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AT 1 Anais da Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAméricaAnais da I Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAmérica Anais da Mostra Anais da I Mostra Projetos Integradores de Extensão - UniAmérica v.1, 2019 Foz do Iguaçu - PR Centro Universitário União das Américas ISSN 2675-8857 01 Anais da Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAmérica Anais da I Mostra Projetos Integradores de Extensão - UniAmérica Centro Universitário União das Américas Av. das Cataratas, 1118 - Foz do Iguaçu - PR 25 a 27 de junho de 2019 ISSN 2675-8857 AT Todas as informações dos resumos publicados nestes Anais foram reproduzidas de cópias fornecidas pelos autores, portanto, o conteúdo apresentado é de sua exclusiva responsabilidade. Por assim ser, a Comissão Organizadora da Mostra de Projetos Integradores de Extensão da UniAmérica não se responsabiliza por consequências decorrentes de uso de quaisquer dados, afirmações e/ou opiniões inexatas (ou que conduzem a erros) publicados neste documento. A Comissão Organizadora INFORMAÇÕES: Profa. Ms. Ana Manuela Ordoñez Prof. André Antônio Baraldi Prof. Andre Shataloff Profa. Dra. Adriane Cristina Guerino Profa. Ms. Alexandre Martins Balthazar Prof. Ms. Alysson Costa COMISSÃO ORGANIZADORA Coordenadores Pró-Reitor de Pesquisa e Projetos Prof. Dr. Giuliano Ginani Pró-Reitor Acadêmico Prof. Dr. Blasius Silvano Debald Vice-Reitora Profa. Ms. Norma Viapiana Reitor Prof. Ryon Braga COMISSÃO ORGANIZADORA DOS ANAIS Tamara Thomas Pauleski Profa. Dra. Viviane Ruppenthal Prof. Ms. Elisson Furlan Figueiredo Prof. Ms. Fausto Fava de Almeida Camargo Prof. Dr. Hugo Alexandre Espínola Mangueira Prof. Ms. Israel Krindges Prof. Dr. Jair Guimarães Rangel Profa. Kellen Aparecida Brol Prof. Lavoisier Diniz Cipriano de Sousa Profa. Ms. Lissia Pinheiro Shataloff Profa. Dra. Luciana Paro Scarin Freitas Profa. Ms. Márcia Cristina David de Souza Profa. Dra. Maurícia Cristina de Lima Prof. Ms. Paula Vergilli Pérez Profa. Ms. Priscilla Higashi Profa. Tatiane dos Santos Navega Costa Prof. Ms. Thiago Centini SUMÁRIO APRESENTAÇÃO 1. ADMINISTRAÇÃO Proposta de otimização do arranjo físico de uma gráfica Jaime Aldrik Sosa Pedrini; Marcelo Rodrigo da Rocha; Bruno Lopes de Lira; Anderson Rodrigues da Cruz; Fausto Camargo; Dirce Maria Dalberto. Análise de perdas e desperdícios no processo produtivo de uma empresa metalúrgica Anna Carolline Conceição Ferreira; Jessica Vargas; Luciane Andrades; Zainab Mariam Hage González; Fausto Camargo; Dirce Maria Dalberto Proposta para otimizar a produção de forros PVC Ana Karini Nunes Cordeiro; Bruno Noschang; Guilherme Neto; Fausto Camargo; Dirce Maria Dalbert. Sistematização do processo de recrutamento e seleção de pessoal para uma empresa de uniformes Milena Camargo; Rosiane de Aquino Lima; Stefany Alves de Oliveira; Vanessa Beatriz Siqueira; Fausto Camargo; Dirce Maria Dalberto. 2. BIOMEDICINA Epidemiologia molecular e detecção de genes relacionados a virulência de Escherichia coli isolados em alimentos à base de carne bovina crua e peixe cru comercializados na cidade de Foz do Iguaçu – PR Leonardo Copetti da Silva; Natasha Oliveira; Renata Alcântara Fenner; Carina Sperotto Librelott; Elisson Furlan Figueiredo. Artigo: Resumo Expandido: 16 35 59 80 98 97 15 14 Resumo: Comparação de diferentes protocolos de extração de DNA do mosquito Aedes aegypti Andreina Heineck Chiele; Gabriel de Andrade Marreta; Isabelle Vilhalba; Elisson Furlan Figueiredo; Carina Sperotto Librelotto. 107 3. CIÊNCIAS BIOLÓGICAS Comparativo na prevalência de borboletas em áreas rural e urbana nas cidades de Foz do Iguaçu e Santa Terezinha de Itaipu – PR Maico Bruno Bortolanza; Lara Raquel Mazuco Muxfeldt; Adriane Cristina Guerino; Roberto de Albuquerque Leimig. Resumo: 109 108 Resumo Expandido: Assédio moral escolar: obstáculo ao direito à educação plena Emmanuely Amanda Rocha; Juliana Guimarães de Castro Araujo; Katarine Narzira Guerra Heiss; Vitória Ágatha Castenaro; Hugo Espínola; Maria Madalena S. de S. Esteve 139 4. DIREITO 110 Artigo: A legislação e suas transformações: o caso da lei municipal nº 3998/2012 de Foz do Iguaçu – Paraná Cicero R. M. Torres; Gustavo M. T. de Souza; Welinson Diefenbach; Hugo Espínola; Maria Madalena S. de S. Esteves. 111 Impactos das dietas da moda nas dimensões autonomia, direito à saúde e jurídico-profissional da mulher Noemi F. Silveira; Jaqueline R do Nascimento; Rafael M. F. Dias; Alexandre A. S. Ribeiro; Hugo Espínola; Maria Madalena S. de S. Esteves 127 Automatização de atendimento jurídico para garantia de direitos a adolescentes em situação de vulnerabilidade Luana de S. M. de Oliveira; Andressa O. de Lima; Elaine B. de Oliveira; David E. de A. Cristaldo; Hugo Espínola; Maria Madalena S. de S. Esteves 148 Processo administrativo disciplinar de sindicância no Hospital Municipal Padre Germano Lauck Hanah Victória Augusto; Kazuza Martinazzo; Kennidy Li; Macarena Stolaruk; Hugo Espínola; Maria Madalena S. de S. Esteves. 156 5. ENFERMAGEM 177 Artigo: Adesão dos equipamentos de proteção individual (EPI’s) na unidade de terapia intensiva (UTI) em um hospital público localizado no município de Foz do Iguaçu – PR Amallia Lianka Alves Nunes Teixeira; Priscilla Higashi; Fabiana Paes Nogueira Timoteo. 178 Riscos e benefícios da visita ampliada na unidade de terapia intensiva para o paciente e seus familiares Taís Regina Schapko; Fernando Luiz Dornelles Zarth; Priscilla Higashi. 193 Orientações sobre primeiros socorros infantil para seus familiares Bruna Pasquali Dia; Silviane Galvan Pereira; Ione Seidel Batista. 211 Resumo Expandido: Capacitação sobre a atuação da equipe de enfermagem frente ao atendimento à parada cardiorrespiratória no centro cirúrgico Clarice de Fátima dos Santos; Priscilla Higashi; Fabiana Paes Nogueira Timoteo 219 Capacitação sobre lesão por pressão na clínica médica de um hospital municipal de Foz do Iguaçu-PR Gabriela Canan Recalde; Priscilla Higashi; Fabiana Paes Nogueira Timóteo 229 Orientação do preenchimento correto da ficha de notificação de acidentes de trabalho grave aos colaboradores do pronto socorro do Hospital Municipal Padre Germano Lauck Anderson Luiz Dalmazo; Alexandre do Amaral Maculan; Karoline Gulchinski; Luana Metz Dancini; Tais Regina Koch; Ueslei Rodrigo Romano Lúcio; Silviane Galvan Pereira 235 Acidentes de trabalho com exposição a material biológico Thainara Camilo de Matos; Priscilla Higashi 243 Assistência a gestante no período pré-parto, parto e puerpério Fernando Oliveira da Silva; Priscilla Higashi 250 Suicídio: uma abordagem na atenção básica de Foz do Iguaçu-PR Erica Carla Custodio da Silva; Hellen Lunardi Arc; Hellen Mariana Stempniak dos Santos; Magali Flaviano Shawarz; Matheus Rosa do Nascimento; Guaracy Lopes Anesi; Silviane Galvan Pereira. 256 6. ENGENHARIA ELÉTRICA 262 Resumo: Desenvolvimento de protótipo de carregador ecológico utilizando uma placa solar Eduardo Miguel Slovinski; João Gabriel Ghedin; Luciana Paro Scarin Freitas; Luís Henrique Chouay Dall’Agnese 263 Casa automatizada Afonso França; Kevin Gonçalves; Welton Macedo; Jorge Luis Ribeiro dos Santos Jr.; Luciana Paro Scarin Freitas. 264 ELETRO APP: A segurança da instalação do ar condicionado acompanhada e validada pelo cliente e pelo técnico Bruna Antunes; Hussein Chehade; Larissa Fialho Bassanes; Stela Guidione Cossa; Luciana Paro Scarin Freitas; Isabel Fernandes de Souza 265 Readequação da iluminação do estacionamento UniAmérica Ewerton Guidarini Silveira; Hartson Samyr Jacó; Rafael Ferreira da Silva; Vinicius Magagnin Farinha; Jorge Luis Ribeiro dos Santos Jr.; Luís Henrique Chouay Dall’Agnese. 266 Irrigação automatizada utilizando Arduino Edson Soares dos Santos; Mauricio Bloemer; Jorge Luis Ribeiro dos Santos Jr.; Luciana Paro Scarin Freitas. 267 Dimensionamento de uma instalação elétrica predial DaniellaOliveira; Jeferson J. Bitencourt; Mateus Mim; Thiago Copano; Luciana Paro Scarin Freitas; Luís Henrique Chouay Dall’Agnese 268 7. ENGENHARIA MECÂNICA 269 Artigo: Ecoarm Helder Tito Avais de Mello Filho; Luiz Gustavo de Oliveira; Márcio de Almeida; Rafael Dias; Sérgio de Sena; Kellen Brol. 270 Análise de viabilidade de custo para conversão de uma moto a combustão para elétrica Jean Fernandes Garcez; Geovani Ricardo do Santos; Kellen Brol 294 Estudo de viabilidade técnica de implantação de uma perfiladeira de telhas em uma empresa metalúrgica Jackon Dias; Leandro da Silva; Lucas Gracioli; Nicolly Strehl; Kellen Brol 311 Estrutura de fixação para utilização de módulos fotovoltaicos como telhado Alisson de Souza Ferreira; Irio Juliano Back; Theodoro Bail Neto; Kellen Brol 321 Resumo Expandido: Balanço para criança com necessidades especiais Letícia Gotin; Lucas Carvalho; Débora Schumann; Bruno Bonbem; Matias Santander; Kellen Brol. 331 Pen plotter Daniel Jepp; Lara Sayuri; Welton Abreu; Kellen Brol 339 Bancada ensaio de cavitação em bomba hidráulica Vinicius Rogelio Gonzatti Carvalho; Ruben Augusto; Kellen Brol. 346 Máquina de demarcação viária Arthur Brambatti Galli; Eduardo Azevedo de Lima; Jonatan Blanger Kochhann; Marco Antônio Zanuzo Muraro; Grégori da Cruz Balestra. 353 Totem para tomada USB Douglas Gabriel; Gabriel Alves; Guilherme Ornieski; Weslley Amaral da Silva; Grégori da Cruz Balestra. 354 Resumo: Protótipo de máquina de solda a ponto Rolf Felipe Ozório; Youssef Khadra; Grégori da Cruz Balestra 355 8. FARMÁCIA 356 Resumo: Desenvolvimento de aplicativo móvel voltado ao cuidado farmacêutico Alan Delgado do Nascimento; Bárbara Alexssandra Scarabelot Rodriguez; Kerli Cristina Santos; Victoria Quadros; Waynne Lopes Ribeiro; Lavoisier Diniz Cipriano de Sousa; Márcia Andréa Marques Francellino. 357 Implantação ambulatorial dos cuidados farmacêuticos em um Centro Integrado de Saúde, na cidade de Foz do Iguaçu-PR Bárbara Alexssandra Scarabelot Rodriguez; Kerli Cristina Santos; Victoria Quadros; Waynne Lopes Ribeiro; Lavoisier Diniz Cipriano de Sousa; Márcia Andréa Marques Francellino 358 Investigação de interações medicamentosas em uma Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI), na cidade de Foz do Iguaçu/PR Amanda Pereira; Eduarda Lorena dos Santos; Pedro Duarte; Lavoisier Diniz Cipriano de Sousa; Márcia Andréa Marques Francellino. 359 9. FISIOTERAPIA 360 Resumo expandido: Estratégias de orientações ao cuidador - estudo de caso Claudia Daniela da Silva Simon Petsch; Isabela Luiza Cecchet; Vanuza Cristina de Oliveira; Maurícia Cristina de Lima. 361 10. MEDICINA VETERINÁRIA 371 Artigo: Enriquecimento ambiental em espaço confinado Alessandra Urnau Muller; Isabela Schroeder Borges; Isis Pavelski; Sandra A.R. Silva; Fernanda Taborda Kubiaki; Thiago N. Centini. 372 Resumo Expandido: Enriquecimento ambiental de araras no Zoo de Foz do Iguaçu Brenda Ranniery Campo; Isaque Pereira dos Santos; Mainara Marcarini Sell; Thuanny SilvaTavanti; Ana Cecília Leite Santos; Thiago Centini. 386 Agressividade de cães domésticos contra seus donos Lucas Eduardo Guaitanele; Joanna Farias Fernandes; Gabriela Marconsini; Thiago Natal Centini. 393 Bem-estar dos equinos da Equoterapia Hanna Laura Bohnert; Bruna Freitas de Oliveira; Luciano Macedo de Melo; Catarina Peixoto da Silva; Thiago Centini. 402 Resumo: 11. NUTRIÇÃO 403 Artigo: Antioxidantes e o seu papel como redutores do estresse oxidativo e promotores da neuroplasticidade na prática da atividade física Fernando de Sousa Inácio; Ismael Almeida Marrone; Mayara Pedreira; Nilda Maria Camilo de Souza; Flora Miranda Arcanjo; Ana Manuela Ordoñez. 404 Bebida antioxidante para fumantes Débora Luiza Nogueira; Marcela da Silva; Marcelo Pavelski Caldani; Monali Fernanda Lopes de Oliveira; Cássia Regina Bruno Nascimento. 414 Resumo: Reaproveitamento de alimentos, sustentabilidade e alimentação saudável em uma instituição de amparo aos idosos Kauany Aparecida dos Santos Batista; Maiara Constante Jacinto; Thainara Batista Reis Vieira; Cássia Regina Bruno Nascimento. 415 Alimentação voltada para mulheres com síndrome dos ovários policísticos Ana Claudia Corobinski Carmona; Isabelli Aparecida Ferreira; Maria Vitória Vettorello Jorge; Suellen Silva do Nascimento; Cássia Regina Bruno Nascimento 416 12. PEDAGOGIA 417 Artigo: Autismo e as ferramentas tecnológicas para o desenvolvimento cognitivo e motor Amanda Karine Andrjezewiski; Julianny Luz Fernandes Lisboa; Michele Pires da Silva; Jennifer Rafaela Serafim Ferezi. 418 Gamificação no processo do ensino de matemática para além da internet Christiany Balbino Motta; Elisangela de Salles Thomassem da Cruz; Indianara Alves Moreira; Yelva Cristina de Amorim Cubas; Luzia Franco Duarte; Jennifer Rafaela Serafim Ferezin. 431 Recreio direcionado, ludicidade e harmonia em espaço escolar Ana Luiza Castro Francisco; Heitor Osorio Loureiro; Yanka Maria Karolina do Amaral; Jennifer Rafaela Serafim Ferezin. 449 Resumo Expandido: Orientando pais e profissionais de saúde e educação sobre os fatores ambientais facilitadores e inibidores do desenvolvimento da resiliência em crianças e adolescentes Ana Cristina da Silva Alves; Fernanda Winck Rizzotto; Juliana Costa Nicolau da Silva; Pedro Dalcin Casalino; Susana Maria Carvalho Brasil de Moura; Meire P. Vieira Pinto. 499 A importância da empatia nas condutas indisciplinares na escola Rafael Oliveira Bertin; Camila Dagostin; Elaine Maciel Mendes; Douglas Rodrigo de Quadro; Ângela Maria Jales de Souza; Karine Brito dos Santos.. 522 Grupo de apoio na clínica ampliada para os usuários do Centro POP Karine da Cunha Leou; Marcos Moraes de Mendonça; Kelly Cristina de Oliveira; Andressa Maria de Oliveira; Fabiana Cabral Gonçalves; Meire Perpétua Vieira Pinto. 536 A promoção da empatia como estratégia de enfrentamento da agressividade na educação infantil Fabiana Maria Tramontin; Ingrid Dayling Baez Lopez; Michelle Luiza de Rosso; Patricia de Souza Pinheiro; Lissia Pinheiro; Tatiane Navega. 551 Resumo: Musicalização como método para melhoria da atenção voluntária Ana Flávia Cottet; Gabriela Tak Parizotto; Haidar Ali; Myllena Monteiro Galvan; Karine Brito dos Santos. 575 Regras, limites e civilidade no âmbito escolar Adrielly Farinelli; Isabela Vitória Pereira Rahmeier; Thais Fernanda Martinek; Lize Lotte Hagedorn; Karine Brito dos Santos; Fátima Regina Bergonsi Debald 576 13. PSICOLOGIA 461 Artigo: Práticas grupais para desenvolver a empatia através de treinamento de habilidades sociais com acadêmicos de Fisioterapia do Centro Universitário UniAmérica Aline Almeida Cabanha; Luciana Gomes; Maria Necilene Matias; Rosely de Vasconcelos Duarte; Samuel Cabanha; Meire Perpétuo. 462 Estratégias de Coping na prevenção da depressão em equipe de enfermagem do pronto socorro do Hospital Municipal Padre Germano Lauck Ana Clara Ferminio; Graciela Giovanella; Luciana Cordeiro; Pedro Becker Darif; Meire Perpétua Vieira Pinto. 479 14 Os Projetos Integradores de Extensão, realizados semestralmente pelos estudantes do Centro Universitário União das Américas – UniAmérica, são o resultado da articulação entre pesquisa, ensino e extensão, tão imprescindíveis para a formação de profissionais capazes de promoverem mudanças e transformações nas comunidades e região de atuação. Os projetos são acadêmicos, selecionados pelos estudantes a partir de demandas da comunidade, formulando um problema e com pesquisas, aplicações e intervenções, apresentam ao final do semestre uma solução. Os Anais da Mostra de Projetos Integradores de Extensão – UniAmérica, dos cursos de graduação da UniAmérica, registram com clareza e objetividade, os trabalhos realizados pelos estudantes, na tentativa de solucionar problemas da comunidade local e regional, vivenciando as particularidadesda futura profissão. É no aprender fazendo que está a riqueza do processo formativo dos estudantes da instituição, pois oportuniza o desenvolvimento de competências, a autonomia e o protagonismo em seu processo formativo. As atividades dos Projetos Integradores de Extensão são orientadas por docentes indicados pelos colegiados, contam com mentoria externa (profissionais que, voluntariamente se dispõem a contribuir na formação) e os estudantes são organizados em grupos de até quatro integrantes, estimulando o trabalho em equipes, pares e colaborativo. Os Anais da Mostra de Projetos Integradores de Extensão – UniAmérica serão organizados, semestralmente, tendo um conselho editorial, formado por uma equipe titulada e interdisciplinar, que analisa os trabalhos que farão parte do documento, dando credibilidade a publicação. Enfim, desejamos uma boa leitura aos que se interessarem em conhecer como a UniAmérica executa os Projetos Integradores de Extensão, contribuindo para o processo de aperfeiçoamento e melhoria da prática, uma vez que traz o mundo real para a sala de aula. Prof. Dr. Blasius Silvano Debald Pró-reitor Acadêmico APRESENTAÇÃO 15 ADMINISTRAÇÃO O curso de Administração da UniAmérica desenvolve competências e habilidades para que o administrador possa atuar em diversos contextos e ambientes organizacionais. Com Metodologia Ativa o aluno aprende sobre finanças, empreendedorismo, recursos humanos, estratégia, negociação, marketing, planejamento, entre outros temas, em ambiente interativo, colaborativo e dinâmico, como acontece no mercado de trabalho: desenvolvendo projetos e resolvendo problemas reais. Anais da I Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAmérica 16 Anais da Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAméricaAnais da I Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAmérica Administração - Artigo PROPOSTA DE OTIMIZAÇÃO DO ARRANJO FÍSICO DE UMA GRÁFICA Jaime Aldrik Sosa Pedrini1 Marcelo Rodrigo da Rocha1 Bruno Lopes de Lira1 Anderson Rodrigues da Cruz1 Fausto Camargo2 Dirce Maria Dalberto3 RESUMO As empresas buscam estar aptas a realizar diversas mudanças organizacionais para garantir melhoria e a evolução nos seus processos. Neste cenário o arranjo físico de uma empresa tem suma importância, e se planejado mal poderá prejudicar o bom andamento da produção devido a empecilhos como maquinário fora de lugar ou distante, perca de tempo em localização e deslocamento de peças de estoque e produto final, dentre outros que levam a organização ser ineficiente. Assim, este artigo teve como objetivo elaborar um arranjo físico em função de diminuição de perdas nos processos produtivos de uma empresa gráfica, pois a mesma possui um grande espaço para a produção, mas seus maquinários e seus estoques estão mal distribuídos, acarretando em perdas na produção. Quanto a metodologia da pesquisa é aplicada, em relação aos objetivos a pesquisa é de carácter exploratório, enfatizando uma abordagem qualitativa. Quanto aos procedimentos técnicos utilizados se remetem a pesquisa ao levantamento e bibliográfica. A coleta de dados se deu sobre forma de entrevistas não estruturadas. A técnica de análise de dados empregada neste caso foi a análise de conteúdo. Como resultado foi desenvolvido um arranjo físico com base na diminuição de perdas, desenhado a partir do mapeamento do processo produtivo da gráfica e da identificação dos pontos de perdas. Se a empresa optar pela aplicação das propostas aqui contidas, ela contará com ganhos de eficiência e redução de perdas no seu negócio. Palavras-chave: Administração da produção; Arranjo físico; Processos produtivos. 1 Acadêmicos do Curso de Administração do Centro Universitário União das Américas – UniAmérica, Foz do Iguaçu, Paraná. E-mail: jaimepedrini@hotmail.com 2 Mestre em Ciência Sociais, docente do Curso de Administração do Centro Universitário União das Américas – UniAmérica.Foz do Iguaçu, Paraná. E-mail: faustocmargo@uniamerica.br 3 Mestre em Engenharia de Produção, docente do Curso de Administração do Centro Universitário União das Américas – UniAmérica. Foz do Iguaçu, Paraná. E-mail: dirce@uniamerica.br mailto:jaimepedrini@hotmail.com mailto:faustocmargo@uniamerica.br mailto:dirce@uniamerica.br 16 17 Anais da Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAméricaAnais da I Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAméricaAnais da Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAméricaAnais da I Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAmérica Administração - Artigo INTRODUÇÃO O estudo foi realizado em uma empresa gráfica localizada em Foz do Iguaçu/ PR. Ela atua na região com impresso offset há treze anos, e recentemente começou a fabricar embalagens de papelão. É sabido que a área das produções tem pouco espaço para locomoção, em razão de o arranjo produtivo ter sido montado sem uma distribuição padronizada, criando impedimentos, ineficiência e consequentemente prejuízos. Neste sentido o artigo vem com objetivo de ser uma proposta do novo arranjo físico que sirva para a empresa melhorar os fluxos de movimentação e transporte, ganhos de tempo de processamento e redução das perdas por estoque. Especificamente, fora realizado mapeamentos do espaço da produção e dos processos produtivos, juntamente com os seus respectivos fluxogramas, permitindo identificar pontos de perdas na produção e gerar a proposta. A metodologia utilizada foi a pesquisa aplicada, os objetivos da pesquisa são de caráter exploratório, enfatizando uma abordagem qualitativa. Quanto aos procedimentos técnicos utilizados remetem-se a pesquisa de campo e bibliográfica. A coleta de dados se deu sobre forma de entrevistas não estruturadas e levantamento de dados. Este estudo justifica-se pela oportunidade de os estudantes colocarem em prática os conteúdos aprendidos em sala de aula e contribuir com a gráfica que oportunizou o espaço de aprendizagem aos acadêmicos. 1. PRODUÇÃO A palavra produção tem origem do latim productĭo, que quer dizer “fazer aparecer”, se referindo a todo tipo de atividade ou processo que origina um determinado serviço, objeto ou produto. Então dizemos que o ato de produzir visa, por meio de processos, criar produtos, que para os dias atuais chamamos de bens de consumo. Nos primórdios não havia produção, os povos nômades se alimentavam do que encontravam na natureza, dependiam da sorte; com o passar do tempo passaram a criar assentamentos, plantavam para sobreviver. O grande salto da produção teve início no século XVII, quando as técnicas de transformação se aperfeiçoaram, as pessoas passaram a integrar grandes organizações industriais e fabris, foi então que 18 Anais da Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAméricaAnais da I Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAmérica Administração - Artigo a produção passou a ter grande importância e ser produzida em massa, abrindo um leque para todas as formas de melhoramentos. Conforme explica Gaither (2002, p. 25), “há pelo menos 6 grandes desenvolvimentos históricos: a revolução industrial; período pós-guerra civil americana; a administração científica; as relações humanas e o behaviorismo; a pesquisa operacional e a revolução de serviços”. Graças a estes acontecimentos também a produção, que antes era tido somente como algo natural e inconsciente ganhou notoriedade e passou a exercer um papel de sistema dentro das organizações. Diante desses avanços passou-se buscar a sistematização da produção, conforme Gaither e Frazier (2002), um sistema de produção visa transformar as entradas em saídas, ou seja, é o responsável pelos processos de transformação da matéria prima em insumos e destes para o produto, chegando ao consumidor final. O sistema de produção é o centro das atividades, o coração da empresa. Em conjunto da sistematização, também se fez necessário administrar essa produção paramanter o ponto de excelência. “A administração da produção aborda o modo de as organizações produzirem bens e serviços, tudo que vestimos, comemos e usamos chega a nós graças aos gerentes de operações que instituem sua produção” (SLACK; CHAMBERS; JOHNSTON, 2002, p. 30). A administração da produção, segundo Slack, Chambers e Johnston (2002), é acima de tudo, um assunto prático que trata de problemas reais. Toda organização possui uma função produção, porque produzem algum tipo de bem ou serviço. 18 19 Anais da Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAméricaAnais da I Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAméricaAnais da Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAméricaAnais da I Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAmérica Administração - Artigo Figura 1 - Modelo geral da administração da produção Fonte: Slack, Chambers e Johnston (2002, p. 29). 1.1 ARRANJO FÍSICO O arranjo físico, também conhecido como o arranjo produtivo ou layout, é em essência o modo como a linha de produção está organizado dentro da empresa, uma vez que se determina o arranjo de produção decide-se o lugar das instalações, máquinas, equipamentos e os fluxos de materiais e operários. “O arranjo físico é uma das características mais evidentes de uma operação produtiva porque determina sua “forma” e aparência” (SLACK; CHAMBERS; JOHNSTON, 2002, p. 200). A forma em que o maquinário e afins estão distribuídos define a velocidade, maneira em que acontecem os trabalhos, e muitas vezes a qualidade do produto final. Porém antes de realizar a mudança no arranjo físico atual, uma empresa deve se lembrar dos empecilhos que enfrentará durante o processo, por ser uma atividade que geralmente cobrará esforços físicos e de gestão (MARTINS; LAUGENI, 2015). Slack, Chambers e Johnston (2002, p. 201) descrevem o porquê de a decisão de arranjo físico ser tão importante para uma linha de produção. a) Mudança de um arranjo físico é frequentemente uma atividade difícil por causa das dimensões físicas dos recursos movidos; b) O rearranjo físico de uma operação existente pode interromper seu funcionamento suave, levando à insatisfação do cliente ou a perdas na produção; c) Se o arranjo físico está errado, pode levar a padrões de 20 Anais da Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAméricaAnais da I Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAmérica Administração - Artigo fluxo longos ou confusos, estoque de materiais, filas de clientes, inconveniências para o cliente tempos de processamento longos, etc. No geral, por mais que cada arranjo apresente alguma diferença e excepcionalidade graças ao perfil da empresa, existem quatro tipos de arranjo produtivo, o arranjo físico posicional, arranjo físico por processo, arranjo físico celular e o arranjo físico por produto. Segundo Chiavenato (2012, p. 201), “`[...] o tipo básico de arranjo físico é a forma geral do arranjo dos recursos produtivos da operação”. Vamos ver a diferença de cada um destes tipos no Quadro 1. De acordo com os autores Slack, Chambers e Johnston (2002), apesar destes quatro modelos básicos de como pode ser um processo produtivo, eles não são regras imutáveis, podendo uma organização utilizar métodos de acordo a sua realidade e não necessariamente sendo uma só. Quadro 1 - Tipos básicos de arranjos produtivos. TIPO DE ARRANJO DESCRIÇÃO Arranjo físico posicional Em vez de materiais, informações ou clientes fluírem por uma operação, quem sofre o processamento fica estacionário, enquanto maquinário, insta- lações e pessoas movem-se de acordo a necessidade. Arranjo físico por processo É assim chamado porque as necessidades e conveniências dos recursos transformadores que constituem o processo na operação dominam a decisão sobre o arranjo físico. Arranjo físico celular É aquele em que os recursos transformados, entram na operação, são pré- selecionados para movimentar-se para uma parte específica da operação, na qual todos os recursos transformadores necessários a atender suas necessidades imediatas se encontram. Arranjo físico por produto. Envolve localizar os recursos produtivos transformadores inteiramente se- gundo a melhor conveniência do recurso que está sendo transformado. Fonte: Elaborado pelos autores. 1.2 IDENTIFICAÇÃO DAS PERDAS As perdas podem ser identificadas através das Sete Perdas do Sistema Toyota de Produção (STP), segundo Antunes et al (2008) as perdas foram detalhadas por Ohno (1997) e Shingo (1996) numa noção de sete perdas. Elas estão diretamente relacionadas ao conceito do mecanismo da função produção, conforme descrito no Quadro 2. 20 21 Anais da Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAméricaAnais da I Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAméricaAnais da Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAméricaAnais da I Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAmérica Administração - Artigo Quadro 2 - Sete Perdas do Sistema Toyota de Produção. Perda por Descrição Super produção Shingo (1996) postula que as perdas por superprodução podem ser entendidas a partir de duas lógicas gerais: I) a superprodução no sentido da produção de quantidade “excessiva”, que pode ser inti- tulada de “superprodução quantitativa”; superprodução no sentido da produção antecipada em relação às necessidades dos estágios subsequentes da produção e do consumo, que pode ser intitulada de “superprodução por antecipação”. Estoque Perda por estoque significa a existência de estoques elevados de matérias-primas, material em processo e/ou produtos acabados, que irão acarretar elevados custos financeiros e a necessidade es- tabelecida de espaço físico adicional para a produção, com custos a isto associados. Movimento As perdas por movimentos estão diretamente associados aos “mo- vimentos desnecessários” dos trabalhadores quando estes estão executando as operações principais nas máquinas ou nas linhas de montagem. Espera Perdas por espera estão associados aos períodos de tempo nos quais os trabalhadores e/ou máquinas não estão sendo utilizados produtivamente, ou seja, embora pagos, não estão contribuindo para a agregação de valor aos produtos e/ou serviços. Transporte As perdas por transporte relacionam-se diretamente a todas as ati- vidades de movimentação de materiais que geram custo e não adi- cionam valor. Segundo Shingo (1966a), o fenômeno de transportar não aumenta o trabalho adicionado ao produto, mas eleva os custos globais do sistema produtivo. Processamento As perdas no processamento em si consistem naquelas atividades de processamento/fabricação que são desnecessárias para que o produto, serviço ou sistema adquira suas características básicas de qualidade, tendo em vista a geração de valor para o cliente/usuário. Defeito As perdas por fabricação de produtos defeituosos consistem na fa- bricação de peças, subcomponentes e produtos acabados que não atendem as especificações de qualidade requeridas pelo projeto, ou seja, que não atendem aos requisitos vinculados à qualidade do ponto de vista da conformidade. Fonte: Adaptado de Antunes et al. (2008). 22 Anais da Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAméricaAnais da I Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAmérica Administração - Artigo 1.3 ESTUDO DE TEMPOS E MÉTODOS O estudo de tempos e métodos se trata de medir o trabalho, com cronometragens e observações são coletadas informações à respeito da produtividade, não só isso mas também a avaliação da produtividade serve para analisar e avaliar o desempenho de uma organização, de modo global e na análise individual, servindo de auxílio na estruturação de políticas gerenciais e fornecer informação para acompanhar índices produtivos (SILVA; SEVERIANO FILHO, 2008 apud RONDINELE et al., 2015). Com o tempo ficou mais nítido que a relação custo x produção era necessário para o bom funcionamento da linha de produção. Uma ótimaforma de manter essa relação funcional é medindo o tempo que se leva para a produção e determinar tempos perfeitos para a realização dos mesmos. De acordo Taylor (1911 apud KO; CHA; RHO, 2007 apud VIEIRA et al., 2015, p. 3), existem os objetivos básicos na hora de se realizar o estudo de tempos: a) Análise do estudo científico de todos os elementos de uma operação em substituição aos métodos empíricos usados até aquela época; b) Escolha do melhor operário para cada tarefa; c) Desenvolvimento do espírito de cooperação entre a administração e o pessoal, na execução de tarefas existentes, de acordo aos princípios da ciência e d) A divisão do trabalho em partes iguais entre administração e os operários, cada departamento encarregando-se do trabalho que lhes coubesse, em lugar da condição vigente. O estudo permitiu que fossem criados tempos padrão para determinados processos, pois especificando o tempo é possível visualizar os movimentos inúteis ao processo. Com a compreensão sobre os tempos outro renomado autor e discípulo de Taylor, Frank B. Gilbreth (1868-1924) expandia o estudo dos tempos e métodos através da divisão de movimentos básicos. “Gilbreth subdividiu os elementos de Taylor e movimentos básicos que ele chamou de therbligs (conjunto de movimentos fundamentais necessários para o trabalhador executar operações em tarefas manuais) ” (MAYNARD, 1970, p. 58). Assim nasce a medição dos métodos junto ao tempo, como consequência da medição do tempo ideal para o processo. 22 23 Anais da Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAméricaAnais da I Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAméricaAnais da Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAméricaAnais da I Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAmérica Administração - Artigo 2. METODOLOGIA A natureza da pesquisa utilizada é aplicada, pois envolve verdades e interesses locais. De acordo com Barros e Lehfeld (2000, p. 78), a pesquisa aplicada tem como motivação a necessidade de produzir conhecimento para resultados, com o objetivo de contribuir para fins práticos visando à solução mais ou menos imediata do problema encontrado na realidade. Apolinário (2009, p. 512) complementa dizendo que pesquisas aplicadas têm o objetivo de “resolver problemas ou necessidades concretas e imediatas”. A pesquisa aplicada concentra-se em torno dos problemas presentes nas atividades das instituições, organizações, grupos ou atores sociais. Está empenhada na elaboração de diagnósticos, identificação de problemas e busca de soluções. Respondem a uma demanda formulada por “clientes, atores sociais ou instituições” (THIOLLENT, 2009, p.36). Com relação aos objetivos a pesquisa é exploratória, como o nome implica, tem finalidade de obter informação de algo pouco conhecido, servindo como fase preliminar de uma pesquisa. Serve de orientação acerca do assunto, tema e objetivos, formular hipóteses (LAKATOS; MARCONI. 2003). Do ponto de vista dos procedimentos técnicos a pesquisa deu se por meio bibliográfica, e pesquisa de campo. A pesquisa bibliográfica aconteceu pelo levantamento de referências já analisadas, como livros, artigos científicos, e páginas web, com o objetivo de reunir informações úteis ao tema, e gerar conhecimentos prévios sobre a oportunidade busca solução (FONSECA, 2002). No levantamento envolve a investigação direta ao grupo cujo se destina levantar dados ou informações, podem ser feitas através de questionários, entrevistas estruturadas e não estruturadas (GIL, 2005). Além dessas foi utilizada a pesquisa de campo, sendo a observação in loco de fatos e fenômenos, valendo-se de registros no momento acontecido (PRODANOV; FREITAS, 2013). Em relação à abordagem do problema a pesquisa é qualitativa. O método de pesquisa qualitativa preocupa-se em analisar e interpretar aspectos mais profundos, descrevendo a complexidade do comportamento humano. Fornece análise mais detalhada sobre as investigações, hábitos, atitudes, etc. (MARKONI; LAKATOS, 2011). Conforme Richardson et al. (1999), a pesquisa qualitativa envolve a aquisição 24 Anais da Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAméricaAnais da I Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAmérica Administração - Artigo de dados descritivos sobre pessoas lugares e processos interativos, através do contato direto do pesquisador com a situação estudada, procurando compreender os fatos, segundo a perspectiva dos sujeitos. Também possibilita descrever a complexidade de um determinado problema, analisar a interação de certas variáveis, compreender e classificar processos dinâmicos vividos por grupos sociais, contribuir para o processo de mudança de determinado grupo. Considerada como quantitativa por tratar do manejo de dados numéricos oriundos de uma realidade empresarial. Pois esta, normalmente, se mostra apropriada quando existe a possibilidade de medidas quantificáveis de variáveis e inferências usando instrumentos específicos (GIL, 2008). A coleta de dados foi feita através de entrevista não estruturada com o proprietário da empresa e colaboradores na linha de produção. Outro método utilizado para se obter os dados quantitativos foi a medição do espaço total do galpão e das máquinas. Mediante isso passou-se a fase de interpretação do material, que possibilitou encontrar a solução ideal, e serviu de base para sua construção. Para a análise do material aplicou-se análise de conteúdo, e a tabulação dos dados coletados através de dois fatores: Comparação de dados considerando pontos que determinam o diagnóstico, como por exemplo as atribuições do produto e Preferência, são os dados compatíveis com a busca da solução, e separação dos dados que não apresentam atribuições (RAMOS, 2009). Para Berelson citado por Richardson et al. (1999, p. 221), a análise de conteúdo “é uma técnica de pesquisa para descrição objetiva, sistemática e quantitativa do conteúdo manifesto da comunicação”. “Para a análise de conteúdo seguem-se as mesmas etapas de uma pesquisa científica: definição dos objetos, escolha de amostra, elaboração dos instrumentos, aplicação dos instrumentos e conclusão” (MARCONI; LAKATOS, 203, p. 134). 3. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS A empresa do estudo fica localizada na área industrial da cidade de Foz do Iguaçu - PR. A mesma atua no ramo gráfico há treze anos, e a quatro decidiu expandir para o ramo de embalagens de papelão. Em virtude desta nova atividade o espaço do galpão que antes atendia somente as operações gráficas, passou a atender também 24 25 Anais da Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAméricaAnais da I Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAméricaAnais da Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAméricaAnais da I Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAmérica Administração - Artigo a produção das embalagens. A área não foi redimensionada num padrão que receba a nova linha de produção, o que acarretou no espaço com graves gargalos estruturais, como acúmulo de matéria-prima e maquinário, travamento dos fluxos e circulação etc. Para resolver a situação foram utilizados os métodos anteriormente descritos, e seguido objetivos específicos para otimizar o espaço físico da gráfica. 3.1 MAPEAMENTO DO ARRANJO FÍSICO E O PROCESSO PRODUTIVO DA GRÁFICA Através da visita ao local de produção onde foi medido os espaços e entrevista não estruturada primeiramente com o dono/chefe da empresa e posteriormente com os operadores, pôde-se ter noção do arranjo físico e os processos produtivos. Para aproximar da realidade das dimensões do galpão foi desenhado no através do autocad4 a planta baixa5 do local (Figura 2). Com a planta baixa ficou mais evidente como estavam dispostos o maquinário e as matérias-primas dentro do galpão, uma necessidade para a elaboração do novo arranjo. O espaço conta com cinquenta metros de comprimentopor vinte e cinco de largura dispostos entre uma metade para produção de impressos offset e a outra para embalagens, sendo aparentemente um arranjo físico misto. O que se viu foi que não existe nenhum tipo de divisão e organização entre os materiais das linhas de produção, onde aparas de papelão e refugos de impressão se misturam com os produtos acabados e inacabados. Também as mesas de trabalho, máquinas estoques ficam dispostos de forma desorganizada, não respeitando espaços para produção. Através de entrevistas realizadas com os envolvidos foram definidos quais os fluxos da produção, ou seja, como funcionam os processos de produção dentro da gráfica, ilustrada em um fluxograma apresentado na figura 3, em que foi possível averiguar os caminhos utilizados e os gargalos existentes graças à disposição das máquinas dentro do galpão da gráfica. 4 AutoCAD é um software de computador utilizado principalmente para a elaboração de peças de desenho técnico em duas dimensões e para criação de modelos tridimensionais. 5 Planta Baixa é o nome que se dá ao desenho de uma construção a partir do corte horizontal. 26 Anais da Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAméricaAnais da I Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAmérica Administração - Artigo Os fluxos das produções no arranjo físico decorrem de forma que fiquem divididos em cada metade do galpão e interajam somente se houver embalagem acoplada. Figura 2 - Identificação do maquinário e matéria prima das produções da gráfica Fonte: Elaborado pelos autores (2019). 26 27 Anais da Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAméricaAnais da I Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAméricaAnais da Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAméricaAnais da I Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAmérica Administração - Artigo Figura 3 - Fluxograma do processo produtivo de impressões offset e embalagem. Fonte: Elaborado pelos autores. 3.2 PONTOS DE PERDA NO PROCESSO PRODUTIVO As perdas identificadas na empresa foram classificadas conforme apresenta-se no Quadro 3. 28 Anais da Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAméricaAnais da I Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAmérica Administração - Artigo Quadro 3 - Pontos de perdas no processo produtivo da empresa Perdas por Descrição Superprodução Algo que ocorre com frequência é a superprodução por antecipação com as embalagens. A chefia dá ordem de produzir excedentes para quando for preciso estejam disponíveis ao cliente, considerando a ne- cessidade futura, formando pilhas de produtos acabados. Foi dito que são feitos excedentes aproveitando a produção que está sendo execu- tada. Dessa forma tendem a tomar tempo, energia, estoque, espaço e provocar atrasos em outras vendas com base na previsão. Estoque Os insumos comprados estão todos comprometidos com vendas, mas estão em espera de ser processados para produto final, ocupando a circulação de tal maneira que, conforme cálculo, essa pilhagem ocupa 45% do espaço físico da produção. Movimento Somados com a distribuição das bancadas o operador fica submetido à movimentos desnecessários, por motivo de paralisação do processo produtivo em função de outro, os impressos não têm local definido e são alocados onde há espaço, junto de materiais, recortes, insumos ou outros impressos. Pela falta de lugar próprio os impressos misturados à outros trabalhos e estoques Espera As perdas por esperas identificadas têm a ver com a falta de mão de obra; há equipamento e maquinário para manter as duas produções, no entanto, faltam operadores. Transporte O espaço da produção conta com duas entradas, no entanto todas as cargas e descargas; recebimento de material, despacho de produto acabado, e descarte de resíduos são feitos apenas na entrada lateral. Resultando disso falta de espaço e entupimento do fluxo de transporte e armazenagem, que para acontecer deve-se desviar de pilhagens e percorrer um caminho impróprio, impossibilitando os operadores de uti- lizar a empilhadeira, as prateleiras são abastecidas à mão. Processamento A empresa funciona apenas com metade do efetivo, os operadores são deslocados entre uma e outra produção conforme a urgência, com isso ocorrem muitas paradas de maquinário. Devido à mão de obra reduzi- da houve uma dinâmica entre os operadores, a divisão do trabalho não é estabelecida nem definida por atribuição de função, ocorrem muitos tempos de setups. Defeito O maquinário tem mais de 20 anos, sua performance é diminuída e causam uma margem maior de refugo de papel por produção, no en- tanto ainda não representa grandes perdas Fonte: Elaborada pelos autores. O proprietário da gráfica forneceu gravações em vídeo da área da produção que possibilitou analisar e quantificar as perdas. Foi feito contagem de tempos 28 29 Anais da Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAméricaAnais da I Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAméricaAnais da Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAméricaAnais da I Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAmérica Administração - Artigo e paradas de três dias distintos do processo de produção mais comum executado semanalmente. Em seguida foi feito uma tabela com a média do tempo de perdas e número de paradas dos dias 29/04/2019, 02/05/2019 e 07/05/2019. A sigla OP é operador, no total há 6 trabalhando nos processos da pré-impressão, impressão e acabamentos. O resultado está expressado na tabela à seguir: Tabela 1 – Tempo médio de perdas Fonte: Elaborada pelos autores. A contagem representa a média de minutos gastos por operador, como demonstrado no total há pelo menos 27% do tempo ativo gasto por motivos de perda. Acima da média proposta por Ohno (1996), que estabelece como porcentagem aceitável de perda até 20%, mais que isso significa prejuízos para empresa. Por seguinte os pontos identificados com maior perdaforam sublinhados no fluxograma do processo produtivo: 30 Anais da Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAméricaAnais da I Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAmérica Administração - Artigo Figura 4 – Pontos de perda no processo produtivo Fonte: Elaborada pelos autores. 3.3 ELABORAÇÃO DO NOVO ARRANJO FÍSICO COM BASE NA DIMINUIÇÃO DE PERDAS O tema da diminuição de perdas dentro de qualquer organização é recorrente, a frase “diminuir nossas perdas” é quase um mantra para todos os administradores de todos os níveis nas organizações. Isso se acontece porque os materiais não utilizados tiveram um custo para a empresa, e diferente de refugos, são perdas por terem utilidade, que não foram porem bem utilizados, o capital para a sua compra foi jogado fora. As perdas podem acontecer em qualquer parte da organização, no setor 30 31 Anais da Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAméricaAnais da I Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAméricaAnais da Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAméricaAnais da I Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAmérica Administração - Artigo administrativo, na área de entregas, armazenagens ou produção. E de várias formas, como em produtos acabados, matérias primas, tempo e produtividade. Ao que concerne ao arranjo produtivo as principais perdas para a organização são no tempo, produtividade e matéria prima. A empresa estudada, apresenta perdas na produtividade e tempo graças ao arranjo produtivo existente em seu galpão, já que não possuía linhas divisórias e nada definido. Para solucionar esta situação foi desenhado um novo arranjo produtivo para a organização para a otimização do seu tempo e principalmente a produtividade de sua linha de produção. Foi elaborado um arranjo físico de tipo misto entre tipo posicional e por processo que conforme Marques (2019); Posicional:Arranjo físico em que os recursos transformados não se movem entre recursos transformadores, ou seja: aquilo que vai ser transformado fica em uma posição fixa, enquanto os agentes transformadores vão se movimentando ao redor dele. Vantagem: Alta flexibilidade. Por Processo: Também chamado de layout funcional, organiza-se a partir das diversas funções ou seções (seções de máquinas e equipamentos, por exemplo) que participam do processo de produção. Vantagens: Flexibilidade para atender a demanda de mercado; atende produtos diversificados em quantidades variadas ao mesmo tempo. Figura 5 – Proposta do novo layout para a área de produção Fonte: Elaborado pelos autores. 32 Anais da Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAméricaAnais da I Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAmérica Administração - Artigo O arranjo físico proposto garante diminuição dos tempos de fluxo no processo, por exemplo; A posição da descarga de insumos irá definir o processo de produção, foi colocado logo na entrada para reduzir o tempo de manuseio do material. As máquinas foram dispostas em sequência lado a lado para que o fluxo do processo flua com maior eficiência, e que também contribuem para redução do tempo. Os espaços para manuseio e circulação das máquinas foram respeitados, igualmente foi definido local para a armazenagem de refugos, produtos acabados e em produção. Os funcionários da produção percorrem grandes distâncias para atividades simples; no primeiro processo, o de corte, o operador demora por volta de 70 segundos para pegar o material, devendo percorrer 12 metros desviando de pallets ou acúmulos para retornar à guilhotina, na planta atual o mesmo procedimento pode ser feito em 10 segundos. Com esse exemplo pode-se prever que é possível normalizar o tempo gasto com perdas, pois o arranjo físico proposto reduz a locomoção das cargas e descargas, manuseio de materiais e distâncias percorridas, sem comentar a organização que elimina tempos de procura por materiais perdidos. 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS O layout de uma indústria é fundamental para a saúde empresarial, pois se o maquinário e os processos não estiverem em harmonia, à produção ficará mais vulnerável a erros de controle, imprecisão dos tempos, má logística de entrega interna, riscos de extravio ou danificação de peças/produtos e geração de gargalos além de oferecer riscos de segurança aos colaboradores. Ou seja, uma indústria que busca qualidade total, entrega dentro dos prazos, e a segurança de sua equipe, deve investir em estudos e mudanças de layout, sempre analisando a viabilidade e custo/benefício para aplicação de tal. O presente artigo teve como objetivo geral elaborar um arranjo físico em função de diminuição de perdas da empresa Gráfica, visando otimizar os processos produtivos dela. Tendo o objetivo geral estabelecido se fez necessário a elaboração de caminhos para que fosse possível atingi-lo, sendo esses caminhos os objetivos específicos que foram identificados, analisados, descritos e mapeados, mostrando os 32 33 Anais da Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAméricaAnais da I Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAméricaAnais da Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAméricaAnais da I Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAmérica Administração - Artigo processos que a gráfica exercia. Sendo assim foram realizados o mapeamento do arranjo físico e o processo produtivo da gráfica, a identificação dos pontos de perdas no processo produtivo, e por fim, foi desenvolvido um arranjo físico com base na diminuição de perdas. O novo desenho do arranjo produtivo foi o grande objetivo final alcançado, para a sua realização foram feitos pesquisados estudos sobre linhas de produção e principalmente sobre a construção de arranjos produtivos. REFERÊNCIAS ANTUNES, Junico et al. Sistemas de produção: conceitos e práticas para projeto e gestão da produção enxuta. Porto Alegre: Bookman, 2008. APPOLINARIO, Fabio. Dicionário de Metodologia Científica: um guia para a produção do pensamento cientifico. São Paulo: Atlas, 2009. BARROS, Aidil J. da S.; LEHFELD, Neide Aparecida de S. Fundamentos de metodologia científica. 1. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2000. CHIAVENATO, Idalberto. Gestão da Produção: uma Abordagem Introdutória. 3. ed. São Paulo: Manole, 2014. GAITHER, Norman; FRAZIER, Greg. Administração da produção e operações. 8. ed. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002. GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2005. GIL, Antônio Carlos. 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Acesso em: 10 maio 2019. RICHARDSON, Roberto J. et al. Pesquisa social: métodos e técnicas. 3. ed. rev. e ampl. São Paulo: Atlas, 1999. SLACK, Nigel; CHAMBERS, Stuart; JOHNSTON, Robert. Administração da produção. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2002. THIOLLENT, Michel. Metodologia de Pesquisa-ação. 16. ed. São Paulo: Saraiva, 2005. VIEIRA, Romero Rondinele dos Santos et al. Estudo de tempos e métodos no processo produtivo de uma panificadora localizada em Mossoró/RN. Revista Eletrônica Gestão & Sociedade, Rio Grande do Norte, v. 9, n. 23, p.977-999, maio 2015. Disponível em: https://www.gestaoesociedade.org/gestaoesociedade/article/view/2029. Acesso em: 19 jun. 2019. MARQUES, José Roberto. O que é e quais são os tipos de arranjo físico? 2019. Disponível em: https://www.ibccoaching.com.br/portal/o-que-e-e-quais-sao-os-tipos- de-arranjo-fisico/. Acesso em: 5 jun. 2019. 34 35 Anais da Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAméricaAnais da I Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAméricaAnais da Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAméricaAnais da I Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAmérica Administração - Artigo ANÁLISE DE PERDAS E DESPERDÍCIOS NO PROCESSO PRODUTIVO DE UMA EMPRESA METALÚRGICA Anna Carolline Conceição Ferreira1 Jessica Vargas1 Luciane Andrades1 Zainab Mariam Hage González1 Fausto Camargo2 Dirce Maria Dalberto3 RESUMO O presente estudo tem como objetivo minimizar desperdícios no processo produtivo de uma empresa metalúrgica e propor a minimização das perdas. A metodologia da pesquisa utilizada configura-se numa pesquisa aplicada, de abordagem qualitativa e quantitativa. Quanto aos objetivos, a pesquisa tem caráter exploratório e descritivo, em relação aos procedimentos técnicos, foram utilizadas a pesquisa bibliográfica e levantamento. Os instrumentos de coleta de dados, utilizados foram a observação e entrevista. Os resultados mostram que a empresa possuía perdas significativas de materiais e tempo advindas da falta de processos para controle de execução do projeto e de qualidade, a partir dessa constatação foram analisados os processos da mesma, e com o detalhamento de cada um deles elaboraram-se planos de ação para a correção de tais falhas, como implementação de formulários padronizados para medição einstalação, a instalação de cabine para pintura, a utilização de espumas tipo caixa de ovo para a proteção do produto no processo de transporte e a implementação de quadros de ordem de produção, podendo assim diminuir desperdícios e otimizando tempo e mão de obra, tudo isso impactando positivamente nos resultados econômicos da empresa. Palavras-chave: Administração da produção; Mapeamento de processos; Perdas e desperdício. 1 Acadêmicos do Curso de Administração do Centro Universitário União das Américas – UniAmérica, Foz do Iguaçu, Paraná. E-mail annaconferreira@gmail.com 2 Mestre em Ciência Sociais, docente do Curso de Administração do Centro Universitário União das Américas – UniAmérica, Foz do Iguaçu, Paraná. E-mail. faustocmargo@uniamerica.br 3 Mestre em Engenharia de Produção, docente do Curso de Administração do Centro Universitário União das Américas – UniAmérica, Foz do Iguaçu, Paraná. E-mail dirce@uniamerica.br mailto:annaconferreira@gmail.com mailto:faustocmargo@uniamerica.br mailto:dirce@uniamerica.br 36 Anais da Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAméricaAnais da I Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAmérica Administração - Artigo INTRODUÇÃO O cenário atual da economia globalizada, mostra uma grande competitividade entre as organizações, envolvendo também a busca em produzir mais e com menores custos, e isso demanda esforços para diminuir as perdas durante o processo de produção. Essa redução de custos com perdas nas operações é uma das formas de fazer com que os recursos do processo produtivo sejam utilizados de maneira que causem impactos positivos sobre o produto oferecido para o cliente, assim mantendo a empresa mais competitiva através de suas operações. O desperdício na indústria é presente desde o surgimento da mesma, fazendo com que o Sistema Toyota de Produção (STP), criado após a década de 50 seja base de estudos sobre o tema até hoje. Então o verdadeiro sucesso da produção vem de um processo de melhoria para identificação das perdas, com o intuito de compreender a raiz do problema e colocar em prática verdadeiras contramedidas para essa causa. A empresa metalúrgica, objeto deste estudo, já atua no mercado a mais de 33 anos, e sofre vários impactos associados a perdas durante o processo de produção de seus produtos. A partir disso, surge a seguinte pergunta de pesquisa: como identificar perdas e/ou desperdícios no processo produtivo de uma metalúrgica? Para responder a essa pergunta, o presente estudo teve como objetivo mapear o processo produtivo, analisar e quantificar as perdas e apresentar propostas de minimização de perdas. Esse estudo justifica-se em colaborar na gestão da produção da empresa, analisando o sistema produtivo para auxiliar na minimização de perdas durante esse processo, e também pela aplicação prática da teoria estudada em sala de aula. Outro aspecto a ser ressaltado trata-se do impacto social gerado pelo estudo das causas das perdas e/ou desperdícios em uma metalúrgica local. 1. ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO A administração de produção é uma atividade capaz de gerenciar os recursos necessários que criam entregam os produtos e serviços. A função produção e a parte responsável por essa atividade na organização. Entretanto, não todas as organizações o conhecem por esse nome, podem ser utilizados também os termos: operações, a operações ou simplesmente produção. Os gerentes de produção são os responsáveis 36 37 Anais da Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAméricaAnais da I Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAméricaAnais da Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAméricaAnais da I Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAmérica Administração - Artigo por administrar um ou todos os recursos de produção (SLACK; BRANDON-JONES; JOHNSTON, 2018). No texto a seguir Corrêa e Corrêa (2017, p. 6) descrevem brevemente a gestão de produção e operações. A gestão de operações ocupa-se da atividade de gerenciamento estra- tégico dos recursos escassos (humanos, tecnológicos, informacionais e outros), de sua interação e dos processos que produzem e entre- gam bens e serviços, visando atender a necessidades e/ou desejos de qualidade, tempo e custo de seus clientes. Além disso, deve também compatibilizar esse objetivo com as necessidades de eficiência no uso dos recursos que os objetivos estratégicos da organização requerem. Para Jacobs e Chase (2009, p. 19), “no nível mais básico, a administração da produção e de suprimentos tem a ver com finalizar o trabalho de modo rápido, eficiente, sem erros e a um custo baixo”. 1.1 QUALIDADE Para Slack, Chambers e Johnston (2002), qualidade significa fazer as coisas certas, mas fazer as coisas certas pode variar de acordo com o tipo da operação. Por exemplo: em um hospital, qualidade pode significar a segurança que os pacientes obtenham o tratamento correto, ou também uma fábrica de automóveis, a qualidade significa a fabricação de carros conforme as especificações e confiáveis (Quadro 1). Toledo et al. (2017), destacam três pontos importantes como a qualidade trabalha, sendo um atributo das coisas ou pessoas, possibilitando a distinção ou diferenciação das coisas ou pessoas, e determina a natureza das coisas ou pessoas. A qualidade não é algo identificável e observável diretamente, ou seja, a qualidade é vista por meio de características, por isso, é resultante na interpretação de uma ou mais atributos das coisas ou pessoas. 38 Anais da Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAméricaAnais da I Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAmérica Administração - Artigo Quadro 1 - O significado de qualidade Características que atendem às necessidades dos clientes Isenção de falhas a) Uma qualidade superior per- mite que as organizações: b) Aumentem a satisfação dos clientes c) Produzam produtos vendáveis d) Encarem a concorrência e) Aumentem sua fatia de merca- do f) Gerem receitas de vendas g) Garantam ágio em seus pre- ços h) Reduzam riscos a) Uma qualidade superior permite que as organizações: b) Reduzam taxas de erros c) Reduzam o retrabalho e o desperdício d) Reduzam falhas de campo e encar- gos com as garantias e) Reduzam a insatisfação dos clientes f) Reduzam inspeções e testes g) Abrevie o tempo para colocar novos produtos no mercado h) Aumentem o rendimento e a capaci- dade i) Melhorem o desempenho nas entre- gas O efeito principal recai na receita: Maior qualidade custa mais O efeito principal recai nos custos: Maior qualidade custa menos Fonte: Adaptado pelos autores de Juran e DeFeo (2010). 1.1.1 Perdas Ao unir operações, quando algum processo paralisa devido a alguma falha, os próximos também ficarão paralisados, e essas falhas causam perdas. Os fundamentos do Modelo Toyota baseiam-se em um processo de melhoria para identificação e eliminação das perdas e desperdícios nas atividades de trabalho, tornando-o enxuto (LIKER; MEIER, 2007). De acordo com Marcousé (2014), um engenheiro japonês chamado Shigeo Shingo, que trabalhou na Toyota nos anos 1970, identificou 7 tipos de desperdício, ou muda, que é termo em japonês utilizado para definir o desperdício de material, esforço e tempo. 38 39 Anais da Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAméricaAnais da I Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAméricaAnais da Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAméricaAnais da I Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAmérica Administração - Artigo Quadro 2 - Os sete tipos de desperdícios Tipo de desperdício Descrição Superprodução Trata-se da produção em massa feita por grandes empresas na tentativa de prever uma provável demanda dos produtos. Desperdício de estoque É quando fabricantes mantêm seu estoque de matérias-primas e produtos em processo na tentativa de evitar uma possível falta dos mesmos por parte dos fornecedores ou para reduzir o riscode parar a produção, fazendo com que haja desperdício de custos com mão-de-obra e espaço para armazenamento. Movimento Trata-se do aumento de ciclo causado pelo movimento desne- cessário dos funcionários no momento em que precisam mo- vimentar-se entre setores procurando ferramentas ou pegando peças, diminuindo a produtividade. Espera É a ociosidade de recursos (humanos ou equipamentos). São, por exemplo, o tempo desperdiçado quando existem máquinas mal coordenadas, com defeitos ou a espera de ferramentas para poder começar a trabalhar. Transporte São gastos na movimentação de recursos desnecessários de uma fábrica para outra, como por exemplo: produtos com defei- tos, peças erradas ou envio de documentos para o setor errado. Superproces- samento São processamentos que não agregam valor ao produto. Produ- tos complexos causam desperdício com etapas adicionais, mão de obra e matéria-prima, adicionando excesso de qualidade que muitas vezes o cliente não precisa e não geram receita extra. Defeitos Produtos com defeitos desperdiçam tempo e recursos, além da insatisfação de clientes. Fonte: Adaptado pelos autores a partir de Marcousé (2014, p. 293). 1.1.2 Custos Para as empresas que competem diretamente em preços no mercado, o custo será, claramente o seu principal objetivo, quando menor o custo em prestar e entregar serviços e produtos, menor será os preços pagos pelos clientes. Do mesmo modo, 40 Anais da Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAméricaAnais da I Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAmérica Administração - Artigo as empresas que não competem diretamente com preços dentro do mercado, estão interessados em manter os preços de custo baixos, pois, qualquer valor removido da base de custeio de uma operação será um valor acrescentado ao lucro (SLACK; CHAMBERS; JOHNSTON, 2015). 1.1.3 Custos da Qualidade Segundo Martins e Laugeni (2005), durante muito tempo associou-se a melhoria da qualidade ao aumento de custos dos produtos. Deming demonstrou que isso não era verdade, citando constantemente que ao aumentar a qualidade, aumenta-se a produtividade. Contudo, não era muito claro o que se entendia por custos relacionados à qualidade, ou por custos da qualidade. Os custos da qualidade devem envolver todas as atividades que influenciam de forma direta e indireta na qualidade dentro da empresa, sua cadeia de fornecedores e de clientes, fornecendo informações para comparar os investimentos em qualidade (inputs), que são os investimentos em prevenção e avaliação da qualidade, e com os resultados (outputs), que se refere às falhas internas e externas (TOLEDO et al., 2017). 2.2 PROCESSOS De acordo com Oliveira (2006, p. 137), “processo é um conjunto de ações ordenadas e integradas para um fim produtivo específico, ao final do qual serão gerados produtos e/ou serviços e/ou informações”. Segundo Brocke e Rosemann (2003, p. 130), “os processos são essenciais para garantir uma interligação direta entre o desempenho dos processos e as metas estratégicas”. Para Cury (2005), a organização, sistemas e métodos, também conhecidos pela sigla OSM, é um conjunto de processos que tem como objetivo aperfeiçoar o funcionamento da empresa de maneira organizada, sendo uma das principais funções responsáveis por modelar a empresa, de definir métodos e processos de trabalho que são imprescindíveis para o sucesso da organização. Todos os processos de uma organização, sejam eles de cunho operacional ou administrativo, possuem um fluxo de operações. A modelagem de processos 40 41 Anais da Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAméricaAnais da I Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAméricaAnais da Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAméricaAnais da I Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAmérica Administração - Artigo das empresas deve ser desenvolvida durante o transcurso de análise, para que sua descrição seja rigorosamente condizente à sequência do processo que será documentado (DASCENÇÃO, 2007). 2.2.1 Mapeamento de Processos O mapa do processo, segundo Adair e Murray (1996) proporciona uma visão geral do processo e permite identificar as principais etapas. Ele evita os detalhes e concentra-se na apresentação de uma descrição gráfica e compreensível de um processo, o que seria difícil de fazer em forma narrativa. Para que o mapeamento seja fiel às sequências de tarefas para a entrega do produto ou serviço, o processo deve ser visualizado e documentado passo-a- passo. Esta sequência deve ser apresentada com uma linguagem gráfica, onde haja a exposição dos detalhes do processo de modo progressivo e preciso para que a análise seja consistente (MELLO; SALGADO, 2005). Para Maranhão e Macieira (2004), os mapeamentos de processos são aqueles que agregam valor ao produto ou à atividade-fim. A atividade inicial de um mapeamento de processos é identificar quantos e quais são os processos a serem mapeados. Não há regras preestabelecidas para determinar quantos e quais são os processos de uma organização, podem ser considerados poucos ou centenas de processos. De acordo com Barnes (2004), o fluxograma é a representação gráfica de um procedimento, onde as etapas são registradas de forma encadeada através de símbolos padronizados e interconectados. O fluxograma, de acordo com Adair e Murray (1996), é uma maneira conveniente de elaborar um mapa detalhado de processo no contexto de equipes. A reprodução do fluxo costuma gerar debates, sendo preciso mudar as etapas entre as já identificadas. 3 METODOLOGIA Este capítulo descreve a metodologia utilizada neste estudo, apresentado os tipos de pesquisa, os instrumentos de coletas de dados e as técnicas de análise. A metodologia de pesquisa utilizada no presente estudo tem característica aplicada qual, “por sua vez, os conhecimentos adquiridos são utilizados para aplicação 42 Anais da Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAméricaAnais da I Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAmérica Administração - Artigo prática e voltados para a solução de problemas concretos” (MATIAS-PEREIRA, 2016, p. 20). Quanto à abordagem desta pesquisa, suas características são: qualitativa e quantitativa. A pesquisa qualitativa não se atenta com representatividade numérica, mas sim com o aprofundamento da compreensão de um grupo social e de uma organização (GOLDENBERG, 1999). Já sob o enfoque quantitativo da abordagem desta pesquisa, “tudo pode ser mensurado numericamente, ou seja, pode ser traduzido em números, opiniões e informações para classificá-las e analisá-las” (MATIAS-PEREIRA, 2016, p. 88). Quanto aos objetivos da presente pesquisa, eles têm caráter exploratório e descritivo. Segundo Andrade (2010), a pesquisa exploratória proporciona maiores informações sobre determinado assunto, facilita a delimitação de um tema de trabalho, define objetivos ou fórmula hipóteses de uma pesquisa, além de que pode descobrir um novo enfoque para o trabalho que se tem em mente. A pesquisa exploratória “objetiva a maior familiaridade com o problema, tornando-o explícito, ou à construção de hipóteses. Envolve levantamento bibliográfico; entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado; análise de exemplos que estimulem a compreensão” (KAUARK; MANHÃES; MEDEIROS, 2010, p. 29). Na pesquisa descritiva o pesquisador apenas registra e descreve os fatos observados fazer interferência sobre eles, tal pesquisa também visa a descrever as características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis (PRODANOV; FREITAS, 2013). Os procedimentos técnicos utilizados foram a pesquisa bibliográfica e levantamento. A pesquisa bibliográfica é feita a partir da verificação de referências teóricas já analisadas, e publicadas por meios escritos e eletrônicos, como livros, artigos científicos, páginas deweb sites (GERHARDT; SILVEIRA, 2009). A coleta de dados está sendo na própria metalúrgica com a presença dos proprietários e funcionários. Quanto aos instrumentos de coleta de dados, foram utilizados a observação e entrevista. Gerhardt e Silveira (2009, p.74) descrevem a observação sendo “uma técnica que faz uso dos sentidos para a apreensão de determinados aspectos da realidade. Ela consiste em ver, ouvir e examinar os fatos, os fenômenos que se pretende investigar”. 42 43 Anais da Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAméricaAnais da I Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAméricaAnais da Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAméricaAnais da I Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAmérica Administração - Artigo Esta observação foi realizada no setor de produção da empresa para compreender como funciona o processo produtivo da mesma. Já a entrevista foi realizada com um dos proprietários. “A entrevista é uma das técnicas utilizadas na coleta de dados primários. Para que a entrevista se efetive com sucesso é necessário ter um plano para a entrevista, de forma que as informações necessárias não deixem de ser colhidas” (KAUARK; MANHÃES; MEDEIROS, p. 64). O tipo de entrevista utilizado foi direto, sendo aquela em que o entrevistador se posiciona frente ao entrevistado; ela é presencial: o entrevistador indaga e o entrevistado responde. Quanto às técnicas de análise de dados utilizou-se a análise estatística para a descrição das variáveis observadas independentemente da ocorrência de outras, deve-se, em um primeiro momento organizar os dados coletados ainda não tratados em uma distribuição do número de ocorrências de cada valor observado na população ou amostra (BATISTA; CAMPOS, 2016). Outra técnica foi à análise conteúdo qual permite a descrição sistemática, objetiva e quantitativa do conteúdo adquirido através dos dados coletados na empresa (MARCONI; LAKATOS, 2003). 4 ANÁLISE E DISCUSSÕES DOS RESULTADOS Este capítulo apresenta na sequência dos objetivos específicos a análise e os resultados do presente estudo. Primeiramente descreve-se a empresa. 4.1 A METALÚRGICA A Metalúrgica está no mercado há 33 anos, tendo a sua matriz na cidade de Foz do Iguaçu e sua filial em Ciudad del Este no Paraguai, e é especializada na fabricação de grandes estruturas e coberturas metálicas, além de atender também à pedidos de menor escala, como portões, calhas, rufos e grades. 4.2 MAPEAMENTO DO PROCESSO PRODUTIVO Neste capítulo apresenta-se a descrição e representação gráfica do fluxo do processo produtivo de um portão, dados quais foram colhidos através de observações. 44 Anais da Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAméricaAnais da I Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAmérica Administração - Artigo 4.2.1 Descrição do fluxo produtivo de portão. a) INÍCIO: EMISSÃO DE PEDIDO a. Cliente procura a empresa. b. Cliente passa modelo desejado e medidas aproximadas. c. Chefe de produção faz orçamento. d. Orçamento é enviado para o cliente. - Cliente não aprova o orçamento - Cliente aprova o orçamento e. Chefe de produção emite ordem de produção b) MEDIÇÃO: CONFORME OP (ordem de produção) a. Colaborador vai até o local de instalação para tirar as medidas b. Medidas são realizadas com trena e anotadas na agenda c. Medidas são passadas ao chefe de produção c) PEDIDO DE MP: CONFORME OP a. Chefe de produção faz contato com fornecedor b. Pede quantidade necessária para apenas esse produto d) PROJETO: CONFORME OP E MEDIDAS a. Chefe de produção recebe a OP b. Desenha em programa o modelo seguindo as medidas c. Imprime o projeto finalizado e envia para produção e) CORTE: CONFORME PROJETO a. Colaborador analisa especificações do corte no projeto b. Máquinas necessárias são preparadas na área de produção c. MP é separada na área de produção conforme as especificações contidas no projeto d. Os ferros são cortados conforme as medidas e espessuras contidas no projeto e. Cada corte é separado na área de produção conforme suas espessuras 44 45 Anais da Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAméricaAnais da I Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAméricaAnais da Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAméricaAnais da I Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAmérica Administração - Artigo f) SOLDA E MONTAGEM: CONFORME PROJETO a. Colaborador analisa as especificações de montagem no projeto b. As peças de ferro são soldadas conforme a montagem descrita no projeto c. Após estrutura montada é realizado o corte para instalação da fechadura d. Fechadura é instalada g) PINTURA a. Colaborador leva o produto para área de pintura b. Colaborador busca máquina e utensílios necessários c. A tinta é selecionada conforme especificações do projeto d. Colaborador passa a primeira demão de tinta com a pistola de pintura e. É aguardado 12 horas para próxima demão (caixa de espera) f. Após espera a segunda demão de tinta é aplicada no produto com a pistola de pintura g. Após 12 horas de secagem é analisada a necessidade de retoque na pintura h. Se necessário o retoque é feito com tinta e pincel (decisão) i. Produto pronto é enviado para expedição. h) EXPEDIÇÃO a. Nota do produto é emitida com dados da entrega b. Produto é colocado no veículo de entrega c. Outras peças e maquinário de instalação conforme especificações do projeto são separadas. d. Produto é enviado para o local de instalação i) INSTALAÇÃO: CONFORME ESPECIFICAÇÕES DO PROJETO a. Produto é descarregado no local b. Maquinário e peças são dispostos juntos ao produto c. Equipe de instalação analisa as especificações da instalação no projeto d. Produto é instalado e. Nota do produto é entregue ao cliente 46 Anais da Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAméricaAnais da I Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAmérica Administração - Artigo 4.2.2 Representação gráfica do fluxo produtivo de portão. A representação gráfica foi elaborada a partir da descrição do processo produtivo conforme representado no fluxograma 1. Fluxograma 1 - Fluxo do Processo Produtivo da Metalúrgica Fonte: Elaborado pelos autores. Anais da Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAméricaAnais da I Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAmérica Administração - Artigo 4.3 ANÁLISE E QUANTIFICAÇÃO DE PERDAS NO PROCESSO PRODUTIVO Para colaborar na análise de perdas foi elaborado o mapa de fluxo de valor do processo produtivo, sinalizando os processos onde as perdas foram identificadas. Figura 1 - Representação gráfica do mapeamento do fluxo de valor e quantificação das perdas e desperdícios. Fonte: Elaborado pelos autores. 47 Anais da Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAméricaAnais da I Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAmérica 48 Anais da Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAméricaAnais da I Mostra de Projetos Integradores de Extensão - UniAmérica Administração - Artigo Logo após da coleta e análise de dados, no processo produtivo de um portão, foram apontados quatro pontos importantes, que possuem falhas significativas que interferem no controle de qualidade do produto final, como especificado no gráfico 1 acima, e detalhadas logo abaixo: a) Medição: e o ponto de partida para todas as atividades sucessivas, ou seja, se o mesmo estiver incorreto de algum modo, comprometera toda a produção, pois e nele que se encontra todos os detalhes importantes do produto. b) Projeto: tendo em vista que o produto em questão e personalizado em casos de medição incorreta, o mesmo será elaborado em tamanho desconforme a necessidade do cliente. c) Corte: o corte incorreto da matéria prima gera alto índice de refugo e influência em imperfeições no produto final. d) Pintura: o desperdício de pintura, gera um alto índice de perdas de refugos, fazendo com que exista mais perdas
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