Exercícios de Bioestatística para Alunos de Ciências da Saúde

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Curso: Biomedicina, Ciências Biológicas, Educação Física, Enfermagem, Farmácia e Psicologia. 
Disciplina: Bioestatística.
Docente: Prof.ª Dra. Roberta Becker.
Aluno (a): Sabrina Souza Serra
LISTA DE EXERCÍCIOS – 01 
1.	A população é qualquer conjunto de informação que tenha entre si uma característica comum que delimite os elementos pertencentes a ela. Avalie, para os casos a seguir, qual é a POPULAÇÃO e, nesta população, qual a AMOSTRA selecionada:
a)	Os exercícios aeróbicos, como pedalar ou caminhar, são recomendados a pacientes que lutam contra a hipertensão. A boa notícia é que a atividade física combate a pressão alta mesmo quando praticada sem muito afinco. Cerca de 60 a 90 minutos de prática esportiva moderada por semana já contribuem para manter a pressão arterial nos níveis ideais: entre 11 por 7 e 12 por 8. A revelação surgiu de um estudo com 207 homens e mulheres hipertensos e totalmente sedentários realizado pelo Instituto Nacional de Saúde e Nutrição do Japão. 
População: todos os homens e mulheres hipertensos e totalmente sedentários.
Amostra: 207 homens e mulheres hipertensos e totalmente sedentários.
b)	Estar exposto a doenças sexualmente transmissíveis aumenta o risco de desenvolver câncer na próstata em homens de meia idade. Esse é o resultado de um levantamento da Universidade de Illinois e do Fred Hutchinson Cancer Research, em Seattle (EUA), com 1456 homens entre 40 e 64 anos. Indivíduos com cerca de trinta parceiras ou mais, sobretudo com registro de doenças sexualmente transmissíveis, apresentaram risco dobrado para o câncer em comparação com aqueles de vida sexual menos ativa.
População: todos os homens e mulheres hipertensos e totalmente sedentários.
Amostra: 207 homens e mulheres hipertensos e totalmente sedentários.
c)	Grávidas que sofrem de periodontite, inflamação da gengiva que abala os dentes e facilita a entrada de bactérias da boca na corrente sanguínea, correm risco de ter o bebê antes da hora. A boa notícia é que medidas simples como a remoção da placa bacteriana e do tártaro acumulado ajudam a combater a prematuridade. Um estudo realizado pela Universidade do Alabama com 366 gestantes que sofriam de periodontite mostrou que o tratamento bucal reduziu em 84% o índice de partos prematuros. 
População: todas as gestantes que sofrem de periodontite.
Amostra: 366 gestantes que sofrem de periodontite.
2.	Uma variável pode ser definida como uma característica de um conjunto de elementos, desde que essa característica apresente mais de uma classificação possível. Nesse sentido, classifique as seguintes variáveis em: Qualitativa nominal, Qualitativa ordinal, Quantitativa discreta e Quantitativa contínua. 
a)	a) O número de filhos dos casais residentes na cidade de Osório.
Variável do tipo: Quantitativa discreta.
b)	O tipo de parto realizado nas parturientes atendidas na maternidade do Hospital Santa Clara.
Variável do tipo: Qualitativa nominal.
c)	A idade, em anos completos, de homens com câncer de próstata.
Variável do tipo: Quantitativa discreta.
d)	A pressão arterial, medida em mmHg, nos pacientes atendidos em uma emergência hospitalar.
Variável do tipo: Quantitativa contínua.
e)	O estágio (inicial, intermediário e final) de uma doença em pacientes de um determinado centro clínico.
Variável do tipo: Qualitativa ordinal.
3.	Classifique os seguintes estudos como OBSERVACIONAIS ou EXPERIMENTAIS: 
a)	Ácidos graxos presentes peixes e frutos do mar reduzem os riscos de parto prematuro ou de bebês com baixo peso. Um estudo realizado por professores de dois centros médicos dinamarqueses especializados em acompanhamento gestacional avaliou 8729 mulheres. Entre as que nunca comiam peixe, 7,1% deram tiveram bebês com peso abaixo do ideal. No grupo das gestantes que consumiam pelo menos 15 gramas uma vez por semana, a porcentagem encontrada foi de 1,9%.
Estudo do tipo : Obervacional
b)	Um curioso estudo realizado com ratas grávidas e publicado na revista Molecular and Cellular Biology demonstra que a alimentação da mãe altera o funcionamento de determinados genes do feto. As vitaminas oferecidas às ratas na gestão impediram a expressão de um gene que determina a cor amarela da pelagem e predispõe os animais a obesidade. Como resultado, as grávidas obesas de pelagem clara deram à luz filhotes marrons que cresceram magros e saudáveis.
Estudo do tipo: experimental
c)	Testes realizados com ratas levaram pesquisadores a concluir que a maternidade deixa as mulheres mais inteligentes. Craig Kinsley e sua equipe testaram animais com 2 anos, o equivalente a 70 ou 80 anos para humanos, sem filhotes, que tiveram uma ninhada ou que criaram duas ou mais ninhadas. As fêmeas foram submetidas a dois testes para encontrar seus alimentos dentro e fora de um labirinto, diversas vezes ao longo de dois anos. Aquelas que tinham passado por duas ou mais gestações conseguiram aprender o caminho muito mais rápido do que as outras. Além disso, os animais que haviam dado à luz diversas vezes apresentaram menores níveis de uma proteína ligada ao desenvolvimento da doença de Alzheimer. 
Estudo do tipo: experimental
d)	Cientistas de Centro de Pesquisa e Prevenção e Lesões Harborview, nos Estados Unidos, constataram que os obesos correm duas vezes mais risco de morte ou de sofrer lesões graves em acidentes de automóvel. O estudo, publicado na revista New Scientist, levou em conta o histórico de 26.000 vítimas de acidentes. Segundo os pesquisadores, as pessoas com peso acima do recomendado são mais vulneráveis nos casos de compressão da estrutura dos veículos ou de falhas dos sistemas de segurança, projetados para passageiros com peso normal. 
Estudo do tipo: obeservacional
4.	O delineamento ou desenho dos estudos epidemiológicos, os quais são muito discutidos na bioestatística, podem apresentar diferenças de acordo com o foco de observação, com a forma de mensuração dos fatores de risco, com a metodologia de identificação das variáveis de desfecho (evento ou agravo de interesse) e com a forma que realizamos a comparação entre os grupos estudados. Dessa forma, podemos classificar esses estudos, segundo a organização dos grupos de comparação e o controle da exposição aos fatores de risco, em duas classes principais (Tabela 1):
Tabela 1. Tipos de Estudos Epidemiológicos
Tipo de estudo
 Nome Alternativo
 Unidade de Estudo
Estudos Observacionais
Estudos Descritivos
Estudos Analíticos
- Ecológico
Correlação
População
- Transversal
Prevalência ou Seccional
Indivíduo
- Casos e Controles.
Caso Referência
Indivíduo
- Coorte.
Incidência ou Longitudinal
Indivíduo
Estudos Experimentais
Ensaio Clínico Randomizados Controlado
Ensaios Clínicos
Pacientes
Ensaio Clínico Randomizado Controlado com Clusters
-
Grupos
Ensaios de Campo
-
Ensaios Comunitários
Estudos de Intervenção na Comunidade
Indivíduos Saudáveis na Comunidade
Fonte: Bonita et al., (2010)
Após analisar a Tabela 1, descreva a características principias dos estudos citados na mesma.
Estudos descritivos : A principal característica de um estudo descritivo é a ausência de um grupo de comparação, ou seja, o objetivo é a descrição de um fato médico. O estudo de casos consiste na cuidadosa e minuciosa descrição, por um ou mais médicos, do diagnóstico e evolução da doença de um pequeno número de pacientes.
Estudos Analiticos : É um tipo de estudo onde a relação exposição-doença em uma população é investigada em um momento particular, fornecendo um retrato da situação naquele momento. Os grupos serão formados apenas no momento da análise dos resultados, pois só nesta etapa saberemos quem são os doentes e não doentes e expostos e não expostos
Estudos Ecológico : Nos estudos ecológicos, tanto a exposição quanto a ocorrência da doença são determinadas para grupos de indivíduos. Nos demais delineamentos, tanto a exposição quanto a ocorrência da doença ou evento de interesse são determinados para o indivíduo, permitindo inferências de associações nesse nível.
Estudos Transversal : O estudo transversal é definido por pesquisaobservacional, que analisa dados ​​coletados ao longo de um período de tempo. Essa pesquisa pode ser em uma população amostral ou em um subconjunto predefinido. Este tipo de estudo também é conhecido como estudo transversal e estudo de prevalência.
 Casos e Controles : Os indivíduos de uma mesma população são selecionados para o estudo em função da presença ou não da característica de interesse (casos ou não-casos = controles). Esta característica de interesse geralmente é alguma doença, mas não é uma regra ser uma doença
Estudo de coorte : Estudo de coorte é um tipo de estudo em que o investigador limita-se a observar e analisar a relação existente entre a presença de fatores de riscos ou características e o desenvolvimento de enfermidades, em grupos da população.
Ensaio Clínico Randomizados Controlado : Estudo que escolhe pacientes de forma aleatoria, com variaveis controladas buscando identificar a relação dessas variaveis.
Ensaio Clínico Randomizado Controlado com Clusters :	Estudo onde um grupo de pacientes é escolhido aleatoriamente para a mesma intervenção em conjunto.
Ensaios de Campo : Semelhante ao ensaio clinico, mas a população estudada não é de pacientes e sim pessoas livres de doenças e presumivelmente sob risco.
Ensaio comunitario : Estudo que envolve a intervenção em nivel de comunidade e não de individos. São usados para avaliar a eficacia e efetividade de intervenções que busquem a prevenlção primaria atraves da modificação dos fatores de risco.
5.	A influenza (gripe) é doença infecciosa aguda de origem viral que acomete o trato respiratório e a cada inverno atinge mais de 100 milhões de pessoas na Europa, Japão e Estados Unidos, causando anualmente a morte de cerca de 20 a 40 mil pessoas somente neste último país. O estudo descrito na Tabela 2 foi realizado com o objetivo de avaliar a eficácia de uma nova vacina para a gripe, com base na resposta imunológica dos pacientes submetidos ao estudo (baixa, moderada e alta). 
Utilizando os dados presentes na tabela, compare os dois grupos (placebo e vacina) através das suas frequências relativas. Interprete os resultados do estudo. *APRESENTAR OS CÁLCULOS*
Tabela 2: Avaliação da eficácia de uma nova vacina conforme a resposta imunológica dos pacientes.
Alta vacina 
35 ---- 100%
11 ---- x %
100 x 11 / 35
x : 31,42 %
Moderada
35 ----- 100 %
18 ------ x %
100 x 18 / 35
x % = 51,42 %
Baixa
35 ----- 100%
6 ------ x%
100 x 6 / 35
x % = 14,14 %
A vacina a eficacia da vacina foi comprovada de forma que o placebo foi baixo.
PLACEBO
baixo
38 ----- 100%
25 ------ x%
x = 100x 25 / 38 = 
x % = 65,78 %
Moderado
38 ---- 100 %
8 ----- x% 
100 x 8 / 38 = 
x = 21,05 %
Alta 
38 -- 100 %
5 ----- x%
100 x 5 / 38
x = 13,15 %
O placebo
6.	Em um estudo sobre a associação entre tromboembolismo e tipo sanguíneo, participaram 200 usuárias de contraceptivo oral. Dessas mulheres, 55 tinham tromboembolismo. Quanto ao grupo sanguíneo, o tipo A foi o mais numeroso, com 83 mulheres, seguido dos grupos O e B, com 79 e 27 mulheres, respectivamente. Das pacientes sadias, 70 eram do grupo O, 51 do grupo A e 19 do grupo B. 
a)	A partir dessas informações, preencha a Tabela 2.3 abaixo (Dica: comece encontrando os totais de linha e coluna). 
b)	Utilizando a tabela preenchida no item (a), compare os dois grupos de mulheres (sadias e doentes) através das suas frequências relativas. Interprete os resultados do estudo. *APRESENTAR OS CÁLCULOS*
Tabela 1: Associação entre Tromboembolismo e Tipo Sanguíneo em Mulheres. 
Grupo sanguineo l Doente Sadia l Total
 A 32 51 l 83
 B 8 19 l 27
 AB 6 5 l 11
 O 9 70 l 79
 total 55 145 l 200
b :
 Sadia A 
145 ------ 100 %
51 ---------- X (%)
X = 100 X 51 / 145
X = 35, 17%
Sadia B
145 ------ 100%
19 -------- x%
x = 100x19 / 145
x = 13,10%
Sabia AB
145 ---- 100%
5 ---------- X %
X = 100 X 5 / 145
X = 3,44 %
Sadia O
145 ----100%
70 -------x%
x = 48,27%
Doente A
55 ---- 100%
32 ------ x %
x = 100 x 32 / 55 
x = 58,18
Doente B
55 --- 100%
8 ---- x %
x = 100 x 8 / 55
x = 14,54%
Doente AB
55 ---- 100 %
6 -------- X %
X = 100 X 6 / 55
X = 10,90 %
Doente O 
55 ---- 100%
9 ------ x %
x = 100 x 9 / 55
x = 16, 36 %
Doentes podemos supoer que existe uma relação com tromboelismo e mulheres tipo sanguineo A.
Sadias podemos supor que as mulheres tipo sanguineo O possuem um efeito protetor contra o tromboelismo.
7.	Burnout é um termo que descreve informalmente uma condição de fadiga, frustração e raiva manifestadas como uma falta de entusiasmo e sentimento de encarceramento no trabalho. Essa situação pode surgir enquanto se trata pessoas que possuem doenças sérias. Nos últimos anos, a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) foi adicionada à lista de doenças que podem ter um impacto negativo nos profissionais da saúde. Para investigar se existe uma maior ocorrência de síndrome de Burnout nos profissionais que trabalham com o cuidado de pacientes com AIDS, pesquisadores aplicaram o questionário do inventário sobre Burnout de Maslach em profissionais que trabalham em quatro unidades clinicas: doenças infecciosas, hemofilia, oncologia e medicina interna. 
a)	Calcule a média e a mediana dos scores dos profissionais presentes no Quadro 1. *APRESENTAR OS CÁLCULOS*
b)	Com base nos resultados encontrados na questão anterior, existe uma maior ocorrência da síndrome de Burnout nos profissionais que trabalham com doenças infecciosas como a AIDS? Justifique a sua resposta. 
Não, pois segundo os resultados do inventario, os maiores resultados de média foram os dos profissionais que trabalham com a medicina interna, porem os maiores resultados de mediana foram dos profissionais que trabalham com doenças infecciosas, seugidos por puca diferençã dos profissionais de medicina interna e oncologia.
Quadro 1: Resultados do inventário sobre Burnout de Maslach.
Profissionais
1
2
3
4
5
6
7
Doença Infecciosa
46,00
40,00
48,00
42,00
47,00
43,00
47,00
Hemofilia
35,00
32,00
30,00
29,00
30,00
35,00
34,00
Oncologia
44,00
45,00
43,00
45,00
42,00
44,00
44,00
Medicina Interna
47,00
46,00
45,00
47,00
48,00
48,00
47,00
Doença infecciosa
M = 313 / 7 = 38
Mediana
40,00, 42,00 , 43,00 , 46,00 , 47,00 , 48,00 ,
Posição mediana 7+1 /2 
Posição mediana = 4
Md - 46 
Hemofilia 
M = 225 /7 = 32,14
Mediana 
29,00 30,00 32,00 34,00 35,00 35,00
Med - 32
Oncologia -
M = 307 / 7 = 43,85
Mediana 
42,00 43,00 44,00 44,00 44,00 45,00 45,00
Md = 44,00
Medicina interna
M = 328 /7 = 46,85
Mediana
45,00 46,00 47,00 47,00 48,00 48,00
Md = 47,00
8.	Os dados a seguir foram obtidos em indivíduos contaminados pelo veneno de um certo tipo de inseto e submetidos a tratamento. A variável de interesse recuperação é definida como o tempo (em horas) entre a administração do tratamento e a recuperação do indivíduo. Os valores da recuperação são os seguintes:
Quadro 1: Valores do tempo de recuperação de indivíduos contaminados por veneno de inseto.
a)	Calcule a média e a mediana da variável de interesse. *APRESENTAR OS CÁLCULOS*
b)	Separe o conjunto de dados em três grupos denominados cura rápida, com valor de recuperação menor ou igual a 12, cura normal, se o valor de recuperação for maior do que 12 e menor ou igual a 45, e cura lenta, se o valor de recuperação estiver acima de 45. Calcule a média e a mediana da variável de interesse para os três grupos. *APRESENTAR OS CÁLCULOS*
Posições1234567891011121314151617181920212223242526
Valores ordenados122333345811111216222337394245464751525690
Posições
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
2526
Valores 
ordenados
1
2
2
3
3
3
3
4
5
8
11
11
12
16
22
23
37
39
42
45
46
47
51
52
56
90
média = 634 / 26 = 24,38
mediana = 12 +16 /2 = 14
Cura Rapida 
1 , 2 , 2 , 3 , 3, 3, 3, 4 , 5, 8, 11,11, 12
média - 68 / 13 = 5,23
 mediana 3
Cura normal
16, 22, 23 , 37, 39, 42, 45
média - 224 / 7 = 32
mediana - 37
Cura lenta 
45, 46, 47, 51 , 52, 56, 90
média - 342/ 6 = 57
mediana - 51+52/2 = 51,5