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1 Michele Mallmann – T14 bioquímica RESPIRAÇÃO CELULAR C6H12O6 + 6 O2 6 CO2 + 6 H2O + ATP Processo bioquímico que tem como objetivo a produção de ATP Ocorre em 3 etapas: glicólise, ciclo de krebs, cadeia respiratória (fosforilação oxidativa) • Glicólise acontece no líquido citoplasmático (citosol / hialoplasma) anaeróbica • O produto da glicólise vai para dentro da mitocôndria. • O ciclo de Krebs acontece na matriz mitocondrial aeróbica • Ao final ocorre a fosforilação oxidativa, nas cristas mitocondriais (dobras da membrana interna da mitocôndria) aeróbica GLOCÓLISE Glicólise: transforma glicose em piruvato (ác. pirúvido) esse piruvato pode ser convertido em ácido lático Ocorre no citoplasma e pode continuar na mitocôndria 2 tipos: • Aeróbica: presença de O2 e utiliza a mitocôndria há ganho de ATP • Anaeróbica: sem presença de O2 e fica somente no citoplasma 2 fases: • Preparatória: todas as moléculas são monossacarídeos de 6C (hexoses) precisa de energia, ou seja, há gasto de ATP • Compensação: monossacarídeos de 3C (trioses) há ganho de ATP (todo esse ATP se transforma em ADP) FOSFORILAÇÃO DA GLICOSE: Célula fosforila o carbono 6 da molécula para evitar que a glicose que entrou seja transportada de novo para fora Fase preparatória: transformação da glicose em glicose 6 – fosfato, a partir da hexoquinase • Transferência de um grupo fosforila do ATP para a glicose Glucose: enzima que transfere o grupo fosfato terminal do ATP • presente em todos os tipos de célula • Hepatócitos apresentam uma hexoquinase mais específica para a glicose (glicoquinase) Magnésio: cofator GLUT não reconhece glucose 6-fosfato para entrar no meio intracelular Fase 2: conversão da glicose 6-fosfato em frutose 6- fosfato • phosphohexose isomerase: catalisa a isomerização reversível de glicose para frutose; é específica para as duas hexoses Fase 3: fosforilação da frutose 6-fosfato em frutose 1,6-bifosfato enzima controla o metabolismo da via glicolítica • A frutose 6 – fosfato recebe, novamente, um grupo fosforila de uma molécula de ATP, que vai para o carbono 1, transformando em frutose 1,6 – bisfosfato • phosphofructokinase-1: catalisa a transferência de um grupo fosfato do ATP • AMP e ADP: faz a enzima aumentar a velocidade e liberar mais piruvato. • ATP: faz a enzima diminuir a velocidade e liberar menos piruvato. • Reação irreversível: ponto principal na regulação da glicose Fase 4: clivagem da frutose 1,6 bifosfato • Pela ação da enzima aldolase, a frutose 1,6 – bisfosfato é quebrada em duas outras moléculas (C3 – C4) Formação de duas trioses: • Di-hidroxiacetona fosfato não é utilizado na continuação da glicólise • Gliceraldeído 3 – fosfato 1 Michele Mallmann – T14 Fase 5: interconversão das trioses fosfato • Resumindo: energia do ATP é consumida, aumentando o conteúdo de energia dos intermediários • A partir disso, tem-se 2 moléculas de Gliceraldeído 3 – fosfato Fase 6: oxidação do gliceraldeído-3-fosfato em 1,3- bifosfoglicerato • tira elétrons e hidrogênios do glyceraldehyde → NAD+ recebe eles → forma o NADH Fase 7: transferência do P do 1,3-bifosfoglicerato para o ADP • Transferência de um grupo fosforila de alta energia para o ADP, formando a primeira molécula de ATP • Formação do 3 – fosfoglicerato Fase 8: conversão do 3-fosfoglicerato em 2- fosfoglicerato • Transferência intramolecular do grupo fosforila • Catalisa a transferência do grupo fosforil do C-3 para o C-2 do glicerato. Transferência de um grupo funcional de uma posição para outra na mesma molécula do substrato. Fase 9: desidratação do 2-fosfoglicerato para fosfoenolpiruvato • Produção de água • Enzima enolase Fase 10: transferência do grupo P do fosfoenolpiruvato para o ADP • Através da enzima piruvato quinase ocorre a transferência de um grupo fosforila de alta energia para o ADP, formando o ATP • Fosfoenolpiruvato torna-se piruvato Fase preparatória: • Energia final = 2ATP • Enzima importante dessa fase: fosfofrutoquinase 1 enzima “marca passo”, ou seja, regula a velocidade da via dependendo da quantidade de ATP e ADP • Doença de Tauri: deficiência da fosfofrutoquinase 1 (câimbras incapacitantes de fazer exercício) Fase de compensação: • Energia final = 4 ATP + 2NADH • Oxida moléculas para ganhar elétrons • Produto final: 2 moléculas de piruvato • Após essa etapa pode fazer o processo aeróbico ou anaeróbico Anaeróbico: • No citoplasma • Enzima lactato desidrogenase que está no citoplasma encontra-se com os 2 piruvatos (produto final) • Oxida as duas moléculas de NADH (que tinham sido reduzidas) transformando em NAD+ • Produto final: 2 lactatos ou ácido lático • Energia final: 4 ATP – 2 ATP = 2 ATP (não conta os NAD, pois eles foram utilizados) Aeróbica: • 2 piruvatos irão entrar na mitocôndria • Irão sofrer descarbonização oxidativa formando 1 acetil-CoA, dando início ao ciclo de Krebs • Produto final: 2 acetil-CoA • Energia final: -2 ATP + 2 NADH + 4 ATP = 7 ATP 1 Michele Mallmann – T14 Fermentação: Algumas vezes as células não conseguem oxidar completamente a glicose pela respiração celular As células requerem um suprimento constante de NAD+ que não é obtido pelo Ciclo de Krebs • Na respiração, o transporte de elétrons regenera NAD+ do NADH A fermentação é uma fonte alternativa de NAD+ Destino do piruvato em condições anaeróbicas: via de fermentação do ácido láctico O piruvato recebe elétrons do NADH e é reduzido a lactato. Regenera assim o NAD+, permitindo a continuidade do fluxo glicolítico Ácido pirúvico se transforma em ácido láctico, que impede que tenha acúmulo de ácido pirúvico. O ácido láctico sai da célula, permitindo que o músculo consiga continuar a se contrair por mais tempo Ácido láctico se forma para garantir que a contração muscular não cesse Aumenta a frequência respiratória quando o nível de oxigênio do sangue diminui Baixa oxigenação mitocondrial faz com que o ácido pirúvico se acumule no citoplasma Treinamento treina o sistema cardiovascular de forma que o oxigênio chegue mais rápido à célula para que a mitocôndria acelere seu trabalho Quanto mais ácido pirúvico no citoplasma, maior necessidade de formar o ácido láctico Quanto mais vigorosa a contração do músculo, menos a mitocôndria dá conta (aeróbica) e maior vai ser a atividade anaeróbica, para conseguir manter Ácido láctico existe para evitar a fadiga do músculo
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