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Aula 2 ADAPTAÇÃO DO RN À VIDA EXTRA UTERINA

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Professora: Ruth Kelly
Disciplina: Enfermagem neonatológica e pediátrica 
CLASSIFICAÇÃO DO RECÉM-NASCIDO
De acordo com a Organização Mundial de Saúde:
•Prematuros ou pré-termo: aqueles com idade gestacional
inferior a 37 semanas.
•A termo: aquele que apresenta idade gestacional de 37 a 41
semanas.
•Pós-termo: aquele que apresenta idade gestacional acima de
42 semanas.
CARACTERÍSTICAS BIOLÓGICAS DA ADAPTAÇÃO
• O RN assume funções vitais após o nascimento;
• Inicia-se um período crítico de 24h – período de
transição, relacionado a adaptação do neonato à vida
extrauterina;
• Período de transição – ocorrem alterações em todos os
sistemas corporais.
• O enfermeiro precisa estar atento ao período de
transição e reconhecer os sinais de uma adaptação
deficiente – intervir quando necessário.
SISTEMA 
CARDIOVASCULAR
SISTEMA CARDIOVASCULAR
Vida intrauterina - Circulação fetal 
• Placenta - órgão de troca;
• Ducto venoso - liga a veia cava inferior à veia umbilical
desvia o sangue da placenta para a veia cava inferior e
supre o fígado;
• Forame oval - abertura entre os átrios desvia o sangue
do AD para o AE;
• Ducto arterioso - liga a artéria pulmonar à aorta desvia
o sangue para a aorta → suprimento do tronco e
membros inferiores.
SISTEMA CARDIOVASCULAR
Vida extrauterina - Circulação neonatal 
• Placenta – deixa de existir 
• Ducto venoso – fecha após o nascimento → os vasos 
são laqueados e contraem-se 
ligamento venoso 
Veia umbilical 
ligamento redondo 
SISTEMA CARDIOVASCULAR
Vida extrauterina - Circulação neonatal 
Forame oval 
• Fechamento funcional – após o nascimento → pressão 
do AE AD 
• Fechamento anatômico – meses após o nascimento 
Ducto arterioso
• Fechamento funcional – 15 a 24h após o nascimento 
→ os pulmões enchem de ar → redução da resistência 
pulmonar 
• Fechamento anatômico – 1 a 2 semanas → ligamento 
arterial 
SISTEMA CARDIOVASCULAR
• Como o fechamento anatômico ocorre após o
fechamento funcional, os shunts fetais podem se abrir
intermitentemente antes de se fechar por completo.
• A abertura intermitente do shunt ocorre devido a
condições que causam aumento da pressão da veia
cava e do átrio D (choro), o que poderá causar sopros
funcionais.
• Os shunts permitem que o sangue não oxigenado passe
do lado D para o lado E do coração, desviando-se da
circulação pulmonar, podendo ocorrer cianose
transitória.
SISTEMA 
RESPIRATORIO
SISTEMA RESPIRATORIO
Vida intrauterina – Placenta
 Forma-se por volta da 3ª
semana;
 Transporte de O2 e
metabólitos;
 Eliminação de produtos
degradáveis;
 Órgão endócrino.
SISTEMA RESPIRATORIO
Vida intrauterina – Pulmões fetais
• Preenchido por líquido alveolar e amniótico;
• Saturação de O2 de 10 a 20% (hipoxemia);
• Pressão parcial de dióxido de carbono (PaCO2) de 58%
(hipercapnia);
• pH arterial de 7,28 (acidose).
SISTEMA RESPIRATORIO
Vida intrauterina – Surfactante:
• Secretado pelos pneumócitos tipo II por volta da 24 e 30
semanas de gestação;
• Fosfolipídio que diminui a tensão superficial dos fluidos
pulmonares e evita o colapso alveolar ao final da
expiração;
• Facilita as trocas gasosas, diminui as pressões de
insuflação necessárias para a abertura das vias
respiratórias, melhora a complacência pulmonar e
diminui o trabalho respiratório.
SISTEMA RESPIRATORIO
SISTEMA RESPIRATORIO
Substituição de líquido por ar 
SISTEMA RESPIRATORIO
Estímulos que deflagram a 1ª respiração 
• Químico: Oxigênio baixo, dióxido de carbono elevado e
pH baixo → Impulsos → excitam o centro respiratório.
• Térmico: Calafrio do RN → impulsos sensoriais da pele
→ transmitidos para o centro respiratório.
• Mecânico: Compressão torácica e retração elástica →
alterações nas pressões intra e extrauterina dos
pulmões.
• Sensorial: Luz, som e toque. 
SISTEMA RESPIRATORIO
• Tempo necessário para limpar os pulmões → 6 a 24h
após o parto vaginal de um RN sadio a termo.
• A remoção inadequada do líquido pulmonar pode causar
Taquipnéia Transitória do RN.
• A FR do neonato varia no primeiro dia, estabilizando-se
em cerca de 24h após o nascimento.
Sistema Hematopoiético 
Sistema Hematopoiético 
Intrautero Extrautero
• Baixa sat. de O2 → 
aumento da produção de 
eritropoietina → produção 
de hemácias 
• Feto: Baixa sat. de 02 → 
↑ liberação de 
eritropoietina → ↑ 
produção de hemácias → 
oxigenação tissular 
adequada 
• ↑ a sat. de O2 → 
liberação de eritropoietina 
↓ a produção de 
hemácias
• RN: ↑ sat. de 02 → ↓ 
liberação de eritropoietina 
→ ↓ produção de 
hemácias → anemia 
fisiológica
• Extrautero
Sistema Hematopoiético 
Sistema Hematopoiético 
Intrautero Extrautero
• Hemácias fetais -
produzem hemoglobina F 
que tem maior afinidade 
com oxigênio que a 
hemoglobina A.
• Hemoglobina RN a 
termo é de 17,5g/dl 
Prematuro (26 a 30 
sem) é de 13,4g/dl.
• Hemácias RN -
hemoglobina A é 
substituída por 
hemoglobina F.
• Hematócrito RN a termo 
é de 53,5% e no 
prematuro (26 a 30 sem) 
é de 41,5%. 
Sistema Hematopoiético 
Hemostasia
• Sistema hemostático eficaz, porém imaturo;
• Tempo de sangramento mais curto no RN a termo e
mais longo no prematuro;
• Plaquetas com vida média semelhantes à do adulto,
porém com capacidade de agregação diminuída;
• ↓ fatores dependentes de Vitamina K, ↓ produção de
trombina e desequilíbrio entre os inibidores de
coagulação e sistema fibrinolítico.
Sistema Hematopoiético 
Assistência de Enfermagem com o neonato com 
sangramento 
• Evitar injeções IM, punções e procedimentos invasivos; 
• Lavagem gástrica cuidadosa com soro em temperatura 
ambiente, evitar soro gelado (hipotermia) e lavagens 
repetidas;
• Controlar estado hemodinâmico;
• Manter vias aéreas pérvias; 
• Monitorização da saturação O2; 
• Avaliar o RN. 
SISTEMA HEPÁTICO 
SISTEMA HEPÁTICO 
• O fígado é o mais imaturo dentre os órgãos 
gastrointestinais; 
• Atividade da enzima glicuronil transferase está reduzida; 
• Deficiente na formação das proteínas plasmáticas 
(edema); 
• A protrombina e outros fatores de coagulação mostram-
se baixos; 
• Armazena menos glicogênio ao nascimento.
SISTEMA HEPÁTICO 
Responsável por 
• Conjugação da bilirrubina 
• Coagulação sanguínea 
• Metabolismo dos carboidratos 
• Armazena- mento de ferro 
SISTEMA HEPÁTICO 
Conjugação de Bilirrubina
• Quebra das hemácias – bilirrubina não conjugada 
(lipossolúvel)
• O fígado converte a bilirrubina em conjugada 
(hidrossolúvel) para ser excretada
Coagulação sanguínea
• Imaturidade na utilização da vitamina K, que catalisa a
síntese da protrombina pelo fígado, e ativa 4 fatores de
coagulação (II, VII, IX, X).
ICTERÍCIA FISIOLÓGICA
• 48 a 72 horas após o nascimento
• Nível sérico de bilirrubina: 4 a 12 mg/dl em torno do 3° ao 5°
dia após o nascimento
• Desaparece em torno do sétimo dia de vida
• Condições que podem provocar a icterícia fisiológica:
circulação hepática diminuída, aumento na carga de bilirrubina,
captação hepática de bilirrubina plasmática reduzida, conjugação
da bilirrubina diminuída e excreção de bilirrubina diminuída.
ICTERÍCIA PATOLÓGICA
• Ocorre dentro das primeiras 24 horas
• Nível sérico de bilirrubina: acima de 13mg/dl
• Condições como: incompatibilidade sanguínea ABO ou Rh;
anormalidade hepáticas, biliares ou metabólicas; ou infecções.
ICTERÍCIA DO LEITE MATERNO
• Teoria: está relacionada a níveis elevados da enzima beta-
glicuronidase no leite materno – o que provoca um aumento da
absorção de bilirrubina intestinal no neonato, bloqueando a
excreção de bilirrubina.
• Aparece quando a icterícia fisiológica cede.
• Nível sérico de bilirrubina: 15 a 25mg/dl entre o 10° e o 15°
dia.
• Pode persistir por vários dias ou meses
• Um nível de bilirrubina que diminue de 24 a 48 horas após a
descontinuação da amamentação confirma o diagnóstico.
ICTERÍCIA ASSOCIADA À AMAMENTAÇÃO
• Causa: ingestão calórica deficiente que leva a um transporte
hepáticoe remoção da bilirrubina corporal reduzida.
• Manifesta-se de 48 a 72 horas após o nascimento
• Nível sérico de bilirrubina: 15 a 19mg/dl por 72 horas.
• Tratamento: medidas que garantam um adequado suprimento de
leite materno.
• Amamentar a cada 2 horas estimula a produção de leite materno e
a motilidade intestinal.
• FOTERAPIA: níveis de bilirrubina de 18 a 20mg/dl
• KERNICTERUS (encefalopatia bilirrubínica) – depósito de
bilirrubina nos gânglios basais do cérebro.
ICTERÍCIA NEONATAL
SISTEMA HEPÁTICO 
Metabolismo dos carboidratos
• A principal fonte de energia durante as primeiras 24h
após o nascimento é a glicose → armazenada no fígado
como glicogênio.
• O RN utiliza 90% dessas reservas nas primeiras 3h
após o nascimento, além dos depósitos de glicogênio
dos músculos esqueléticos.
• Glicogenólise - quebra do glicogênio em forma utilizável
de glicose na corrente sanguínea.
SISTEMA HEPÁTICO 
Metabolismo dos carboidratos
O aumento da necessidade de energia e a redução da 
liberação hepática de glicose → rápida depleção de 
reservas de glicogênio → hipoglicemia 
A glicemia estabiliza entre 
50 a 60mg/dl nas primeiras 
horas após o parto Os 
níveis de glicose ficam entre 
60 a 70mg/dl no 3 dia de 
vida Níveis de glicose 
inferiores a 40mg/dl são 
considerados anormais 
A hipoglicemia neonatal 
precoce é 
frequentemente 
transitória
A hipoglicemia 
persistente necessita de 
intervenção
SISTEMA HEPÁTICO 
Armazenamento de ferro 
• No RN a termo o fígado contém ferro suficiente para 
produzir hemácias até a idade de 4 a 6 meses. 
• O fígado remove o ferro das hemácias destruídas e o 
armazena para utilizar em novas hemácias. 
SISTEMA RENAL
SISTEMA RENAL
Todos os componentes estruturais estão presentes, mas
há deficiência funcional na capacidade renal de concentrar
a urina e de lidar com as condições de estresse
hidroeletrolítico (desidratação e sobrecarga de solutos).
SISTEMA RENAL
• Capacidade diminuída
para secretar os íons de
hidrogênio nos túbulos
para promover o
equilíbrio ácido-básico →
acidose e desequilíbrio
hidroeletrolítico.
• Estreitos e curtos, inibem
a concentração e a
acidificação da urina e
aumentam a excreção de
aminoácidos, fosfatos e
bicarbonatos.
SISTEMA RENAL
• Capacidade de 30 a 50%, com pressão de perfusão
glomerular baixa e resistência vascular alta:
• Remoção diminuída de nitrogênio e outras toxinas do
sangue.
• Capacidade reduzida de excretar o excesso de solutos e
regular a composição corporal de água.
• Taxa de Filtração Glomerular (TFG) eleva-se
rapidamente no primeiro mês de vida.
SISTEMA RENAL 
Diurese
• Deve ocorrer nas primeiras 24h; 
• A primeira urina pode ser vermelho-escura e nebulosa 
pela presença de uratos e muco; 
• Aspecto levemente vermelho não tem significado clínico 
Incolor e inodora, possui densidade específica que varia 
entre 1.000 a 1.020 ↑ ingestão hídrica ↑ débito urinário 
→ urina clara RN amamentado com fórmula, requer 6 
trocas de fraldas diárias RN amamentado no peito - 10 a 
12 trocas de fraldas. 
COR DA URINA DO RECÉM-NASCIDO 
Sistema Gastrointestinal 
SISTEMA GASTROINTESTINAL 
• O RN a termo deglute, digere, absorve, metaboliza 
proteínas, carboidratos simples e emulsifica gorduras.
Enzima Amilase pancreática 
• Produção deficiente até os 6 meses → compromete a 
utilização de carboidratos complexos 
Enzima Lipase pancreática 
• Deficiente → limita a absorção dos lipídios, em especial 
alimentos com elevado teor de ácidos graxos (leite de 
vaca) 
SISTEMA GASTROINTESTINAL 
Glândulas salivares
• Função adequada ao nascimento → começa a secretar
saliva no 2 e 3 mês de vida
Capacidade gástrica
• Varia de acordo com o tamanho do bebê < 30 ml no
primeiro dia até 90 ml no terceiro
Esvaziamento gástrico
• De 2 a 4h, varia com o volume da alimentação, o tipo de
alimentação e a idade do neonato
SISTEMA GASTROINTESTINAL 
Peristalse
• Ondas peristálticas rápidas e antiperistálticas
simultâneas ao longo de todo esôfago → regurgitação.
Esfíncter do cárdia
• Relaxado e imaturo → regurgitação.
Intestino
• Maior número de glândulas secretoras e maior área de
superfície → maior absorção que o adulto.
SISTEMA GASTROINTESTINAL 
Fezes neonatais
Mecônio - Substância fecal
espessa, verde-escura e inodora
que consiste em líquido
amniótico, bile, células epiteliais
e cabelo.
É eliminado nas primeiras 48h
após o nascimento
SISTEMA GASTROINTESTINAL 
Fezes neonatais 
Fezes transicionais - 2º 
ao 3º dia após inicio da 
alimentação. São marrom-
esverdeadas e liquefeitas 
Fórmula láctea - fezes 
pastosas, amareladas e 
de odor forte 
Leite materno - fezes 
amarelo-vivo, liquefeitas e 
de odor adocicado. 
SISTEMA GASTROINTESTINAL 
Síntese de vitamina K 
• Realizada por meio da colonização bacteriana e
microbiota normal dentro da primeira semana após o
nascimento.
• Nos primeiros dias após o nascimento, o trato
gastrointestinal é estéril, não tem atividade bacteriana
suficiente para sintetizar vitamina K, por isso todo RN
recebe injeção profilática de vitamina K ao nascimento.
SISTEMA 
IMUNOLÓGICO 
SISTEMA IMUNOLÓGICO 
1ª Linha de defesa 
• Pele e mucosas protegem o corpo contra agentes 
invasores 
2ª Linha de defesa 
• Células de defesa → neutrófilos, monócitos, eosinófilos, 
linfócitos T e B 
3ª Linha de defesa 
• Anticorpos específicos para um antígeno 
SISTEMA IMUNOLÓGICO 
3ª Linha de defesa 
• O RN não é capaz de produzir suas próprias
imunoglobulinas até o inicio do 2º mês de vida.
• Recebe imunidade passiva na forma de IgG, a partir da
circulação materna e do leite humano.
• São protegidos das principais doenças infantis por cerca
de 3 meses.
SISTEMA 
NEUROLÓGICO
SISTEMA NEUROLÓGICO 
SISTEMA NEUROLÓGICO 
Sistema Nervoso Autônomo
• Estimula as respirações iniciais.
• Mantém o equilíbrio ácido-básico. 
• Regula parcialmente a temperatura corporal. 
• Reflexos - alimentares, protetores e posturais. 
• Reflexos primitivos de sucção e procura. 
SISTEMA NEUROLÓGICO 
• Ao nascer o cérebro mede ¼ do tamanho do adulto.
• Cresce e amadurece: cefalo → caudal. 
• Necessita de suprimento de glicose constante. 
• Necessita de alto nível de oxigênio. 
SISTEMA NEUROLÓGICO 
• REFLEXOS são reações involuntárias a um estímulo →
primeiras formas de movimento humano.
• São usados para avaliar a integridade do SNC e para
detectar anormalidades periféricas, como alterações
músculoesqueléticas congênitas ou lesões nervosas.
• A persistência da maioria desses reflexos no segundo
semestre de vida → anormalidades do desenvolvimento.
SISTEMA NEUROLÓGICO 
TERMORREGULAÇÃO
TERMORREGULAÇÃO 
É a manutenção do 
balanço entre perda e 
produção de calor 
Extremamente 
importante para a 
sobrevida e 
crescimento do 
neonato
O RN tem capacidade 
termorreguladora limitada: 
Tendência à hipotermia 
Hipotermia por excessiva 
perda de calor → problema 
comum e perigoso! 
Superaquecem com 
facilidade
Vida intrautero –
temperatura 
aproximadamente 
37,5ºC
TERMORREGULAÇÃO
Transição 
para a vida 
extrauterina 
A temperatura 
corpórea diminui 
cerca de 0,2ºC/min 
Prematuro – até 
0,3ºC/min 
No RN normal, a 
temperatura pode cair 
até 33,5ºC em 15´ de 
exposição (temperatura 
ambiental e condição do 
RN) 
Perda de 
calor 
A temperatura corporal 
do RN depende da 
troca de calor entre o 
bebê e o ambiente 
externo
O RN hipotérmico precisa 
de várias horas para que a 
temperatura corporal 
alcance valores normais 
(ambiente favorece o 
ganho de calor)
Perda de calor
TERMORREGULAÇÃO
TERMORREGULAÇÃO 
Mecanismos da perda de calor
TERMORREGULAÇÃO
• Resposta vasomotora (vasoconstrição periférica).
• Resposta comportamental (mudança postural e choro).
• Termogênese sem tremor (gordura marrom).
TERMORREGULAÇÃO 
• Gordura Marrom – formação ocorre no último trimestre
da gestação
• Localização: Região cervical, interescapular,atrás do
esterno e axilas.
• Mais profundamente: circundando a traquéia, esôfago,
rins, glândulas suprarenais e algumas artérias principais
• Perda de calor → receptores da pele e nervos → libera
norepinefrina → oxidação da gordura marrom →
aumento da produção de calor.
• A gordura marrom pode aumentar a produção de calor
do RN em até 100%.
TERMORREGULAÇÃO
Estresse causado pelo frio 
• Maior consumo de O2 – aumento da FR 
• Vasoconstrição – perfusão pulmonar: 
- Acidose metabólica 
- Angústia respiratória 
- Piora desconforto respiratório preexistente; 
• Maior consumo de glicose – hipoglicemia; 
• Metabolismo basal aumenta – Hiperbilirrubinemia; 
• O RN apresenta vasoconstrição, cianose de 
extremidades, taquipnéia e taquicardia; 
• Avaliar 
TERMORREGULAÇÃO 
• Hipotermia: temperatura corpórea inferior a 36,5ºC
• Na hipotermia o neonato pode apresentar
hiperatividade, vasoconstrição, taquipnéia, taquicardia e
acidose.
• O tratamento consiste em aquecer e monitorizar a
temperatura do RN.
TERMORREGULAÇÃO 
• Hipertermia: temperatura corpórea superior a 37,5ºC
• Nos estados hipercatabólicos, o RN apresenta-se
taquicárdico, vasoconstrito, com extremidades frias e
pálidas.
• Na hipertermia iatrogênica o RN apresenta-se
vasodilatado, hipercorado, com extremidades quentes e
postura de extensão.
 Aumentar e/ou diminuir o aquecimento;
 Monitorizar a temperatura do neonato;
 Avaliação geral do neonato.
TERMORREGULAÇÃO
Como manter a temperatura adequada?
• Manter a temperatura ambiente entre 25 e 29,5ºC;
• Favorecer contato pele a pele com a mãe;
• Utilizar incubadoras ou berço de calor radiante;
• Banho morno somente após estabilização térmica;
• Manter o RN seco com roupas adequadas ao clima;
• Proteger contra correntes de ar;
• Utilizar toalhas e roupas aquecidas;
• Aferir temperatura axilar a cada 4 horas;
• Manter a temperatura do RN entre 36,5 e 37,5ºC;
• Orientar equipe sobre manipulação mínima.
SISTEMA TEGUMENTAR 
SISTEMA TEGUMENTAR 
Ao nascimento
• Todas as estruturas da pele estão presentes, mas muitas
funções do tegumento são imaturas.
Epiderme e derme
• Frouxamente ligadas entre si e muito delgadas. Uma fricção
discreta através da epiderme poderá provocar separação
destas camadas e formação de bolhas.
Glândulas sebáceas
• Ativas no final da vida fetal e na fase inicial da vida
extrauterina pelos ândrogenos maternos. Localizam-se no
couro cabeludo, face, órgãos genitais, produzindo o vérniz
caseoso.
SISTEMA TEGUMENTAR 
Glândulas écrinas
• Funcionantes ao nascimento, produzem suor em
resposta ao estímulo térmico ou emocional. A sudorese
palmar é valiosa na avaliação da dor.
Folículos pilosos
• Nos primeiros meses pode haver crescimento excessivo 
do cabelo ou alopecia temporária.
Melanina
• Baixa ao nascimento → pele com menos pigmento.
SISTEMA TEGUMENTAR
Recém-nascido
• Pele úmida e quente ao toque
• Lanugem, cabelo fino e felpudo, pode existir sobre as 
costas e ombros
• Camada cutânea mais externa contém verniz caseoso.
SISTEMA TEGUMENTAR
• Pele eritematosa (vermelha) por várias horas após o 
nascimento;
• Acrocianose → instabilidade vasomotora, estase capilar 
e níveis elevados de hemoglobina;
• Cianose central.
SISTEMA 
MUSCULOESQUELÉTICO
SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO
Nascimento
• Ossificação é incompleta, porém prossegue 
rapidamente;
• Os músculos são anatomicamente completos no RN a 
termo.
Crescimento
• Com a idade, a massa, a força e o tamanho muscular 
aumentam.
Sistema Reprodutor 
SISTEMA REPRODUTOR 
Masculino
• Testículos: descem para o saco escrotal ao nascimento 
(90%) 
• O esperma aparece na puberdade 
• Aderências no prepúcio (evita a separação do prepúcio 
da glande) 
Feminino
• Ovários femininos contêm todos os óvulos 
• Hipertrofia mamária (↑ do estrogênio) e 
pseudomenstruação (queda súbita dos hormônios 
maternos) 
CARACTERÍSTICAS COMPORTAMENTAIS
• Capacidades sensoriais: visão, audição, toque, paladar e
olfato.
Padrões de sono e atividade
• Período de reatividade neonatal:
o Primeiro período: 30m, rn bem alerta, em intensa
atividade e consciência de estímulos externos.
• Estágio do sono: 30 a 120 m após o nascimento ( período
de atividade diminuída).
• Segundo período de reatividade: Resposta exagerada a
estímulos externos e internos. Pode durar de 2 a 8 horas. É
comum a eliminação de mecônio durante esse período.
RESPOSTAS COMPORTAMENTAIS DO NEONATO
• Os comportamentos esperados dos RNs incluem:
o Orientação: resposta aos estímulos;
o Criação de hábito: capacidade adquirida de processar e
responder a estímulos visuais e auditivos
o Maturidade motora: depende da IG e envolve a
avaliação da postura, do tônus, da coordenação e dos
movimentos;
o Capacidade de se acalmar: refere-se a habilidade que o
RN adquire de se acalmar ou se confortar;
o Comportamentos sociais: incluem aceitar o carinho
aconchegar-se nos braços do genitor quando é pego.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM 
METAS: 
• Manter via aérea pérvia e suporte a respiração.
• Manter temperatura adequada e prevenir a hipotermia. 
• Garantir ambiente seguro e prevenir contra acidentes ou 
infecção.
• Identificar problemas que possam interferir na 
adaptação adequada.
• Avaliação periódica do RN
• Incentivar o contato pele a pele 
• Estimular o aleitamento materno
• Orientar os pais sobre os cuidados com os bebês
REFERÊNCIA
RICCI, S. S. Enfermagem Materno-Neonatal e Saúde da Mulher. Cap. 16,
pág. 377, Ed. Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2008.
KENNER, C. Enfermagem neonatal. Reichmann e Affonso editores, Rio 
de Janeiro, 2011. 
KOPELMAN et al. Diagnóstico e Tratamento em Neonatologia. Atheneu, 
São Paulo, 2010. 
WHALEY; WONG. Enfermagem Pediátrica, elementos essenciais à 
intervenção efetiva. Guanabara-Koogan, Rio de Janeiro, 2010.

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