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Fatores de Risco para Suicídio

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SUICÍDIO
Fatores de Risco
Risco de 0,5% para a população geral.
Fatores modificáveis: tratamento adequado e eficaz para o transtorno depressivo e a presença de arma de fogo no domicílio.
Fatores não – modificáveis: história pregressa, história familiar, aspectos demográficos (sexo e idade).
Fatores proximais: ligados temporalmente ao ato suicida e agem como desencadeantes. Não são necessários nem suficientes para o suicídio. Ex: presença de arma de fogo em casa.
Fatores distais: base sobre a qual se estrutura o comportamento suicida e aumentam a vulnerabilidade dos fatores de risco proximais. São considerados como necessários, mas insuficientes para que ocorra o suicídio.
Fatores de proteção: gravidez, religiosidade, satisfação em viver, presença de habilidades de enfrentamento e apoio da rede social, presença de crianças em casa, senso de responsabilidade para com a família.
1. Fatores Demográficos
Idade: o risco de suicídio aumenta com a idade.
É raro em crianças menores que 12 anos, em jovens ocorre na proporção 200:1 e em idosos 4:1.
Suicídio em gênero: H = 2M.
Tentativa de suicídio em gênero: M = 3H.
2. Fatores Sociais
Estado civil: casados têm as menores taxas, seguidos pelos solteiros (2x mais), divorciados e viúvos (4x mais).
Sexualidade: homossexuais e bissexuais apresentam maiores taxas.
Desemprego e dificuldades financeiras.
Solidão e isolamento social.
Profissão: dentistas e médicos > enfermeiros, assistentes sociais, cientistas, matemáticos e artistas.
Perda de parente / amigo próximo: aumenta o risco pelos próximos 4 a 5 anos.
Problemas legais.
Porte de arma de fogo.
3. Fatores Associados a Transtornos Mentais e Outros Fatores Médicos
90% dos suicídios apresentam algum transtorno mental associado com 58 a 85% sendo depressão ou alcoolismo.
Risco significativamente aumentado para HIV, coreia de hutington, neoplasias malignas, esclerose múltipla, doença ulcerosa péptica, insuficiência renal dialítica, lesão de medula espinal e lúpus eritematoso sistêmico.
4. Fatores Familiares
História familiar de suicídio e de doença mental.
Abuso emocional, físico ou sexual na infância.
Distúrbios e violência no ambiente familiar.
5. Fatores Relacionados ao Comportamento Suicida
Tentativas de suicídios prévios.
Desesperança.
Impulsividade e agressividade.
Aspectos Psicopatológicos do Suicídio
Ideias de Morte: pessoa pensa que a morte seria um alívio, sem cogitar realiza – lo. Ela muitas vezes diz que gostaria de dormir e não acordar mais ou mesmo que poderia ter uma doença fatal.
Ideias Suicidas: ideias esparsas que invadem o pensamento do indivíduo e podem ser combatidos pela própria pessoa.
Desejo de Suicídio: acompanha as ideias de suicídio, contudo, sem pô – lo em planejamento ou ação.
Intenção de Suicídio: ameaça de por fim à vida claramente expressa, mas sem realizar a ação.
Plano de Suicídio: passa a tramar e planejar os detalhes.
Tentativas de Suicídio: atos auto – agressivos não fatais. Pode não haver necessariamente intenção de morrer. Pode ser por vingança, provocar culpa, chamar atenção.
Atos Impulsivos: atos auto – agressivos repentinos e sem planejamento suicida.
Suicídio.
Há três características psicopatológicas comuns na mente dos suicidas:
1. Ambivalência: desejo de viver e de morrer alternando – se.
2. Impulsividade.
3. Rigidez: não visualizar outras maneiras de sair do problema.
Muitas pessoas têm potencial para se tornarem suicidas quando confrontadas com situação que produz dor emocional e que elas acreditem ser inescapável, interminável e intolerável (os três is).
Os indivíduos que são repetidores crônicos de tentativas de suicídio creem que o comportamento suicida é a solução para todos os problemas.
O estresse pode fazer as pessoas com comportamento suicida esquecerem as estratégias de enfrentamento adequadas, pois o aumento do cortisol pelo estresse dificulta a memória de conteúdo verbal e prejudica a capacidade e as cognições.
Abordagem Clínica
Algumas circunstâncias sugerem maior intenção suicida, e denunciam o desejo do paciente. Entre elas destacam – se:
· A comunicação prévia de que iria ou vai se matar;
· Mensagem ou carta de adeus, planejamento detalhado;
· Precauções para que o ato não seja descoberto;
· Ausência de pessoas que possam socorrer;
· Não procurar ajuda logo após a tentativa de suicídio;
· Método violento ou uso de substâncias mais perigosas;
· Crença de que o ato será irreversível e letal;
· Providências finais (encerrar conta bancária, providenciar a escritura de imóveis, fazer seguro de vida) antes do ato;
· Afirmação clara de que deseja morrer;
· Arrependimento por ter sobrevivido.
1. Cuidados Físicos Agudos Após as Tentativas
Cuidados iniciais à saúde, se emergência clínica ou cirúrgica.
Cerca de 80% dos casos ocorrem por envenenamento.
A abordagem inicial dos envenenamentos consiste na história e no exame físico, dando atenção especial ao exame dos sinais vitais, exame ocular (pupila), exame do estado mental e tônus muscular.
Os exames laboratoriais de equilíbrio ácido – básico, gasometria e testes toxicológicos costumam ser úteis.
Primeiros cuidados: medidas de suporte básico da vida (ABC), com proteção de vias aéreas, cuidados com a respiração e a circulação sanguínea. 
Outras condutas: administração de tiamina e glicose. Administração de naloxona (intoxicação por opiáceos) ou flumazenil (intoxicação por benzodiazepínicos).
Prevenção de absorção da toxina pelo TGI por meio de esvaziamento gástrico e administração de carvão ativado, estimulação da eliminação da toxina por meio da manipulação de pH urinário, remoção extracorpórea de toxinas por hemodiálise, administração de antídotos, cuidados de terapia intensiva.
2. Avaliação Clínica do Risco
Deve – se realizar a avaliação clinica do risco, classificando quanto à gravidade ou letalidade da tentativa.
Considera – se grave aquele ato que necessita de hospitalização ou de suporte clínico – cirúrgico para evitar sequelas. A gravidade da tentativa é forte fator de risco para repetição.
3. Avaliação dos Recursos do Paciente
Avaliar a capacidade de elaboração e de resolução de problemas, os recursos materiais (moradia e alimentação), o apoio familiar, social e profissional, os eventos precipitantes.
Determinar se o fator estressante é reflexo de situação de insatisfação transitória ou crônica e indissolúvel.
4. Conduta Terapêutica
Por vezes, o uso de dose máxima tolerável de antidepressivo é necessário para atingir a remissão completa.
O ECT deve ser cogitado em casos graves de depressão, com forte determinação para o suicídio.
Como tratamento de prevenção já consagrado, o carbonato de lítio deve ser dado e mantido em nível adequado, principalmente em pacientes com transtornos do humor.
O uso de clozapina vem sendo indicado para pacientes com esquizofrenia e risco de suicídio.
Psicoterapia.

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