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UM ESTUDO DA ÉTICA E CULTURA RELIGIOSA

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ÉTICA E CULTURA RELIGIOSA
P1 - (O5/04/2021)
Conteúdo:
AULA 1 ATÉ 7
● 1 - Unidade 1 - Ética (24h)
● 1.1 - Ética: conceitos
● 1.3 - Consciência e liberdade
● 1.4 - Paradigmas éticos
● 1.5 - Relações interpessoais e fraternidade
Étic� � conceit�� (aula� 1 � 2)
NÃO HÁ ÉTICA SEM ESCOLHA
Ética ou moral? eis a questão
INDIVIDUAL - UNIVERSAL - PERMANENTE.
Estudo e reflexão sobre os princípios da moral, das
regras de conduta aplicadas a alguma organização ou
sociedade.
CULTURAL - TEMPORAL - PRÁTICO- VARIANTE
A sociedade nos diz o que é certo.
● De onde vem a moral?
Deus - raízes da moral (fora ou acima do homem)
Natureza - biológicos
Homem - questões da vida
SE NÃO EXISTIR MORAL, TUDO SERÁ PERMITIDO.
➔ Na prática cotidiana, são sinônimos que se
preocupam com uma única coisa: BEM X MAL
Sem LIBERDADE não há ética ou moralidade..
“A vida moral é uma vida de incerteza interminável.
Constrói-se com tijolos de dúvidas cimentados com a
argamassa da auto recriminação.” –Z. Bauman, p. 15
● Problemas morais e éticos partem sempre de
uma escolha.
● Atos e juízos morais pressupõem NORMAS.
● É um olhar sobre o COMPORTAMENTO do
homem.
● Se relaciona com a CONTINGÊNCIA da vida
humana.
1. ETHOS - essência ; 2. MORAL - comportamento -
3. ÉTICA - reflexão
“Se Deus não existe, então tudo é permitido” Fiódor
Dostoiévski, “Os Irmãos Karamazov”
POSSO? QUERO? DEVO?
● AMORAL: quando o ser humano é incapaz de
julgar o que é bom ou mau.
●
● IMORAL: aquele que possui uma moral
diferente da maioria ou valores sociais
distintos.
https://moodle.unisagrado.ceta.ceo/moodle/mod/resource/view.php?id=98042
● Luiz Felipe Pondé
Ética e Moral são iguais, pois “faz
parte da reflexão sobre hábitos e
costumes pensar sobre as normas e
costumes”. Para ele, ao final, tudo é
prática;
Moral seria “o esforço das pessoas
para vencer vícios e dar condições aos
mais jovens de desenvolver melhores
hábitos e costumes”.
Históri� d� Étic� (aula� 3 � 4)
Sócrates(Platão)
● 470-399 a.C.
● Pai da moral: análise de comportamento .
● O conhecemos através de Platão.
● "Conhece-te a ti mesmo”: templo de Apolo,
em Delfos. Ética racionalista.
Aristóteles
● Estagira, 384-322 a.C.
● Sistematizou a ética.
● Ética a Nicômaco: 10 questões fundamentais
sobre moral. Escrito para seu filho.
● Objetivo da ética: determinar o bem supremo
para a vida humana (felicidade) e qual a
finalidade da vida (contemplação).
● Eudaimonia: a busca humana pela felicidade
através da capacidade racional revela uma
vida que vale por si. Moral das virtudes ou do
caráter: prática de bons costumes ao longo da
vida. A virtude não é inata e sim atingida pelo
exercício e pela busca de equilíbrio entre
pontos extremos.
● Virtude.
Para Aristóteles a ética não é demonstrativa,
ela é prática.
“Acho a ética das virtudes de Aristóteles a
melhor, porque vê a vida moral como um
combate em busca de bons hábitos, sem
prescrição de comportamentos que tendem a
normas categóricas.” –Pondé, p. 115
Santo Agostinho
● África, 354-430
● Princípio ético: Deus.
● Influência platônica: "Cidade de Deus".
Liberdade X Livre arbítrio.
● “Confissões”: o homem concreto,
como pessoa e indivíduo.
● Estudioso do maniqueísmo: O mal é a
ausência de bem. Razão submissa à
fé.
● Livre-arbítrio
Kant
● Prússia, 1724-1804
● Iluminista racionalista.
● “Duas coisas me enchem o espírito de
admiração e de reverência sempre nova e
crescente, quanto mais frequente e
longamente o pensamento nelas se detém: o
céu estrelado acima de mim e a lei moral
dentro de mim”.
● Imperativo categórico: regra moral universal e
incondicional.
● “Age como se a máxima de tua ação pudesse
se tornar em uma lei universal da natureza”.
● Dever moral: agir por dever não é uma
obrigação.
A LEI MORAL
A origem da moral é o DEVER.
Leis: princípios superiores que regulamentam o mundo
físico. Mas e a moral, e os costumes?
Os costumes éticos não surgiram apenas de acordos
estabelecidos entre os homens, mas vem
principalmente da METAFÍSICA, ou seja, está acima da
experiência. Vem da RAZÃO.
A moral depende da BOA VONTADE, ou seja, das
intenções.
Utilitaristas
● Britânicos.
● A utilidade é o princípio da moral.
● Fundamentos éticos a partir das
consequências dos atos: só serão éticos os
atos que resultem no bem para o maior
número de pessoas.
● O que importa é a finalidade das ações
morais e seus benefícios.
● Bom = útil.
● Bentham: o útil é o prazer.
● Mill: o útil é a felicidade.
● Ambos intencionam fugir da dor através da
utilidade.
Nietzsche
● Alemanha, 1844-1900
● Contra todos os formalismos morais
anteriores: Sócrates, Cristo e Kant.
● Mal estar com a modernização. Fim da razão e
fim da metafísica. A moral serve ao
ressentimento: moral dos fracos.
● “Deus está morto”: morte dos referenciais. O
homem deve criar seus próprios valores:
idealismo em aceitar a vida como ela é.
Genealogia da Moral (1887): crítica às noções
de bem, mal e verdade.
● Filosofia do Martelo
“(…) refiro-me ao doentio moralismo que ensinou o
homem a envergonhar-se de todos os seus instintos”
–Nietzsche, Genealogia da Moral, p. 64-65
“O homem prefere a vontade do nada ao nada da
vontade” –Idem, p. 174
Sigmund Freud
● Áustria, 1856-1939
● Pai da psicanálise. Id, Ego, Superego.
● O papel do inconsciente nas atitudes éticas. O
inconsciente é ativo e tenta burlar a censura
da consciência, se revelando a partir da libido –
desejo sexual. Quando reprimida, a libido cria
os males psíquicos.
● Se o ato moral é aquele feito a partir da
consciência, então atos inconscientes não
podem ser julgados como imorais.
IDE - EGO - SUPEREGO
INCONSCIENTE MORAL
Bauman
● Ética moderna: era ética, onde havia a
tentativa de a tudo prever e resolver
pela razão.
● Ética pós-moderna: a era da moral,
onde se abandonou a ilusão de uma
universalidade das leis morais, onde
os sujeitos se tornam os únicos
capazes de decidir pelo bem ou mal da
comunidade.
● Modernidade líquida: nada é feito
para durar. Não há relações, mas
conexões.
● Pós-modernidade: fim dos ideais
racionais iluministas. Fim dos
referenciais.
● Mal estar na pós-modernidade:
dificuldade de lidar com a liberdade e
seus problemas.
● Liberdade X segurança.
Voc� � livr�? (Aul� 5)
“O princípio do dano” para John Stuart Mill:
John Stuart Mill articulou esse princípio em On Liberty,
onde argumentou que "o único propósito pelo qual o
poder pode ser exercido com razão sobre qualquer
membro de uma comunidade civilizada, contra sua
vontade, é evitar danos a outros".
Só há ética e moral se houver liberdade.
Grécia
● Liberdade condicionada à POLIS.
● Não há vontade própria, mas sim STATUS
ligado à função social.
● Tragédia e destino: Ulisses, Édipo
● Liberdade = necessidade
Período Medieval
● Cristianismo e livre-arbítrio.
● Livre-arbítrio = livre vontade.
● Segundo Santo Agostinho, o livre-arbítrio é a
escolha entre o bem e o mal. E liberdade é o
bom uso do livre arbítrio.
● O homem foi criado totalmente livre, inclusive
para desobedecer a vontade divina.
CONSCIÊNCIA
● Definição de Consciência: Instância interior que
permite a cada um conhecer a si mesmo e
julgar seus próprios atos.
● Noção do que pode e não pode.
● Nasceu a partir do cristianismo: apelo à
“consciência” como investigação interior.
● As normas e a moral passam a ser geradas
pelo HOMEM.
● Liberdade como livre vontade.
Consciência de SI x Consciência ÉTICA
⬇ ⬇
desejos, sentimentos, aceitação de regras e
autoconsciência. normas.
O equilíbrio entre as duas consciências leva à ação
correta: POSSO, QUERO, DEVO.
Os problemas da liberdade
Como viver em sociedade? Há como ser livre sem o
outro?
Como ser livre sem coagir o outro?
A liberdade individual não pode prescindir da liberdade
do OUTRO: uma saída é a alteridade.
Cuidado com a licenciosidade.
Questões contemporâneas: temos excesso de
liberdade.
Somos realmente livres depois de Deus, Darwin, Marx
e Freud?
(DEUS - criatura)
(Darwin - natureza seletiva)
(Marx - Determinismo pela economia)
(Freud - Determinismo pelo inconsciente)O homem pode, conhecendo o bem, praticar o mal. A consciência da liberdade causa
angústia no homem.
“A angústia é a possibilidade da liberdade. É o medo dessa possibilidade. A angústia
é o puro sentimento do possível”.
Soren Kierkegaard
“O homem está condenado a ser livre. Condenado porque não se criou a si próprio; e
no entanto livre porque, uma vez lançado ao mundo, é responsável por tudo quanto
fizer”.
Jean Paul Sartre
Há saída?
1. Imperativo Categórico, de Kant: faça ao outro
o que deseja para si.
2. Dignidade humana: o homem deve ser um fim
em si mesmo.
3. A liberdade de um deveria garantir a liberdade
de todos.
PRINCÍPIO DO DANO
➔ John Stuart Mill: A única razão que justifica
que se restrinja a liberdade do outro é a
prevenção de danos a terceiros.
➔ “The only purpose for which power can be
rightfully exercised over any member of a
civilized community, against his will, is to
prevent harm to others".
➔ Cuidado com a tirania da maioria.
➔ Liberdade = felicidade.
Isaiah Berlim
Liberdade política:
Liberdade negativa (nada que atrapalhe a sua vida)
x
Liberdade positiva (criação e manutenção das leis)
Paradigma� étic�� (Aul� 6)
Padrão ou modelo a ser seguido
VALOR, VIRTUDE, DEVER, UTILIDADE
Valor
➔ Axiologia ( axios, do grego, valor): teoria do
valor; digno de ser dito.
➔ Juízo de realidade: coisas. Não existem valores
em si, mas objetos reais que possuem valor.
➔ Juízo de valor: atração ou repulsa. A
“bondade” das coisas, ou seja, a utilidade dos
mesmos. “O objeto valioso não pode existir
sem certa relação com um sujeito, nem
independente das propriedade naturais,
sensíveis e físicas que sustentam seu valor”
(VAZQUEZ).
➔ O “bom” é igual a útil, não apresenta valor
moral. Objetos úteis não encarnam valores
morais: uma faca é boa, ainda que seja
utilizada para ferir alguém. Relação criada
entre os seres: as coisas não são valiosas em
si, e sim adquirem valor em relação à sua
propriedade e sua relação com o homem.
➔ Valores existem como atos e produtos
HUMANOS. Um mesmo produto humano pode
apresentar diferentes valores. “É preciso
lembrar que os valores morais se encarnam
somente em atos ou produtos humanos e,
entre estes, naqueles realizados livremente,
isto é, de um modo consciente e voluntário”
(VAZQUEZ).
➔ Valor moral: bom ou mau. Valores morais são
herdados CULTURALMENTE existem a partir do
ser SOCIAL.
➔ Valor moral X preço: o valor não tem preço.
Virtude
➔ O caminho do meio, por Aristóteles.
➔ Virtús (vir): varão homem.
➔ Capacidade ou potência moral. Disposição
moral em comportar-se de maneira positiva,
ou seja, querer o bem. Se relaciona
diretamente ao valor moral e ao CARÁTER.
➔ É uma prática e não algo dado pela natureza.
➔ “Uma andorinha não faz verão” (Aristóteles):
um ato isolado não é suficiente para tornar
alguém virtuoso, ou seja, a virtude deve se
tornar um hábito.
➔ Vício: oposto à virtude; disposição de querer o
mal.
"OUTRO TRAÇO DA VIRTUDE É SER DESATENTA CONSIGO
MESMA. POR ISSO, ALGUNS AFIRMAM QUE A MAIOR DE
TODAS AS VIRTUDES SERIA A HUMILDADE, UMA VEZ QUE
ESTA É O OPOSTO SIMÉTRICO DA VAIDADE. O COTIDIANO
DA VIRTUDE NÃO É CHECAR A SI MESMA
CONTINUAMENTE NO ESPELHO PARA VER O QUÃO BEM
SUCEDIDA ELA TEM SIDO EM SER ELA MESMA. ESSA
DESATENÇÃO CONSIGO MESMA É TRAÇO ESSENCIAL DA
VIRTUDE. ASSOCIADA A ELA ESTÁ A PERCEPÇÃO DE
“NATURALIDADE” QUE TODA VIRTUDE VERDADEIRA
TRANSPARECE”. (PONDÉ)
Dever
➔ Kant: a ética do dever não visa retorno pois
nasce da razão; não deriva do prazer e assim
não promete nada.
➔ Agir segundo o dever X por dever: interesses
próprios X valor moral (o certo pelo certo). As
consequências não fazem parte do cálculo da
moral. É a INTENÇÃO o que conta.
➔ A boa vontade: não age de acordo com o
dever, mas pelo dever, determinado pela
razão. O bom idealizado. Nada é bom sem
restrição: a felicidade não é relevante, pois
advém do instinto, do desejo. A boa conduta é
a boa razão.
➔ Imperativo categórico: tratemos as pessoas
sempre como um fim em si mesmo e não
como um simples meio para se chegar a outra
coisa. Dever consigo mesmo para alcançar
perfeição e contribuir com a felicidade alheia.
➔ A lei moral só existe no DEVER, nunca como
obrigação. Necessidade de uma ação em
respeito à lei.
➔ A vontade se submete à lei pela consciência.
"EU NÃO MERECIA VENCER. EU FIZ O QUE TINHA QUE
SER FEITO. ELE ERA O REAL VENCEDOR DA PROVA,
LIDERAVA COM FOLGA E EU NÃO TINHA CONDIÇÕES DE
VENCER. ELE (ABEL MUTAI) COMETEU UM ERRO E, ASSIM
QUE VI ISSO, EU SABIA QUE NÃO PODERIA ME
APROVEITAR DA SITUAÇÃO”.
Utilidade
➔ Jeremy Bentham (1748-1832) e John Stuart
Mill (1806-1873): pensadores
consequencialistas.
➔ Útil para quem? O bom é útil para os outros,
independente do bem-estar pessoal, mesmo
que entre em contradição com interesses
pessoais.
➔ Altruísmo ético: bom para o maior número de
pessoas, juntamente com minha vontade.
➔ Se um ato é útil ele é consequentemente bom
e vice-versa, ou seja, BOM = ÚTIL.
➔ O bom/útil depende das consequências: se
esse ato trouxer boas consequências, ele é
bom, independente do que o motivou a ser
feito.
➔ Bentham: bom é prazer. Hedonismo
(hedoné=prazer). Stuart Mill: bom = felicidade.
BOM=ÚTIL=
FELICIDADE X DOR
BENTHAM: MAXIMIZAÇÃO DA FELICIDADE PARA O MAIOR
NÚMERO DE PESSOAS, COM O SACRIFÍCIO DO MENOR
NÚMERO DE PESSOAS. COLETIVISMO.
MILL: DEFESA DA LIBERDADE ATRAVÉS DO PRINCÍPIO
DO DANO.
Relaçõe� interpessoai� � direit��
human�� (Aul� 7)
● Demonstrar a necessidade da ética nas
relações interpessoais
● Identificar situações de exclusão e
violência
● Reconhecer a importância da inclusão e da
diversidade para a convivência em
sociedade
● Leitura de textos.

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