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Virais: Principalmente a da família do herpesvirus HHV, HIV Fúngicas: Cândidas, paracoccidioidomicose Bacterianas: Tuberculose, sífilis, actinomicoses, abcessos. Ubíquos, com característica latente. HHV1, 2(Simplex), 3 (varicela-zoster), 4 (Epstein Barr), 5 (citomegalovírus), 6 (exantema súbito e esclerose múltipla, ligado a roséola), 7 (correlaciona-se ao vírus da AIDS), 8 (sarcoma de Kaposi). HHV1- HSV-1: Dissemina-se predominantemente através da saliva infectada Adapta se melhor na região oral e facial Infecção primária Exposição inicial em indivíduos sem anticorpos normalmente jovens 3-9 dias de infecção Frequentemente assintomática Forma sintomática - Gengivoestomatite herpética aguda: Maioria entre 6 meses e 5 anos. Linfadenopatia cervical anterior Ulceras bucais dolorosas com ou sem crosta Gengivas edemaciadas e eritematosas, possuem aspecto arrancado ao longo da gengiva marginal livre. Na pele perioral podem existir vesículas satélites. Febre e anorexia Em adultos a infecção primária pode causar faringotonsilites. Tratamento: Sintomático, restringir contato com as lesões, Antivirais (aciclovir 400mg, valaciclovir {mais caro, eficaz, devido ao maior tempo no organismo e posologia mais simples}), Citologia: Numerosos leucócitos, Latência no gânglio trigêmeo (Gasser): Infecção secundária normalmente motivada por alguma queda na imunidade - Uso dos axônios para ir ao gânglio. Infecção secundária ou recorrente: Reativação do vírus - sintomática e comum Afetam o epitélio inervado pelo gânglio sensitivo. Nessa fase as lesões ativas promovem contaminação com outros indivíduos e outras partes do corpo. Fatores determinantes: Idade avançada, imunossupressão, luz UV, estresse, gravidez e menstruação, trauma... Características clínicas do herpes labial: Local de inoculação ou áreas adjacentes, vermelhão do lábio e peri-bucal, múltiplas vesículas que se rompem e formam crostas, cicatrização entre 7-10 dias → ciclo de latência. Sinais e sintomas prodômicos costumam aparecer de 6 a 24 horas antes do desenvolvimento das lesões. Mesmo tratamento que a primária, antivirais tópicos e sistêmicos. Histopatológico: Células epiteliais alteradas com degeneração balonizante, amarginação da cromatina e multinucleação, acantólise com células de Tzanck Complicações: Eritema multiforme Tratamento: Antivirais tópicos e sistêmicos. Panarício herpético: Dedos da mão, ocorre em crianças como resultado da autoinoculação. Lesão por tatame ou hermes gladiatorum: Lutadores e jogadores de rúgbi. Herpes barbae. HHV2- HSV-2: Mais presente em regiões genitais HHV3- infecção secundária: Zoster ou cobreiro: Causa a varicela zoster (catapora), ocorre com frequência na infância e resulta da infecção primária. Herpes zoster e mais comum no idoso, ocorre pela reativação do vírus após a 1ª ocorrência – varicela. Afeta o lado ipsilateral do nervo. Fatores determinantes: Imunossupressão, tratamento oncológicos, neoplasia, abuso de álcool, senilidade, manipulação dentária. Características clínicas: Dividem-se em fases prodrômica, aguda e crônica. Dor – necrose neural devido a ganglionites → vírus migrando no nervo = ardência, formigamento prurido... Aguda: Vesícula → pústula → crosta Até a formação da crosta é contagiosa. 2-3 semanas. Lesões seguem a área do nervo afetado até a linha média Lesões orais ocorrem com envolvimento do trigêmio na mucosa oral ou aderida. Vesículas que ao se romperem formam ulcerações rasas. Dentes podem desenvolver pulpite, necrose pulpar, calcificações e reabsorção radicular, necrose óssea e pode estar relacionada a osteonecrose dos maxilares. Pode ocorrer envolvimento ocular, que pode levar a cegueira, lesões na ponta do nariz (sinal de hutchinson), indica, envolvimento do ramo nasociliar do NCV. Síndrome de Ramsay Hunt: Lesoes do canal auditivo externo e envolvimento dos nervos auditivos, pode gerar paralisia facial, deficiência auditiva e sintomas auditivos e vestibulares. Crônica: Rara Ocorre dor após resolução da erupção cutânea 1-3 meses no mínimo. Normalmente acaba em 2 meses. Existem relatos de suicídio devido a dor :D, acredita-se que seja devido auma ganglionite crônica. Angeíte granulomatosa- síndrome de AVC que pode se desenvolver semanas após a crise cutânea. Tratamento: Antipiréticos não AAS Loções para aliviar prurido tópico- compressas com permanganato de potássio ou água boricada Antivirais. Paracoccidioidomicose, Histoplasmose Candidíase: Candida albicans – microbiota normal. Fungo dimórfico: levedura/hifa (fase de infecção) - Hifa: Tentáculos com afinidade aos queratinócitos. Está ocorrendo um aumento das cândidas não-cândida albicans (NCAC). Pode ser indicativo de desordem local/sistêmica em adultos: Oportunista. Repercussão sistêmica pode ocorrer em pacientes imunocomprometidos Infecção de mucosas úmidas Ocorrências: Crianças, pacientes imunossuprimidos, pacientes com hipossalivação intensa ou intermitente (irradiados em cabeça e pescoço, síndrome de Sjogren, DECH (doença do enxerto), hipossalivação induzida por droga). Fatores predisponentes: Alterações agudas da microbiota (ex: estresse, uso de corticoides), irritantes locais, higiene oral precária, gravidez, deficiência imunológica (congênita, adquirida, iatrogênica), má-nutrição, uso de antibiótico. Classificação: Pseudomembranosa (sapinho): Superficial no epitélio. Placas brancas aderentes na mucosa, destacáveis à raspagem Aspecto de nata de leite Área eritematosa por baixo da área raspada (sangramento indica presença adjunta de outro processo como líquen plano erosivo ou tratamento quimioterápico) Embora seja uma lesão branca., não é uma leucoplasia – resiste à raspagem. Sintomas: Sinais prodrômicos, alteração do paladar, ardência bucal, placas distribuídas normalmente na mucosa jugal, palato e dorso da língua. Quando ocorre na região mais posterior, deve-se ficar atento à possíveis imunodeficiências. Eritematosa: Não há formação de placas/lesões brancas – forma manchas/máculas eritematosas Mais comum que a pseudomembranosa. Atrofia das papilas linguais, língua careca. Sensação de ardência e queimação Palato duro, dorso da língua e mucosa jugal Relacionadas com antibioticoterapia, xerostomia, imunossupressão, idiopática. Subtipos clínicos: Queilite angular Pode ser causado por perda da dimensão vertical ou elementos dentários Sulcos acentuados no canto da boca Tratamento: mizanazol Ocorre muito em idosos. Estomatite ou mucosite por prótese. Variados graus de eritema, pode apresentar hemorragia petequial. Geralmente assintomática. Candidíase atrófica aguda: Normalmente seguida de um longo período em uso de antibióticos. Boca com sensação de “queimada por bebida quente” e atrofia das papilas filiformes. Atrofia papilar central ou glossite romboidal mediana: Zona eritematosa geralmente assintomática bem demarcada na linha média ou dorso posterior da língua Candidíase multifocal crônica: Derivada do contato do dorso lingual com o palato duro/comissura bucal. Hiperplásica: Menos comum. Placa branca não destacável, pois, é em camadas mais profundas do epitélio. Leucoplasia por cândida – associação com displasia epitelial Lesão hiperqueratótica. Mucosa jugal (retrocomissura). Diagnóstico pela presença de hifas Resolução com antifúngicos. Mucocutânea. Provenientes de distúrbios imunológicos. Raro. Teorias de que a citocina IL-7, importante em infecções de candida, quando alterada pode resultar nesse tipo de candidíase. Comum associada a distúrbios endócrinos e de ferro sanguíneo. Diagnóstico: Clínico Citologia esfoliativa (PAS,Hidróxido de potássio), biópsia. Histopatológico: Identificação de hifas e leveduras. Maior espessura de paraqueratina na superfície da lesão, junto com alongamento das cristas epiteliais, infiltrado inflamatório crônico no tecido conjuntivo subjacente ao epitélio infectado e frequentemente são identificadas pequenas coleções de neutrófilos (microabscessos) nas camadas espinhosa e de paraqueratina, hifas de Candida estão localizadas na camada de paraqueratina Cultura: Lesões atróficas Biopsia: formas hiperplásicas avaliar presença de displasia Tratamento: Prevenção da candidose esofágica. Protocolo: Primeira linha Nistatina 100000UI 5ml 4x dia ou fluconazol 150mg/dia por 3 dias. – Inibem a formação do ergosterol, presente na membrana plasmática desses microrganismos. O fluconazol é o menos agressivo ao fígado, e tem excreta renal, porém é mais caro. A nistatina é mais barata, porém tem gosto desagradável e precisa de mais administrações por dia, tendo em vista que é administrada em solução ou pastilhas, pode dificultar a adesão ao tratamento. Segunda linha: Anfotericina B, uma suspensão oral. Resistência: Itraconazol, clotrimazol, Pozaconazol, voriconazol, equinocadinas. Associadas a prótese: troca de prótese total Queilite angular – restabelecer dimensão vertical. Sífilis: Treponema pallidum Mudança na epidemiologia: Associação com HIV, falha no uso de barreiras de proteção, conhecimento e alto número de parceiros sexuais Primária: Área de inoculação → cancro – ulceração na pele/mucosa 1-3 semanas após contato orogenital ou oroanal com lesões infectadas Lesões orais – úlcera solitária na língua /lábio Linfadenopatia cervical – achado frequente Diagnóstico: Avaliação clínica + anamnese, biópsia – Warthin-Starry, testes – PCR//VDRL//FTA- ABS//EIA//Western-blot Secundária: Caso não seja cuidada a primária Disseminação hematogênica e sintomas sistêmicos Febre, perda de peso, dor musculoesquelética Erupção cutânea maculopapular, palmoplantar Boca – placas mucosas e condylomata lata 30% Resolução espontânea em 3-12 semanas → sífilis latente. Terciária: Nada foi feito →30% Formação de goma sifilítica – endarterite granulomatosa Palato e língua Leucoplasia sifilítica Neurosífilis Cardiopatía sifilítica. Congênita (nascimento) Treponema atravessa a barreira placentária Tríade de Hutchinson Dentes de Hutchinson (molares em amora e incisivos em forma de chave de fenda) e ceratite ocular intersticial e surdez. Manifestações orais: Intervir em estados menos avançados - Infecção pode se disseminar rapidamente. Leva o paciente ao óbito se não tratada Atenção para o clínico não se contaminar. Diagnóstico/ protocolo: Testes não específicos +- após 3 semanas - VDRL Testes específicos +- no início dos sintomas - FTA-ABS Solicitação de exames para outras IST Tratamento: Antibiótico em doses elevadas - Penicilina Causada por bactérias anaeróbias gram-positivas, filamentoses e ramificadas – actinomicetos Componente normal da microbiota oral – criptas amigdalianas, biofilme e cálculo, dentina cariada, sequestros ósseos, sialolitos, sulco gengival e bolsas periodontais Quando há o crescimento dentro da cripta amigdaliana, pode-se sentir os tampões dentro da cripta Patógenos comuns: Actinomyces israelli, A. viscosus, A. naeslundii, A. odontolyticus, A. meyeri, A. pyogenes, A. viscosus e A. bovis, A. propionica e Bifidobacterium dentium Características clínicas Infecção aguda, com progressão rápida ou infecção crônica de disseminação lenta associada à fibrose Região cervicofacial (55%) - o microrganismo entra num trauma prévio. Lesão de tec. mole, bolsa periodontal, dente desvitalizado, alvéolo dentário pós-exodontia ou infecção amigdaliana Liberação de partículas amareladas, que são colônias da bactéria – grânulos sulfúricos Área endurecida de fibrose, com aspecto “lenhoso”, que ao final forma uma área central mais macia de abscesso - estende-se para a superfície, formando um trajeto fistulado com dor mínima A região submandibular, submentoniana e geniana são os sítios comuns de envolvimento, sendo a área sobrejacente ao ângulo da mandíbula o mais afetado As criptas amigdalianas sofrem principalmente hiperplasia variável A hiperplasia amigdaliana considerada secundária à infecção actinomicótica das criptas parece não responder aos antibióticos Glândulas salivares: Possível formação de abcessos nos espaços masseterino e submandibular, na parótida e submandibular Infecções mais localizadas ocorrem em glândulas salivares menores, as quais também podem demonstrar tampões mucosos ou sialólitos Osteomielite na mandíbula e maxila é comum – trauma, infecções periodontais, dentes não vitais e sítios de exodontia são todos vias de acesso Áreas radiolúcidas mal delimitadas frequentemente circundadas por um halo radiopaco Colonização intraóssea do cisto dentígero sem manifestação clínica ou radiográfica Lesões periapicais inflamatórias bacteriana resulta em lesões de tratamento mais difícil, permanecem localizadas e não evoluem para a actinomicose cervicofacial invasiva Características histopatológicas Faixa fibrosa periférica numa zona composta por tecido de granulação apresentando infiltrado crônico circundando grandes coleções de polimorfonucleares e, eventualmente, colônias de microrganismos As colônias consistem em filamentos em forma de clava que formam um padrão de roseta radiada Prata metenamina: evidencia os microrganismos Quando se tornam deslocadas do exsudato, um contorno de neutrófilos se adere à periferia dos microrganismos Diagnóstico Diagnóstico através das culturas, mas menos de 50% dos casos são positivos por causa do crescimento demasiado de bactérias Na ausência de resultados positivos na cultura, uma forte presunção diagnóstica pode ser feita pela demonstração de colônias típicas em material de biopsia das lesões. O material para cultura e exame histopatológico é obtido na exploração cirúrgica, com a punção aspirativa por agulha fina A presença de grânulos sulfúricos pode ajudar no diagnóstico diferencial por ser rara em outras infecções Pode ser usado anticorpo conjugado com fluoresceína nos grânulos para identificação definitiva Tratamento e prognóstico Uso comum da penicilina (tetraciclinaem alérgicos), mas também de amoxilina Pacientes nos quais os microrganismos tenham invadido as estruturas adjacentes e se disseminado através dos tecidos moles Fibrose crônica: altas doses de antibiótico por tempo prolongado, drenagem do abcesso e excisão da fístula Actinomicose cervicofacial inicial: período de penicilina de cinco a seis semanas Infecção profunda pode necessitar de até doze meses de tratamento Osteomielite por actinomiceta: antibiótico apenas quando há persistência, combinado com a cirurgia apropriada, até 3 meses de tratamento Actinomicose periapical e pericoronária localizada, abscessos na língua e sialodenites subagudas focais com envolvimento intraductal respondem bem à remoção cirúrgica do tecido infectado Infecção fúngica profunda - Paracoccidioides brasiliensis América do Sul ou na América Central. Áreas endêmicas: Dasypus novemcintus (conhecido como tatu-galinha) - hospedeiro deste microrganismo A Blastomicose sul-americana - predileção pelo sexo masculino Aspectos Clínicos Aspectos Histopatológicos Paracoccidioides brasiliensis induz uma resposta inflamatória granulomatosa; Biópsia da lesão oral: Hiperplasia pseudoepiteliomatosa, além de ulceração do epitélio sobrejacente; Frequentemente os microrganismos exibem vários brotamentos na célula-mãe, resultando em uma aparência que foi descrita como “orelhas do Mickey Mouse” ou um timão de navio Diagnóstico Cultura ou identificação dosmicrorganismos característicos no material de biopsia Se o microrganismo não apresenta aparência microscópica típica, hibridização in situ usando sondas de DNA complementares específicas para C. immitis podem ser realizados como confirmação diagnóstica Preparações citológicas do esfregaço brônquico ou amostras de esputo Estudos sorológicos são úteis para apoiar o diagnóstico e podem ser feitos ao mesmo tempo que o teste cutâneo Tratamento Depende da gravidade da apresentação da doença; Casos simples e moderados: trimetoprima/sulfametoxazol (Derivados da Sulfonamidas); Casos Graves: Anfotericina B intravenosa e Itraconazol Oral. O cetoconazol também pode ser utilizado, embora os efeitos colaterais sejam piores do que os associados ao itraconazol Doença infecciosa crônica - Mycobacterium tuberculosis. Estima-se que 2 bilhões de pessoas estejam infectadas no mundo. Tuberculose primária: Indivíduos sem contato com o microrganismo e envolve quase sempre o pulmão. Nódulo localizado fibrocalcificado no sítio inicial do envolvimento - sinalizador da infecção A doença ativa geralmente ocorre após uma imunossupressão. Costuma ocorrer tardiamente na vida pela reativação da infecção primária - tuberculose secundária. Associada a medicamentos imunossupressores, diabetes, idade avançada, pobreza, condições de vida superpovoadas e AIDS Manifestações Clínicas A tuberculose primária é em geral assintomática; As lesões na cabeça geralmente são uma infecção secundária do foco pulmonar; Locais da cabeça e pescoço mais afetados: cavidade nasal, nasofaringe, cavidade oral, glândula parótida, esôfago e espinha dorsal; Tuberculose oral primária é rara e mais comum em crianças e adolescentes; As lesões orais na tuberculose são incomuns, mas quando acomete, apresenta-se como ulcerações crônicas e aumentos de volume; o Lesões mais frequentes: úlceras crônicas na língua, aumento mandibular, mas afetando também gengiva, lábios, mucosa jugal, palato mole e palato duro; o As lesões co-existem com linfonodos palpáveis; Manifestações Histopatológicas Reação de hipersensibilidade mediada por células; Formação de granulomas; o Tipo caseoso clássico com necrose central e é circundado por células epitelióides, tipo de células gigantes de Langerhans e infiltração de linfócitos. o Paciente com tuberculose: tubérculo. o Pacientes imunocomprometidos: granuloma pode ser não caseoso. Para detecção de micobactérias: o Ziehl-Neelsen e outras colorações ácido-resistentes. Diagnóstico o Microscopia de fluorescência com auramina-rodamina → Resultado negativo não exclui completamente a possibilidade de TB. Escassez relativa dos microrganismos dentro dos tecidos. o Biópsias repetidas podem ser necessárias → caso não seja possível: biópsia aspirativa por agulha fina. o Incertezas quanto à relação diagnóstico vs. história: Exame clínico e radiológico deve ser realizado. Confirmação laboratorial e o exame histopatológico minucioso são essenciais o Cultura de microrganismos a prova absoluta da doença. Melhores ferramentas para diagnóstico: o Testes moleculares; o Testes microbiológicos. ▪ Ex: Cultura e tubo indicador de crescimento micobacteriano. Tratamento Idêntico ao tratamento da Tuberculose sistêmica; Combinação de 4 medicamentos: Isoniazida (INH), Rifampicina (RIF), Pirazinamida (PZA) e Etambutol (ETO)- administrados todos os dias durante os primeiros 2 meses, seguidos por 4 meses adicionais com 3 medicamentos (INH, RIF e etambutol); o Múltiplos medicamentos? Sim, o patógeno pode tornar-se resistente (mutações) a tratamentos com apenas um. o Com essa terapia, observa-se resultados positivos em pacientes que também apresentam HIV; Quimioprofilaxia: Pacientes que testaram positivo para o teste cutâneo PPD e sem sintomas nem sinais da doença em estado ativo. Celulite que penetra através da região submandibular; o Geralmente se desenvolve a partir da disseminação de uma infecção aguda no molar inferior o Prevalente em pacientes imunodeprimidos Manifestações clínicas Podem acometer as regiões submandibular, sublingual e submentoniana; Tumefação no pescoço - pescoço de touro; Língua lenhosa; Dor no pescoço e no soalho de boca; Disfagia, disfonia, disartria, sialorréia e garganta dolorida; Febre, calafrios e leucocitose; Obstrução respiratória secundária ao edema da laringe; Caso não seja tratada corretamente, pode causar infecção necrosante do mediastino, uma condição grave e fatal. Tratamento No atendimento inicial, muitos clínicos administram corticoides sistêmicos, como a dexametasona intravenosa (IV). Antibióticos: Ceftriaxona intravenosa, penicilina, clindamicina ou cloranfenicol. Aminoglicosídeos são administrados para os micro-organismos resistentes Intervenção cirúrgica Infecção altamente contagiosa causada por um vírus da família dos paramixovírus, gênero Morbillivirus. Características Clínicas Maioria dos casos: final do inverno e primavera; Dissemina-se através de gotículas produzidas pela respiração; Período de incubação: 14 dias; Indivíduos afetados - infectantes quatro dias antes de se tornarem sintomáticos e até quatro dias após o aparecimento da erupção associada; Vírus - associado à hiperplasia linfóide que envolve locais como linfonodos, tonsilas, adenóides e placas de Peyer. A infecção apresenta 3 estágios, cada um com duração de 3 dias o Primeiro estágio: coriza, tosse, conjuntivite, febre e manchas de Koplik ▪ Manchas de Koplik: Manifestação oral mais distinta observada durante estágio inicial ▪ Focos de necrose epitelial, aparecendo como pequenas manchas branco-azuladas (ou “grãos de sal”) circundadas por eritema ▪ Locais clássicos de envolvimento: mucosa labial e jugal e, mais raramente, palato mole o Segundo estágio: febre persistente, manhcas de Koplik desaparecem, erupção maculopapular e eritematosa (morbiliforme) inicia ▪ Envolvimento inicial: na face, com disseminação descendente para o tronco e extremidades ▪ Finalmente, observa-se uma erupção maculopapular eritematosa difusa, que tende a desaparecer sob pressão ▪ Dor abdominal secundária ao envolvimento linfático não é rara. o Terceiro estágio: febre termina, erupção começa a desaparecer - substituída por pigmentação acastanhada, descamação da pele nas áreas previamente afetadas pela erupção Características Histopatológicas Manchas de Koplik → hiperparaqueratose com espongiose, disceratose e células epiteliais gigantes sinciciais. Células gigantes → nº de núcleos entre 3 e + de 25 Células epiteliais → coloração rósea nos núcleos ou, menos comumente, no citoplasma Microscopia eletrônica → inclusões constituem agregados microtubulares característicos do paramixovírus Envelhecimento das manchas → o epitélio apresenta intensa exocitose neutrofílica → microabscessos, necrose epitelial e, finalmente, ulceração Exame do epitélio adjacente à ulceração → sugestivas células gigantes sinciciais Exame do tecido linfóide hiperplásico (estágio prodrômico) → frequentemente → alteração semelhante Diagnóstico Direto e com base na história e nas manifestações clínicas. Confirmação laboratorial pode ter valor em casos isolados ou atípicos Método mais comumente usado: Avaliação de anticorpos IgM em uma única amostra sanguínea. Os anticorpos geralmente aparecem no período de um a três dias após o início do exantema e persistem por um ou dois meses Confirmação mediante observação do aumento da titulação de IgG, cultura viral e RT-PCR também é possível Tratamento e Prognóstico Prevenção primária- essencial na redução da morbidade e mortalidade associada ao sarampo. A vacina é feita com vírus vivo e atenuado; Vacinação recomendada: primeira dose entre 12 a 15 meses de vida e a segunda dose entre as idades de quatro a seis anos. A vacina éaltamente eficaz, com mais de 99% dos pacientes desenvolvendo imunidade a longo prazo após o recebimento das duas doses - NÃO há risco de sequela neurológica permanente e não há nenhuma evidência científica que apoie um risco aumentado para autismo ou doença inflamatória intestinal Pacientes sadios com sarampo: líquidos e antipiréticos que não contenham aspirina para alívio sintomático Etiologia: HIV – Retrovírus responsável pela AIDS Danifica o sistema imunológico, afetando principalmente linfócitos T CD4+ A presença do vírus HIV NÃO significa apresentar a doença AIDS o A presença do vírus é encontrada principalmente na maioria dos fluídos corporais. Formas de transmissão: Contato sexual, exposição parenteral a sangue e transmissão da mãe para o feto durante o período perinatal Manifestações clínicas 1 a 6 semanas após exposição – Síndrome Viral Aguda (50% a 70% dos pacientes infectados) Sintomas: Linfadenopatia generalizada, dor de garganta, febre, erupção maculopapular, cefaleia, mialgia, artralgia, diarréia, fotofobia, neuropatias periféricas. Alterações orais podem incluir eritema da mucosa e ulcerações focais. Durante a síndrome viral aguda, em geral, a infecção pelo HIV não é considerada ou investigada. Sucede-se um período assintomático variável: o Alguns pacientes apresentam linfadenopatia generalizada persistente (LGP) o Em outros (antes do desenvolvimento da AIDS), ocorre um período de febre crônica, perda de peso, diarreia, candidíase oral, herpes zoster e/ou leucoplasia pilosa oral (LPO) – Quadro complexo relacionado a AIDS. Lesões fortemente associadas a infecção pelo HIV o Candidíase eritematosa, pseudomembranosa, quelite angular o Leucoplasia pilosa o Sarcoma de Kaposi o Linfoma não-Hodgkin o Doenças periodontais: eritema linear gengival, gengivite necrosante, periodontite necrosante Lesões vistas na infecção pelo HIV o Infecção bacteriana: Actinomyces israelii, Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae o Doença da arranhadura do gato o Angiomatose o Reações medicamentosas: ulcerações, eritema multiforme, reações liquenóides, epidermólise tóxica o Lesões fúngicas, exceto candidíase o Distúrbios neurológicos: paralisia facial e neuralgia trigeminal o Estomatite aftosa recorrente o Infecções virais: citomegalovírus e molusco contagioso Manifestações Histopatológicas Corte histopatológico corado pelo ácido periódico de Schiff (PAS) revelando diversos microrganismos fúngicos implantados na camada superficial de queratina Epitélio oral exibindo hiperparaqueratose e uma faixa de “células balonizantes” na camada espinhosa superior. Em maior aumento se observa células epiteliais, exibindo núcleo em colar de pérolas. Tratamento Deve ser iniciado assim que o diagnóstico for realizado o Terapia antirretroviral Existem 22 medicamentos, podendo ser: Inibidores nucleosídeos de transcriptase reversa, Inibidores não nucleosídeos da transcriptase reversa, Inibidores da protease, Inibidores de entrada e Inibidores da integrase. O tratamento torna o HIV quase indetectável em muitos pacientes. Apesar de ainda não haver a cura, o tempo de sobrevida está aumentando cada vez mais, resultado do diagnóstico precoce e do tratamento
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