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Anatomia Humana: Estudo do Corpo Humano

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Anatomia, Fisiologia eAnatomia, Fisiologia e
BiologiaBiologia
AUTORIA
Marcelo A. de Lima
Bem vindo(a)!
Seja muito bem-vindo(a)!
Prezado(a) aluno(a), se você se interessou pelo assunto desta disciplina, isso já é o
início de uma grande jornada que vamos trilhar juntos a partir de agora.
Vamos juntos, entrar nesse novo universo conhecido como corpo humano. Desde o
nível molecular até a grande complexidade do funcionamento dos sistemas
orgânicos, guiarei você pelos caminhos exuberantes e encantadores do corpo
humano.
Na unidade I faremos uma introdução à Anatomia Humana, sua terminologia e
estudaremos o esqueleto humano, as articulações, os músculos e o sistema
circulatório.
A �siologia do sistema neuromuscular, o controle neural do movimento e o
funcionamento dos sistemas respiratório, endócrino e digestório e excretor �carão
para a unidade II.
A unidade III trata da biologia celular, da composição e funcionamento das
estruturas e organelas celulares.
E para �nalizar, a unidade IV trata da reprodução celular, do mecanismo de síntese
protéica e do estudo dos tecidos humanos, a histologia.
Seja bem vindo a estudo fascinante do corpo humano!
Muito obrigado e bom estudo!
Sumário
Essa disciplina é composta por 4 unidades, antes de prosseguir é necessário que
você leia a apresentação e assista ao vídeo de boas vindas. Ao termino da quarta da
unidade, assista ao vídeo de considerações �nais.
Unidade 1 Unidade 2 Unidade 3 Unidade 4
Anatomia
Humana
Fisiologia Bases
macromoleculare
da constituição
celular
Biologia - ciclo
celular
Anatomia Humana
AUTORIA
Marcelo A. de Lima
Anatomia Humana é a ciência que estuda macro e microscopicamente, a
constituição e o desenvolvimento do ser humano.
A palavra Anatomia é derivada do grego anatome (ana = através de; tome = corte).
Dissecação deriva do latim (dis = separar; secare = cortar) e é equivalente
etimologicamente a anatomia.
Anatomia X Cinesiologia
Cinesiologia é a ciência que tem como objetivo a análise dos movimentos do corpo
humano.
Sabe-se que a compreensão das estruturas que compõem o aparelho locomotor,
assim como, da nomenclatura anatômica, são conhecimentos de suma importância
para o conhecimento dos movimentos humanos.
A terminologia anatômica
Designa todos os termos utilizados para indicar e descrever as estruturas do corpo
humano. Os nomes anatômicos o�ciais devem ser escritos em latim, mas cada país
pode fazer uso do próprio vernáculo para �ns de ensino, o que facilita em muito o
estudo da anatomia.
Algumas abreviaturas são de uso corrente entre os anatomistas, são elas:
A.= artéria;
Aa.= artérias;
Lig.= ligamento;
Ligg.= ligamentos;
M.= músculo;
Mm.= músculos;
N.= nervo;
Nn.= nervos;
R.= ramo;
Rr.= ramos;
V.= veia;
Vv.= veias;
gl.= glândula;
g.= gânglio.
Posição Anatômica
Nos agrupamentos humanos há evidentes diferenças morfológicas, todas as
descrições do corpo humano devem ser feitas imaginando-se o corpo em uma
posição especí�ca, chamada de posição anatômica. Na posição anatômica, o
indivíduo está em posição ereta, em pé (posição ortostática) com a face voltada para
frente e em posição horizontal, de frente para o observador, com os membros
superiores estendidos paralelos ao tronco e com as palmas voltadas para frente,
membros inferiores unidos (calcanhares unidos), com os dedos dos pés voltados
para frente. A idade é responsável por alterações anatômicas evidentes. Desde a fase
intrauterina até a velhice nosso corpo passa por inúmeras transformações. Pelo fator
sexo (masculino ou feminino) é possível diferenciar indivíduos, devido às
características especiais, muito além da simples diferença de órgãos genitais. Pela
raça, um grupo humano se distingue de outro devido a características físicas, como
por exemplo, pela cor da pele.
Com a grande variabilidade morfológica humana há possibilidade de reconhecer
várias formas constitucionais, do tipo médio aos tipos extremos e mistos. Os tipos
são chamados de brevilíneo, mediolíneo e longilíneo.
Figura 1: Posição anatômica
Fonte: shutterstock
Osteologia
AUTORIA
Marcelo A. de Lima
Conceito de esqueleto
É o conjunto de ossos e cartilagens que se interligam para formar o arcabouço do
corpo humano o sistema esquelético e responsável pela sustentação do organismo,
na proteção de estruturas vitais e como base mecânica para o movimento, sempre
correlacionando a teoria com a prática. Aproximadamente um quinto do peso total
de um indivíduo saudável é composto por seus ossos. O esqueleto humano é uma
estrutura resistente, viva e �exível.
Funções do Sistema Esquelético:
Sustentação para partes moles do organismo
Proteção de estruturas vitais
Base mecânica para o movimento (são os elementos passivos do movimento) –
os elementos ativos são os músculos
Armazenamento de sais minerais
Hematopoiética ou hematopoiética 
Divisão do Esqueleto e número de ossos:
O esqueleto pode ser dividido em:
Esqueleto Axial – Composto pelo eixo formado pelos ossos da cabeça, pescoço
e do tronco.(do latim axis igual a eixo, está formado por 80 ossos, sendo 28
ossos entre crânio e face. E 26 ossos da coluna vertebral, 24 costelas, um osso
esterno e um osso hioide).
Esqueleto Apendicular – Composta pelos ossos dos membros superiores e
inferiores.
ATENÇÃO
A união do esqueleto axial com o apendicular se faz por meio das
cinturas escapular e pélvica.
O esqueleto normalmente apresenta 206 ossos, podendo ocorrer
variações individuais.
Figura 2: Esqueleto humano
Fonte: shutterstock
Classi�cação dos Ossos
Os ossos são classi�cados de acordo com a sua forma em:
Ossos Longos:  Tem o comprimento maior que a largura e espessura e são
constituídos por um corpo ou diá�se e duas extremidades ou epí�ses.
Exemplo: Fêmur, tíbia, falanges.
Ossos Curtos:  São parecidos com um cubo, tendo seus comprimentos
praticamente iguais às suas larguras. Exemplo: Ossos do Carpo e do tarso.
Ossos Laminares (Planos):  São ossos �nos e compostos por duas lâminas
paralelas de tecido ósseo compacto, com camada de osso esponjoso entre elas.
Exemplos: Frontal e Parietal.
Ossos Alongados: São ossos longos, porém achatados e não apresentam canal
central.Exemplo: Costelas.
Ossos Pneumáticos: São osso ocos, com cavidades cheias de ar e revestidas
por mucosa (seios), apresentando pequeno peso em relação ao seu
volume.Exemplo: esfenoide, maxilas, etimoiode.
Ossos Irregulares: Apresentam formas complexas e não podem ser agrupados
em nenhuma das categorias prévias.  Exemplo: vértebras, zigomático,
mandíbula.
Ossos Sesamoides: Estão presentes no interior de alguns tendões em que há
considerável fricção, tensão e estresse físico, como as palmas das mãos e
plantas dos pés. Exemplo:
Ossos Suturais:  São pequenos ossos localizados dentro de articulações,
chamadas de suturas, entre alguns ossos do crânio. Exemplo: osso do inca.
Figura 3 - Classi�cação dos Ossos
Fonte: Shutterstock
Artrologia
AUTORIA
Marcelo A. de Lima
Articulações ou junturas são as uniões funcionais entre os diferentes ossos do
esqueleto, devemos sempre ter em mente que o nosso corpo, do ponto de vista
�siológico e anatômico, é a mais perfeita das máquinas em funcionamento. Graças
as suas articulações o corpo humano é capaz de realizar in�nitos movimentos
juntamente com as estruturas ósseas, conferindo mobilidade entre as mesmas e
estabilizando as zonas de junção entre os vários segmentos do esqueleto, tudo isso
graças ao Sistema Articular, os ossos do corpo humano unem-se uns aos outros para
constituir o esqueleto e esta união não tem somente a �nalidade de por ossos em
contato, mas também de permitir mobilidade. Podemos a�rmar que o Sistema
Articular é formado por articulações ou junturas que estão diretamente
responsáveis por realizar diversos movimentos de vários segmentos do nosso corpo.
As articulações são classi�cadas em três grandes grupos apesar das variações entre
elas, mas observamos alguns aspectos estruturais e funcionais em comum a todas
as articulações. Os três grandes grupos são: as articulações �brosas (sinartroses)ou
sólidas, as cartilaginosas (an�artroses) ou com movimentos limitados e as sinoviais
(diartroses) que são as articulações de movimentos amplos.
Fibrosas: contém tecido conjuntivo �broso. Ex. suturas do crânio.
Cartilaginosas: contém cartilagem. Ex. sín�se púbica.
Sinoviais: Providas de cavidade com líquido sinovial. Ex. articulação do joelho.
Figura 1 - Articulação sinovial
Fonte: @Gustavo_Laskoski em ResearchGate
Figura 2 - Principais articulações sinoviais do corpo humano
Fonte: MOORE: Keith L. Anatomia orientada para a clínica. 7 ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2014.
Miologia
AUTORIA
Marcelo A. de Lima
A miologia estuda os músculos. A função básica dos músculos é permitir o
movimento de partes do corpo através do processo de contração e relaxamento
muscular. Sabemos que este sistema é de grande importância para o
funcionamento do corpo humano, pois, constantemente estamos usando estes
músculos de maneira voluntária, como por exemplo, levantar uma caixa, e,
involuntariamente, no caso dos movimentos peristálticos de alguns órgãos do
abdome e os batimentos do coração. Algumas literaturas estimam um total de 650
músculos, outras falam em 500 aproximadamente.
Os músculos são estruturas anatômicas de formas e comprimentos variáveis,
formadas por miócitos e que se inserem aos ossos através de tendões, são
caracterizados pela contração (capacidade de diminuir o comprimento) e
relaxamento, onde estas ações movimentam partes do corpo, inclusive os órgãos
internos. Os músculos representam cerca de 40% a 50% do peso corporal total, e são
capazes de transformar energia química em energia mecânica.
Apresentamos três tipos de músculos em nosso corpo:
Músculo estriado esquelético: encontrado preso ao esqueleto, de controle
nervoso voluntário.
Músculo estriado cardíaco: encontrado somente no coração, de controle
nervoso involuntário, também pode ser chamado de miocárdio.
Músculo liso: encontrado em órgãos viscerais como intestino, ductos, vasos
sanguíneos, de controle nervoso involuntário.
O músculo apresenta proteínas importantes para sua contração, as principais são a
actina e a miosina. Basicamente, o músculo apresenta sua parte mais carnosa
conhecida como ventre muscular e nas extremidades podem ocorrer tendões ou
aponeuroses.
Os músculos representam os elementos ativos do movimento, pois necessitam de
Adenosina Trifosfato para entrarem em movimento.
Os músculos do corpo humano são classi�cados de várias formas, como:
quanto à situação, temos os músculos super�ciais ou cutâneos e os músculos
profundos ou subaponeuróticos.
quanto ao movimento, temos os músculos �exores, extensores, rotadores,
abdutores e adutores.
quanto à forma do ventre, temos o músculo longo, curto e largo.
quanto à disposição da �bra muscular, temos o transverso, reto e oblíquo.
quanto à função, na realização de algum movimento, são envolvidos vários
músculos como o músculo agonista, antagonista, sinergista e músculos
�xadores ou posturais. Vimos que os músculos contêm uma grande rede
vascular que é nutrida pelo sangue arterial, recebendo oxigênio e nutrientes.
Figura 1: Tipos de tecido muscular
Fonte: Brasil Escola
Sistema Cardiovascular
AUTORIA
Marcelo A. de Lima
O coração, os vasos sanguíneos e o sangue formam o
sistema cardiovascular ou circulatório. A circulação do sangue permite o transporte
e a distribuição de nutrientes, oxigênio, dióxido de carbono e hormônios para as
células de vários órgãos. O sangue também transporta produtos do metabolismo
para que possam ser eliminados do corpo. Este sistema transporta material nutritivo
que foi absorvido pela digestão e o oxigênio captado pela respiração para todas as
células do corpo e de modo semelhante, recolhe os produtos residuais do
metabolismo celular levando-os até onde serão excretados. O sistema circulatório é
do tipo fechado, ou seja, sem comunicação com o meio externo do corpo, sendo
formado pelo coração, vasos, sangue e linfa. O coração consegue bombear o sangue
devido à força de contração do músculo cardíaco, o miocárdio, o qual é revestido
externamente por uma serosa protetora denominada pericárdio.
O coração é dividido em câmaras, dois átrios e dois ventrículos, separados pelo septo
atrioventricular, e a comunicação entre essas câmaras acontece devido aos óstios
atrioventriculares, cada um com suas valvas. O coração tem o tamanho aproximado
da mão fechada, e bombeia o sangue para todo o corpo. Localiza-se na cavidade
torácica, entre os dois pulmões, no mediastino. O ápice (ponta do coração) está
voltado para baixo, para a esquerda e para frente. O coração é um órgão
tetracavitário, sendo essas cavidades:
Átrio direito e átrio esquerdo, em sua parte superior;
Ventrículo direito e ventrículo esquerdo, em sua parte inferior (mais
musculosos e fortes).
O coração é formado por três camadas:
Pericárdio– é a membrana que reveste externamente o coração, como um
saco. Esta membrana propicia uma superfície lisa e escorregadia ao coração,
facilitando seu movimento;
Endocárdio– é uma membrana que reveste a superfície interna das cavidades
do coração, é impermeável ao sangue;
Miocárdio– é o músculo responsável pelas contrações vigorosas e involuntárias
do coração; situa-se entre o pericárdio e o endocárdio. É mais espessa nos
ventrículos.
Circulação do sangue pelo
coração
O sangue venoso (rico em dióxido de carbono) que entra no átrio direito pelas veias
cavas superior e inferior passa para o ventrículo direito através do óstio
atrioventricular direito. Do ventrículo direito, o sangue venoso é bombeado para o
tronco pulmonar que se rami�ca em artérias pulmonares direita e esquerda, uma
para cada pulmão. Nos pulmões ocorre a hematose (troca do dióxido de carbono
�gura 1: Coração
Fonte: Shutterstock
SAIBA MAIS
O coração é um músculo que pesa 250 gramas, em média. No ritmo
normal, que é de 70 a 75 batidas por minuto, ele chega a dar mais de 110
000 batimentos por dia. Mas, em caso de pânico ou susto, pode subir
para 150 pulsações por minuto. No corpo em repouso, os 5 litros de
sangue são bombeados por todo o organismo em apenas um minuto.
ACESSAR
https://fernandobraganca.com.br/2016/07/30/nosso-corpo-e-nossos-numeros/
pelo oxigênio) e o sangue arterial (rico em oxigênio) retorna ao coração pelas quatro
veias pulmonares que se abrem no átrio esquerdo. Do átrio esquerdo, o sangue
arterial passa pelo óstio atrioventricular esquerdo e cai no ventrículo esquerdo que
pulsa e lança o sangue arterial para a artéria aorta, que distribuirá o sangue para
todo o corpo.
Pequena e grande circulação
Figura 2: Esquema da circulação humana
Fonte: shutterstock
ATENÇÃO
Pequena circulação: coração ⇒ pulmões ⇒ coração
Grande circulação: coração ⇒ corpo ⇒ coração
Existem três tipos básicos de vasos sanguíneos em nosso
corpo: artérias, veias e capilares.
1. Artérias: normalmente conduzem sangue rico em oxigênio. Não possuem
válvulas.
2. Veias: normalmente conduzem sangue rico em dióxido de carbono. Possuem
válvulas.
3. Capilares: são os vasos mais �nos e permitem as trocas de nutrientes, gases e
resíduos metabólicos com as células e tecidos.
Sangue
O Sangue apresenta seus elementos �gurados (hemácias, leucócitos e plaquetas) e
o plasma sanguíneo. As hemácias transportam oxigênio e dióxido de carbono, os
leucócitos estão envolvidos com a defesa do organismo e as plaquetas participam
Figura 3 - Estrutura da artérias, veias e capilares
Fonte: shutterstock
dos processos de coagulação do sangue.
Figura 4 - Sangue
Fonte: Shutterstock
REFLITA
“No meio da di�culdade encontra-se a oportunidade.”
Albert Einstein
Sistema Neuromuscular
AUTORIA
Marcelo A. de Lima
No organismo humano há três tipos musculares: o músculo estriado esquelético, o
músculo liso e o músculo estriado cardíaco.
Basicamente esses três tipos musculares têm a mesma função: realizar a contração e o
relaxamento muscular, gerando movimento.
Em todos eles há as proteínas denominadas actina e miosina que são as grandes
responsáveis pelo movimento. A fonte deenergia é o ATP e todos os músculos
dependem de comando nervoso para o funcionamento. Embora todos os músculos
realizem movimento, há diferenças importantes que podem ser visualizadas no quadro
comparativo a seguir.
Figura 1 - Tipos de músculos
Fonte: shutterstock
Quadro 1: Características dos três tipos de músculos
CARACTERÍSTICAS
MUSCULATURA
ESTRIADA
ESQUELÉTICA
MUSCULATURA
ESTRIADA
CARDÍACA
MUSCULATURA
LISA
Estrias transversais Presentes Presentes Ausentes
Núcleo Muitosperiféricos Um central Um central
Discos intercalares Não há Presentes Não há
Contração Rápida evoluntária
Rápida, rítmica
e involuntária
Lenta e
involuntária
Apresentação Formampacotes
Formam as
paredes do
coração
(miocárdio)
Formam
camadas
envolvendo
órgãos
Fonte: autor
Controle neural do
movimento
AUTORIA
Marcelo A. de Lima
Embora saibamos que há três tipos de músculos (cardíaco, esquelético e liso), este
estudo será direcionado ao Músculo Estriado Esquelético.
Esses músculos são compostos por �bras �liformes ou cilíndricas, que apresentam
estrias formadas por bandas claras e escuras de forma alternada (�lamentos de
actina e miosina). Cada célula ou �bra muscular ou é multinucleada, alongada,
podendo ultrapassar os 20 cm de comprimento. Cada célula é envolvida por uma
membrana denominada endomísio. Várias �bras musculares com seus respectivos
endomísios são envolvidas por outra membrana denominada perimísio, formando
os feixes ou fascículos musculares. Vários feixes ou fascículos com seus respectivos
perimísios são envolvidas por outra membrana, o epimísio, formando desta forma o
músculo.
Esses músculos são inervados por nervos espinhais, cranianos e estão sob o controle
voluntário do Sistema Nervoso Central.
Figura 1: Integração sistema nervoso e muscular
Fonte: shutterstock
Órgãos envolvidos no sistema
neuromuscular
No mecanismo de contração das células ou �bras musculares esqueléticas, ocorre o
encurtamento dos sarcômeros: os �lamentos de actina “deslizam” sobre os de
miosina, graças a certos pontos de união que se formam entre esses dois �lamentos,
levando à formação da actomiosina.
Para ocorrer esse deslizamento, há a participação de grande quantidade de dois
elementos importantes : íons Ca⁺⁺ e ATP. Nesse caso cabe à molécula de miosina o
papel de “quebrar” (hidrolisar) o ATP, liberando a energia necessária para a
ocorrência de contração.
Cada ponto de junção entre uma terminação nervosa e a membrana plasmática ou
sarcolema da célula muscular corresponde a uma sinapse neuromuscular. Essa
junção é conhecida pelo nome de  placa motora ou junção neuromuscular. O
impulso nervoso propaga-se pelo neurônio eferente ou motor e atinge a placa
Figura 2: Sarcômero, actina e miosina
Fonte: shutterstock
motora, em uma sinapse axo-muscular. A membrana da célula muscular ou
sarcolema recebe o estímulo. Gera-se um impulso nervoso que se propaga por essa
membrana, atinge o citoplasma e desencadeia o mecanismo de contração
muscular.
Figura   3: Unidade motora (neurônio eferente e células musculares por ela
inervadas)
Fonte: shutterstock
Sistema cardiovascular
AUTORIA
Marcelo A. de Lima
A função de circulação é realizada pelo sistema cardiovascular. Esse sistema é
formado por um órgão central, o coração, e por uma rede de vasos nos quais
circulam o sangue e a linfa.
O sistema circulatório sanguíneo tem como órgão central o coração que impulsiona
o sangue para vasos denominados artérias. Estas por sua vez se rami�cam em vasos
cada vez mais �nos até formarem as arteríolas e os capilares sanguíneos. Os
capilares apresentam apenas uma camada e são capazes de realizar trocas de
nutrientes, gases e outras substâncias com as células do corpo. Após deixarem o
oxigênio e nutrientes às células do organismo, os capilares agora coletam o dióxido
de carbono e outros produtos do metabolismo e irão formar as vênulas. Estas por
sua vez formam as veias até cheguem ao coração levando o sangue venoso ao átrio
direito.
Artérias são vasos que saem do coração levando sangue para as diversas
partes do corpo.
Veias são vasos que chegam ao coração trazendo sangue de todo o corpo.
Capilares são vasos que permitem a troca de substâncias com as células do
corpo.
Figura 1: Vasos sanguíneos
Fonte: shutterstock
O sistema circulatório linfático é formado pelos capilares linfáticos que possuem
fundo cego nos interstícios dos tecidos. Drenam o �uido intercelular, que passa a ser
chamado de linfa a partir do momento que é drenado para o interior dos capilares
linfáticos. Esses capilares con�uem em vasos cada vez mais calibrosos que
desembocam nos ductos linfáticos (que possuem válvulas) que por sua vez lançam a
linfa em veias calibrosas do sistema circulatório sanguíneo.
Estruturas importantes do sistema linfático são também os linfonodos (�ltram a
linfa) e outros órgãos linfoides como baço, timo, tonsilas, adenoides e parte da
medula óssea.
Quadro 1: Comparação entre artérias e veias
  Artérias Veias
Camadas Túnica externa, média,interna
Túnica externa, média e
interna
Válvulas sem com
Quando
cortadas Jatos de sangue Sangue corre sem jatos
Pulsação forte fraca
Posição Geralmente profundas Muitas super�ciais
Fonte: autor
Figura 2: Sistemas circulatórios sanguíneo e linfático
Fonte: shutterstock
Tabela X - título aqui
Componente Função
HEMÁCIAS, ERITRÓCITOS,
GLÓBULOS VERMELHOS
Transporte de oxigênio e dióxido
de carbono
LEUCÓCITOS OU GLÓBULOS
BRANCOS
Defesa: fagocitose ou produção
de anticorpos
PLAQUETAS OU TROMBÓCITOS Coagulação do sangue
PLASMA Contém água, enzimas,hormônios etc.
Fonte: autor
Sistema respiratório
AUTORIA
Marcelo A. de Lima
O sistema respiratório é formado em sequência pelos seguintes órgãos ou
estruturas: nariz externo, cavidade nasal, faringe, laringe, traquéia, brônquios e
pulmões. Dá-se o nome de respiração aos processos de inspiração do ar (processo
ativo – gasta ATP) e expiração (processo passivo – não gasta ATP).
Os órgãos tubulares (nariz, cavidade nasal, faringe, laringe, traquéia e brônquios)
correspondem à porção condutora de ar, enquanto os pulmões correspondem à
porção respiratória, pois realizam a hematose (troca de dióxido de carbono por
oxigênio).
Os órgãos da porção condutora, além de conduzirem o ar, também tem as funções
de aquecimento, puri�cação e umedecimento do ar inspirado, condições
importantes para que seja realizada uma boa hematose por difusão de gases nos
alvéolos pulmonares.
Figura 1- Sistema respiratório
Fonte: freepik
O pulmão direito apresenta três lobos e é maior que o pulmão esquerdo que possui
dois lobos. Ambos os pulmões são revestidos por uma serosa denominada pleura.
A hematose ocorre nos alvéolos pulmonares (últimas rami�cações dos brônquios).
Fato interessante é que os pulmões não possuem movimentos próprios e
dependem das alterações de pressão na cavidade torácica quando esta se expande
e se relaxa devido a ação de vários músculos como o diafragma, intercostais
externos, internos e escalenos. O controle nervoso para que estes músculos atuem
está sob o comando do bulbo localizado no tronco cerebral.
Figura 2: Hematose no alvéolo pulmonar
Fonte: shutterstock
Figura 3: Mecanismo de inspiração e expiração
Fonte: shutterstock
Sistema endócrino
AUTORIA
Marcelo A. de Lima
O sistema endócrino é constituído por um grande número de glândulas endócrinas.
Juntamente com o sistema nervoso que lhe fornece informações sobre as condições
do organismo, esses dois sistemas formam o aparelho integrador do organismo.
As glândulas endócrinas produzem os hormônios, que podem atuar em estruturas
não endócrinas ou podem ainda atuar sobre outras glândulas (função trópica).
Normalmente os hormônios são produzidos em pequenas quantidades e
secretados no sangue ou na linfa até que atinjam o órgão-alvo (célula, tecido, órgão
ou outra glândula). A estrutura alvo deverá possuir um receptor especí�co para cada
hormônio.
Figura 1: Sistema endócrino
Fonte: shutterstock
Quadro 1: Principais hormônios do ser humano
HORMÔNIOS
GlândulaHormônio Suas principais funções
Hipotálamo
Tireotropina (TRH)
Provoca a liberação de (TSH) na
hipó�se e regula o funcionamento
da tireoide.
Corticotro�na (CRH) Libera o (ACTH) também nahipó�se e estimula as suprarrenais
Fator (GRH) Regula o hormônio de crescimento(GH) na hipó�se
Fator (LHRH)
Regula a produção de (LH) e (FSH),
que saem da hipó�se e agem nas
gônadas.
Pineal Melatonina Controla o relógio biológico e estáligado ao sono.
Hipó�se 
(Lobo
anterior)
Somatotro�na ou
Hormônio de
Crescimento (GH)
Promove o crescimento de quase
todas as células.
Prolactina (LTH) Controla a produção do leitematerno e regula a ovulação.
Folículo estimulante
(FSH)
Estimula o crescimento do folículo
nos ovários e nos testículos, induz a
formação de espermatozoides.
Luteinizante (LH) Estimula a ovulação e a secreçãodos hormônios sexuais.
Tireotro�na (TSH)
Estimula a tireoide a produzir os
hormônios (T3 e T4) que controlam
o metabolismo.
Adrenocorticotró�co
(ACTH)
Estimula o funcionamento das
glândulas suprarrenais.
Hipó�se 
(Lobo
posterior)
Ocitocina No parto, ajuda contrair o útero; na
amamentação, a expulsar o leite.
No homem, provoca relaxamento
dos vasos e dos corpos eréteis do
pênis, aumentando a irrigação
sanguínea.
Antidiurético (ADH)
ou vasopressina
Provoca a reabsorção de água pelos
rins e controla a eliminação pelos
rins.
Tireoide
Triiodotironina (T3) e
Tiroxina (T4)
Aumentam a velocidade das
reações químicas na maioria das
células do corpo, controlando o
metabolismo.
Calcitonina
Regula a taxa de cálcio no sangue,
inibindo a sua remoção dos ossos, o
que diminui a taxa plasmática do
cálcio.
Paratireoide Paratormônio Regula o metabolismo do cálcio doorganismo.
Suprarrenais
Cortisol Indica como devemos gastar osnutrientes.
Adrenalina e
Noradrenalina
Ativam o de alerta do organismo
em situações de emergência ou
perigosas.
Pâncreas
Glucagon Aumenta a concentração deglicose no sangue.
Insulina Provoca a entrada de glicose nascélulas do corpo.
Ovários
Estrógeno
Estimula o desenvolvimento dos
órgãos sexuais e das características
femininas.
Progesterona
Rege o ciclo menstrual; prepara a
mulher para a gestação e mantém
a gravidez.
Testículos Andrógenos O principal é a testosterona,
relacionado às características
masculinas.
Fonte: adaptado pelo autor
Sistema digestório
AUTORIA
Marcelo A. de Lima
O sistema digestório humano tem por função �nal promover a absorção de nutrientes. É
constituído, em sequência pelos seguintes órgãos tubulares: boca, faringe, esôfago, estômago,
intestino delgado, intestino grosso, reto, canal anal e ânus. Estruturas acessórias produzem
substâncias que são lançadas na luz desse tubo para ajudar na digestão, são elas: glândulas
salivares (parótidas, submandibulares e sublinguais), fígado (produz a bile) e pâncreas (produz
enzimas digestivas).
Depois de ingerido, o alimento sofre digestão mecânica (mastigação e peristaltismo), física (bile) e
química (enzimas) e depois é absorvido. O que não é aproveitado pelo organismo é eliminado
através das fezes. Na cavidade oral, os primeiros estágios da digestão iniciam com a mastigação e a
secreção da saliva por três pares de glândulas salivares: glândulas sublinguais abaixo da língua,
glândulas submandibulares abaixo da mandíbula (osso maxilar) e glândulas parótidas encontradas
perto da articulação da mandíbula.
Figura 1: Sistema digestório humano
Fonte: shutterstock
Quadro 1: as principais enzimas digestivas e seus locais de atuação
  Enzima Substrato Onde éproduzida?
Onde
atua? Obs.
 
Ptialina 
(amilase 
salivar)
Quebra o
amido (um
tipo de
carboidrato
em maltose)
Glândulas 
salivares
Cavidade 
bucal
Atua pH
neutro a 
alcalino
Pepsina
Quebra
proteínas
em
peptídeos
Estômago Estômago
Atua em
pH ácido
(na
presença
de ácido
clorídrico)
Renina
Quebra a
caseína do
leite
materno
Estômago Estômago
Produzida
nos
primeiros
meses de
vida
Suco
pancreático Tripsina
Quebra
proteínas
em
peptídeos
Pâncreas Intestinodelgado
Atua em
pH
alcalino
Quimiotripsina
Quebra
proteínas
em
peptídeos
Pâncreas Intestinodelgado
Atua em
pH
alcalino
Lipase
pancreática
Quebra de
lipídeos do
tipo
triglicerídeos
Pâncreas Intestinodelgado
Atua em
pH
alcalino
Amilase
pancreática
Quebra o
amido (um
tipo de
carboidrato)
em maltose
Pâncreas Intestinodelgado
Atua em
pH
alcalino
Peptidases
pancreáticas
Quebra
peptídeos
em
aminoácidos
Pâncreas Intestinodelgado
Atua em
pH
alcalino
Nucleases Quebra
ácidos
nucléicos
Pâncreas Intestino
delgado
Atua em
pH
alcalino
em
nucleotídeos
Fonte: adaptado pelo autor
Sistema renal
AUTORIA
Marcelo A. de Lima
O sistema renal ou excretor é formado pelos rins, ureteres, bexiga urinária e uretra. A
excreção é o principal mecanismo homeostático do organismo, pois, regula a
quantidade de água e de sais minerais, assim como, elimina os dejetos celulares
através da urina. São funções do sistema excretor humano: reabsorção de
substâncias úteis ao organismo (glicose, água, aminoácidos), regulação do volume
de água, controle de sódio e potássio.
Os rins apresentam um córtex e uma medula. Sua unidade funcional é o néfron
(aproximadamente um milhão por rim). No néfron ocorrem os processos de
reabsorção de substâncias úteis e a excreção através da urina de substâncias que se
acumuladas, poderiam se tornar nocivas, como por exemplo, a uréia.
A função mais importante dos rins é a regulação homeostática do conteúdo de
água e íons no sangue, também chamada de balanço do sal e da água, ou equilíbrio
hidroeletrolítico. A remoção de resíduos é importante, mas alterações nos volumes
sanguíneos ou nas concentrações iônicas causam sérios problemas clínicos antes
que o acúmulo de resíduos metabólicos atinja níveis tóxicos. Os quatro processos
que ocorrem nos rins são:
Filtração: movimento do sangue para o lúmen;
Reabsorção: do lúmen para o sangue;
Secreção: do sangue para o lúmen;
Excreção: do lúmen para fora do corpo.
O hormônio ADH (Hormônio Anti-Diurético) tem papel expressivo no controle de
reabsorção de água. Quando o organismo precisa reter água, o hipotálamo secreta o
ADH que através da corrente sanguínea chega aos néfrons, levando à reabsorção de
água.
Figura 1: Néfron
Fonte: shutterstock
Figura 2: Sistema excretor humano
Fonte: shutterstock
SAIBA MAIS
Os rins podem regular a pressão arterial pelo aumento ou pela
diminuição do volume sanguíneo. Essa regulação é por meio de um
mecanismo hormonal, chamado sistema renina-angiotensina-
aldosterona.
Quando a pressão cai até valores inferiores a normalidade, o �uxo
sanguíneo pelos rins diminui, fazendo com que o rim secrete a
importante substância chamada renina para o sangue. A renina atua
como uma enzima convertendo uma das proteínas plasmáticas, o
substrato da renina, no hormônio angiotensina I. Esse hormônio tem
efeito pouco intenso sobre a circulação e é rapidamente convertido em
um segundo hormônio, a angiotensina II, por meio da enzima
conversora (ECA).
Essa enzima conversora é encontrada apenas nos vasos de menor
calibre dos pulmões.
A angiotensina II permanece no sangue por pouco tempo, apenas de 1
a 3 minutos, por ser inativada por outras enzimas, encontradas no
sangue e no tecido, e chamadas coletivamente de angiotensinas. Não
obstante seu reduzido tempo de ação, e que está circulando no sangue,
a angiotensina II produz vasoconstrição nas arteríolas, fazendo a
pressão aumentar até o seu valor normal.
Além do mecanismo hormonal dos rins, outro importante sistema
hormonal também participa da regulação da PA: É a secreção de
aldosterona pelo córtex da suprarrenal. Esse córtex secreta hormônios
corticoides, um dos quais, a aldosterona, controla o débito renal de
água e de sal.
A aldosterona participa da regulação da seguinte forma:  quando a
pressão arterial cai a valores muito baixos, a falta de �uxo sanguíneo
ideal pelo corpo faz com que os córtices suprarrenais secretem a
aldosterona. Uma das causas desse efeito é a estimulação das
glândulas suprarrenais pela angiotensina II que é formada quandoocorre a baixa da PA. Essa aldosterona exerce efeito no rim. Como
consequência a água e o sal �cam retidos no sangue, aumentando o
volume sanguíneo, normalizando a PA. De modo inverso, a PA
aumentada inverte esse mecanismo, de modo que os volumes líquidos
e, consequentemente a pressão arterial, diminuam.
ACESSAR
REFLITA
“O sucesso nasce do querer, da determinação e persistência em se
chegar a um objetivo. Mesmo não atingindo o alvo, quem busca e
vence obstáculos, no mínimo fará coisas admiráveis.”
Fonte: José de Alencar
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/farmacia/a-importancia-dos-rins-na-regulacao-da-pressao-arterial/63501
Proteínas
AUTORIA
Marcelo A. de Lima
São compostos orgânicos complexos (polímeros) de alto peso molecular. São
formadas por carbono, hidrogênio, oxigênio, nitrogênio e algumas apresentam
ainda o ferro e o enxofre. Suas unidades básicas ou monômeros são os aminoácidos,
que se ligam em cadeias, os polipeptídios, através das ligações peptídicas.
Os aminoácidos caracterizam quimicamente pela presença de um átomo de
carbono, ao qual se ligam um grupo carboxílico (COOH), um grupo amina (NH₂), um
radical e um átomo de hidrogênio. Os vegetais conseguem produzir todos os tipos
de aminoácidos, enquanto os animais devem obter parte deles por meio da dieta,
por não serem capazes de produzi-los.
Os aminoácidos produzidos por um organismo são chamados de aminoácidos
naturais. Aqueles obtidos por meio da dieta são denominados aminoácidos
essenciais. São conhecidos cerca de vinte aminoácidos que rotineiramente
participam da estrutura das proteínas.
Para formar as proteínas, os aminoácidos combinam-se por meio de ligações
químicas denominadas ligações peptídicas.
Figura 1: Aminoácido
Fonte: shutterstock
Em cada ligação há liberação de uma molécula de água. As proteínas podem diferir
quanto ao tipo, à quantidade e à ordem dos aminoácidos que as compõem.
As proteínas podem ser classi�cadas em duas categorias: as proteínas simples, cujas
moléculas são formadas exclusivamente por aminoácidos, e as proteínas
conjugadas, que se caracterizam pela presença, em suas moléculas, de uma parte
não proteica denominada grupo prostético.
As enzimas são proteínas e, como tais, produzidas pelo controle do DNA. Elas são os
efetores da informação genética no DNA, e é por meio delas que o DNA comanda
todo o metabolismo celular.
As proteínas participam de diversas funções, como: estrutural, enzimática,
transporte e defesa. ∙
Figura 2: Ligação peptídica
Fonte: shutterstock
Figura 3: Os aminoácidos e as diferentes estruturas das proteínas
Fonte: shutterstock
Estrutural: As proteínas compõem a membrana plasmática e os �lamentos que
sustentam as células. O colágeno, por exemplo, é uma proteína presente na maioria
dos órgãos. A actina e miosina são as principais proteínas dos músculos etc.
Enzimática: as enzimas são proteínas que catalisam as reações químicas.
Praticamente todas as reações químicas dependem da ação das enzimas. Um
exemplo amilase pancreática, que degrada o amido no intestino.
Transporte: Na membrana plasmática das células há proteínas responsáveis pelo
transporte de íons e algumas moléculas como a glicose entre os meios intra e
extracelulares. No sangue, a hemoglobina é uma proteína que transporta o oxigênio
e o dióxido de carbono para todas as células do corpo.
Defesa: Os anticorpos são proteínas responsáveis pela defesa do organismo contra
agentes estranhos, como vírus e bactérias.
Fatores como temperatura e pH são de extrema importância para se manter a
estrutura e atividade das proteínas. Quando colocadas em meios com variações
bruscas de pH e temperatura, as proteínas podem desnatura, perdem a forma e
consequentemente a função.
Figura 4: atividade enzimática
Fonte: acesse o link Disponível aqui
Lipídios
São moléculas orgânicas de longas cadeias carbônicas e são insolúveis em água e
solúveis em solventes orgânicos. São também chamadas ceras, óleos ou gorduras.
De acordo com as funções principais, os lipídeos celulares podem ser divididos em
duas categorias: lipídeos de reserva nutritiva e lipídeos estruturais, estes têm papel
relevante na manutenção da estrutura das membranas celulares.
Os lipídios podem ser classi�cados em: glicerídeos, fosfolipídios, ceras ou cerídeos,
esteróis e carotenoides.
Figura 5: Desnaturação das proteínas do ovo
Fonte: shutterstock
Glicerídeos: podem ser de origem animal, como a gordura presente em carnes
e manteiga ou de origem vegetal, como os óleos vegetais, presentes no azeite
de oliva ou no óleo de milho e canola. Os glicerídeos de origem animal são
sólidos a temperatura ambiente, enquanto os de origem vegetal são líquidos.
Podem desempenhar as funções de isolante térmico e reserva de energia
Fosfolipídios: fazem parte das membranas plasmáticas das células de todos os
seres vivos. Cada molécula de fosfolipídios tem uma região hidrofílica (que tem
a�nidade com a água) e uma região hidrofóbica (sem a�nidade com a água).
Essa característica permite que esses lipídios separem meios aquosos, como o
meio intra e extracelular, pela forma como se posicionam na membrana
plasmática.
Cerídeos ou Ceras: são lipídios produzidos por animais e plantas. Nas plantas,
de forma geral, as ceras têm função impermeabilizante. São produzidas e
depositadas na superfície das folhas ou dos frutos para diminuir a perda de
água. A cera produzida pelas abelhas também é formada por lipídios, assim
como o cerume presente nas orelhas de alguns mamíferos.
Esteroides: Um exemplo é o colesterol, lipídio presente em alimentos de
origem animal (não é encontrado nos vegetais), como carne, leite e ovos, que
faz parte da composição das membranas celulares dos animais. Os hormônios
sexuais, como estrógeno e a testosterona também são exemplos de esteroides.
Funções: Participam da composição química da membrana das células
Figura 6: Exemplo de lipídio
Fonte: shutterstock
animais e atuam como precursor de hormônios sexuais (progesterona e
testosterona).
Carotenoides: são pigmentos avermelhados e alaranjados produzidos por
seres autótrofos que participam do processo de fotossíntese.
Carboidratos ou Hidratos de
Carbono
São também conhecidos açucares hidratos de carbono ou glicídios. São compostos
orgânicos elaborados pelos organismos autótrofos fotossintetizantes. Já os
organismos heterótrofos, como os animais, devem obter essas moléculas por meio
da nutrição. Os carboidratos estão presentes em diversos alimentos, como frutas,
legumes, pães, massas e doce. Essas substâncias constituem a principal fonte de
energia para as células desempenharem suas funções, como produzir e transportar
substâncias, crescer e se dividir.
Os carboidratos são classi�cados, de acordo com a organização e o tamanho de sua
molécula, constituídos por átomos de carbono (C), hidrogênio (H) e oxigênio (O), em
três grandes grupos: ∙
Figura 7: Membrana plasmática
Fonte: shutterstock
Monossacarídeos
São carboidratos simples, que não sofrem hidrólise, de fórmula geral C (H O) , em
que n varia, de 3 a 7. As pentoses e hexoses são os monossacarídeos mais
importantes e mais comuns nos seres vivos.
n 2 n
Quadro 1: Principais carboidratos
Monossacarídeos Ocorrência e papel biológico
Galactose 
(C H O )
É um dos componentes do açúcar do leite (lactose).
Tem função energética
Frutose e Glicose 
(C H O ) Mel e frutos diversos. Tem função energética
Ribose 
(C H O ) Componente estrutural do ácido ribonucleico (RNA)
Desoxirribose 
(C H O )
Componente estrutural do ácido desoxirribonucleico
(DNA). Não segue a fórmula geral dos
monossacarídeos C (H O)
Fonte: adaptada pelo autor.
6 12 6
6 12 6
5 10 6
5 10 4
n 2 n
Dissacarídeos ou Oligossacarídeos:
São carboidratos formados pela junção de duas moléculas de monossacarídeos.
Figura 8: Pentoses
Fonte: shutterstock
Polissacarídeos:
São carboidratos constituídos por centenas ou milhares de monossacarídeos. Essas
moléculas recebem o nome de polímeros de monossacarídeos. São exemplos à
celulose, o amido, o glicogênioe a quitina.
Quadro 2: Principais dissacarídeos
Dissacarídeos Ocorrência e papel biológico
Sacarose 
(glicose+frutose)
É o açúcar da cana e da beterraba. Tem função
energética.
Lactose 
(glicose+galactose) É o açúcar do leite. Tem função energética
Maltose 
(glicose+glicose)
É obtido do amido por hidrólise. Tem função
energética.
Fonte: adaptada pelo autor.
Ácidos nucleicos
Os ácidos nucléicos são constituídos pela polimerização de unidades chamadas
nucleotídeos
Os ácidos nucleicos são moléculas orgânicas relacionadas ao controle das atividades
celulares, ao armazenamento e à transmissão das informações hereditárias ao longo
das gerações.
Há dois tipos de ácidos nucleicos, o DNA (ácido desoxirribonucleico) e o RNA (ácido
ribonucleico).
Quadro 3: Principais polissacarídeos
Polissacarídeos Ocorrência e papel biológico
Amido (com
mais 
de 1.400
moléculas 
de glicose)
É reserva natural das plantas. Encontra-se armazenado
em altas proporções em certos caules (como o da
batata), em certas raízes (como a mandioca) e em
semente de cereais (como o milho).
Celulose
É o mais abundante polissacarídeo da natureza. Contitui
o principal componente estrutural da parede celular das
células vegetais.
Glicogênio
(pode conter
cerca de 30.000
moléculas de
glicose)
É o polissacarídeo de reserva dos animais em geral.
Armazenado principalmente nas células do fígado e dos
músculos. Tem papel energético.
Quitina
É um polissacarídeo nitrogenado que confere rigidez e
resistência ao tecido onde ela se encontra. Ela constitui
o exoesqueleto dos artrópodes (crustáceos, insetos,
aracnídeos), sendo também encontrada na parede
celular de certos fungos.
Fonte: adaptada pelo autor.
Os ácidos nucleicos são polímeros constituídos por monômeros denominadas
nucleotídeos. Cada nucleotídeo é constituído por três componentes: uma pentose
(açúcar com 5 carbonos na molécula), uma base nitrogenada (púrica ou pirimídica)
e um ácido fosfórico.
As bases nitrogenadas podem ser divididas em dois grupos: purinas e pirimidinas.
No grupo das purinas estão a adenina (A) e a guanina (G). As pirimidinas são a
citosina (C), a timina (T) e a uracila (U). Adenina, guanina e citosina estão presentes
tanto no DNA como no RNA. No DNA apresenta timina e no RNA só apresenta a
uracila.
Além dos polímeros de nucleotídeos, que constituem as moléculas dos ácidos
nucleicos, as células contêm quantidades relativamente grandes de nucleotídeos
livres, desempenhando, sobretudo, as funções de coenzimas.
No DNA estão codi�cadas as informações genéticas que controlam praticamente
todos os processos celulares. Essas informações são transmitidas de uma geração
para a próxima através da duplicação ou replicação semiconservativa do DNA. A
Figura 9: nucleotídeos
Fonte: shutterstock
molécula de DNA é formada por duas cadeias de nucleotídeos ligadas entre si por
meio de ligações de hidrogênio entre as bases nitrogenadas, de forma antiparalela.
O RNA é formado por apenas uma cadeia de nucleotídeos. As bases nitrogenadas
presentes no RNA são a adenina, a uracila, a guanina e a citosina. O RNA, de forma
geral, é responsável pela expressão das informações contidas no DNA, atuando na
produção de proteínas. As moléculas de RNA são produzidas da moléculas de DNA
pelo processo de transcrição.
Figura 10: Replicação semiconservativa da molécula de DNA
Fonte: shutterstock
Dos pontos de vista funcional e estrutural, distinguem-se três variedades principais
de ácido ribonucleico:
RNA de transferência ou tRNA
RNA mensageiro ou mRNA
RNA ribossômico ou rRNA
Métodos e técnicas de
visualização de estruturas
celulares
O Objetivo da microscopia é a obtenção de imagens ampliadas de um objeto, que
nos permitam distinguir detalhes não revelados a olho nu. A forma mais comum é a
lupa, seguida do microscópio óptico, que ilumina o objeto com luz visível ou ainda
luz ultravioleta.
O limite máximo de resolução dos microscópios ópticos é estabelecido pelos efeitos
de difração devido ao comprimento de onda da radiação incidente. Mas, em geral,
os microscópios ópticos convencionais �cam, então, limitados a um aumento
máximo de 2000 vezes.
Figura 11: Transcrição e tradução
Fonte: shutterstock
A imagem microscópica é caracterizada por três parâmetros: aumento, resolução e
contraste. Na microscopia óptica tem-se a vantagem de se poder observar células
vivas, fato impossível de se realizar no microscópio eletrônico, pois, a estrutura a ser
observada é colocada no vácuo.
Figura 12: microscópio
Fonte: shutterstock
No MEV a imagem é formada através de um feixe de elétrons que é usado para
varrer o espécime (amostra). O feixe de elétrons é produzido em vácuo para evitar
colisão com moléculas do ar. A microscopia eletrônica de varredura de alta
resolução (usando canhão de emissão de campo) fornece imagens de superfície e
de estruturas abaixo da superfície.
Figura 13: Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV)
Fonte: shutterstock
Estrutura das membranas
celulares e principais
mecanismos de transporte
AUTORIA
Marcelo A. de Lima
A membrana plasmática, membrana celular ou plasmalema é um envoltório visível
somente ao microscópio eletrônico, que reveste as células dos seres procariontes e
eucariontes (vírus não tem membrana plasmática).
Ultraestrutura da membrana
plasmática
É uma estrutura semipermeável, responsável pelo transporte e seleção de
substâncias que entram e saem da célula através dos mecanismos de transportes.
Apenas com o desenvolvimento do microscópio eletrônico foi possível a observação
da membrana plasmática.
As funções da membrana plasmática são:
Permeabilidade seletiva, controle da entrada e saída de substâncias da célula;
Proteção das estruturas celulares;
Delimitação do conteúdo intracelular e extracelular, garantindo a integridade
da célula;
Transporte de substâncias essenciais ao metabolismo celular;
Reconhecimento de substâncias, graças a presença de receptores especí�cos
na membrana.
Figura 1: estrutura da membrana plasmática
Fonte: shutterstock
A membrana plasmática ou celular separa o meio intracelular do extracelular e é a
principal responsável pelo controle da penetração e saída de substâncias da célula.
A membrana plasmática apresenta modelo do “mosaico �uido” de Singer e
Nicolson, em 1972. O nome "mosaico �uido" deve-se pela presença de estruturas
�exíveis e �uidas, com grande poder de regeneração.
A membrana plasmática é quimicamente constituída por  lipídios  e  proteínas. Por
isso, é reconhecida por sua composição lipoproteica. Os fosfolipídios estão
dispostos em uma bicamada lipídica. Várias proteínas e outros lipídios transitam
pela bicamada.
Os fosfolipídios apresentam uma porção polar e outra apolar. A porção polar é
hidrofílica e volta-se para o exterior. A porção apolar é hidrofóbica e voltada para o
interior da membrana.
Os fosfolipídios movem-se, porém, sem perder o contato. Isso permite a �exibilidade
e elasticidade da membrana. As proteínas podem ser transmembranas (que
atravessam a membrana) ou periféricas (estão apenas em um dos lados).
Transporte de Substâncias
O transporte de substâncias através da membrana plasmática pode ser de modo
passivo ou ativo.
O transporte passivo ocorre sem gasto de energia. As substâncias deslocam-se do
meio mais concentrado para o menos concentrado. São exemplos:
Difusão Simples - É a passagem de partículas de onde estão mais
concentradas para regiões em que sua concentração é menor. Ex. Oxigênio.
Difusão Facilitada - É a passagem, através da membrana, de substâncias que
não se dissolvem em lipídios, com ajuda das proteínas da bicamada lipídica da
membrana. São necessárias proteínas chamadas permeases para fazer o
transporte. Ex. glicose.
Osmose - É a passagem de água de um meio menos concentrado (hipotônico)
para outro mais concentrado (hipertônico). Ex. água.
O transporte ativo ocorre com gasto de energia (ATP). As substâncias deslocam-se
de menor para o de maior concentração. São exemplos:
Transporte em Bloco: Endocitose e Exocitose - Ocorre quando a célulatransfere
grande quantidade de substâncias para dentro ou para fora do seu meio
intracelular. Ex. fagocitose.
Bomba de Sódio e Potássio - Passagem de íons sódio e potássio para a célula,
devido às diferenças de suas concentrações, contra um gradiente de
concentração. Ex. bomba de sódio e potássio.
Figura 2: Transportes de membrana
Fonte: shutterstock
Compartimentos celulares,
organelas e citoesqueleto
AUTORIA
Marcelo A. de Lima
A substância que compõe o  citoplasma se chama citosol ou hialoplasma. É um
líquido  gelatinoso na qual as organelas �cam mergulhadas  e que tem os seus
limites de�nidos por uma membrana, que é a membrana celular.
O citoplasma é, portanto, o espaço onde se encontram todas as organelas.
As  membranas têm a função de revestir, proteger e de dar forma aos organismos
onde estão presentes. Além da membrana plasmática,  as mitocôndrias, os
peroxissomos, o retículo endoplasmático rugoso (RER), o retículo endoplasmático
liso (REL), o complexo de Golgi e os lisossomos são todas organelas ou organoides
celulares membranosos.
As principais organelas citoplasmáticas são:
Membrana plasmática: é o que envolve a célula, que a delimita e tem a função
de permeabilidade seletiva.
Núcleo: encontrado nas células eucariontes, guarda o material genético, o DNA
do ser vivo e comanda tudo que acontece dentro da célula.
Mitocôndria: tem a função principal de respiração celular, de produzir energia
(ATP) para aquela célula funcionar e exercer suas atividades. Tem seu próprio
DNA e seus próprios ribossomos.
Ribossomos: fazem a síntese de proteínas.
Lisossomos: têm função de digestão intracelular. Contém enzimas que vão
realizar a quebra de substâncias dentro da célula. Eles podem digerir
substâncias que vêm de fora (heterofagia), ou pode digerir substâncias que já
estão ali dentro (autofagia).
Retículo endoplasmático:  conjunto de bolsas e tubos que têm função
principal de transportar algumas substâncias. Existem dois tipos, Rugoso ou
Granuloso (RER) e Liso ou Agranuloso (REL).
O granuloso tem esse nome por conter vários ribossomos aderidos a ele, aí a sua
função será a síntese de proteínas. A diferença é que ele vai sintetizar proteínas que
serão utilizadas fora da célula. Os ribossomos que �cam soltos pela célula irão
sintetizar proteínas que são utilizadas pelas células.
O retículo endoplasmático liso tem a função de sintetizar lipídeos. Ele vai
desintoxicar a célula, vai degradar as substâncias tóxicas que estão ali dentro.
Complexo de Golgi: formado também por bolsas sobrepostas, tem a função de
secreção celular, isto é, de levar o que está dentro da célula para fora dela.
Também tem a função de sintetizar carboidratos do tipo polissacarídeos.
Centríolos: são formados por microtúbulos que vão ajudar os cromossomos a
se separarem na hora da divisão celular. Estão presentes também em cílios e
�agelos, auxiliando na locomoção de algumas células.
Peroxissomos:  tem a função de quebrar água-oxigenada ou peróxido de
hidrogênio. Utiliza para isto, a enzima catalase. O peróxido de hidrogênio pode
estar presente dentro das células devido a alguns processos e é extremamente
tóxico.
Citoplasma: é composto por uma substância gelatinosa chamada citosol, e
pelas organelas presentes naquela célula, é todo o espaço onde as organelas
estão imersas.
Figura 1: Anatomia da célula
Fonte: freepik
Citoesqueleto: é o que dá sustentação e forma àquela célula, formado por um
conjunto de estruturas proteicas que �cam no citoplasma e ajudam nessa
sustentação.
Estrutura mitocondrial e
função energética
AUTORIA
Marcelo A. de Lima
As mitocôndrias são organelas presentes em células de seres eucariotos. A
membrana da parte interna forma várias dobras que chamamos de cristas
mitocondriais, entre essas cristas existe uma substância preenchendo o espaço, a
qual chamamos de matriz mitocondrial.
O DNA mitocondrial é idêntico ao das bactérias e são capazes de se autoduplicarem,
dizemos que elas têm DNA próprio. Esse fato leva a hipótese de que as mitocôndrias
surgiram de bactérias primitivas que invadiram uma célula e passaram a viver
harmonicamente com ela – teoria da endossimbiose. Tanto a membrana interna
quanto a matriz mitocondrial possuem enzimas respiratórias que estão envolvidas
na respiração aeróbia.
Figura 1: Estrutura de uma mitocôndria
Fonte: shutterstock
Respiração celular
A respiração celular pode ocorrer de duas formas, uma utiliza o oxigênio para a
reação, a respiração aeróbica, e a outra não utiliza, a respiração anaeróbica.
As necessidades nutricionais do corpo são supridas, em princípio, ao ingerir os
nutrientes, como carboidratos, lipídios e proteínas. Essas moléculas, entretanto, são
muito grandes, o que faz com que o corpo as quebre para poder utilizá-las. Após
essa digestão feita pelo organismo, restam carboidratos simples, como a glicose,
ácidos graxos e aminoácidos, que, então, podem ser utilizados. São essas moléculas
que são usadas para obter energia pelo organismo, em especial os açucares simples
como a glicose. Entretanto, elas não podem ser utilizadas diretamente, isto é, elas
são processadas para gerar outra molécula que poderá ser utilizada com essa
�nalidade, a adenosina trifosfato ou apenas ATP.
O ATP é uma molécula é composta pela base nitrogenada adenina, açúcar e três
fosfatos. A energia é liberada das duas ligações que unem os fosfatos. Elas são
ligações de alta energia que, quando necessário para alguma função ou reação do
corpo, são quebradas liberando energia su�ciente para esses eventos.
SAIBA MAIS
Você sabia que as mitocôndrias, organelas celulares responsáveis pela
produção de energia para as células são uma herança exclusivamente
materna? Pois é, uma das teorias relata que no momento da
fecundação, quando o espermatozoide atinge o interior do óvulo, o
mesmo contribui para formação do zigoto apenas com o núcleo e o
centríolo. A maioria das mitocôndrias do espermatozoide �cam de fora,
com a cauda que �ca para trás quando o mesmo adentra ao ovócito.
As poucas mitocôndrias do espermatozoide que passam são absorvidas
pelo citoplasma do óvulo onde se desintegram.
ACESSAR
https://www.biotadofuturo.com.br/mitocondria-heranca-materna/
A respiração anaeróbica –glicólise- ocorre no citosol das células e não se trata de
uma forma muito e�ciente para a geração de ATP. Isso ocorre porque ao �m do
processo é gerada bem pouca energia, mais especi�camente, um mol de glicose
acaba gerando apenas dois mols de ATP.
Figura 2: Liberação de energia da molécula de ATP
Fonte: Shutterstock
A respiração aeróbica (ciclos de Krebs e cadeia respiratória) se trata da obtenção de
energia utilizando o oxigênio como componente do processo, como ocorre, por
exemplo, na fosforilação oxidativa. Esse processo ocorre nas mitocôndrias das células
e utiliza um dos produtos da glicólise, o ácido pirúvico ou piruvato. Assim, essa via de
obtenção de energia acaba gerando trinta e seis mols de ATP a partir de um mol de
glicose.
Figura 3: Como fotossíntese e respiração celular se complementam
Fonte: Shutterstock
Figura 4: A respiração aeróbia depende da mitocôndria
Fonte: shutterstock
REFLITA
“Tudo o que um sonho precisa para ser realizado é alguém que acredite
que ele possa ser realizado.”
Roberto Shinyashiki.
Mitose e meiose
AUTORIA
Marcelo A. de Lima
Há dois tipos de divisão celular, a mitose e a meiose. A mitose é um tipo de divisão
celular que ocorre desde o surgimento da primeira célula do embrião (célula-ovo ou
zigoto) até a nossa morte. É por meio das mitoses que crescemos, renovamos as
células da pele, do sangue etc., e fechamos ferimentos quando nossos tecidos são
injuriados.
A mitose se inicia com uma célula diplóide (2n= 46 cromossomos), ou seja, com o
número total de cromossomos da espécie. Antes de ocorrer a mitose, há um período
denominado interfase, em que ocorre a duplicação do material genético, para
depois começar a divisão propriamente dita.
O Ciclo Celular
O ciclo celular corresponde aos eventos que ocorrem desde a formação de umacélula até a sua própria divisão em duas células-�lhas, com o mesmo número de
cromossomos. Esse ciclo é dividido em duas etapas básicas: a intérfase, etapa em
que a célula está se preparando para se dividir, e a mitose, etapa em que a célula
está em divisão.
Os períodos da intérfase são denominados  G ,  S (onde ocorre a duplicação do
DNA)  e  G   e as fases da mitose são denominadas  prófase, metáfase,
anáfase e telófase.
1
2
Mitose
Veja no quadro a seguir, as principais alterações que ocorrem na mitose.
Figura 1: Ciclo celular
Fonte: shutterstock
Quadro 1: Fases da mitose e meiose
FASES MITOSE MEIOSE I
Prófase
Desintegração da
carioteca e do nucléolo;
Formação do fuso
acromático;
Condensação dos
cromossomos (se tornam
visíveis ao microscópio).
Desintegração da
carioteca e do nucléolo;
Formação do fuso
acromático;
Condensação dos
cromossomos (se tornam
visíveis ao microscópio)
Ocorrência do crossing-
over; 
Pareamento de
cromossomos.
Metáfase
Alinhamento dos
cromossomos no  plano
equatorial da célula.
Alinhamento dos PARES
de 
cromossomos duplicados
no plano equatorial da
célula.
Anáfase
Separação das
cromátides-irmãs.
Separação dos pares de 
cromossomos
homólogos.
Telófase
Reaparecimento do
nucléolo e da carioteca;
Desaparecimento do fuso
acromático;
Desorganização dos
cromossomos (não é
possível diferenciá-los).
Divisão do citoplasma e
continuação 
da divisão com a meiose
II.
Fonte: adaptado pelo autor.
Meiose
A meiose é um tipo de divisão em que uma célula dá origem a quatro novas células
com metade do número de cromossomos da célula inicial (divisão reducional). Uma
célula que apresenta 2n = 46 cromossomos, ao sofrer meiose, dá origem a quatro
células com n = 23 cromossomos.
Na verdade, a meiose está dividida em meiose reducional (R!) e meiose equacional
(E!). A primeira separa os cromossomos homólogos e a segunda separa as
cromátides-irmãs.
A meiose é um processo importante para a variabilidade genética, sendo o tipo de
divisão que ocorre no processo de formação de espermatozoides e óvulos.
Durante a meiose ocorre o crossing-over ou recombinação gênica, por isso os
gametas são sempre diferentes.
Figura 2: Fases da mitose
Fonte: shutterstock
As últimas quatro células são os gametas (espermatozoides ou óvulos)
Figura 3: fases meiose
Fonte: shutterstock
Ribossomos e síntese
proteica
AUTORIA
Marcelo A. de Lima
Ribossomos
Os Ribossomos são pequenas estruturas em forma de grânulos que estão presentes
em todas as células. Participam de uma das funções mais importantes da célula, a
síntese ou produção de proteínas. Esta função de síntese de proteínas se concretiza
quando os ribossomos �cam en�leirados, formando os polissomas ou
polirribossomos, no citoplasma ou aderidos ao retículo endoplasmático rugoso.
A função dos ribossomos é auxiliar na produção das proteínas nas células. Essas
proteínas podem assumir várias funções no organismo: estrutural, enzimática,
hormonal e defesa.
Os ribossomos reúnem diversos aminoácidos durante a síntese proteica através de
uma ligação química chamada de ligação peptídica (ligação entre um aminoácido e
outro).
A estrutura dos ribossomos assemelha-se a um grânulo, por isso possui uma forma
arredondada.
É formado por moléculas de RNA ribossômico (+- 50%), associado às proteínas (+-
50%). Eles estão presentes em grande parte no hialoplasma (ribossomos livres), no
entanto, podem ser encontrados nas mitocôndrias, nos cloroplastos e no retículo
endoplasmático granular ou rugoso (quando os ribossomos estão aderidos à sua
superfície externa).
Os ribossomos podem ser considerados organelas celulares não membranosas de
forma que permanecem livres no citoplasma (hialoplasma) das células. Apresentam
uma subunidade maior e outra menor com sítios especí�cos de ligação para as
moléculas de RNAs.
Figura 1: Estrutura do ribossomo
Fonte: shutterstock
Síntese Proteica
Tradução é a designação para o processo de síntese de proteínas. Ocorre no
citoplasma com a participação, entre outros, de RNA, dos ribossomos e de
aminoácidos.
Tudo começa no DNA, no gene, segmento de DNA que contém as informações para
a síntese de uma proteína. O DNA se abre e pelo processo da transcrição serão
produzidos diversos tipos de RNAs (mensageiro, ribossômico e transportador). O
RNAm produzido contém uma sequência de bases nitrogenadas transcritas do
DNA, onde estão localizados os códons (trinca de nucleotídeos no RNAm). Essas
trincas terão que ser “lidas” pelos ribossomos e RNAs transportadores, pois,
sequências especí�cas dessas trincas indicam qual é o aminoácido que deverá ser
trazido pelo RNAt.
No citoplasma, o RNAm irá participar da síntese de proteínas, juntamente com RNA
transportador e com o ribossomo. Note que enquanto o DNA é de dupla �ta, os
RNAs são de �ta simples.
O RNA ribossômico associa-se a proteínas, formando os ribossomos, organelas
responsáveis pela leitura da mensagem contida no RNA mensageiro. Os RNAt
possuem os anticódons que reconhecem os códons do RNAm, trazendo um
aminoácido especí�co de acordo com esse reconhecimento. Os RNAt são
 responsáveis pelo transporte de aminoácidos até o local onde se dará a síntese de
Figura 2: observação da ocorrência da transcrição
Fonte: shutterstock
proteínas junto aos ribossomos. Os RNAt são moléculas de �ta simples, de pequeno
tamanho, lembrando em formato uma cruz invertida que traz em sua extremidade
uma molécula de aminoácido.
Esquema mostrando as etapas da transcrição e tradução para formação de uma
proteína
Duas regiões se destacam em cada RNAt: um é o local em que se ligará o
aminoácido a ser transportado e a outra corresponde ao trio de bases
complementares (anticódon) do RNAt, que se encaixará no códon correspondente
do RNAm.
Anticódon é o trio de bases nitrogenadas do RNAt, complementar do códon do
RNAm.
Conforme os RNAt vão se colocando lado a lado na molécula de RNAm, os
aminoácidos trazidos por eles �cam próximos e ocorre uma ligação entre esses dois
aminoácidos, ligação conhecida como ligação peptídica. Dessa forma, as cadeias de
aminoácidos vão se tornando cada mais maiores no caso de formação de proteínas,
moléculas de alto peso molecular.
Figura 3: Transcrição e tradução
Fonte: shutterstock
Tipos celulares e
diferenciação celular
AUTORIA
Marcelo A. de Lima
São mais de 10 trilhões de células que formam o organismo humano. Obviamente,
há inúmeras classi�cações para reuni-las em grupos distintos. Variam em forma,
tamanho, tempo de vida e função e algumas estão presentes em uma fase da vida e
em outras fases desaparecem ou são substituídas.
As células lábeis são células que se regeneram com facilidade e rapidez. São
exemplos as células da epiderme, do epitélio que forma os espermatozoides e
células formadoras de sangue.
Células estáveis são células cuja capacidade de replicação dos núcleos permanece
em descanso na maior parte do tempo, mas isso muda rapidamente quando se
recebe um estímulo adequado. Ex. �broblastos.
Células permanentes são células cujos núcleos não possuem mais a capacidade de
reiniciar o processo de divisão celular e uma vez perdida essa capacidade, essas
células não são mais substituídas. São exemplos os neurônios.
É bom lembrarmos que os 10 trilhões de células se originaram pela multiplicação e
diferenciação celular a partir de uma única célula, a célula-ovo ou zigoto, resultante
da fecundação do óvulo pelo espermatozoide.
Figura 1: Diferenciação celular a partir de células-tronco
Fonte: shutterstock
No início da formação do embrião, as células eram idênticas (não diferenciadas) e,
sob o controle genético, foram dadas informações a essas células-tronco para a
formação de outros tipos de células com formatos e funções especí�cos, processo
denominado diferenciação celular.
Foi a partir desse processo que surgiram as células musculares, os neurônios, o
�broblastos, hemácias, leucócitos, mastócitos etc.
Características gerais dos
principais tecidos e técnicas
de coloração.
AUTORIA
Marcelo A. de Lima
A histologia é a ciênciaque estuda os tecidos biológicos, a sua formação, estrutura (tipos
diferenciados de células) e funcionamento.
Nosso organismo é constituído por diferentes tipos de células, especializadas em realizar
diversas funções. As células com determinado tipo de especialização organizam-se em
grupos, formando os tecidos (nervoso, muscular, conjuntivo e epitelial). Alguns tecidos são
formados por células que possuem a mesma estrutura; outros são formados por células que
têm diferentes formas e funções, mas que juntas colaboram na realização de uma função
geral maior.
Figura 1: Potencial aplicação para células tronco
Fonte: shutterstock
Os tecidos presentes no homem adulto são formados a partir de três tipos de folhetos
embrionários: endoderme, ectoderme e mesoderme. Cada um desses folhetos, durante o
desenvolvimento embrionário, é responsável pela formação de células especializadas quanto
à forma e função.
Figura 2: Tipos de tecidos
Fonte: shutterstock
Ao �nal do processo de diferenciação das células embrionárias, cada folheto irá originar:
Ectoderma
Epiderme e anexos cutâneos;
O sistema nervoso;
Epitélio de revestimento das cavidades nasais, bucal e anal.
Mesoderma
Derme
Músculos;
Sistema circulatório;
Sistema esquelético;
Sistema excretor e reprodutor.
Endoderma
Figura 3: Esquema da diferenciação celular para formar tecidos
Fonte: shutterstock
Epitélio de revestimento e glândulas do trato digestivo, com exceção da cavidade oral e
anal;
Sistema respiratório;
Fígado e pâncreas.
Tecido Epitelial
É o tecido responsável pelo revestimento interno e externo dos órgãos (tecido epitelial de
revestimento) e também pela formação de todas as glândulas do corpo (tecido epitelial
glandular).
Figura 4: Glândulas formadas a partir do tecido epitelial glandular
Fonte: shutterstock
As células desse tecido são justapostas, unidas por pequena quantidade de material
cimentante, com raro espaço intercelular. Os epitélios não avasculares e inervados. A nutrição
das células se faz por difusão a partir dos capilares existentes no tecido conjuntivo
subjacente. Além disso, as células desse tecido podem ser cilíndricas, cuboides ou
pavimentosas e o tecido pode se organizar em uma camada ou em várias camadas, dependo
do órgão.
Figura 5: Algumas variedades do tecido epitelial de revestimento.
Fonte: shutterstock
Tecido Muscular
O tecido muscular tem como função básica a realização de movimentos do corpo. É capaz de
encurtar suas células (contração) e de voltar à forma relaxada (relaxamento).
O tecido muscular apresenta como características:
Células alongadas e, portanto, são descritas como �bras musculares.
Quadro 1: Classi�cação do tecido epitelial de revestimento
  Classi�cação Característica Função Ocorrência
FORMA
Pavimentoso Célulasachatadas
Facilitar
trocas
Alvéolos
pulmonares
Endotélio
Células
achatadas 
(Espessura
variável)
Facilitar
trocas
Capilares
sanguíneos
Cúbico Célulascúbicas Revestimento
Canais de
glândulas
Cristalino
Prismático 
(cilíndrico)
Células
prismáticas
(altas)
Revestimento Intestino
NÚMERO
Simples Uma camadacelular
Troca de
substâncias
Absorção
Alvéolos
pulmonares
Estrati�cado Váriascamadas Proteção
Epiderme
Esôfago
Pseudoestrati�cado
Aparenta
várias
camadas
Revestimento Traqueia
Transição (misto)
Poucas
camadas com
células
diferentes
Mudança de
forma do
órgão
Bexiga
urinária
Fonte: adaptado pelo autor.
O citoplasma das �bras musculares é especializado para a contração e é conhecido
como sarcoplasma.
O sarcoplasma possui unidades contráteis chamados mio�brilas.
Presença de duas proteínas importantes na contração: actina e miosina.
As �bras musculares têm capacidade muito limitada para sofrer divisão celular.
O músculo liso
O músculo liso ou visceral tem células fusiformes. As �bras musculares são uninucleadas e o
núcleo está situado na região mais ampla da �bra. O sarcoplasma contém mio�brilas �nas.
No entanto, as mio�brilas não formam faixas transversais ou estrias. As contrações são lentas
e rítmicas. É involuntário, uma vez que o seu funcionamento está sob a função do sistema
nervoso autônomo.
Figura 6: Tipos de tecidos musculares
Fonte: shutterstock
O músculo liso ocorre em quase todos os órgãos viscerais do corpo, exceto o coração. Ele é
particularmente abundante nos vasos sanguíneos e no tubo digestivo.
Músculo estriado esquelético
O músculo estriado esquelético ocorre em feixes chamados feixes ou fascículos. Cada
fascículo tem um grande número de �bras musculares que são mantidas juntas por tecido
conjuntivo. A �bra muscular é alongada, cilíndrica, não rami�cada e multinucleada. As
mio�brilas presentes no sarcoplasma exibem uma disposição característica, resultando na
formação de estrias quando vistas ao microscópio.
O músculo estriado esquelético tem um rico suprimento de sangue. Ele recebe inervação
motora através de nervos eferentes que terminam em placa motora. As contrações podem
ser lentas ou rápidas. O músculo facilmente experimenta fadiga desde que o gasto de
energia é muito alto. Ele é descrito como voluntário, pois, responde aos nossos comandos
encefálicos voluntários.
Exemplos de músculos estriados esqueléticos são o bíceps, diafragma, intercostais, peitorais.
Músculo Estriado Cardíaco
O Músculo Estriado Cardíaco ou Miocárdio tem suas células em formato de sincício. As �bras
musculares são alongadas, cilíndricas e rami�cadas. As �bras musculares são multinucleadas
e apresentam os discos intercalares.
As �bras musculares cardíacas têm rico suprimento de sangue proveniente das artérias
coronárias. O controle nervoso é feito pelos nervos simpáticos e parassimpáticos do sistema
nervoso autônomo. As contrações são lentas e rítmicas. O músculo não sofre fadiga, porém,
quando suas células morrem por falta de sangue, chamamos a isso de infarto do miocárdio
Tecido conjuntivo
Caracteriza-se por apresentarem diversos tipos de células imersas em grande quantidade de
material extracelular ou matriz, sintetizado pelas próprias células da matriz, assim como,
vários tipos de �bras (colágenas, elásticas e reticulares) que estão mergulhadas na
substância fundamental amorfa da matriz.
O tecido conjuntivo apresenta subtipos, classi�cado da forma que segue: tecido conjuntivo
frouxo, denso, adiposo, reticular ou hematopoiético, cartilaginoso e ósseo.
Tecido conjuntivo frouxo
Preenche os espaços não ocupados por outros tecidos, apóia e nutre células epiteliais,
envolve músculos, nervos e vasos. Participa da estrutura de vários órgãos e tem papel
importante na cicatrização. É o tecido mais distribuído no corpo. As �bras presentes na
substância fundamental amorfa estão frouxamente organizadas, são elas: colágenas (são
formadas pela proteína �lamentosa colágeno e são resistentes à tração; elásticas (formadas
pela proteína elastina); reticulares (são formadas por colágeno �no) e formam uma rede de
sustentação para algumas células.
As principais células desse tecido são os �broblastos (que produzem as �bras e a substância
fundamental amorfa) e os macrófagos (células de defesa) que realizam fagocitose de
elementos estranhos.
Tecido conjuntivo denso
Nesse tecido há um predomínio de �broblastos e �bras colágenas. É classi�cado em:
Modelado: suas �bras são ordenadas com orientação �xa, tornando-o muito resistente à
tração. Ex. tendões musculares
Não-modelado: as �bras estão dispostas em várias direções. Ex. derme.
Figura 7: Componentes do tecido conjuntivo
Fonte: shutterstock
Tecido conjuntivo adiposo
Nesse tecido há uma abundância de adipócitos com pouca matriz extracelular. Tem como
papel principal a reserva de lipídios (reserva energética) e também atua no isolamento
término e na proteção contra choques mecânicos de alguns órgãos.
Tecido conjuntivo reticular
As �bras reticulares e as células desse tecido são encontradas principalmente em órgãos
com capacidade hematopoiética (produtora de sangue). Em alguns órgãos linfóides, na
medula óssea é comum encontrarmos esse tecido.
Tecido conjuntivo cartilaginoso
Serve paraconferir sustentação para algumas partes do corpo, mas apresenta um pouco de
�exibilidade, não sendo totalmente rígido. É avascular e desnervado, sendo nutrido pelo
conjuntivo adjacente. Pode ser encontrado nas cartilagens articulares das junturas sinoviais
(cartilagem hialina); nos discos intervertebrais (�brocartilagem) e no nariz e orelha
(cartilagem elástica). Apresenta dois tipos de células: os condroblastos que produzem as
�bras e a substância fundamental, e os condrócitos que fazem a manutenção do
metabolismo do tecido.
Tecido conjuntivo ósseo
Nesse tecido são encontradas como principais células os osteoblastos (produzem osso), os
osteócitos (fazem a manutenção) e os osteoclastos (fazem a reabsorção óssea). Estas células
estão em lacunas do tecido ósseo. Na matriz, a substância fundamental é rica em sais de
cálcio, fósforo e magnésio (conferem rigidez ao osso)   e também possui �bras colágenas
(conferem um pouco de �exibilidade).
Em um osso longo como o fêmur, podemos observar os dois tipos de substâncias ósseas
encontradas em todos os ossos do corpo:
Substância óssea compacta
O tecido ósseo se organiza em tal con�guração que são formadas lamínulas ósseas
concêntricas que se sobrepõem, formando espécies de colunas ósseas que não deixam
espaços entre si. Nessas colunas há as células do tecido ósseo, �bras, e canais por onde
passam vasos sanguíneos e nervos – canais de Havers -. Toda essa estrutura é denominada
Sistema de Havers. Os sistemas de Havers conferem rigidez ao osso.
Substância óssea esponjosa
o tecido ósseo se organiza a forma trabéculas ósseas minúsculas que deixam poros entre si e
que são preenchidos por medula óssea. Esse tipo de arranjo deixa o osso mais leve.
Figura 8: Sistema de Havers
Fonte: Shutterstock
Tecido Nervoso
O tecido nervoso forma os órgãos do sistema nervoso. Neste tipo de tecido há dois tipos de
células: as células da neuróglia ou gliais e as células nervosas propriamente ditas, os
neurônios.
O neurônio é uma célula altamente especializada em gerar impulso nervoso. Já as células
gliais preenchem os espaços entre os neurônios e possuem funções especí�cas para a
manutenção do tecido nervoso.
Células da Neuróglia
Os oligodendrócitos são células presentes no sistema nervoso central. Essas células são
responsáveis pela produção e manutenção da bainha de mielina, uma camada de gordura,
que envolve os axônios dos neurônios.
Figura 9: Observe externamente a substância óssea compacta e internamente, a
substância óssea esponjosa.
Fonte: shutterstock
Astrócitos são células responsáveis pela nutrição dos neurônios, micróglia são células que
realizam a fagocitose de microrganismos no sistema nervoso central e as células
ependimárias produzem o líquor ou líquido cefalorraquidiano.
Neurônio
Os neurônios são células responsáveis pela geração e transmissão dos impulsos nervosos,
dotadas de um corpo celular e numerosos prolongamentos citoplasmáticos.
Figura 10: Células da neuroglia ou glia
Fonte: shutterstock
O corpo celular ou pericário contém um núcleo grande e arredondado. As mitocôndrias são
numerosas e o ergastoplasma é bem desenvolvido. Os prolongamentos do neurônio podem
ser de dois tipos: dendritos, rami�cações que têm a função de captar estímulos e o axônio, o
maior prolongamento da célula nervosa (pode ser microscópico ou atingir um metro),
transmite os impulsos nervosos.
Figura 11: Neurônio
Fonte: shutterstock
As sinapses são regiões de conexão química estabelecidas entre um neurônio pré-sináptico e
outro neurônio pós-sináptico; entre um neurônio e uma célula muscular ou entre um
neurônio e uma célula glandular.
Um neurônio não se comunica �sicamente com outro neurônio nem com a �bra muscular,
tampouco com a célula glandular. Existe entre eles um microespaço só visível ao microscópio
eletrônico, denominado fenda sináptica, na qual um neurônio descarrega seus
neurotransmissores ou mediadores químicos (Adrenalina, acetilcolina, dopamina, serotonina
etc) que estavam armazenados nas vesículas sinápticas. Da fenda sináptica, esses
neurotransmissores interagem com receptores especí�cos localizados na membrana
plasmática do neurônio pós-sináptico, alterando a permeabilidade e as cargas elétricas desta
membrana, causando a formação do impulso nervoso ou despolarização. A despolarização
percorre todo o neurônio pós-sináptico, repetindo o processo. É dessa forma que a
informação é passada de um neurônio a outro.
Figura 12: Sinapse nervosa
Fonte: shutterstock
Técnicas de coloração
A �nalidade da coloração é dar cor a diferentes estruturas que compõem os tecidos, muitas
vezes suas estruturas são transparentes e invisíveis. Podem ser usadas substâncias que
coram de forma difusa as estruturas (colorações difusas), ou que as coram seletivamente
(colorações seletivas).
As colorações progressivas são aquelas em que o tecido alvo é imerso na solução corante até
se obter a intensidade de coloração desejada. As colorações regressivas caracterizam-se por,
numa fase inicial, todas as estruturas do tecido serem coradas de uma forma intensa; esta
coloração é posteriormente removida das estruturas que não se pretendem corar, por perda
seletiva do corante, através da sua extração com um solvente.
SAIBA MAIS
Impulso nervoso
Para que o impulso nervoso seja propagado, é necessário que o neurônio esteja
com a membrana em potencial de repouso e que sua superfície interna esteja
com carga negativa de 70 a 90 milivolts. Essa fase é conhecida
como  polarização. Em  repouso, a membrana plasmática do axônio bombeia
Na+ para o meio externo e, ao mesmo tempo, transfere íons K+ para o interior da
célula. Nesse momento, pode ocorrer também a difusão passiva de sódio para o
interior da célula e de potássio para fora. O potássio passa para o meio externo
com maior rapidez do que o sódio entra, fazendo com que mais cargas positivas
permaneçam fora da célula. São essas ações que determinam o potencial de
repouso. Quando o neurônio sofre estímulo, ocorre uma mudança transitória
do potencial de membrana. Nesse momento, acontece a abertura dos canais
iônicos e a entrada rápida de Na+, que estava em grande quantidade, no meio
extracelular. Quando esse íon entra, ocorre a mudança de potencial e o interior
do axônio passa a ser positivo (despolarização).
Esse conjunto de alterações sequenciais que garante a transição de potencial é
chamado de  potencial de ação.  Essa mudança faz com que os canais de
Na+  fechem-se e provoca a abertura dos canais de K+. O íon K+ começa a sair
por difusão, e o potencial de repouso da membrana retorna ao
normal (repolarização).
ACESSAR
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/impulso-nervoso.htm
Os corantes básicos são aqueles cuja propriedade corante é devida ao composto básico da
sua molécula e ligam-se preferencialmente à cromatina e às proteínas nucleares. As
estruturas que se ligam a estes corantes são denominadas de basó�las. Os corantes ácidos
devem conter na sua composição grupos ácidos (aniões). Têm uma a�nidade particular para
o citoplasma das células e substâncias essenciais, sendo assim denominadas de acidó�las.
Os corantes neutros correspondem a compostos cujas propriedades são devidas aos dois
compostos das suas moléculas (o ácido e o básico). os seus componentes dissociam-se
quando em contacto com os tecidos e os seus compostos ácidos e básicos associam-se,
respectivamente, a componentes celulares acidó�lose basó�los.
A coloração com Hematoxilina e Eosina (H&E) é provavelmente a técnica mais utilizada na
coloração dos tecidos, devido à sua simplicidade e à sua capacidade de permitir visualizar
uma grande quantidade diferente de estruturas tissulares. A hematoxilina cora de azul os
núcleos, apresentando grande detalhe intranuclear. A eosina cora o citoplasma das células e
a maioria das �bras do tecido conjuntivo de forma e intensidade diferentes, variando do rosa
ao laranja ou vermelho.
Figura 13: Lâmina corada com Hematoxilina e Eosina
Fonte: shutterstock
REFLITA
“Quero conhecer os pensamentos de Deus... O resto é

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