: reduzir a circulação de compostos azotêmicos, promover equilíbrio hidroeletrolítico e acidobásico, e combater a hipervolemia. Hemodinamicamentes estáveis: Hemodiálise intermitente AINEs ou IECA/BRA devem ser suspensosHPB: inserção do cateter de Foley Indicações Síndrome urêmica inquestionável (encefalopatia, hemorragia, pericardite). Hipervolemia grave refratária (HAS, edema pulmonar). Hipercalemia grave refratária ou recorrente Acidose metabólica grave refratária ou recorrente Azotemia grave: ureia > 200 ou creatinina > 8- 10. Hemodinamicamente instáveis (Remoção de liquido mais lenta e gradual) Diálise peritoneal contínua: pcts sem doença abdominal ou peritoneal e que não possuem estado hipercatabólico predominante, hipercalemia grave ou hipervolemia grave Hemodiafiltração venovenosa contínua Reposição de cristaloides: é o tratamento inicial de escolha para os estados hipovolêmicos, qualquer que seja a causa ou o tipo de fluido perdido. Cistostomia Hidronefrose: cateter duplo J pode ser inserido no ureter por via transuretral (baixa) ou transpiélica (alta). Nefrostomia percutânea Remoção de cálculos
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