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ROTEIRO DE PRÉ-NATAL

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1 MFC - @medemfocoo – Arêtuzya Oliveira 
Observações iniciais: 
• Gesta, parto, aborto (GPA); 
• Deve ocorrer, no mínimo, 6 consultas sendo preferencialmente 1 no primeiro trimestre, 2 no segundo e 3 no 
terceiro. 
• A gestante deve ser captada precocemente até os 3 meses; 
• Objetivo: diminuir mortalidade materna-infantil e garantir o acompanhamento dos indicadores para se obser-
var a melhora dos serviços prestados pelo SUS; 
• A equipe de saúde deve realizar o acolhimento adotando uma política de humanização, desde a recepção da 
mulher até o puerpério; 
• Se o atraso menstrual dor de até 16 semanas, é recomendado o teste laboratorial (B-HCG), caso o atraso seja 
mais de 16 semanas, ou já saiba que esteja grávida, o teste é dispensável e a unidade deve captar precoce-
mente a gestante. Caso a mulher venha com teste negativo >> encaminha para o programa de planejamento 
familiar; 
Após confirmar gravidez: 
• Preencher o cartão de gestante com o número do SISPRENATAL; 
• Orientar sobre o calendário vacinal; 
°
PASSO 1: Identificação 
Nome Grau de instrução 
N° do SISPRENATAL Profissão/ocupação 
Idade Estado civil 
Cor N° e idade de depen-
dentes (avaliar sobre-
carga de trabalho do-
méstico) 
Naturalidade Renda familiar 
Procedência Pessoas da família com 
renda 
Endereço atual Condições de moradia 
Unidade de referência Condições de sanea-
mento 
Dados socioeconômicos Distância da residência 
até a UBS 
 
PASSO 2: Antecedentes familiares 
Perguntar principalmente sobre incidência de: HAS, 
DM, doenças congênitas, gemelaridade, câncer de 
mama e/ou colo uterino, hanseníase, tuberculoses, do-
ença de chagas e parceiro sexual portador de HIV. 
PASSO 3: Antecedentes pessoais 
HAS, cardiopatias, DM, DRC, Anemias, distúrbio nutri-
cional, epilepsia, tireoideopatias, malária, viroses, 
alergias, hanseníase, TB, HIV, ITU, doença neurológica 
e psiquiátrica, cirugia (qual, data) e transfusões san-
guíneas. 
PASSO 4: Antecedentes ginecológicos 
• Ciclos menstruais → duração, intervalo e re-
gularidade; 
• Uso de anticoncepcionais prévios → quais, 
tempo de uso, motivo do abandono; 
• Se já fez tratamento de infertilidade e esterili-
dade; 
• DST → tratamento realizado, se parceiro fez; 
• DIP; 
• Cirurgias ginecológicas → idade e motivo; 
• Mamas → alteração e tratamento; 
• Data da última colpocitologia oncótica; 
PASSO 5: Sexualidade 
• Início da atividade sexual; 
• Se há dispareunia; 
• Prática sexual nesta gestação ou anteriores; 
• Número de parceiros da gestante e de seu 
parceiro, prévio e recente; 
• Uso de preservativos masculino e feminino; 
PASSO 6: Antecedentes obstétricos 
• N° de gestações (gravidez ectópica, mola hida-
tiforme); 
 
2 MFC - @medemfocoo – Arêtuzya Oliveira 
• N° de partos (domiciliar, hospitalar, vaginais 
espontâneos, fórceps, cesárias - indicação); 
• N° de abortamentos (espontâneos, provoca-
dos, causados por DST, complicados com in-
fecções, curetagem pós-abortamento); 
• N° de filhos vivos; 
• Idade da primeira gestação; 
• Intervalo entre as gestações; 
• Isoimunização Rh; 
• Se o RN foi pré-termo (<37s) ou pós-termo 
(>42s); 
• Se RN PIG (2.500g) ou GIG (4.000g); 
• Mortes neonatais precoces (até 7 dias de 
vida) ou tardias (7-28 dias); 
• Natimortos (intraútero), IG que aconteceu; 
• RN com icterícia, transfusão, hipoglicemia; 
• Intercorrências em gestações anteriores e pu-
erpério (especificar); 
• História de aleitamentos anteriores (duração 
e motivo do desmame); 
DUM (dia/mês/ano) – anotar certeza e dúvida; 
Peso prévio e altura; 
Sinais e sintomas na gestação; 
Hábitos alimentares; 
Medicamentos usados na gestação; 
Internação durante gestação; 
Hábitos: fumo, álcool e drogas ilícitas; 
Trabalho atual (descrever o que faz); 
Aceitação ou não da gravidez pela mulher, parceiro 
e pela família (principalmente se for adolescente) 
Identificar gestantes com fraca rede de suporte so-
cial; 
Cálculo da idade gestacional e data provável do 
parto 
 
Exame Físico (geral): 
• Determinar peso e altura – IMC; 
• Medir pressão arterial; 
• Inspeção de pele e mucosas; 
• Palpar tireoide e todo o pescoço (pesquisa de 
linfonodos); 
• Ausculta cardiopulmonar; 
• Determinar frequência cardíaca; 
• Exame respiratório, ACV e ABD. 
• Exame de membros inferiores; 
• Pesquisa de edema (face, tronco e membros); 
Exame Físico (Obstétrico): 
• Dividir a barriga em 4 quadrantes; 
• Examinar mamas (bico, coloração, tamanho, 
dor); 
• Ausculta dos batimentos cardíacos fetais (12 
semanas – sonar VR: 120 – 160bpm); 
• Medida e avaliação da altura uterina; 
• Exame ginecológico (inspeção dos genitais ex-
ternos, exame especular, coleta de material 
para exame colpocitopatológico, toque vagi-
nal). 
• Palpação obstétrica e identificação da situa-
ção e apresentação fetal; 
Palpação dividida em 4 tempos: 
1º tempo: detectar o fundo uterino (polo pélvico, 
polo cefálico); 
Obs.: A partir da sínfise púbica até o fundo uterino é 
medida a altura uterina. 
2° tempo: detectar posição fetal (dorso a direita ou 
dorso a esquerda); 
3° tempo: avaliar a mobilidade fetal (fixa, móvel ou 
ajustada), avaliar apresentação fetal (pélvica, córmica 
e cefálica); 
4° tempo: avalia a estática fetal (longitudinal, trans-
versal e oblíqua); 
 
 
Hemograma HbsAg – hepatite B 
Tipagem sanguínea e fa-
tor Rh 
EAS e urocultura 
Coombs indireto (se for 
Rh negativo) 
USG obstétrica (não 
obrigatório), verificar a 
idade gestacional; 
Glicemia de jejum Citopatológico de colo 
de útero (se necessário) 
VDRL e/ou FTA-Abs Exm. de secreção vagi-
nal (se indicação) 
Teste rápido para HIV Parasitológico de fezes 
(se indicação clínica) 
Sorologias de toxoplas-
mose (IgG e IgM) 
Eletroforese de hemo-
globina (se gestante for 
negra, tiver 
 
3 MFC - @medemfocoo – Arêtuzya Oliveira 
antecedentes familiares 
de anemia falciforme ou 
histórico de anemia crô-
nica) 
 
Nas consultas subsequentes, devem ser realizados os 
seguintes procedimentos: 
• Anamnese sucinta: deve-se enfatizar a pes-
quisa das queixas mais comuns na gestação e 
dos sinais de intercorrências clínicas e obsté-
tricas, com o propósito de se reavaliar o risco 
gestacional e de se realizar ações mais efeti-
vas; 
• Exame físico direcionado (deve-se avaliar o 
bem-estar materno e fetal); 
• Verificação do calendário de vacinação; 
• Deve-se avaliar o resultado dos exames com-
plementares; 
• Devem ser feitas a revisão e a atualização do 
Cartão da Gestante e da Ficha de Pré-Natal. 
I - Controle materno: 
• Cálculo e anotação da idade gestacional; 
• Determinar IMC: anotar no gráfico e realizar 
avaliação nutricional subsequente e o monito-
ramento de ganho de peso gestacional; 
• Medir PA – avalie se está adequada; 
• Palpação obstétrica e medida da altura ute-
rina (anotar dados em gráfico e observar 
curva de crescimento fetal); 
• Pesquisar edemas; 
• Exame ginecológico – incluir mamas; 
II – Controle fetal: 
• Ausculta do BCF; 
• Avaliar movimentos percebidos pela mãe ou 
detectados no exame obstétrico; 
• Teste de estímulo sonoro simplificado → 
avalia a resposta fetal ao estímulo sonoro com 
“buzina de kobo” (bicicleta). Reativo →au-
mento de 15 BCF em comparação a frequên-
cia anterior e/ou presença de movimento fe-
tal forte e brusco após estimulação sonora. 
III – A partir das informações colhidas, condutas: 
• Interpretar dados da anamnese e do exame 
clínico/obstétrico e correlacionar com o resul-
tado de exames complementares; 
• Avaliar se há necessidade de tratamento a 
partir das alterações encontradas ou encami-
nhar. 
• Prescrever suplementação de sulfato ferroso 
(40mg de ferro elementar/dia) e ácido fólico 
(5mg/dia), para profilaxia da anemia; 
• Oriente gestante sobre alimentação ade-
quada; 
• Agende a consulta subsequente; 
Irá depender da DUM – primeiro dia de sangramento do último ciclo menstrual. Esse é o método é o de escolha paracalcular IG em mulheres com ciclos menstruais regulares e sem uso de contraceptivos hormonais; 
I – Quando a DUM é conhecida e certa: 
• Uso do calendário: some o número de dias do intervalo entre a DUM e a data da consulta, dividindo o total 
por sete (resultado em semanas); 
• Uso de disco (gestograma): coloque a seta sobre o dia e o mês correspondentes ao primeiro dia e mês do 
último ciclo menstrual (DUM) e observe o número de semanas indicado no dia e mês da consulta atual. 
II – Quando a DUM é desconhecida, mas conhece o período do mês em que ela ocorreu: 
Se for no início do mês, considere dia 5, se for no meio, dia 15, se for no fim, considere 25. Proceda o cálculo igual 
explicado acima. 
III - Quando a data e o período da última menstruação são desconhecidos: 
A idade gestacional e a data provável do parto serão, inicialmente, determinadas por aproximação, basicamente 
pela medida da altura do fundo do útero e pelo toque vaginal, além da informação sobre a data de início dos movi-
mentos fetais, que habitualmente ocorrem entre 18 e 20 semanas: 
• Até a 6ª semana, não ocorre alteração do tamanho uterino; 
 
4 MFC - @medemfocoo – Arêtuzya Oliveira 
• Na 8ª semana, o útero corresponde ao dobro do tamanho normal; 
• Na 10ª semana, o útero corresponde a três vezes o tamanho habitual; 
• Na 12ª semana, o útero enche a pelve, de modo que é palpável na sínfise púbica; 
• Na 16ª semana, o fundo uterino encontra-se entre a sínfise púbica e a cicatriz umbilical; 
• Na 20ª semana, o fundo do útero encontra-se na altura da cicatriz umbilical; 
• A partir da 20ª semana, existe relação direta entre as semanas da gestação e a medida da altura uterina. Po-
rém, este parâmetro torna-se menos fiel a partir da 30ª semana de idade gestacional. 
Quando não for possível determinar clinicamente a idade gestacional, solicite o mais precocemente possível a ultras-
sonografia obstétrica. 
Leva em consideração a duração média de uma gestação normal (280 dias ou 40 semanas, a partir da DUM), medi-
ante a utilização de um calendário. 
Com o disco (gestograma), coloque a seta sobre o dia e o mês correspondentes ao primeiro dia e mês da última 
menstruação e observe a seta na data (dia e mês) indicada como data provável do parto. 
Outra forma de cálculo consiste em somar sete dias ao primeiro dia da última menstruação e subtrair três meses ao 
mês em que ocorreu a última menstruação (ou adicionar nove meses, se corresponder aos meses de janeiro a 
março). Esta forma de cálculo é chamada de Regra de Näegele. Nos casos em que o número de dias encontrado for 
maior do que o número de dias do mês, passe os dias excedentes para o mês seguinte, adicionando 1 (um) ao final 
do cálculo do mês. 
 
 
 
 
5 MFC - @medemfocoo – Arêtuzya Oliveira 
 
 
Referências: 
1 - Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Atenção ao pré-
natal de baixo risco [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de 
Atenção Básica. – 1. ed. rev. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2013.

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