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Assunto 03 - Relatório de controle ambiental -rca - conceitos - aplicabilidade - análise e discussão

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LICENCIAMENTO 
AMBIENTAL 
Ronei Stein
Revisão técnica:
Vanessa de Souza Machado 
Bióloga
Mestre e Doutora em Ciências Biológicas
Professora de Curso de Tecnologia 
em Gestão Ambiental
Catalogação na publicação: Karin Lorien Menoncin CRB-10/2147
S818l Stein, Ronei Tiago.
Licenciamento ambiental / Ronei Tiago Stein ; [revisão 
técnica: Vanessa de Souza Machado]. – Porto Alegre: 
SAGAH, 2017.
265 p. : il ; 22,5 cm.
ISBN 978-85-9502-277-5
1. Ciências Biológicas. 2. Licenças ambientais. I. Título.
CDU 502.13
Licenciamento_Ambiental_Book.indb 2 07/12/2017 16:18:40
Relatório de Controle 
Ambiental
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Defi nir Relatório de Controle Ambiental (RCA).
  Apresentar a relação das atividades minerais com o RCA.
  Apontar os principais itens que devem constar no RCA.
O Relatório de Controle Ambiental (RCA) consiste em estudos relativos 
aos aspectos ambientais concernentes à localização, instalação, operação 
e ampliação de uma atividade ou de um empreendimento que não 
gera impactos ambientais significativos. Nesse relatório, devem constar 
a caracterização do ambiente em que se pretende fazer a instalação, a 
sua localização frente ao Plano Diretor, alvarás e documentos similares, e 
Plano de Controle Ambiental (PCA) que identifique as fontes de poluição 
ou degradação, bem como as medidas de controle pertinentes.
Neste capítulo, estudaremos o RCA, os seus objetivos e a sua im-
portância, bem como a diferença entre RCA, PCA Estudo de Impacto 
Ambiental (EIA). Além disso, serão descritos os principais itens que devem 
constar em um RCA.
Definições gerais
De acordo com Ferreira e Latini (2013), o RCA é um tipo de estudo ambiental 
que contribui com a Avaliação de Impactos Ambientais (AIA), uma vez que, 
nele, estarão indicadas as não conformidades legais e os impactos ambientais 
decorrentes da instalação e operação de empreendimentos. No entanto, a 
omissão da indicação de algum impacto negativo nesse relatório pode com-
prometer a sua efi ciência como uma ferramenta da AIA.
Introdução
Cap_13_Licenciamento_Ambiental.indd 189 07/12/2017 11:22:55
O RCA começou a ser exigido legalmente após a publicação da Resolução do 
Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) nº. 10, de 06 de dezembro 
de 1990, na hipótese da dispensa do EIA e do Relatório de Impacto Ambiental 
(RIMA), para obtenção de licença prévia (LP) de atividade de extração mineral 
da classe II, prevista pelo Decreto-Lei 227, de 28 de fevereiro de 1967. Porém, a 
mesma legislação ressalta que deverão ser indicadas as não conformidades legais e 
os impactos ambientais decorrentes da instalação e operação dos empreendimentos. 
No RCA, deverão constar as informações que caracterizam o empreendi-
mento a ser licenciado, identificando os impactos ambientais que serão gerados. 
Consequentemente, deve ser desenvolvido um PCA, no qual são propostas as 
medidas de prevenção, mitigação, compensação e/ou recuperação dos impactos 
identificados, conforme Resolução CONAMA nº. 237, de 19 de dezembro de 
1997 (BRASIL, 1997).
Contudo, o RCA tem sido exigido por alguns órgãos ambientais também 
para o licenciamento de outros tipos de atividades. Entre elas, podem-se 
citar indústria moveleira, suinocultura, piscicultura, gráficas, sistemas de 
abastecimento de água, aquicultura, usinas e destilarias, aquisição de dados 
sísmicos, marítimos e em zona de transição, sistemas de tratamento de água, 
avicultura, beneficiamento de metais, empresas de pequeno/médio porte, 
manipulação de carnes e derivados, beneficiamento de materiais em plástico, 
abatedouros, empreendimentos de irrigação, fábricas de ração, venda de 
produtos recicláveis, ferro e alumínio, beneficiamento de mármores, granitos 
e central dosadora de concreto (EMPRESA DE CONSULTORIA EM MEIO 
AMBIENTE E PROJETOS AGRÁRIOS, [2009]). 
A AIA é um instrumento de política ambiental adotado atualmente em inúmeras jurisdições 
(países, regiões ou governos locais), assim como por organizações internacionais, como 
bancos de desenvolvimento e entidades privadas. É reconhecida em tratados internacionais 
como um mecanismo potencialmente eficaz de prevenção do dano ambiental e de 
promoção do desenvolvimento sustentável. A sua formalização ocorreu pela primeira 
vez nos Estados Unidos por intermédio de uma lei aprovada em 1969 pelo Congresso 
americano. A partir de então, a AIA se disseminou, alcançando atualmente o âmbito mundial. 
Hoje, vários países incorporaram às suas legislações nacionais provisões requerendo 
a avaliação prévia dos impactos ambientais. Somando-se os procedimentos formais 
seguidos pelas agências bi e multilaterais de desenvolvimento, pode-se afirmar que 
a AIA é universalmente empregada, conforme relatos de Sánchez (2008).
Relatório de Controle Ambiental190
Cap_13_Licenciamento_Ambiental.indd 190 07/12/2017 11:22:55
Cabe ressaltar que o RCA é um estudo ambiental exigido para empreendimen-
tos/atividades que não possuem grande capacidade de gerar impactos ambientais. 
Porém, a sua estruturação possui escopo semelhante ao do EIA/RIMA, embora 
não sejam demandados altos níveis de especificidade nas suas elaborações.
O RCA é um dos documentos que acompanha o requerimento de licença quando não 
há exigência de EIA/RIMA. Constitui-se de uma série de informações, levantamentos 
e estudos que visam à identificação de não conformidades legais e de impactos 
ambientais, efetivos ou potenciais, decorrentes da instalação e do funcionamento do 
empreendimento para o qual está sendo solicitada a licença.
Dessa forma, é fundamental que, no RCA, sejam apresentados os estudos 
relativos aos aspectos ambientais, como localização, instalação, operação 
e ampliação de uma atividade ou um empreendimento, desde que não gere 
impactos ambientais significativos. Mas quais são as informações que devem 
constar no RCA? Entre as principais informações, destacam-se: 
  caracterização do ambiente em que se pretende instalar, descrevendo, 
além das atividades a serem desenvolvidas pelo empreendimento, tam-
bém as características físicas, biológicas e socioeconômicas da área; 
  localização frente ao Plano Diretor municipal, em que deve ser analisado 
se o empreendimento realmente poderá ser instalado na área requerida, 
a fim de não ocasionar impactos na vizinhança;
O Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) se coloca como uma política necessária 
e fundamental para o desenvolvimento sustentável de uma cidade. Reflexo dessa 
necessidade é a sua implementação, que garante a sua obrigatoriedade na maioria das 
cidades, e a sua presença efetiva nos seus Planos Diretores. O EIV será executado de 
forma a contemplar os efeitos positivos e negativos do empreendimento ou da atividade 
quanto à qualidade de vida da população residente na área e nas suas proximidades.
191Relatório de Controle Ambiental
Cap_13_Licenciamento_Ambiental.indd 191 07/12/2017 11:22:55
  alvarás e documentos similares devem ser entregues, como identificação 
do(s) responsável(is) legal(is) e dos responsáveis técnicos do empreen-
dimento em questão (contrato social, cartão do Cadastro Nacional de 
Pessoa Jurídica [CNPJ]), bem como documentação da área (matrícula 
de terras) onde será instalado o empreendimento;
  PCA, no qual devem constar as medidas mitigadoras e compensatórias 
para os impactos ambientais negativos;
  fontes de poluição ou degradação ambiental, sobre as quais deverá 
ser descrito se o empreendimento ocasionará emissões atmosféricas 
(por meio de chaminés), possuirá estação de tratamento de efluentes, 
gerará resíduos, bem como deverá ser apresentada uma estimativa da 
quantidade de geração desses poluentes;
  medidas de controle pertinentes, as quais se resumem em uma descrição 
dos tipos de análises que serão realizadas e os parâmetros que serão 
analisados, assim como a sua periodicidade e localização.
Atividade de mineração e relação com o RCA
Como mencionado, o RCAcomeçou a ser exigido legalmente após a Resolução 
CONAMA nº. 10/1990, na hipótese da dispensa do EIA/RIMA, para a obtenção 
de LP de atividade de extração mineral de jazidas da classe II, prevista pelo 
Decreto-Lei nº. 227/1967, conforme a Figura 1.
Figura 1. Exemplo de atividade de mineração classe II.
Fonte: kemdim/Shutterstock.com. 
Relatório de Controle Ambiental192
Cap_13_Licenciamento_Ambiental.indd 192 07/12/2017 11:22:55
 De acordo com art. 6º do Decreto nº. 62.934, de 2 de julho de 1968, o qual aprova o 
regulamento do Código de Mineração, considera-se jazida toda massa individualizada 
de substância mineral ou fóssil, de valor econômico, aflorando à superfície ou existente 
no interior da terra; considera-se mina a jazida em lavra, ainda que suspensa. O art. 7º 
do mesmo decreto apresenta a classificação das jazidas em oito classes (BRASIL, 1968):
  classe I — jazidas de substâncias minerais metalíferas;
  classe II — jazidas de substâncias minerais de emprego imediato na construção civil;
  classe III — jazidas de fertilizantes;
  classe IV — jazidas de combustíveis fósseis sólidos;
  classe V — jazidas de rochas betuminosas e pirobetuminosas;
  classe VI — jazidas de gemas e pedras ornamentais;
  classe VII — jazidas de minerais industriais, não incluídas nas classes precedentes;
  classe VIII — jazidas de águas minerais.
Uma vez que o RCA é exigido para extração mineral de jazidas de classe 
II, é importante apresentar as substâncias minerais. Estas, segundo art. 8º do 
Decreto nº. 62.934/1968, são classificadas em (BRASIL, 1968):
  classe I — minérios de alumínio, antimônio, arsênico, berílio, bismuto, 
cádmio, cério, césio, cobalto, cromo, chumbo, cobre, escândio, esta-
nho, ferro, germânio, gálio, háfnio, ítrio, irídio, índio, lítio, manganês, 
magnésio, mercúrio, molibdênio, nióbio, níquel, ouro, ósmio, prata, 
platina, paládio, rádio, rênio, ródio, rubídio, rutênio, selênio, tálio, 
tântalo, telúrio, titânio, tungstênio, vanádio, xenotíndo, zinco, zircônio;
  classe II — ardósias, areias, cascalhos, gnaisses, granitos, quartzitos 
e saibros, quando utilizados “in natura” para o preparo de agregados, 
pedra de talhe ou argamassa, e não se destinem como matéria-prima à 
indústria de transformação;
  classe III — fosfatos, guano, sais de potássio e salitre;
  classe IV — carvão, linhito, turfa e sapropelitos;
  classe V — rochas betuminosas e pirobetuminosas;
  classe VI — gemas e pedras ornamentais.
  classe VII — substâncias minerais industriais, não incluídas nas classes 
precedentes, como anfibólios, areias de fundição, argilas, argilas refra-
tárias, andalusita, agalmatolitos, asbestos, ardósias, anidrita, antofilita, 
bentonitas, barita, boratos, calcários, calcários coralíneos, calcita, caulim, 
celestita, cianita, conchas calcárias, córidon, crisotila, diatomitos, dolomi-
193Relatório de Controle Ambiental
Cap_13_Licenciamento_Ambiental.indd 193 07/12/2017 11:22:56
tos, diamantes industriais, dumortierita, enxôfre, estroncianita, esteatitos, 
feldspatos, filitos, fluorita, gipso, grafita, granada, hidrargilita, sais de 
iôdo, leucita, leucofilito, magnesita, mármore, micas, ocres, pinguita, 
pirita pirofilita, quartzo, quarzitos, silimanita, sais de bromo, salgema, 
saponito, silex, talco, tremolita, tripolito, vermiculita, wollastonita;
  classe VIII — águas minerais.
Não são apenas as atividades de extração mineral que devem apresentar o RCA. Muitos 
órgãos ambientais exigem a sua apresentação para empreendimentos que causam 
pequenos impactos ambientais.
De acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocom-
bustíveis (AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO, GÁS NATURAL E 
BIOCOMBUSTÍVEIS, [200-?]), o processo de licenciamento ambiental das 
atividades de exploração e produção de petróleo e gás natural também poderá 
exigir a apresentação do RCA. Dessa forma, as seguintes licenças e autoriza-
ções podem ser exigidas:
  LP de perfuração (LPper) — para a sua concessão, é exigida a elaboração 
do RCA, e, após, é autorizada a atividade de perfuração;
  LP de produção para pesquisa (LPpro) — para a sua concessão, é exigida 
a elaboração do Estudo de Viabilidade Ambiental (EVA), e, após a 
aprovação do EVA, é autorizada a atividade de produção para pesquisa 
da viabilidade econômica da jazida;
  licença de instalação (LI) — para sua concessão, é exigida a elaboração 
do EIA/RIMA, e, após sua aprovação e respectiva realização de audi-
ência pública, é autorizada a instalação de novos empreendimentos de 
produção e escoamento. Para sua concessão, é exigida a elaboração do 
Relatório de Avaliação Ambiental (RAA) e, após a aprovação do RAA, 
são autorizadas novas instalações de produção e escoamento onde já 
se encontra implantada a atividade;
  licença de operação (LO) para atividade de exploração e produção 
marítima — para sua concessão, é exigida a elaboração do PCA, e, após 
a aprovação, é autorizado o início da operação de produção;
Relatório de Controle Ambiental194
Cap_13_Licenciamento_Ambiental.indd 194 07/12/2017 11:22:56
  LO para atividade sísmica — para a sua concessão, é exigida a elabo-
ração do Estudo Ambiental (EA), e, após a aprovação, é autorizada a 
atividade de levantamento de dados sísmicos marítimos.
O órgão ambiental fixará as condicionantes das licenças citadas. As licenças 
são compostas por dois grupos de condicionantes: 
 ■ as condicionantes gerais, que compreendem o conjunto de exigências 
legais relacionadas ao licenciamento ambiental;
 ■ as condicionantes específicas, que abrangem um conjunto de restri-
ções e exigências técnicas associadas, particularmente, à atividade 
que está sendo licenciada.
Principais itens que devem constar em um RCA
Como descrito anteriormente, o RCA é um estudo ambiental exigido para 
empreendimentos/atividades que não possuem grande capacidade de gerar 
impactos ambientais. O RCA deve ser apresentado quando for requerida a LP. 
A sua estruturação possui escopo muito semelhante ao do EIA/RIMA, embora 
não sejam demandados altos níveis de especifi cidade em sua elaboração.
Conforme a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento 
Sustentável de Minas Gerais (MINAS GERAIS, [200-?]), o RCA deverá conter 
as informações que permitam caracterizar o empreendimento a ser licenciado. 
O seu objetivo principal é descrever os resultados dos levantamentos e estudos 
realizados pelo empreendedor, os quais permitirão identificar as não conformi-
dades legais referentes à poluição, decorrentes da instalação e da operação do 
empreendimento para o qual está sendo requerida a licença. Ou seja, o RCA é 
constituído de estudos referentes aos aspectos ambientais relacionados a locali-
zação, instalação, operação e ampliação de um empreendimento/atividade que 
não gere impactos ambientais significativos. Tais análises contêm informações 
relativas à caracterização do ambiente em que se pretende instalar a atividade 
e à sua localização frente ao Plano Diretor municipal, leis de uso e ocupação 
do solo, entre outros.
A Fundação Estadual do Meio Ambiente de Minas Gerais (MINAS GERAIS, 
1997) aponta que o conteúdo básico do RCA deverá abordar os seguintes aspectos: 
  descrição do empreendimento a ser licenciado;
  definição do processo de produção;
195Relatório de Controle Ambiental
Cap_13_Licenciamento_Ambiental.indd 195 07/12/2017 11:22:56
  minimização da geração e/ou reaproveitamento de efluentes e resíduos 
sólidos;
  caracterização das emissões;
  diagnóstico das áreas de entorno do empreendimento.
O RCA deverá conter as informações que permitam caracterizar o empreendimento a ser 
licenciado e, como objeto principal, os resultados dos levantamentos e estudos realizados 
pelo empreendedor, os quais permitirão identificar as não conformidades legais referentes 
à poluição. Assim, o RCA será o documento norteador das ações mitigadoras a serem 
propostas no PCA, visando solucionar os problemas detectados (MINAS GERAIS, 1997).
Para facilitaro entendimento dos principais itens que devem constar no 
RCA, trazemos a sua definição no Quadro 1.
Item Descrição
Caracterização do 
empreendimento
Descrever o empreendimento a 
ser licenciado, abordando:
  razão social, nome fantasia, Cadastro 
Geral de Contribuintes criado pelo 
Ministério da Fazenda (CGC/MF), 
inscrição estadual, endereço do 
estabelecimento industrial, endereço 
para correspondência, telefone/fax e 
nome da pessoa para contatos;
  área construída e área não construída, 
bem como se há perspectivas 
de ampliação da indústria e/ou 
diversificação da produção, informando 
como e quando ocorrerão a ampliação e/
ou diversificação, se for o caso.
Quadro 1. Principais itens que devem constar no RCA.
(Continua)
Relatório de Controle Ambiental196
Cap_13_Licenciamento_Ambiental.indd 196 07/12/2017 11:22:56
(Continuação)
(Continua)
Item Descrição
Processo industrial Caracterizar o processo 
industrial, especificado: 
  fluxograma do processo de 
produção, destacando os pontos ou 
etapas em que há emissão de ruídos, 
de efluentes líquidos, de efluentes 
gasosos, de material particulado e 
geração de resíduos sólidos;
  se há algum sistema de tratamento 
para os efluentes citados e qual o 
destino final de cada um deles;
  fontes de fornecimento de água para 
uso industrial, bem como o consumo 
médio;
  equipamentos utilizados diretamente 
no processo de produção;
  matérias-primas e demais produtos 
utilizados no processo de produção;
  layout da área do empreendimento, 
em escala adequada;
  balanço de massa do processo 
produtivo.
Minimização da geração e/
ou reaproveitamento de 
efluentes e resíduos sólidos
É indicado que o empreendedor, ou 
então a consultoria técnica por ele 
contratada, avalie a possibilidade 
de intervenções no processo 
industrial, visando à minimização 
da geração de efluentes líquidos e 
atmosféricos e de resíduos sólidos. 
Essas práticas poderão fornecer ao 
empreendedor a oportunidade de 
reduzir seus custos de produção e, 
como consequência, minimizar os 
investimentos necessários à implantação 
e operação dos sistemas de tratamento 
de efluentes e de resíduos sólidos.
Quadro 1. Principais itens que devem constar no RCA.
197Relatório de Controle Ambiental
Cap_13_Licenciamento_Ambiental.indd 197 07/12/2017 11:22:56
Item Descrição
Caracterização 
das emissões
Ruídos Apresentar laudo de avaliação de ruídos.
Efluentes 
líquidos 
industriais
Informar se o regime de lançamento 
é contínuo ou descontínuo. 
  No caso de lançamento 
descontínuo, especificar o volume e 
a duração média das descargas, bem 
como o número de descargas por 
dia e/ou por ciclo de trabalho, no 
caso de produção em bateladas. 
  No caso de lançamento contínuo 
de regime variável, especificar 
os valores máximo e médio de 
descarga ao longo de um dia, 
detalhando em que fase do 
processo produtivo ou intervalos do 
dia ocorre a descarga máxima.
  Apresentar análises com a 
caracterização do efluente.
Esgoto 
sanitário
Indicar o tipo de tratamento que 
será utilizado pelo empreendimento, 
visando tratar o esgoto sanitário.
Efluente 
atmosférico
  Informar se as emissões são contínuas 
ou descontínuas.
  Esclarecer as fontes de emissões 
atmosféricas e as formas de 
tratamento.
Resíduos 
sólidos
Descrever todos os tipos de 
resíduos que serão gerados pelo 
empreendimento, bem como 
os locais de armazenamento, 
formas de tratamento e empresas 
responsáveis pelo recolhimento.
Quadro 1. Principais itens que devem constar no RCA.
(Continuação)
(Continua)
Relatório de Controle Ambiental198
Cap_13_Licenciamento_Ambiental.indd 198 07/12/2017 11:22:56
O Quadro 1 apresenta apenas alguns exemplos dos principais itens que devem 
constar no RCA. Porém, isso não significa que outros itens não possam exigidos 
pelo órgão ambiental e apresentados pelo empreendedor. Como sugestão, o órgão 
Item Descrição
Caracterização das áreas de 
entorno do empreendimento
  Informar se o estabelecimento 
industrial está instalado em distrito 
industrial, zona industrial, zona rural 
ou zona urbana. 
  Descrever, em linhas gerais, o 
relacionamento da empresa com a 
comunidade vizinha.
  Citar a bacia e sub-bacia hidrográfica, 
bem como os corpos d’água mais 
próximos.
  Especificar a infraestrutura 
existente no município sede do 
empreendimento.
  Apresentar planta de localização 
do empreendimento, em escala 
adequada.
Quadro 1. Principais itens que devem constar no RCA.
(Continuação)
1. Originalmente previsto na 
Resolução CONAMA nº. 009, de 6 
de dezembro de 1990, o PCA deve 
contemplar os projetos executivos 
de minimização de impactos 
ambientais. Com relação aos 
programas de controle ambiental, 
assinale a alternativa correta.
a) O PCA visa diminuir os impactos 
ambientais negativos.
b) O PCA deve ser apresentado 
objetivando obter a 
licença de operação.
c) O PCA deverá expor, de forma 
clara, o empreendimento 
e sua inserção no meio 
ambiente com todas as suas 
medidas mitigadoras.
Fonte: Adaptado de Minas Gerais (1997).
199Relatório de Controle Ambiental
Cap_13_Licenciamento_Ambiental.indd 199 07/12/2017 11:22:57
ambiental deve ser consultado antes de o RCA ser iniciado, para que possam 
disponibilizar o termo de referência (TR) e sanar eventuais dúvidas.
d) Cabe ao empreendedor 
elaborar o PCA.
e) O PCA não é considerado 
uma exigência legal.
2. De acordo com a Resolução 
CONAMA nº. 23, de 07 de dezembro 
de 1994, os interessados em exercer 
atividades de exploração e lavra de 
jazidas de combustíveis líquidos 
e de gás natural devem obter as 
LPs para perfuração (LPper) e de 
produção de pesquisa (LPpro). 
Para que a LPpro seja concedida, 
é necessária a apresentação de 
qual tipo de estudo ambiental?
a) Estudo de Impacto Ambiental.
b) Estudo de Viabilidade Ambiental.
c) Relatório de Controle Ambiental.
d) Relatório de Avaliação Ambiental.
e) Plano de Controle Ambiental.
3. Com relação ao RCA, assinale 
a alternativa correta.
a) É obrigatório apenas quando 
a atividade/empreendimento 
ultrapassar divisas municipais.
b) É exigido unicamente por órgãos 
ambientais estaduais e federais.
c) A estruturação do RCA 
possui escopo semelhante 
ao do EIA/RIMA.
d) É exigido apenas para atividades 
de extração mineral.
e) O RCA deve apresentar 
somente os impactos 
ambientais negativos.
4. O RCA deverá conter as informações 
que permitam caracterizar o 
empreendimento a ser licenciado e, 
como objeto principal, os resultados 
dos levantamentos e estudos 
realizados pelo empreendedor, os 
quais permitirão identificar as não 
conformidades legais referentes à 
poluição, sendo ele entregue na 
etapa de LP. Entre as alternativas a 
seguir, qual está correta em relação 
aos itens que devem constar no RCA?
a) Plano de Gerenciamento 
de Resíduos Sólidos.
b) Cronograma de implantação do 
empreendimento/atividade.
c) Planta baixa do 
empreendimento.
d) Minimização da geração e/
ou reaproveitamento de 
efluentes e resíduos sólidos.
e) Memorial de cálculo estrutural 
do empreendimento.
5. O RCA começou a ser exigido 
legalmente após a Resolução 
CONAMA nº. 10/1990, na hipótese 
da dispensa do EIA/RIMA, para 
obtenção de LP de atividade de 
extração mineral da classe II. Com 
base nessa afirmação, a classe II é 
considerada qual tipo de jazida?
a) Jazidas de gemas e 
pedras ornamentais.
b) Jazidas de combustíveis 
fósseis sólidos.
c) Jazidas de substâncias 
minerais metalíferas.
d) Jazidas de fertilizantes.
e) Jazidas de substâncias 
minerais de emprego imediato 
na construção civil.
Cap_13_Licenciamento_Ambiental.indd 200 07/12/2017 11:22:59
AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO, GÁS NATURAL E BIOCOMBUSTÍVEIS. Guia para o 
licenciamento ambiental das atividades marítimas de exploração e produção de petróleo 
e gás natural. [200-?]. Disponível em: <http://www.anp.gov.br/meio/guias/guia_licen-
ciamento/capitulo03.htm>. Acesso em: 4 dez. 2017.
BRASIL. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº 237, de19 de dezembro 
de 1997. Dispõe sobre a revisão e complementação dos procedimentos e critérios 
utilizados para o licenciamento ambiental. Disponível em: <http://www.mma.gov.
br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=107>. Acesso em: 4 dez. 2017. 
BRASIL. Decreto nº. 62.934, de 02 de julho de 1968. Aprova o Regulamento do Có-
digo de Mineração.1968. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
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minerários: um estudo de caso da mineradora Sobrapedras, São Thomé das Letras, 
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SÁNCHEZ, L. E. Avaliação de impacto ambiental: conceitos e métodos. São Paulo: 
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Leitura recomendada
BRASIL. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº 10, de 6 de dezembro de 
1990. Dispõe sobre normas específicas para o licenciamento ambiental de extração 
mineral, classe II. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.
cfm?codlegi=107>. Acesso em: 4 dez. 2017.
201Relatório de Controle Ambiental
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