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Documento ORALISMO

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ORALISMO
A filosofia oralista imposta tornou-se um caminho viável na educação dos surdos, sem que “ouvissem” as opiniões dos Surdos daquela época. A proibição estendeu-se por mais de 100 anos até que no Brasil fosse reconhecida a linguagem dos surdos dando a ela características gramaticais de língua, a Língua Brasileira de Sinais (BRASIL, 2002).
A discussão sobre a oralização dos surdos, não é nova, e até hoje fomenta incertezas, preconceitos, falta de informação e capacitação, e bloqueio docente, quando o professor se depara com novas formas de ensinar e de garantir o aprendizado dos alunos surdos, que também são de sua responsabilidade. É exatamente aqui, que se estabelece o descontentamento dos surdos pesquisadores da educação bilíngue, afirmando que as escolas comuns ou regulares não estão ainda capacitadas em absoluto para receber alunos surdos, conforme esclarece Capovilla.
 O oralismo e a suspensão do Sinal resultaram numa deterioração dramática das conquistas educacionais das crianças surdas e no grau de instrução do surdo em geral. Muitos dos surdos hoje em dia são iletrados funcionais. Um estudo realizado pelo Colégio Gallaudet em 1972 revelou que o nível médio de leitura dos graduados surdos de dezoito anos em escolas secundárias nos Estados Unidos era equivalente apenas à quarta série; outro estudo, efetuado pelo psicólogo britânico R. Conrad, indica uma situação similar na Inglaterra, com os estudantes surdos, por ocasião da graduação, lendo no nível de crianças de nove anos. (SACKS, 1990, p. 45)
As técnicas de reabilitação oral para surdos, conhecida como Filosofia Oralista, tinham por base a integração da criança surda à comunidade de ouvintes dando-lhe condições de desenvolver a língua oral (no caso do Brasil, o Português), o que fez com que essa proposta se fortalecesse. A Comunicação Total, assim como o Oralismo, teve alto índice de rejeição na educação dos surdos, porque se utilizava de todos os modos linguísticos: gestos criados pelas crianças, língua de sinais, fala, leitura orofacial, alfabeto manual, leitura e escrita, para a comunicação do surdo. Tudo isso causou grande confusão no ensino e na aprendizagem.

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