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RESUMO A FORMAÇÃO DO PENSAMENTO OCIDENTAL

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A FORMAÇÃO DO PENSAMENTO OCIDENTAL
 
Filosofia: a decisão de não aceitar como óbvias e evidentes as coisas, as ideias, os fatos, as situações, os valores, os comportamentos de nossa existência cotidiana; jamais aceitá-los sem antes havê-los investigado e compreendido.
 
A NATUREZA E FUNÇÃO DO MITO: RUPTURAS E CONTINUIDADES
 
Mito: é uma instituição compreensiva da realidade em determinado contexto, também se pondera que é uma verdade instituída, ou seja, não possui uma verdade lógica ou expressa pela razão ou evidências, mas que ocorre espontaneamente como uma forma do homem se situar no mundo face a determinados fenômenos, sejam da natureza ou da vida em sociedade.
 
Classes de mitos:
· Cosmogônicos (associados à criação e o ordenamento do mundo)
· Teogônicos (relatam a origem e o nascimento dos deuses)
· Antropogônicos (narram a criação do homem) 
· Fundadores (nascimento das cidades)
 
Um mito, por ser característico de determinada cultura, faz parte do seu sistema de valores e tem a função de proporcionar um apoio narrativo às crenças centrais de uma comunidade.
 
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS PENSADORES PRÉ-SOCRÁTICOS
 
Os pré-socráticos são reconhecidos como iniciadores do pensamento filosófico-científico por terem empreendido a passagem do mythos ao logos (razão).
 
Os pré-socráticos são divididos em quatro escolas do pensamento, sendo que o elemento comum era o questionamento sobre a origem do mundo e transformações da natureza.
· Escola Jônica: os representantes foram Heráclito, Tales de Mileto, Anaximandro e Anaxímenes; 
· Escola Itálica: tivemos a proeminência de Pitágoras; 
· Escola Eleática: tivemos o destaque para Parmênides e Zenão de Eleia;
· Escola Atomística: as teorias de Leucipo e Demócrito sobre a matéria e o vazio.
 
 
PENSAMENTO SOCRÁTICO E LÓGICA ARISTOTÉLICA
 
Sofistas: palavra que significa sábio em grego.
Esses oradores, portadores de uma eloquência incomum, trabalham a ideia de que tudo era questionável, fazendo-se valer de suas prerrogativas eles ensinavam a quem podia pagá-los.
Os sofistas foram numerosos na Grécia antiga. 
Nomes de destaque: Górgias e Protágoras. 
Frase atribuída a Protágoras, que demonstra o relativismo de que a verdade depende de como o indivíduo se coloca perante a realidade:
"O homem é a medida de todas as coisas" 
Suas técnicas se baseavam na arte do persuadir e em fazer com que o interlocutor debatesse sobre o tema proposto como forma de vencer um debate.
 
O método maiêutico ou dialético (que encaminha um diálogo entre visões opostas) se divide em suas partes: 
· a “ironia” (que em grego significa perguntar), que é destrutiva dos conceitos pela descoberta da própria ignorância;
· a maiêutica (que em grego significa parto) sendo o “dar à luz” a novas ideias, sendo assim construtivo.
 
Contrapondo-se à maiêutica de Sócrates, a retórica dos sofistas não se propunha a levar o interlocutor a questionar-se sobre a verdade dos fatos ou da ética, ao contrário, se concentravam mais na forma de apresentação das ideias do que na sua natureza ou julgamento.
 
Neste sentido, negavam a existência da verdade, ou pelo menos a possibilidade de acesso a ela. Partiam do pressuposto de que não há opiniões falsas ou verdadeiras, mas sim aquelas que são boas ou más, piores ou melhores.
 
O pensamento socrático busca a verdade por meio do questionamento e para isso incita seus discípulos a descobri-la. 
 
Sócrates defendia que a opinião (doxa) é individual, mas a sabedoria é universal e construiu seu método para que o homem procurasse conhecer a Natureza antes de buscar persuadir os outros, a partir do autoconhecimento e questionamento de suas verdades pré-estabelecidas. 
 
Aristóteles (séc. IV a.C)
O que Aristóteles desenvolve são as regras do pensamento correto, por meio do encadeamento das proposições e das ligações dos conceitos mais gerais para os menos gerais, de forma a garantir o rigor da demonstração. Nesse processo, estabelece as leis do silogismo, o que delineará de maneira marcante a tendência do seu pensamento em privilegiar a argumentação dedutiva.
 
O pensamento filosófico procura liberar o indivíduo do senso comum para transformar a reflexão e conhecimento em instrumentos de libertação.
 
TIPOS DE CONHECIMENTO: FILOSÓFICO
 
As duas principais escolas de pensamento foram: 
· Patrística, tendo como expoente Santo Agostinho de Hipona
· Escolástica, com destaque para São Tomás de Aquino.
 
O conhecimento filosófico não busca se sobrepor às crenças, mas permite atuar de forma colaborativa na construção de uma visão crítica do mundo, fundamentada no uso da razão para respeitar as diferenças de opinião e uma posterior base científica na comprovação dos fatos.
 
Santo Agostinho: Representante da Patrística
Procurou integrar a filosofia grega à religião cristã, identificando conceitos platônicos sobre o mundo das ideias para associar com o divino. Considerava que, pela iluminação, o homem recebe de Deus o conhecimento para verdades eternas, um conceito que foi adotado pelos padres da Igreja Católica, marcando o debate entre fé e razão.
· Buscou a razão para justificar as crenças;
· Desenvolveu a ideia da interioridade, ou seja, de que o homem é dotado da consciência moral e do livre-arbítrio;
· Para ele, o homem não teria autonomia para alcançar a própria salvação espiritual;
· A partir da Teoria da Iluminação, concebe a ideia de que as verdades permanentes e imutáveis existentes no mundo espiritual platônico estão estabelecidas em Deus. 
· Somente por meio da interiorização, à medida que o intelecto percebe as verdades eternas e imutáveis, é possível alcançar a iluminação.
 
São Tomás: Representante da Escolástica
A presença de Aristóteles é mais enfática na obra de São Tomás, para quem filosofia e teologia não se chocam ou se confundem. São distintos e harmônicos, sendo a teologia uma ciência suprema, fundada na revelação divina, e a filosofia, seu apoio para demonstrar a natureza e a existência divina em plena harmonia com a razão. O conflito entre eles decorreria somente do uso incorreto da razão ao explicar o mistério do dogma religioso sem o auxílio da fé.
· Pretendeu aplicar os conhecimentos greco-romanos para entender e explicar a revelação religiosa do cristianismo, em particular as ideias de Platão e Aristóteles, como uma forma de provar a existência da alma humana e de Deus.
 
Estas questões demarcavam o debate entre fé e razão, que dominou todo o período com dogmas, com uma separação entre verdades reveladas da fé e verdades da razão humana.
 
 A filosofia não é uma mera contemplação do mundo. Ela permite, por meio da reflexão, a compreensão de conceitos e valores arraigados em nossos comportamentos e relacionamentos nos mais diferentes aspectos da vida. É direcionada de análises críticas que podem provocar insights, soluções inovadoras que ultrapassem estereótipos e identificação de aspectos que não haviam sido antes observados ou analisados.
 
 
A RAZÃO NO CENTRO DO CONHECIMENTO: ILUMINISMO, RACIONALISMO E EMPIRISMO
Linha do tempo identificando a Idade Média à Idade Contemporânea  
Racionalismo
 
A explicação para os fenômenos da natureza e sociedade passam a se dar por meio da razão e da lógica. O homem passa a ser o centro do universo na visão antropocentrista, em contraposição ao teocentrismo, que é a visão de Deus como o centro do universo e a explicação para todos os fenômenos naturais e sociais. 
O principal expoente do racionalismo foi René Descartes, que trouxe contribuições para a ciência até os dias de hoje. É considerado o personagem central na Revolução Científica por ser o criador do que é conhecido hoje como o método científico.
 
Método Cartesiano: O método cartesiano parte da premissa de que somente as ideias verdadeiras, ou seja, aquelas sobre as quais não pairam dúvidas de sua veracidade devem ser analisadas. É dividido em quatro partes:
1º - nunca aceitar coisa alguma como verdadeira sem que a conhecesse evidentemente como tal; 
2º - dividir cada uma das dificuldades que examinasse em tantas parcelas quantas fosse possívele necessário para melhor resolvê-las;
3º - conduzir por ordem os pensamentos, começando pelos objetos mais simples e mais fáceis de conhecer, para subir pouco a pouco, como por degraus, até o conhecimento dos mais compostos;
4º - fazer em tudo enumerações tão completas, e revisões tão gerais, que tivesse certeza de nada omitir.
 
Descartes considera que não se deve levar à exposição do método científico aquilo que é evidentemente falso, mas também adverte sobre o cuidado de não pré-julgar precipitadamente as ideias como falsas, passando pelo processo de verificação nas etapas do método. 
 
Empirismo
 
O empirismo é uma corrente filosófica que defende, em linhas gerais, que o conhecimento adquirido é uma função direta das experiências pessoais de cada indivíduo. 
· Defende que o conhecimento depende de uma longa série de provas para não depender da percepção individual.
O principal expoente da vertente empirista: John Locke
 
"Todas as ideias derivam da sensação ou reflexão."
 
Locke estabelece uma oposição à possibilidade de que o conhecimento possa ser construído com base em princípios estritamente racionais e, neste sentido, é um contraponto ao racionalismo cartesiano, ao afirmar que a ciência não prescinde da razão, mas a verdade e o conhecimento dependem da comprovação da experiência sensível.
 
 
Iluminismo (ou Esclarecimento)
 
Importante autor iluminista: Immanuel Kant
 
Para Kant, a estrutura da razão é inata e universal, enquanto os conteúdos são empíricos, obtidos pela experiência. A partir destes pressupostos, afirmou que o conhecimento é racional e verdadeiro.
 
O pensamento iluminista, que fazia os homens iguais pela razão, que lhes é inerente, defende que a razão e liberdade pertencem ao homem porque ele nasceu humano e não por virtude de sua classe social, ou por pertencer a determinado país, grupo étnico ou religioso. 
 
Assim como os demais pensadores iluministas, Kant identificou a natureza e importância do método científico. De seu ponto de vista, a experiência de mundo envolve dois elementos: 
· Sensibilidade: capacidade de experimentar diretamente coisas particulares no espaço e no tempo, associando-se à intuição; 
· Entendimento: que é a capacidade de usar os conceitos. 
 
Estes elementos devem, entretanto, ser considerados no tempo e espaço, o que traz limites ao conhecimento humano e por isso traz como principal contribuição o idealismo transcendental, que reconhece tanto a razão (defendida pelos racionalistas) quanto a experiência (defendida pelos empiristas) como necessárias para a compreensão do mundo.

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