Buscar

curso_extensao_2019_primeiros_socorros_para_professores (7)

Prévia do material em texto

concursos
Thaise Novaes Glaser
PRIMEIROS SOCORROS PARA 
PROFESSORES NO AMBIENTE ESCOLAR
Ferimentos Comuns no ambiente escolar - Parte I
Primeiros Socorros para Professores no ambiente 
escolar
Apresentação
Olá aluno,
Meu nome é Thaise Novaes Glaser, sou fisioterapeuta especialista em Ergo-
nomia e socorrista especialista em urgência e emergência. Sempre segui com as duas áreas 
profissionais de forma simultânea, encantada com a dinâmica da ergonomia aplicada ao 
ambiente de trabalho e apaixonada pela arte de se dedicar constantemente á busca de co-
nhecimento, aprimoramento prático e eficiência objetivando salvar vidas como socorrista. Os 
treinamentos e capacitações sempre gritaram alto e me direcionam há mais de uma década 
no ensino, formação de profissionais e capacitação de pessoas na área de urgência e emer-
gência, seja em âmbito pessoal ou profissional.
Sumário
Ferimentos comuns no ambiente escolar - parte 1 .................................................................. 3
3
Primeiros Socorros para Professores no ambiente escolar
Ferimentos Comuns no ambiente escolar - Parte I
Ferimentos comuns no ambiente escolar - parte 1
Ferimento é qualquer tipo de lesão em tecido do corpo humano, como consequência de um 
trauma. A pele é o maior órgão do corpo humano e é também o órgão mais exposto para sofrer 
ferimentos, pois reveste toda a superfície externa do organismo. Quando se perde a integridade 
da pele, existe o risco de sangramento e entrada para infecções. Uma vez que a pele é agredida, 
abre-se portas para lesões de tecidos adjacentes como músculos, nervos e vasos sanguíneos.
Hemorragia é o extravasamento de sangue dos vasos sanguíneos a partir da ruptura de suas 
paredes. Uma situação hemorrágica deve ser tratada imediatamente, visto que a hemorragia severa 
impede a distribuição de oxigênio aos tecidos em consequência da perda de volume, o que coloca 
a vida da vítima em risco.
As hemorragias podem ser divididas em internas e externas. As hemorragias internas não são 
visíveis porque extravasam para o interior do próprio corpo. Normalmente envolvem os órgãos 
intra-abdominais e ao expor a vítima, pode ser visualizado edema acompanhado de mudança na 
coloração da pele. Neste primeiro momento da abordagem inicial, não há muito o que o socorrista 
possa fazer para tratar a hemorragia interna. Mas é indispensável sua identificação, para que a 
vítima seja encaminhada o mais rápido possível para o atendimento especializado.
As hemorragias externas são visíveis porque extravasam para o meio ambiente. Existem 3 
tipos de hemorragias externas a serem identificadas e devidamente tratadas: hemorragia capilar, 
hemorragia venosa e hemorragia arterial.
A hemorragia capilar é causada por escoriações que lesionam os capilares logo abaixo da su-
perfície da pele. A hemorragia capilar é facilmente controlada, tende a cessar rapidamente, não 
representando grandes riscos.
A hemorragia venosa provém de rompimentos e lesões nas veias. Tem uma coloração verme-
lho-escuro em fluxo continuo sob baixa pressão. Geralmente é controlada diante de uma pressão 
no local e não ameaça a vida da vítima, a não ser que a lesão seja grave (veias de grosso calibre) 
ou que a hemorragia não possa ser controlada.
A hemorragia arterial provém de rompimentos e lesões nas artérias. É a hemorragia mais fre-
quente e também mais perigosa e difícil de ser tratada. Sua característica é um sangue vermelho 
vivo que sai em jato da ferida. Mesmo que seja uma ferida pequena, quando a artéria está com-
prometida, sempre há chance de ameaçar a vida da vítima.
Para determinar a gravidade de uma hemorragia, considera-se:
• Volume de sangue perdido;
• Calibre do vaso rompido;
• Tipo do vaso sanguíneo lesado;
• Velocidade da perda de sangue.
De maneira geral, as hemorragias externas podem ser controladas principalmente ao se fazer 
uma pressão direta sobre o local de sangramento – aplica-se uma pressão no local da hemorragia, 
com uma compressa estéril sobre a lesão.
4
Primeiros Socorros para Professores no ambiente escolar
Ferimentos Comuns no ambiente escolar - Parte I
Para diminuir também o fluxo sanguíneo para a região da lesão, pode ser feita aplicação de 
gelo no local.
Sangramento / Hemorragia Nasal
 Também conhecido como sangramento nasal (epistaxe). Dentre as causas cita-se o golpe 
direto, possível lesão na cabeça, pressão arterial alta ou ainda, vias nasais ressecadas.
Os principais sintomas são dor (caso tenha sofrido um golpe direto) e ainda. obstrução ou 
congestão nasal.
Para o tratamento de primeiros socorros é possível seguir os seguintes passos:
1. Coloque o atleta sentado com a cabeça para a frente.
2. Use gaze esterilizada e aperte as narinas com os dedos por 5 a 10 minutos para aplicar 
pressão direta.
3. Encaminhe o atleta a um médico caso o sangramento não estanque dentro de 15 a 20 
minutos ou ele tiver sido causado por uma lesão.
4. Aconselhe o atleta a não assoar o nariz.
Se a criança ou adolescente estiver em condição de jogo ou atividade física, é melhor que não 
retorne às atividades. Já no caso de atletas, o atleta poderá retornar às atividades depois que 
estiver 5 minutos sem sangramento.
Se o sangramento foi causado por uma lesão/ trauma mais grave, o atleta deve ser examinado 
e liberado por um médico antes de retornar às atividades.
Hemorragias externas graves
O tão conhecido método de torniquete deve ser usado quando a hemorragia for grave e de di-
fícil controle ( realizado na etapa X da abordagem primária), ou seja, quando outras alternativas 
simples para controle de hemorragia já foram tentadas e não resolveram a hemorragia. O horário 
de aplicação do torniquete deve ser anotado, a fim de fazer o acompanhamento desta interrupção 
do fluxo sanguíneo. É importante que uma vez colocado, não seja mais movido ou afrouxado. O 
torniquete somente deve ser removido no hospital, e pode ficar de 4h até 6h na vítima se necessário.
Os cuidados especiais estão nas amputações/avulsões. Os cuidados requerem, além do con-
trole dos sangramentos, todo o esforço necessário para preservar a área amputada. O controle 
do sangramento pode ser feito com pressão sobre o sangramento com bandagem adequada ou 
torniquete.
O cuidado com a parte arrancada do corpo (por exemplo, um dedo) envolve: pegar o dedo ampu-
tado, envolver o dedo em gaze estéril embebida em soro fisiológico, colocar em um saco plástico e 
posteriormente colocar em outro recipiente que contenha gelo. A função do gelo aqui, será manter 
a refrigeração, mas nunca a ponto de provocar congelamento do membro! O membro amputado 
deve ser enviado junto com a vítima para o hospital.
5
Primeiros Socorros para Professores no ambiente escolar
Ferimentos Comuns no ambiente escolar - Parte I
Referências
ROSALES, Santiago. Prevenção e Primeiros Socorros. Vol 1: grupo cultural.
ROSALES, Santiago. Prevenção e Primeiros Socorros. Vol 2: grupo cultural.
VARELLA, Drauzio. Primeiros Socorros. São Paulo: Claro enigma, 2011
FLEGEL, Melinda J. Primeiros socorros no esporte. 5ª ed. Barueri SP. Ed Manole, 2015
NAEMT. Atendimento Pré-hospitalar ao Traumatizado – PHTLS. 8ª ed: 2017
SOUSA, Vitor. Livre Tradução do PHTLS 9ª ed: 2018
	Ferimentos comuns no ambiente escolar - parte 1

Mais conteúdos dessa disciplina