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APS 1° Semestre

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UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA 
CHAYANNE DA SILVA SARDINHA 
ESTHER DE OLIVEIRA NUNES 
GABRIELLY C. DE ASSIS OLIVEIRA
GIOVANNA DANTAS DA SILVA 
HELLEN PIMENTEL ALMEIDA DE LIMA 
ANÁLISE PSICOLÓGICA
Up - Altas Aventuras 
SÃO PAULO
2020
CHAYANNE DA SILVA SARDINHA	RA: F14GGC0
ESTHER DE OLIVEIRA NUNES 	RA: N632933
GABRIELLY C. DE ASSIS OLIVEIRA 	RA: N622GC9
GIOVANNA DANTAS DA SILVA 	RA: N5712E9
HELLEN PIMENTEL ALMEIDA LIMA 	RA: N672943
ANÁLISE PSICOLÓGICA
Up - Altas Aventuras 
 
Relatório apresentado a Universidade UNIP, como parte das exigências para a obtenção de avalição para disciplina Psicologia do Desenvolvimento: Ciclo Vital, sob a orientação da professora Renata Semeghini Gaspar.
SÃO PAULO
2020
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	4
2 FILME UP ALTAS AVENTURAS	5
2.1 Resumo do Filme com um Olhar Crítico	5
2.2 Levantamento dos Personagens no Filme	6
2.3 Levantamento do Luto no Filme	7
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS	9
4 REFERÊNCIAS DIGITAIS	10
1 INTRODUÇÃO
O trabalho apresentado a seguir, é sobre o filme Up Altas Aventuras, dirigido por Pete Docter, publicado no dia 4 de setembro de 2009. O objetivo do mesmo é, sobretudo, fazer uma análise com um olhar voltado a Psicologia do Desenvolvimento dos personagens e observar seu comportamento diante do luto.
2 FILME UP ALTAS AVENTURAS
2.1 Resumo do Filme com um Olhar Crítico
A animação tem início com Carl e Ellie, um garotinho tímido e calado, e uma garotinha aventureira e faladeira, que sonham em viajar para o Paraiso das Cachoeiras, uma floresta localizada na América do Sul. A animação mostra brevemente o desenvolvimento dos dois, que crescem, se casam, e decidem ter filhos, mas acabam descobrindo que não podem. Decidem então reviver seu sonho em comum de viajar para o Paraiso das Cachoeiras, mas imprevistos acontecem e acabam não conseguindo, entretanto, apesar de não conseguirem realizar esse sonho, os dois são felizes em todos os momentos que passam juntos em suas vidas. 
Anos se passam, e agora Carl, que já é idoso e viúvo, se tornou também solitário e rabugento. Devido a um incidente envolvendo-o, ele terá que se mudar para um lar de idosos, e para evitar isso, enche o telhado de sua casa de balões, e levanta voo com ela em direção ao lugar paradisíaco com o qual sonha conhecer desde criança. 
Algumas lições de vida são trazidas pelo filme, por exemplo, sobre como o processo de envelhecimento pode ser difícil e solitário, mas que nunca é tarde para realizarmos nossos sonhos. E, apesar de alguns planos e metas não se concretizarem, é preciso que as pessoas sigam em frente e partam para novas aventuras, como Ellie sugere à Carl. 
Outra importante lição de vida é sobre amizade. Russell, um menino de 08 anos que é escoteiro e explorador, tinha como missão ajudar o idoso no que ele precisasse, para então ganhar a última medalha que faltava em sua coleção. Por acidente, acaba indo com o senhor para a América do Sul. Durante a viagem dos dois, o menino, que é bastante tagarela, se mostra inseguro, e em alguns momentos, triste, pois sente falta da presença do pai, que não lhe dá muita atenção. O idoso, que se mostrava impaciente com Russell em vários momentos da aventura dos dois, no final do filme, ao conseguirem retornar para a cidade, possui agora uma bela amizade com ele, onde fazem companhia um para o outro e se divertem juntos. Russell já não é mais inseguro, e Carl não é mais solitário. Esse é um dos poderes que a amizade tem.
2.2 Levantamento dos Personagens no Filme
As três crianças estão presentes no filme para serem analisadas: Carl e Ellie são bem diferentes no começo do filme, como podemos ver Ellie é uma garota agitada, animada e aventureira. Escondida e sozinha em uma casa abandonada, ela sonha em viajar pelo mundo, explorando seus mistérios. Ela é também uma menina bem1 energética: fala sem parar, guia Carl pela casa, tem um livro no qual pretende colocar todas as aventuras que viverá. Carl, por sua vez, é calado, quieto e parece estar ao mesmo tempo encantado e assustado com aquela garota que não para de falar. A menina parece estar inserida naquele conjunto de discursos sobre a infância que tem caracterizado as crianças como tendo hiperatividade. Essas crianças agitadas e cheias de energia são, muitas das vezes, nomeadas como portadores de Déficit de Atenção e Hiperatividade. Elas são caracterizadas como portadores de “uma doença”, um distúrbio, algo que foge da norma. 
Falar da infância associando-a a agitação, energia e hiperatividade é algo comum em filmes de animação. De modo geral, essa agitação é caracterizada como algo negativo, que precisa ser modificado.
Cabe destacar que há uma diferença bem grande no filme. Em Up uma menina que sintetiza a agitação e a energia, neste filme levantei uma mudança em termos de gênero, já que tradicionalmente as meninas são narradas como mais tranquilas e menos agitadas. Ellie não é apenas agitada, mas é também aquela que conduz a ação no início do filme diferente de outras meninas narradas em filmes de animação, nas quais as mulheres são sempre recatadas e submissas aos homens.
Ellie entra no quarto de Carl de noite e sugere que os dois viajem juntos para o Paraiso das Cachoeiras onde ela deseja morar.
Outro levantamento referente a gênero relaciona-se ao fato de que um menino também é apresentado como tagarela. Embora Ellie seja bastante falante e Carl seja nomeado por ela como “muito caladão”, Russell (o escoteiro) é o oposto de Carl. O menino fala sem parar, diferentemente do que ocorre com Ellie, falar demais aqui é considerado algo negativo. Desde sua primeira cena, Russell fala muito. Isso causa impaciência em Carl, que chega a desligar seu aparelho de surdez em certo momento do filme para não continuar escutando a “tagarelice” do menino. Cabe levantar também que Carl não tem paciência com Russell. Talvez falar demais para as meninas seja mais tolerável do que para os meninos. Platão, por exemplo, afirmava que “as crianças são seres impetuosos, incapazes de ficarem quietos com o corpo e com a voz, sempre pulando e gritando na desordem, sem o ritmo e a harmonia próprias do homem adulto” (Kohan, 2003, p. 42). 
No filme analisado, a brincadeira sugerida por Carl, parece uma estratégia para controle da infância, o comportamento de falar demais faz com que Russell já esteja constante a “brincar de ficar quieto”. A agitação não é a única informação emitida sobre a infância no filme, as crianças também são apresentadas como aquelas que podem ajudar os idosos a reencontrarem seu lugar no mundo, vincular-se com o presente e resgatarem o seu “lado bom”, como Russell fez com o Carl, pois, após perder sua esposa por uma doença, Carl se desconecta do mundo. A conexão entre infância e velhice e o modo que as duas auxiliam no seu processo de resgatar a importância da vida.
A infância e a velhice aparecem como dois momentos completamente distintos da vida humana. A primeira marca o início e mostra o que é construído no começo da vida: alegria, inocência e muitas possibilidades. Já a segunda é marcada a finidade, mostrando a fragilidade humana, determinando o fim da jornada. Essas ideias acerca de cada etapa ocorrem na narrativa de Up. O vínculo que é construído entre a infância e a velhice tem objetivo de mostrar que a velhice pode ser também a etapa de novos começos e não necessariamente do fim.
2.3 Levantamento do Luto no Filme
No filme “Up Altas Aventuras” o processo de luto é apresentado pelo idoso Carl, que perdeu sua esposa recentemente. O filme traz muitas memórias de Carl e sua esposa jovens nos mostrando o quanto eram felizes e sonhadores, apesar de passarem por algumas frustrações, como por exemplo: Não poderem ter filhos e por motivos financeiros não poderem morar no Paraiso das Cachoeiras.
Após um tempo, Ellie vem a falecer e Carl passa a apresentar sintomas depressivos que mudam totalmente sua forma de viver. O idoso que era alegre e sonhador passa a ser rabugento e vive trancado em sua casa, onde são encontrados muitosquadros e lembranças de Ellie (isso é apresentado no filme pela falta de resolução de seu luto pessoal). Ao desenvolver do filme podemos notar uma grande decepção do luto pela não-realização de morar no Paraiso junto com Ellie. Após um incidente, Carl seria levado para um lar de idosos, mas vai atrás dessa conquista, dedicando a sua amada Ellie. Ao decorrer dessa aventura, ele percebe que o importante não é conquistar um sonho, mas sim as vivencias que são compartilhadas e os laços que são feitos. Após Carl tomar essa consciência, ele passa pela aceitação de seu luto e começa a pensar em Ellie numa forma mais saudável, levando em consideração suas positivas e não mais as negativas, e isso faz com que Carl, após o termino da aventura, se torne novamente alguém mais feliz e menos rabugento, pois agora tem Russell como amigo. 
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Desse modo, é possível perceber que alguns dos estereótipos trazidos em diversos filmes são quebrados em Up: Altas Aventuras, e os exemplos disso são Russell, que apesar de ser um garoto, é muito falante, e Ellie, que quando criança, não era como outras meninas, quieta e recatada, mas sim muito tagarela e aventureira. Também é possível perceber a importância de se ter alguém conosco, para nos ajudar em momentos difíceis da vida, como Carl e Russell fizeram um com o outro no decorrer do filme.
4 REFERÊNCIAS DIGITAIS 
Ensinamentos do Filme Up Altas Aventuras. Disponível em >https://www.jrmcoaching.com.br/blog/ensinamentos-filme-up-altas-aventuras/. Acesso no dia 18 de maio de 2020.
Narrativas sobre velhice e infância: uma análise do filme Up: Altas Aventuras. Disponível em >https://www.redalyc.org/pdf/4496/449644341012.pdf<. Acesso no dia 16 de maio de 2020.
Up - Altas Aventuras – Análise Psicológica. Disponível em >http://www.suspirepsi.com.br/up/. Acesso em 17 de maio de 2020. 
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