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Modelos matemáticos e equações diferenciais Prof. Harold Mello harold.uerj@gmail.com UERJ Faculdade de Engenharia Departamento de Engenharia Elétrica Análise de Sistemas Físicos Análise de Sistemas Físicos 2 Prof. Harold Mello Modelos matemáticos • Projeto e análise de sistemas de controle Modelos matemáticos de sistemas físicos são elementos-chave no projeto e análise de sistemas de controle O modelo matemático de um dado sistema é sempre uma aproximação do comportamento real do mesmo O modelo de um sistema não é único: simplicidade x precisão Análise de Sistemas Físicos 3 Prof. Harold Mello Modelos matemáticos • Classificação dos sistemas: Causais x não-causais Estáticos x dinâmicos Estocásticos x determinísticos Parâmetros concentrados x parâmetros distribuídos Lineares x não lineares Variantes no tempo x invariantes no tempo Contínuos x discretos Análise de Sistemas Físicos 4 Prof. Harold Mello Modelos matemáticos • Em ASF estudaremos sistemas: Causais Dinâmicos Determinísticos Parâmetros concentrados Lineares Invariantes no tempo Contínuos Análise de Sistemas Físicos 5 Prof. Harold Mello Modelos matemáticos • Projeto e análise de sistemas de controle Aproximações frequentemente utilizadas: Desprezar pequenos efeitos (reduz o número de variáveis) Reduzir sinais externos (distúrbios) Utilizar parâmetros concentrados e invariantes no tempo Linearizar Sistemas físicos de interesse são dinâmicos e são descritos por equações diferenciais. Análise de Sistemas Físicos 6 Prof. Harold Mello Modelos matemáticos • Projeto e análise de sistemas de controle Extraído de: MAYA, P. A, LEONARDI, F. Controle Essencial. 2ª ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014. Análise de Sistemas Físicos 7 Prof. Harold Mello Modelos matemáticos • Equações diferenciais As equações diferenciais são obtidas através do uso das leis físicas do processo Sistematização do processo de modelagem de sistemas: definição de variáveis generalizadas de esforço e de fluxo. Análise de Sistemas Físicos 8 Prof. Harold Mello Modelos matemáticos • Equações diferenciais A equação diferencial de um sistema de enésima ordem é escrita como: 𝑑𝑛𝑥 𝑡 𝑑𝑡𝑛 + 𝑎𝑛−1 𝑑𝑛−1𝑥 𝑡 𝑑𝑡𝑛−1 +⋯+ 𝑎1 𝑑𝑥 𝑡 𝑑𝑡 + 𝑎0𝑥 𝑡 = 𝑦 𝑡 Se os coeficientes 𝑎0, 𝑎1𝑎𝑛−1 não forem função de 𝑦 𝑡 , tem-se uma equação diferencial ordinária linear (EDOL). Análise de Sistemas Físicos 9 Prof. Harold Mello Modelos matemáticos • Equações diferenciais Muitos sistemas físicos são não lineares, sendo descritos por equações diferenciais não lineares. Exemplo: equação que descreve o pêndulo simples de massa 𝑚 e comprimento ℓ: 𝑚ℓ 𝑑2𝜃 𝑡 𝑑𝑡2 +𝑚𝑔sen𝜃 𝑡 𝜃 𝑡 aparece na forma de uma função senoidal Análise de Sistemas Físicos 10 Prof. Harold Mello Modelos matemáticos • Equações diferenciais Se o modelo matemático for relativamente simples, como no caso de uma EDOL, devemos preferir uma solução analítica, a qual é exata. Se o modelo for mais complicado, como no caso de uma equação diferencial não-linear, podemos apelar para uma solução numérica, a qual é aproximada. No entanto, neste curso, trataremos com EDOL exclusivamente. Análise de Sistemas Físicos 11 Prof. Harold Mello Modelos matemáticos • Etapas da modelagem de sistemas dinâmicos: 1. Definir o sistema e seus componentes 2. Formular o modelo matemático e as principais hipóteses 3. Obter as equações diferenciais descritivas do modelo 4. Resolver as eq. diferenciais para as variáveis desejadas de saída 5. Examinar as soluções e hipóteses 6. Se necessário, analisar ou projetar o sistema novamente. Análise de Sistemas Físicos 12 Prof. Harold Mello Modelos matemáticos • Classificação das variáveis físicas Variável-através (fluxo): representa uma grandeza física que mensura a transmissão de algo através de um elemento do sistema. Exemplo: corrente elétrica que flui através de um elemento do sistema elétrico Variável-entre (esforço): representa uma grandeza física que mensura a diferença entre as extremidades de um elemento de um sistema físico. Exemplo: queda de tensão em um resistor Análise de Sistemas Físicos 13 Prof. Harold Mello Modelos matemáticos • Classificação das variáveis físicas Sistema Variável-através Variável-entre Elétrico Corrente (i) Diferença de tensão (v21) Mecânico Translacional Força (F) Diferença de velocidade (v21) Mecânico Rotacional Torque (T) Diferença de velocidade angular (21) Fluídico Vazão volumétrica (Q) Diferença de pressão (P21) Térmico Fluxo térmico (q) Diferença de temperatura (T21) Análise de Sistemas Físicos 14 Prof. Harold Mello Modelos matemáticos • Classificação energética dos sistemas físicos Manipuladores de energia Energia é processada de acordo com a característica física intrínseca a cada um: de armazenamento capacitivo de armazenamento indutivo dissipador de energia Análise de Sistemas Físicos 15 Prof. Harold Mello Modelos matemáticos • Resumo de equações descritivas de elementos dinâmicos com parâmetros concentrados Extraído de: DORF, R. C., BISHOP, R. H. Sistemas de Controle Modernos. São Paulo: Editora LTC, 2013. Análise de Sistemas Físicos 16 Prof. Harold Mello Modelos matemáticos Extraído de: DORF, R. C., BISHOP, R. H. Sistemas de Controle Modernos. São Paulo: Editora LTC, 2013. Análise de Sistemas Físicos 17 Prof. Harold Mello Modelos matemáticos Extraído de: DORF, R. C., BISHOP, R. H. Sistemas de Controle Modernos. São Paulo: Editora LTC, 2013. Análise de Sistemas Físicos 18 Prof. Harold Mello Modelos matemáticos • Sistemas mecânicos são aqueles compostos por massas, molas, amortecedores e transmissões. A análise de sistemas mecânicos envolve praticamente dois tipos distintos de movimentos: translacional e rotacional. • O equacionamento do sistema pode ser realizado de acordo com as Leis de Newton. Assim, sistemas mecânicos estarão associados a forças (quando translacionais) e torques (quando rotacionais). Análise de Sistemas Físicos 19 Prof. Harold Mello Modelos matemáticos • Elementos de um sistema mecânico: Massa (ou inércia) Mola Amortecedor • Graus de liberdade (GL): número mínimo de coordenadas independentes que descrevem completamente o movimento de todos os elementos do sistema. Num de GL do sistema = Num de massas x Num de GL de cada massa Análise de Sistemas Físicos 20 Prof. Harold Mello Modelos matemáticos • Sist mecânico translacional com 2 graus de liberdade: • Sist mecânico rotacional com 3 graus de liberdade: Extraído de: NISE, N. N. Engenharia de Sistemas de Controle. 6a edição São Paulo: LTC Editora, 2012. Análise de Sistemas Físicos 21 Prof. Harold Mello Modelos matemáticos • Elementos translacionais: Extraído de: NISE, N. N. Engenharia de Sistemas de Controle. 6a edição São Paulo: LTC Editora, 2012. Análise de Sistemas Físicos 22 Prof. Harold Mello Modelos matemáticos • Elementos mecânicos rotacionais são elementos forçados a girar em torno de um eixo. • Em sistemas mecânicos translacionais, realizamos a análise através do equilíbrio de forças. Neste caso, em elementos girantes, devemos levar em consideração o torque associado aos elementos Análise de Sistemas Físicos 23 Prof. Harold Mello Modelos matemáticos • Elementos rotacionais: Extraído de: NISE, N. N. Engenharia de Sistemas de Controle. 6a edição São Paulo: LTC Editora, 2012. Análise de Sistemas Físicos 24 Prof. Harold Mello Modelos matemáticos • Exemplo 1: Obtenha um modelo matemático que represente o sistema mecânico translacional massa-mola- amortecedor: Extraído de: DORF, R. C., BISHOP, R. H. Sistemas de Controle Modernos. São Paulo: Editora LTC, 2013. Análise de Sistemas Físicos 25 Prof. Harold Mello Modelos matemáticos • Somando as forças agindo sobre M e utilizando a segunda lei de Newton, resulta em: 𝑀 𝑑2𝑦 𝑡 𝑑𝑡2 + 𝑏 𝑑𝑦𝑡 𝑑𝑡 + 𝑘𝑦 𝑡 = 𝑟 𝑡 (1) Análise de Sistemas Físicos 26 Prof. Harold Mello Modelos matemáticos • Exemplo 2: Faça o mesmo para o circuito seguinte: Extraído de: DORF, R. C., BISHOP, R. H. Sistemas de Controle Modernos. São Paulo: Editora LTC, 2013. Análise de Sistemas Físicos 27 Prof. Harold Mello Modelos matemáticos • Aplicando a lei das correntes de Kirchhoff, obtém-se a seguinte equação íntegro- diferencial: 𝑣 𝑡 𝑅 + 𝐶 𝑑𝑣 𝑡 𝑑𝑡 + 1 𝐿 0 𝑡 𝑣 𝑡 𝑑𝑡 = 𝑟 𝑡 (2) • Em termos do fluxo magnético, 𝑣 𝑡 = 𝑑∅ 𝑡 𝑑𝑡 : 𝐶 𝑑2∅ 𝑡 𝑑𝑡2 + 1 𝑅 𝑑∅ 𝑡 𝑑𝑡 + 1 𝐿 ∅ 𝑡 = 𝑟 𝑡 (3) Análise de Sistemas Físicos 28 Prof. Harold Mello Modelos matemáticos • Resolvendo a equação (2), obtém-se a resposta dinâmica do sistema: Extraído de: DORF, R. C., BISHOP, R. H. Sistemas de Controle Modernos. São Paulo: Editora LTC, 2013. Análise de Sistemas Físicos 29 Prof. Harold Mello Modelos matemáticos • As equações (1) e (3) que descrevem os dois sistemas anteriores são equivalentes: Variáveis e sistemas análogos Técnica muito útil para modelagem de sistemas Analogia força-corrente é uma analogia natural porque relaciona variáveis-através e variáveis-entre dos sistemas elétrico e mecânico. Análise de Sistemas Físicos 30 Prof. Harold Mello Modelos matemáticos • Analogia força-corrente (segundo tipo): D 𝑦 𝑡 Análise de Sistemas Físicos 31 Prof. Harold Mello Modelos matemáticos • Exemplo 3: Circuito RLC série Análise de Sistemas Físicos 32 Prof. Harold Mello Modelos matemáticos • Tem-se: • Escrevendo em termos da carga elétrica, 𝑖 𝑡 = 𝑑𝑞 𝑡 𝑑𝑡 : 𝐿 𝑑𝑖 𝑡 𝑑𝑡 + 𝑅𝑖 𝑡 + 1 𝐶 𝑖 𝑡 = 𝑣 𝑡 𝐿 𝑑2𝑞 𝑡 𝑑𝑡2 + 𝑅 𝑑𝑞 𝑡 𝑑𝑡 + 1 𝐶 𝑞 𝑡 = 𝑣 𝑡 (4) Análise de Sistemas Físicos 33 Prof. Harold Mello Modelos matemáticos • A equação diferencial para o sistema elétrico RLC série: • E para o sistema mecânico anterior: 𝑀 𝑑2𝑦 𝑡 𝑑𝑡2 + 𝑏 𝑑𝑦 𝑡 𝑑𝑡 + 𝑘𝑦 𝑡 = 𝑟 𝑡 (1) • Sistemas com analogia força-tensão elétrica 𝐿 𝑑2𝑞 𝑡 𝑑𝑡2 + 𝑅 𝑑𝑞 𝑡 𝑑𝑡 + 1 𝐶 𝑞 𝑡 = 𝑣 𝑡 (4) Análise de Sistemas Físicos 34 Prof. Harold Mello Modelos matemáticos • Outra analogia frequentemente utilizada é a analogia força-tensão elétrica (primeiro tipo). D 𝑦 𝑡 𝑦 𝑡 Análise de Sistemas Físicos 35 Prof. Harold Mello Modelos matemáticos • Conversão de um sistema mecânico para um sistema elétrico utilizando a analogia força-corrente: 1. Cada massa do sistema mecânico é substituída por um capacitor no sistema elétrico análogo. Todos estes capacitores, que representam as massas, são aterrados. A tensão inicial nestes capacitores é igual à velocidade inicial das massas no sistema mecânico. 2. Encontram‐se os análogos elétricos dos componentes mecânicos restantes: molas são substituídas por indutores e amortecedores são substituídos por resistores. 3. As ligações entre os componentes elétricos são realizadas, observando‐se como o análogo mecânico está ligado aos demais elementos mecânicos. Por exemplo, se uma mola está ligada a duas massas, no análogo elétrico o indutor análogo da mola deve estar conectado aos capacitores análogo das massas. 4. As fontes de corrente representando as forças no sistema mecânico são incluídas no diagrama elétrico. Análise de Sistemas Físicos 36 Prof. Harold Mello Modelos matemáticos • Exemplo 4: Obtenha o sistema elétrico análogo (força-corrente) ao sistema mecânico mostrado na figura a seguir: Análise de Sistemas Físicos 37 Prof. Harold Mello Modelos matemáticos • Solução: Passo 1: associar a cada uma das massas um capacitor aterrado. Cada um dos capacitores estará carregado com uma tensão que é igual a velocidade da massa correspondente associada. Análise de Sistemas Físicos 38 Prof. Harold Mello Modelos matemáticos • Solução: Passo 2: substituir os outros componentes mecânicos pelos componentes elétricos. As molas têm indutores no diagrama elétrico análogo e os amortecedores e atritos possuem resistores. Análise de Sistemas Físicos 39 Prof. Harold Mello Modelos matemáticos • Solução: Passo 3: cada um dos componentes elétricos é conectado para formar o análogo elétrico. Análise de Sistemas Físicos 40 Prof. Harold Mello Modelos matemáticos • Solução: Análogo elétrico do sistema mecânico. O comportamento do sistema mecânico pode ser determinado com os resultados da simulação do circuito análogo. Análise de Sistemas Físicos 41 Prof. Harold Mello Modelos matemáticos • Conversão de um sistema mecânico para um sistema elétrico utilizando a analogia força-tensão elétrica: 1. Cada bloco móvel do sistema mecânico (massa) dá origem ao mesmo número de malhas do circuito análogo. 2. Os elementos (não rígidos) que interligam os blocos correspondem às componentes comuns do circuito às malhas vizinhas 3. Os demais elementos do sistema, que atuam sobre cada um dos blocos, são representados no circuito por componentes análogos dos ramos pertencentes a uma única malha. 4. No caso de existirem no sistema mecânico pontos móveis com velocidades próprias que possuem massas desprezíveis, tais pontos darão origem a malhas que não possuem a indutância própria dos blocos rígidos. 5. Alternativamente, o circuito de analogia força-tensão pode ser obtido a partir do dual do circuito análogo força-corrente, se este já for conhecido. Análise de Sistemas Físicos 42 Prof. Harold Mello Modelos matemáticos • Exemplo 5: Obtenha o sistema elétrico análogo (força-tensão) ao sistema mecânico mostrado na figura a seguir: Extraído de: MAYA, P. A, LEONARDI, F. Controle Essencial. 2ª ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014. Análise de Sistemas Físicos 43 Prof. Harold Mello Modelos matemáticos • Solução: Na primeira malha do circuito análogo, uma tensão e(t) proveniente de um gerador que é análogo à força aplicada f(t), um indutor L1 análogo à massa do bloco M1, e um resistor R1 análogo ao atrito com o solo, um capacitor C1 comum às duas malhas e análogo à mola de interligação K2, e um resistor R2 análogo à resistência viscosa do amortecedor. Note que o ponto x2 dá origem à segunda malha que não possui indutância própria. Extraído de: MAYA, P. A, LEONARDI, F. Controle Essencial. 2ª ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014. Análise de Sistemas Físicos 44 Prof. Harold Mello Modelos matemáticos • Analogia entre circuitos elétricos: dualidade 𝐶 𝑑2∅ 𝑡 𝑑𝑡2 + 1 𝑅 𝑑∅ 𝑡 𝑑𝑡 + 1 𝐿 ∅ 𝑡 = 𝑟 𝑡 (RLC paralelo) (3) 𝐿 𝑑2𝑞 𝑡 𝑑𝑡2 + 𝑅 𝑑𝑞 𝑡 𝑑𝑡 + 1 𝐶 𝑞 𝑡 = 𝑣 𝑡 (RLC série) (4) • Existe correspondência entre parâmetros e variáveis destes circuitos (tabela de dualidade). • A equação de um circuito tipo série, obtida por análise de malhas, pode dar origem à equação do circuito paralelo (dual), analisado pelo método dos nós, através da substituição da notação da tabela de dualidade. Análise de Sistemas Físicos 45 Prof. Harold Mello Modelos matemáticos • Analogia entre circuitos elétricos: dualidade Análise de Sistemas Físicos 46 Prof. Harold Mello Modelos matemáticos • Exemplo 6 Construa o dual do circuito da figura ao lado e escreva as equações de análise de malhas. Usando a tabela de dualidade, escreva as equações de análise nodal do circuito dual e, a partir dessas equações, desenhe o circuito dual. Procure estabelecer uma regra que permita desenhar o circuito dual diretamente, sem recorrer às equações. Extraído de: (Exemplo 2.3) MAYA, P. A, LEONARDI, F. Controle Essencial. 2ª ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014. Análise de Sistemas Físicos 47 Prof. Harold Mello Modelos matemáticos • Exemplo 6 Equações de análise de malhas: 𝑢1 = 𝐿1 𝑑𝑖1 𝑑𝑡 + 𝑅1𝑖1 + 1 𝐶3 0 𝑡 𝑖1𝑑𝑡 + 𝑅𝑖1 − 𝑅𝑖2 (Malha 1) 𝑢2 = 𝑅𝑖2 − 𝑅𝑖1 + 𝑅2𝑖2 + 𝐿2 𝑑𝑖2 𝑑𝑡 (Malha 2) Usando a tabela da dualidade: 𝑗1 = 𝐶1 𝑑𝑣1 𝑑𝑡 + 𝐺1𝑣1 + 1 𝐿3 0 𝑡 𝑣1𝑑𝑡 + 𝐺𝑣1 − 𝐺𝑣2 (Nó 1) 𝑗2 = 𝐺𝑣2 − 𝐺𝑣1+ 𝐺2𝑣2 + 𝐶2 𝑑𝑣2 𝑑𝑡 (Nó 2) Análise de Sistemas Físicos 48 Prof. Harold Mello Modelos matemáticos • Exemplo 6 Coloca-se dentro de cada malha interna um nó independente do circuito dual. Envolvendo-se o circuito dado, tem-se o nó de referência ligado à terra do circuito. Conecta-se cada nó independente ao nó de referência com ramos que atravessam cada componente do circuito dado. Cada um desses ramos deve conter o elemento dual correspondente. A seguir, interligam-se os nós independentes entre si com o mesmo número de ramos quanto de componentes comuns às duas malhas vizinhas. Cada uma dessas ligações deve conter o elemento dual do componente correspondente. Análise de Sistemas Físicos 49 Prof. Harold Mello Modelos matemáticos • Exemplo 6 Extraído de: (Exemplo 2.3) MAYA, P. A, LEONARDI, F. Controle Essencial. 2ª ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014. Análise de Sistemas Físicos 50 Prof. Harold Mello Modelos matemáticos • Exemplo 6 Circuitos duais: Extraído de: (Exemplo 2.3) MAYA, P. A, LEONARDI, F. Controle Essencial. 2ª ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014. Análise de Sistemas Físicos 51 Prof. Harold Mello Modelos matemáticos • Analogia entre circuitos elétricos e sistemas mecânicos de rotação Modificado de: NISE, N. N. Engenharia de Sistemas de Controle. 6a edição São Paulo: LTC Editora, 2012. 𝐶 𝑑2∅ 𝑡 𝑑𝑡2 + 1 𝑅 𝑑∅ 𝑡 𝑑𝑡 + 1 𝐿 ∅ 𝑡 = 𝑟 𝑡 RLC paralelo (3) 𝐿 𝑑2𝑞 𝑡 𝑑𝑡2 + 𝑅 𝑑𝑞 𝑡 𝑑𝑡 + 1 𝐶 𝑞 𝑡 = 𝑣 𝑡 (RLC série) (4) 𝐽 𝑑2𝜃 𝑡 𝑑𝑡2 + 𝐷 𝑑𝜃 𝑡 𝑑𝑡 + 𝐾𝜃 𝑡 = 𝑇 𝑡 (sist. mec. com 1 grau de liberd. ) (5) Análise de Sistemas Físicos 52 Prof. Harold Mello Modelos matemáticos • Engrenagens ideais Engrenagens permitem o casamento entre o sistema de acionamento: velocidade x carga. Uma engrenagem de entrada com raio r1 e N1 dentes é girada de um ângulo θ1(t) devido a um torque, T1(t). Uma engrenagem de saída com raio r2 e N2 dentes responde girando de um ângulo θ2(t) e fornecendo um torque, T2(t). Extraído de: NISE, N. N. Engenharia de Sistemas de Controle. 6a edição São Paulo: LTC Editora, 2012. Análise de Sistemas Físicos 53 Prof. Harold Mello Modelos matemáticos • Engrenagens ideais À medida que as engrenagens giram, a distância percorrida ao longo da circunferência de cada engrenagem é a mesma: 𝑟1𝜃1 = 𝑟2𝜃2 Como a razão entre os números de dentes ao longo das circunferências está na mesma proporção que a razão entre os raios, então: 𝜃2 𝜃1 = 𝑟1 𝑟2 = 𝑁1 𝑁2 Se as engrenagens forem sem perdas, a energia que entra na engrenagem 1 é a mesma que sai na engrenagem 2. Deste modo: 𝑇1𝜃1 = 𝑇2𝜃2 Relacionando as equações anteriores: 𝑇2 𝑇1 = 𝜃1 𝜃2 = 𝑁2 𝑁1 Análise de Sistemas Físicos 54 Prof. Harold Mello Modelos matemáticos • Engrenagens ideais Impedâncias mecânicas podem ser refletidas da saída para a entrada, eliminando assim as engrenagens: 𝐽 𝑑2𝜃2 𝑡 𝑑𝑡2 + 𝐷 𝑑𝜃2 𝑡 𝑑𝑡 + 𝐾𝜃2 𝑡 = 𝑇2 𝑡 Convertendo 𝑇2 𝑡 em um 𝑇1 𝑡 equivalente e 𝜃2 𝑡 em um 𝜃1 𝑡 equivalente: 𝐽 𝑁1 𝑁2 2 𝑑2𝜃1 𝑡 𝑑𝑡2 + 𝐷 𝑁1 𝑁2 2 𝑑𝜃1 𝑡 𝑑𝑡 + 𝐾 𝑁1 𝑁2 2 𝜃1 𝑡 = 𝑇1 𝑡 𝑁2 𝑁1 Análise de Sistemas Físicos 55 Prof. Harold Mello Modelos matemáticos • Analogia elétrica de engrenagens ideais Qual dispositivo de circuito elétrico satisfaz equações análogas às das engrenagens? 𝜔2 𝜔1 = 𝑁1 𝑁2 ⟷ 𝑖2 𝑖1 = 𝑁1 𝑁2 𝑇1 𝑇2 = 𝑁1 𝑁2 ⟷ 𝑣1 𝑣2 = 𝑁1 𝑁2 Resposta: transformador ideal, isento de perdas e de dispersão magnética, no qual N1 em N2 são o número de espiras nos enrolamentos primário e secundário, respectivamente. Extraído de: NISE, N. N. Engenharia de Sistemas de Controle. 6a edição São Paulo: LTC Editora, 2012. Análise de Sistemas Físicos 56 Prof. Harold Mello Modelos matemáticos • Exercício 1: Obtenha um conjunto de equações íntegro- diferenciais simultâneas representando o circuito: Extraído de: DORF, R. C., BISHOP, R. H. Sistemas de Controle Modernos. São Paulo: Editora LTC, 2013. Análise de Sistemas Físicos 57 Prof. Harold Mello Modelos matemáticos • Exercício 2: Um amortecedor de vibrações dinâmicas é mostrado a seguir. Este sistema é representativo de muitas situações envolvendo a vibração de máquinas contendo componentes desbalanceados. Os parâmetros 𝑀2 e 𝑘12 podem ser escolhidos de tal modo que a massa principal 𝑀1 não vibre em regime permanente quando 𝐹 𝑡 = 𝑎sen 𝜔𝑜𝑡 . Obtenha: (1) as equações íntegro- diferenciais que descrevem o sistema e (2) o circuito elétrico com a analogia força-corrente. Extraído de: DORF, R. C., BISHOP, R. H. Sistemas de Controle Modernos. São Paulo: Editora LTC, 2013. Análise de Sistemas Físicos 58 Prof. Harold Mello Modelos matemáticos • Exercício 3: Um sistema massa-mola acoplado é mostrado a seguir. As massas e as molas são supostas iguais. Obtenha: (1) as equações íntegro-diferenciais que descrevem o sistema e (2) o circuito elétrico usando a analogia força-corrente: Extraído de: DORF, R. C., BISHOP, R. H. Sistemas de Controle Modernos. São Paulo: Editora LTC, 2013. Análise de Sistemas Físicos 59 Prof. Harold Mello Modelos matemáticos • Exercício 4: Obtenha o sistema elétrico análogo ao sistema mecânico mostrado na figura a seguir: a) Usando analogia força-tensão b) Usando analogia força-corrente Análise de Sistemas Físicos 60 Prof. Harold Mello Modelos matemáticos • Exercício 5: Obtenha o sistema elétrico análogo ao sistema mecânico abaixo: a) Usando analogia força-tensão
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