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Introdução ao Sistema Endócrino “Conjunto de órgãos (glândulas endócrinas) ou células que apresentam como característica comum a produção e a secreção de HORMÔNIOS, que por sua vez, são lançados na corrente sanguínea e atuam em células-alvo” A fisiologia endócrina está ligada à manutenção do equilíbrio corporal. Essas ações são exercidas através dos hormônios. O sistema endócrino possui 3 componentes básicos: •Glândulas endócrinas: não possuem ductos, secretam seus produtos químicos no espaço intersticial, não tem conexão anatômica e estão distribuídas pelo corpo. • Hormônios: substância química não nutriente capaz de conduzir informação entre duas ou mais células. • Órgão alvo: que contêm células que expressam receptores específicos e que exibem uma resposta biológica. SISTEMA ENDÓCRINO HIPOTÁLAMO-HIPÓFISE, PINEAL, TIREÓIDE, PARATIREÓIDES, ADRENAIS, GÔNADAS, PÂNCREAS ENDÓCRINO. ÓRGÃOS NÃO-CLÁSSICOS: Tec. Adiposo: Leptina (ingestão alimentar e gasto energético) Tec. Muscular: Irisina (controle da adiposidade, exercício) TGI: Gastrina, secretina, CCK, GIP, Motilina Coração: Peptídeo natriurético atrial (excreção de sódio, pressão arterial) Rins: Renina (pressão arterial), EPO (produção de hemácias), ativação vit.D Células sistema imune: citocinas (defesa e reparo) Fígado: IGF-I e IGF-II Placenta: hCG, lactogênio placentário, estrógeno e progesterona Timo: Timopoietina (função/maturação linfócitos) PERMISSIVIDADE Um hormônio permissivo permite que outro hormônio exerça todo o seu efeito. Na permissividade, um hormônio não consegue exercer por completo seus efeitos a menos que um segundo hormônio esteja presente, mesmo que este não tenha ação aparente. Os mecanismos moleculares responsáveis pela permissividade ainda não são bem compreendidos na maioria dos casos. ANTAGONISTAS Em algumas situações, duas moléculas trabalham uma contra a outra, uma diminuindo a eficácia da outra. Esta tendência de uma substância se opor à ação de outra é chamada de antagonismo. O antagonismo pode ocorrer quando duas moléculas competem por um mesmo receptor. Quando uma molécula se liga a um receptor, mas não o ativa, esta molécula atua como um inibidor competitivo, ou antagonista, para a outra molécula. BIOQUÍMICA DOS HORMÔNIOS Os hormônios são divididos em três principais classes químicas: hormônio peptídico/proteico, hormônios esteróides e hormônios derivados de aminoácidos/amínicos: • Os hormônios peptídicos/proteicos são compostos de aminoácidos unidos; • Os hormônios esteróides são todos derivados do colesterol; • Os hormônios derivados de aminoácidos, também chamados de hormônios amínicos, são modificações em um único aminoácido,triptofano ou tirosina. Hormônios peptídicos / proteicos Esses hormônios variam desde pequenos peptídeos de apenas três aminoácidos até grandes proteínas e glicoproteínas. Os hormônios peptídicos são solúveis em água e, portanto, geralmente se dissolvem com facilidade no líquido extracelular ao serem transportados por todo o corpo. A síntese e o empacotamento dos hormônios peptídicos ocorrem em vesículas secretoras delimitadas por membranas. Se ligam a receptores de membranas. 1) O RNA mensageiro nos ribossomos une aminoácidos, formando uma cadeia peptídica, chamada de pré-pró-hormônio. Hormônios peptídeos são produzidos como pré-pró- hormônios grandes e inativos, que incluem uma sequência-sinal, uma ou mais cópias do hormônio e fragmentos peptídicos adicionais. 2) A cadeia é direcionada para dentro do lúmen do RE por uma sequência-sinal de aminoácidos. As enzimas no RE retiram a sequência-sinal, gerando um pró-hormônio inativo. 3) O pró-hormônio passa do RE para o aparelho de Golgi. 4) Vesículas secretoras contendo enzimas e o pró- hormônio brotam do aparelho de Golgi. As enzimas clivam o pró-hormônio, formando um ou mais peptídeos ativos mais os fragmentos peptídicos adicionais. 5) As vesículas secretoras liberam o seu conteúdo por exocitose no espaço extracelular. 6) O hormônio entra na circulação para ser transportado até o seu alvo. HIPÓFISE Localiza-se no interior da sela túrcica do osso esfenóide. Está ligada ao cérebro pelo pedúnculo hipofisário (infundíbulo); é constituída por três porções: hipófise anterior (adeno hipófise), hipófise posterior (neurohipófise) ou hipófise intermediária. (estudamos duas) Adeno-hipófise: Forma a base glândular da hipófise, e os vasos sanguíneos a c conectam ao hipotálamo. “Ela” libera hormônios que regulam várias atividades do corpo, a liberação desses hormônios, é controlada pelos neurônios liberadores ou inibidores do hipotálamo, que são produzidos pelas células neurossecretoras. O hipotálamo envia diretamente os hormônios para a adeno – hipófise ( pelos vasos sanguíneos) sem que circulem pelo coração, o que permite ação rápida na adeno - hipófise e previne sua diluição ou destruição. glândula localizada na base do cérebro que tem as funções de regular o trabalho das glândulas suprarrenal, tireoide, testículos e ovários, produzir o hormônio importante para a lactação (prolactina), o hormônio do crescimento, o hormônio antidiurético e o hormônio chamado oxitocina, importante para o trabalho de parto. ➜Secreta 7 Hormônios - os quais são: HGH: Estimula o crescimento geral do corpo e regula o metabolismo. TSH: Controla a secreção da glândula tireóide FSH: Estimula a produção de espermatozoide e ovócitos também a secreção de estrógenos pelos ovários . LH: Estimula a secreção de testosterona (homem). Progesterona e estrógenos (ovários e a ovulação) Mulher. PRL (prolactina): Inicia a produção do leite em glândulas mamárias ACTH (adrenocorticotrófico):estimula o córtex supra-renal a secretar seus hormônios . ADH (antidiurético). Diminui a produção de Urina. OT (ocitocina): estimula a contração das células musculares lisas do útero e as células contáveis das glândulas mamárias, produz um ciclo de feedback positivo (mais informação mais envio de estímulo para contração) o ciclo é quebrado quando nasce a criança. …………………………………………………………………………………………………………………………………………………………. .. …………………………………………………………………………………………………………………………………………………………. .. …………………………………………………………………………………………………………………………………………………………. . Hormônios - substâncias químicas que vão atuar em locais distantes da sua fabricação, tendo como objetivo a estimulação de determinados órgãos ou sistemas. - Sinais químicos secretados na corrente sanguínea, que agem em tecidos distantes ou não do local de liberação; - Exercem seu efeito em concentrações muito baixas, pois são secretados em pequenas quantidades (10-12 a 10-6M); - Atuam em receptores específicos que possuem: - Alta afinidade - Alta especificidade MECANISMO DE FEEDBACK A secreção dos hormônios da Adeno -hipófise depende dos estímulos provenientes do Hipotálamo, o qual produz substâncias capazes de estimular cada um dos seis hormônios, essas substâncias são chamadas de fatores de liberação. O HIPOTÁLAMO secreta o fator liberador do Hormônio para a ADENOHIPÓFISE, para que essa produza os seus hormônios (Feedback positivo). Para inibir a secreção o HIPOTÁLAMO libera o fator de inibição do Hormônio o para a ADENO HIPÓFISE que por sua vez suspende a secreção do hormônio (Feedback negativo). PS: Neurohipófise, não é uma glândula endócrina porque não produz hormônios apenas armazenam dois que são. PROPRIEDADES DOS RECEPTORES HORMONAIS RECEPTOR ⇢ Proteína da membrana ou do interior da célula com a qual o mensageiro químico se combina. SPECIFICITY ⇢ A habilidade do receptor de se ligar somente com um número limitado de mensageiros químicos estruturalmente semelhantes. SATURATION ⇢ A proporção de receptores “ocupados” com o mensageiro químico. Se todos estiverem ocupados, os receptores estão completamente (100%) saturados. AFFINITY ⇢ A força com a qual um mensageiro químico se liga ao receptor. COMPETITION ⇢ A habilidade de moléculas muito semelhantes se combinaremcom o mesmo receptor. ANTAGONIST ⇢ Uma molécula que compete com o mensageiro químico pelo mesmo receptor. O antagonista se liga ao receptor mas não desencadeia a resposta celular. AGONIST ⇢ Uma molécula que se liga ao receptor e desencadeia a mesma resposta do mensageiro química (ex.: drogas) DOWN REGULATION ⇢ Redução do número de receptores da célula alvo em resposta à concentração elevada do mensageiro por tempo prolongado. UP REGULATION ⇢ Aumento do número de receptores da célula alvo em resposta à exposição crônica à concentrações baixas do mensageiro. SUPERSENSITIVITY ⇢ Aumento de responsividade da célula alvo para um mensageiro químico, como resultado de up-regulation. ● Transporte hormonal no sangue Funções do Sistema Endócrino Dentre as funções desse sistema, pode-se destacar a reprodução, o crescimento e desenvolvimento do indivíduo, a manutenção do equilíbrio dos sistemas orgânicos (homeostase) e a produção, utilização e estoque de energia. Sistema Hipotálamo-Hipófise É uma região do sistema nervoso central capaz de reconhecer diversas situações (sono/vigília, dor, emoções, odores, visão), em que todas essas condições levam informações para o hipotálamo, permitindo que o mesmo desencadeie estímulos para regular, por exemplo, a temperatura corporal, a regulação do balanço energético (fome/saciedade), regulações do sistema nervoso autonômico (frequência cardíaca, respiração), regulação do balanço hidroelétrico (controle do volume sanguíneo, detecção de sede e diurese), além de outras funções relacionadas com taxa metabólica, estresse e outros. O hipotálamo só é capaz de controlar todos esses fenômenos a partir da glândula hipófise, sendo dividida em adeno-hipófise e neuro-hipófise. Classificação de hormônios AÇÃO AUTÓCRINA Ocorre quando uma célula autócrina libera um hormônio e este age na própria célula ou no próprio tipo celular que o sintetizou, sendo independente do sistema circulatório. Um exemplo é entre as células hepáticas. ………………………………………………………………………. AÇÃO PARÁCRINA Quando uma célula libera o hormônio e este age na célula-alvo adjacente (próxima), também sendo independente do sistema circulatório. Um exemplo é a ação do testosterona na gametogênese. AÇÃO ENDÓCRINA Diferente das anteriores, a ação endócrina depende do sistema circulatório para o transporte do hormônio até a célula-alvo. Um exemplo é o reflexo endócrino, responsável pela regulação da concentração plasmática de cálcio. ACAO NEURO-ENDÓCRINA Esta ação também depende do sistema circulatório, porém, diferente do anterior, dentro desta ação tem um hormônio que é liberado por uma célula neuronal. Dessa forma, a molécula secretada atinge o sistema circulatório e atinge um grau sistêmico, gerando efeito sobre todas as células do corpo. Um exemplo dessa ação é o reflexo neuroendócrino por meio da secreção de ocitocina. EVOLUÇÃO DOS HORMÔNIOS A partir do momento que o hormônio liga-se à célula alvo, sua ação induz uma sinalização química, correspondente à um método antigo de comunicação - da mesma forma que mecanismos muito simples a realizam, seres humanos também o fazem de forma muito semelhante. Assim, pode-se dizer que a sinalização foi mantida e conservada evolutivamente de maneira que muitos seres vivos apresentam uma conservação evolutiva da estrutura e da função dos hormônios em nosso organismo. COMUNICAÇÃO CELULAR E TRANSDUÇÃO A transdução é a conversão da mensagem de moléculas sinalizadoras extracelulares em mensagens intracelulares que induzem uma resposta. Isso ocorre quando um hormônio se liga à um receptor capaz de traduzir a “mensagem” que está trazendo, feito a partir do auxílio de proteínas. Outro conceito importante nesse sentido é a amplificação de sinal, em que o hormônio se liga a um receptor, ativando moléculas que, por sua vez, ativam várias outras moléculas. Isso demonstra que, mesmo que haja uma quantidade mínima de sinal (hormônio), tem-se uma capacidade de indução de grande influência nas respostas celulares; gerando um efeito cascata. Uma das relevâncias de um efeito em cascata é que existem vários pontos de ação, através dos quais essa cascata pode ser controlada negativamente (off signal). Um componente pode ser inibido e impedir ou tentar neutralizar um possível efeito exacerbado do estímulo inicial. Entretanto, pode ocorrer um outro tipo de controle (cross signal), em que cascatas podem comunicar-se entre si, podendo gerar a ativação uma de outra, de forma múltipla ou não. Quais características de uma via de sinalização permitem que quantidades diminutas de um hormônio resultem em alterações profundas na célula? ● Hormônios são secretados em quantidades pequenas e variações mínimas de suas concentrações podem gerar grandes efeitos à célula ou até mesmo ao organismo. Isso se dá pela amplificação de resposta dos hormônios, uma vez que a ligação de um hormônio a um receptor é capaz de gerar muitos componentes dentro da célula, os quais permitem respostas profundas. Além disso, as vias de sinalização são capazes de comunicar-se entre si, podendo acarretar a amplificação da resposta. Mecanismos de Ação Hormonal As células presentes no organismo coordenam todos os fenômenos biológicos a partir de comunicação entre si, tanto por meio de sinais elétricos quanto químicos, sendo o primeiro dependente de variações no potencial de membrana na célula, enquanto o segundo são relevantes em relação à moléculas secretadas no fluido extracelular; grupo que agrega os hormônios. Para que o hormônio tenha uma ação em uma célula considerada alvo, ela necessita apresentar um receptor específico para que o mecanismo de ação do hormônio seja desencadeado. Entre os receptores, eles são separados em duas categorias: RECEPTORES DE MEMBRANA Atuam nestes os hormônios hidrossolúveis, sendo a maioria. Destacam-se dois receptores, sendo o receptor enzimático e o receptor acoplado à proteína G. RECEPTOR ENZIMÁTICO Neste primeiro grupo, o principal receptor é o receptor Tirosina Cinase, o qual apresenta características importantes que permitem que ele tenha ações enzimáticas. Na parte externa da célula esse receptor irá apresentar um sítio de ligação ativo ao hormônio. O receptor prolonga-se transpassando a membrana da célula até uma região voltada para o líquido intracelular (IC); representando sua parte que apresenta a atividade enzimática (tirosina cinase): capacidade de transferir grupamentos fosfato para os substratos que interage; a qual reage com a chegada do hormônio. Ou seja, libera fosfatos para proteínas (prt) IC, alterando a atividade destas, provocando sua fosforilação. Outras características relevantes do receptor é que este apresenta vários sítios em seu interior que podem apresentar atividade tirosina quinase. O receptor, ao ser ligado ao hormônio, se dimeriza, estando ativado, podendo se auto fosforilar, sendo capaz de recrutar prt IC que irão receber o grupamento fosfato. A ação da insulina resumidamente se dá pelo fosforilante do receptor, causando recrutamento de IRS1, havendo uma cascata de fosforilação, até o momento que há um aumento da atividade de PKC e, consequentemente, da migração de vesículas contendo GLUT4 para a membrana da célula, permitindo a captação de glicose para seu interior, absorvendo-as. Esse é um exemplo do que acontece quando há redução de glicose no sangue pela captação desse composto pelo tecido muscular esquelético. Outro receptor associado à enzima é o JAK-STAT. A sua sinalização envolve prts da família Janus Kinase (JAK) e da Signal Transducer and Activator of Transcription (STAT), as quais tem relações importantes com ativação da transcrição e sinalização celular. A JAK pode ser encontrada acoplada ao seu receptor, sendo este inicialmente chamado de receptor de citocina. Quando o hormônio liga-se à ele, ele irá dimerizar-se - receptor tirosina quinase - e a JAK é capaz de fosforila-lo em resíduos de tirosina. Esses resíduos ganhammaior afinidade com as prts STAT, que por sua vez ganham grupamentos fosfato e se dimerizam (ativa) e migram para o núcleo da célula, ligando-se a regiões responsáveis do DNA, modulando a expressão de gene. RECEPTORES ACOPLADOS À PROTEÍNA G, Sua estrutura apresenta uma região EC (extracelular) e sete regiões que transpassam a membrana da célula; sendo conhecido também como receptor de sete alças. Em cada uma delas o hormônio pode se ligar, desde que na porção exposta ao líquido EC. No meio IC o receptor encontra-se acoplado à uma prt G. A prt G corresponde à uma estrutura trimérica - porção alfa (16), beta (5) e gama (11). Ela pode ser de três tipos: Tipo Gs (estimulatória), Gi (inibitória), Gq (estimulatória). A grande maioria dos hormônios (catecolaminas, glucagon, calcitonina, ACTH, LH/FSH, TSH e outros) utilizam esse receptor para sua sinalização. Antes que a sinalização ocorra, o receptor ligado à prt G encontra-se inativo. Quando ocorre a conexão com o hormônio, ocorre um rearranjo do receptor em uma perspectiva intracelular, de forma que as porções IC das alças 3, 5, 6 e 7 integrem-se de forma organizada e a porção alfa da prt G ganhe afinidade com estas. No caso da via do tipo Gs, a partir dessa interação, a prt G antes ligada à GDP (guanosina difosfato) irá desconectar-se dessa e interagir melhor com a GTP (guanosina trifosfato). Uma vez ativa, a prt irá ser capaz de interagir com moléculas de adenilciclase (AC) a partir da porção alfa. A AC irá tornar cíclica uma porção de molécula de ATP, gerando um AMP cíclico; elemento correspondente o segundo mensageiro dessa via de sinalização. O cAMP é capaz de ativar a prt Kinase A (PKA), ligando-se às regiões regulatórias dessa molécula e liberando as regiões catalíticas desta, ativando-as. Dessa forma, elas que irão desencadear as respostas nesta célula - crescimento celular, secreção ou liberação de componentes, etc. Em relação aos outros tipos de prt G, no caso da Gi, essa inibe a produção de AC a partir da ligação do receptor acoplado a prt G com hormônios de natureza inibitória, fazendo com que a porção alfa da prt, ao ligar-se AC, inibe a produção de cAMP. No caso da Gq, após conexão com o hormônio e ativação da prt Gq, ela interage com uma molécula de fosfolipase. A partir de sua ativação, a fosfolipase pode agir sobre fosfolipídios específicos da membrana (fosfolipídica 4,5-bifosfato), clivando-os. Parte dele irá manter-se conectado a membrana (diacilglicerol), capaz de ligar-se a uma prt Kinase C (PKC) e contribuir para ativação dessa proteína, enquanto a outra será liberada no citoplasma da célula (inositol trifosfato), ligando-se a receptores presentes no retículo endoplasmático, permitindo a liberação de cálcio. Ademais, O cálcio é o segundo mensageiro desta sinalização, além do inositol trifosfato e diacilcglicerol. Receptores intracelulares (nucleares) Atuam em conjunto com hormônios lipossolúveis. Eles se localizam no interior da célula alvo e funcionam como fatores de transcrição de genes. Exemplificando a via de sinalização com o hormônio esteroide, há a conexão deste a região/domínio de ligação do receptor hormonal. O receptor possui também outro domínio que é capaz de interagir com o DNA, o qual se liga a porções deste de elemento de resposta hormonal. Essa ligação ocorre somente quando ocorreu a conexão com o hormônio, dimeriza com outro receptor hormonal, ganhando afinidade com os elementos de resposta hormonal. Esse conjunto de hormônio, receptor e receptores dimerizados são capazes de modular a transcrição genética dessa célula alfa (produções/inibição RNA mensageiro e, portanto, tradução de proteínas a partir desse RNA). A ação de hormônios esteróides envolvem principalmente modulação da transcrição de células e síntese de proteínas na célula alfa. No caso de hormônios tireoidianos, o que difere do anterior é que a dimerização do receptor e hormônio deve ser realizado de ácido retinóico (presente em nossas células), ganhando afinidade para se ligar a elementos responsivos no DNA, sendo a função do hormônio tiroidiano a mesma que o do esteróide. MECANISMOS CELULARES Para promover a terminação da ação hormonal (off signals) ● Degradação ○ Degradação ou Endocitose do receptor ○ Vias de ubiquitinação (uso de ia do proteassoma para degradar prt, componentes e estruturas dentro da célula) ● Inativação ○ SOCS (proteína inibidora da sinalização das citocinas) ○ Fosfatases (desfosforilação) ○ Serina/Treonina Quinases. Eixo Hipotálamo-Hipófise NEUROHIPÓFISE O Hipotálamo corresponde à parte mais inferior do Tálamo, a qual se conecta à Hipófise pelo Infundíbulo - haste que faz a conexão de todo encéfalo à glândula hipófise. Esta é dividida em duas partes, sendo a frontal a adeno-hipófise, apontada para a frente do encéfalo. Denomina-se essa região como glândula endócrina verdadeira, uma vez que apresenta células endócrinas. A região da posterior da hipófise é a neuro-hipófise, atuando como extensão do hipotálamo. No Hipotálamo, existem os núcleos hipotalâmicos, sendo aglomerados de neurônios que apresentam uma característica (função) consideravelmente comum. Logo abaixo dessa região existe o infundíbulo e, inferior a esse, a hipófise. A hipófise é também conhecida como Pituitária (muco) e se localiza próxima as fossas nasais - por isso sua nomenclatura -, uma vez que se encontra no osso esfenóide. Enquanto a adeno-hipófise possui células endócrinas, a neuro-hipófise apresenta extremidades axônios de neurônios cujos corpos celulares se localizam no hipotálamo. Tais terminações axônicas armazenam os hormônios liberados pelos neurônios, sendo os mais importantes o anti-diurético (ADH) e a ocitocina. As células que promovem sua sintetização são denominadas de magnocelulares, uma vez que apresentam maior magnitude em relação às demais que compõem os núcleos hipotalâmicos. Síntese, processamento e transporte do ADH O supraóptico e o paraventricular são os dois núcleos hipotalâmicos principais que produzem a ocitocina e o ADH. Uma vez que esses hormônios são de origem proteica, a via de síntese é feita a partir de informações do DNA, expressão de RNA mensageiro, tradução de proteínas e armazenamento em vesículas secretoras, utilizando toda a maquinaria de microtúbulos presentes no axônio para que possam ser transportados até a terminação axônica, formando os Corpos de Herring. O hormônio peptídico é secretados juntamente com um peptídeo que se mantém ligado à ele e o mantém estável. No caso do ADH, o hormônio co-secretado com ele é a neurofisina, estando em concentrações equimolares, sendo possível dosar indiretamente a secreção de ADH a partir desta. O estímulo para produção do ADH advém, além do contato de neurotransmissores à região sináptica dos dendritos do neurônio, de regiões superiores do encéfalo (conexão com outros neurônios), uma vez que há a geração de um potencial de ação que percorre todo o axônio do neurônio até alcançar sua terminação axônica com um fluxo de cálcio em seu interior e, portanto, movimentação das vesículas que contém os hormônios, liberando-os ao meio extracelular e, consequentemente, atingindo os capilares no entorno da terminação axônica da neurohipófise. Os principais sinais que desencadeiam a secreção do ADH é a variação da osmolaridade sanguínea e as variações de volume e pressão. No primeiro caso, tem-se a presença dos osmorreceptores, neurônios sensíveis da osmolaridade no sangue. Quanto maior a osmolaridade, maior a ação dos osmorreceptores, disparando maior quantidade de potenciais de ação (PA). Eles realizam sinapse com neurônios magnocelulares e, portanto, estimulam PA que culminam na neurohipófise com a secreção do ADH. No segundo caso, tem-se os barorreceptores, neurônios sensíveis ao estiramento ou deformações no vaso sanguíneo. Eles encontram em duas regiões, sendo na artéria carótida e no arco carótido. Quando há um menor volume e, portanto, menor pressão sobre a parede dos vasos sanguíneos, ocorremPA conduzidos a região do centro vasomotor no bulbo e, posteriormente, neurônios levam tal informação até os neurônios dos núcleos paraventriculares, que são estimulados a secreção do ADH. Quando há um aumento do hormônio antidiurético no sangue, é um indicativo de desidratação, na busca de preservar água no organismo. Como forma de mecanismo, o ADH age ligando-se a seus receptores, localizados em células que compõem o túbulo distal e do ducto coletor que por sua vez encontram-se nos rins. Isso permite uma maior reabsorção de água da urina em formação, retornando para o sangue e, consequentemente, aumentando a concentração da urina; restabelecendo a osmolaridade sanguínea. O ADH se liga ao receptor V2 localizado na proteína G, elevando a aMP cíclico, através de maior atividade da adenilciclase, havendo maior concentração de AMP cíclico intracelular, maior atividade da proteína cinase A, cuja função é mobilizar as vesículas que contém aquaporinas para a região do lúmen do nefúlo - onde há urina em formação. As aquaporinas migrantes irão captar a água e permitir, através das vesículas, seu transporte ao sangue. A proteína quinase A também age em um elemento responsivo do DNA (modulação da transcrição gênica), contribuindo para que mais aquaporinas sejam sintetizadas. Dessa forma, o ADH provoca uma resposta rápida e imediata reabsorvendo água e outra mais lenta para a síntese de mais aquaporinas e outras estruturas elementos que compõem essa célula, garantindo a manutenção da mesma. Além de agir no ducto coletor do néfron e no túbulo distal, para evitar a baixa pressão nos vasos sanguíneos, o ADH provoca um aumento da contração da musculatura lisa destes; restabelecendo a pressão arterial. Outro hormônio que participa do processo de vasoconstrição é a angiotensina II (resposta à hipovolemia // baixa pressão), secretada a partir do sistema renina-angiotensina, o qual é influenciado pelo próprio hormônio anti-diurético, auxiliando a promoção da vasoconstrição quanto secreção de aldosterona e estímulo da liberação de ADH Síntese, processamento e transporte da Ocitocina A ocitocina tem duas funções importantes principais na vida de fêmeas: No período de amamentação, esse hormônio age tanto nas células mioepiteliais das mamas - para promover a ejeção do leite - quanto para que ocorra a indução do parto no útero grávido. Além disso, ela promove o comportamento materno, dado alterações no sistema nervoso central da mãe (cuidado, aproximação dos indivíduos) e, também, a ocitocina é liberada durante o ato sexual, tanto para homens quanto mulheres. A ocitocina pode ser estimulada também pelo som choro do bebê, informações visuais, olfativas, táteis e outros; uma vez que esses estímulos ativam muitas regiões do sistema nervoso central da mãe, permitindo com que os neurônios façam conexão com neurônios magnocelulares produtores e secretores de ocitocina, deflagrando PA à neuro hipófise, promovendo maior secreção de ocitocina. Isso permite maior contração das células da glândula mamária, ejetando o leite até a boca do bebê. Enquanto o bebê está se amamentando, são gerados mais estímulos aos mecanorreceptores dos mamilos, induzindo maior atividade de neurônios que liberam sinapses aos neurônios magnocelulares, acarretando um feedback positivo. AMAMENTAÇÃO Durante a amamentação ou parto, conforme aproximação dos filhotes (cheiro, sons, sucção do mamilo), tem-se o reflexo neuroendócrino: há o estímulo de secreção da ocitocina, promovendo maior liberação de leite, por exemplo. Quanto mais o filhote mama, maior será a quantidade de hormônio secretado; gerando um ciclo de feedback positivo. As glândulas mamárias são compostas por células alveolares e, englobando o alvéolo mamário, tem-se as células mioepiteliais, de natureza contrátil. Nestas células encontram-se os receptores da ocitocina, sendo neste local a ação do hormônio e promovendo a contratilidade das células e permitindo a ejeção do leite das células do interior da glândula mamária (alvéolos e ductos galactóforos menores) até chegarem ao mamilo e, posteriormente, liberados ao filhote. Conforme atuação da ocitocina sobre as células mioepiteliais, elas irão comunicar-se com receptores acoplados à proteína G - da mesma forma que o ADH. Há maior atuação da subunidade alfa dessa proteína e, sendo esta do tipo Q, há, portanto, um aumento da atividade da fosfolipase, gerando indução de inositol trifosfato. Este irá mobilizar o cálcio do interior do retículo endoplasmático da célula e, portanto, havendo maior elevação de cálcio - estímulo rápido da ocitocina - no citosol da célula, promovendo contração da miosina e, portanto, ejeção do leite. Além disso, há liberação também do diacilglicerol, outro mensageiro dessa via de sinalização que ativa a proteína Kinase C, que também promove maior contração da célula. As células acinares também compõem a glândula mamária, responsáveis pela produção do leite e elas respondem ao hormônio prolactina. CONTRAÇÃO DO ÚTERO A ocitocina também auxilia na contração do útero, seguindo o mesmo ciclo citado anteriormente, havendo o estímulo em situações de parto natural. Nessas circunstâncias, o bebê/filhote inicia uma série de movimentações por uma escassez de espaço, os quais irão induzir uma pressão no colo do útero e, consequentemente, a secreção de ocitocina. Nessa região encontram-se neurônios sensíveis à pressão (mecanorreceptores), os quais ativam uma via sensorial ascendente, liberando a ocitocina e, então, gerando contração no útero. Quanto maior a contração uterina, mais hostil será aquele ambiente para o filhote, o qual continuará fazendo pressão no colo uterino que, consequentemente, continuará estimulando os mecanorreceptores gerando, portanto, um ciclo de feedback positivo. Ele poderá continuar por minutos ou horas até que haja a expulsão do bebê do útero; interrompendo a pressão sobre os mecanoreceptores e, consequentemente, o ciclo. Eixo Hipotálamo-Adenohipófise A conexão que permite a comunicação entre hipotálamo e hipófise - mais especificamente a adenohipófise - é feito através de uma haste, conhecida como eminência média. Existem hormônios hipotalâmicos que são capazes de chegar a adenohipófise migrando através da eminência média pelo sistema porta-hipofisário. Eles irão ligar-se em receptores de células adeno hipofisárias, estimulando a produção e liberação de hormônios da adeno hipófise que, por sua vez, são liberados na circulação sanguínea e transportados até glândulas alvo. Entre os hormônios hipotalâmicos, tem-se o TRH (liberador de TSH - PV), CRH (liberador de ACTH - PV), Somatostatina (inibidor do GH e TSH - PeriV), GnRH (liberador de gonadotrofinas - ARQ), GHRH (liberador do GH - ARQ), PIF (fator inibidor de prolactina - ARQ) e PRH/TRH (liberador de prolactina - ?). Todos os hormônios liberadores tem em sua sigla um “R” (de release), pois são hormônios que induzem a liberação de um hormônio adenohipofisário, enquanto, a somatostatina e dopamina inibem essa ação. Os hormônios hipotalâmicos agem sobre células da adenohipófise, sendo estas específicas. H. hipotalâmico Células Hipofisárias H. secretado Glândula Alvo TRH Tireotrofos Tireotrofina Tireoide CRH Corticotrofos Corticotrofina (ACTH) Córtex Adrenal GnRH Gonadotrofos Gonadotrofinas (LH, FSH) Gônadas GHRH Somatotrofos Somatotrofina (GH) Fígado, etc PRH/TRH Lactotrofos Prolactina Mamas, etc Os hormônios liberados pelos núcleos hipotalâmicos caem em uma rede de capilares que permitem, através do sistema porta-hipofisário, sua transmissão até a adenohipófise, estimulando a liberação de hormônios hipofisários chegarem até suas células ou glândulas alvo. A regulação da secreção hormonal é feito por um sistema de retroalimentação. Havendo um estímulo, o hipotálamo libera um hormônio trófico, que por sua vez age na adenohipófise, fazendo com que a mesma secrete outro hormônio trófico. Ele será capaz de promover uma alça curta de retroalimentaçãonegativa, inibindo a produção do hormônio hipotalâmico, além de agir em sua glândula alvo, a qual secretará um hormônio específico que irá realizar um feedback negativo por uma alça longa, inibindo a liberação de ambos hormônios hipofisário e hipotalâmico, havendo um controle da secreção hormonal em diversos níveis. Hormônios Somatomamotróficos São os hormônios liberados pelos somatotrofos, sendo o GH (hormônio de crescimento) e pelos mamotróficos, sendo a prolactina. 50% das células presentes na adenohipófise são aquelas que produzem o GH, indicando a sua importância para o organismo. Hormônio do crescimento (GH) Sua função é estimular o fígado a produzir e liberar o hormônio IGF (Insulin-like Growth Factor). Isso provém desde a GHRH (hipotalâmico), produzindo o GH que por sua vez age em hepatócitos para liberar o IGF. Esse hormônio age de forma semelhante ao GH em relação à promoção do crescimento do organismo, cartilagem, ossos, tecidos e elevação da glicose sanguínea. O IGF é capaz de promover alças longas de retroalimentação negativa, inibindo tanto a liberação de GH quanto do GHRH. Além disso, o IGF e o GH são capazes de gerar um estímulo positivo para produção de somatostatina, presente no hipotálamo, que por sua vez age em células somatotróficas, inibindo a secreção de GH. O receptor desses hormônios é o do tipo acoplado à proteína G. A inibição do GH ocorre a partir da atuação do GH e IGF, inativando, respectivamente, o neurônio liberador do GHRH e ativando o neurônio secretor de somatostatina. Isso gera uma diminuição na produção da PKA na célula somatotrófica, e portanto, da secreção de GH. O receptor do GH é o tirosina cinase, mais especificamente aquele que ativa a via da JAK-STAT, visto por exemplo no tecido adiposo e muscular. Neste primeiro, o GH favorece lipólise; cliva triacilglicerol para ser utilizado na forma de energia, reduzindo a captação de glicose; enquanto que no músculo atua em síntese proteica e redução da captação de glicose. No fígado, o GH atua para estimular a produção de IGF, envolvendo uma via de JAK-STAT, além de agir para ativação de enzimas gliconeogênicas, as quais atuam na produção e liberação de glicose para o corpo. O fígado produz glicose em situações de jejum. O jejum é um tipo de estresse associado à elevação do GH no organismo. As células do núcleo hipotalâmico, principalmente o do núcleo arqueado, são capazes de detectar, por exemplo, hipoglicemia, estresse de exercício físico e outros, disparando a secreção de GHRH para promover lipólise - maior queima de lipídio em jejum -, favorecendo a liberação de mais glicose pelo fígado, mantendo a glicemia em condições favoráveis para sobrevivência e consciência - 80mg/dL, para garantir a glicose como fonte energética. O jejum é capaz de ser mantido por longos períodos pela capacidade de recrutar essas reservas energéticas. O GH, além de exercer efeito lipolítico e da produção de glicose, ele também pode ter ação anabolizante, aumentando a síntese de proteínas por meio da captação de aminoácidos - crescimento do nosso corpo. Tanto o GH quanto o IGF atuam em diversos tecidos de forma anabolizante. No músculo, pode gerar o aumento de massa corporal magra; no tecido adiposo, a diminuição da adiposidade (efeito lipolítico), aumentando a oxidação de ácidos graxos; além de favorecer o aumento do tamanho e funcionamento dos órgãos e o crescimento linear do organismo. Durante a puberdade, há um aumento do GH e, consequentemente, do IGF-I , promovendo o crescimento de ossos, tecidos e crescimento linear, além da diferenciação, proliferação e aumento do metabolismo celular, que ocorrem exclusivamente na puberdade. Além de detectar condição de jejum e hipoglicemia, o núcleo arqueado também é sensível à aminoácidos. Portanto, quando há a ingestão de prt, há o estímulo para produção do GHRH, estimulando a produção de GH que por sua vez estimula liberação do IGF, havendo também aumento da secreção de insulina pela célula beta da ilhota pancreática. A ingestão de proteínas é, portanto, crucial para liberação de GH quanto de insulina, os quais favorecem a liberação de IGF, aumentando síntese de proteínas, crescimento, armazenamento; promovendo anabolismo. A ingestão de glicose não é um estímulo para produção de GHRH e, consequentemente, de GH. No entanto, gera o aumento da secreção de insulina. Se houver apenas ingestão de carboidratos, não favorece a secreção do GH, não havendo estímulo para produção do IGF e, consequentemente, inibindo anabolismo. Durante o jejum, como não há estímulo para produção de insulina - mínima durante jejum -, a secreção do IGF não será suficiente para promover a somatomedina pelo fígado, havendo redução de síntese proteica e de crescimento, havendo mobilização calórica: aumento da atuação do GH no tecido adiposo para promover lipólise, utilizando ácidos graxos para produzir ATP. Distúrbios associados ao GH O nanismo (anões de Laron) é caracterizado por indivíduos com ausência de receptores normais para o GH, não produzindo o IGFs. Dessa forma, o GH deixa de ter uma atuação, em que a somatomedina deixa de ser liberada e os indivíduos que comportam essa condição tem o seu crescimento comprometido durante a puberdade, dado que o pico do GH é nesta época e há maior liberação de IGF. O gigantismo ocorre de maneira oposta ao nanismo, assim como a acromegalia - aumento da produção de GH. No caso desta, há um aumento no crescimento do tamanho dos ossos da face devido à um adenoma nos somatotrofos após a puberdade; enquanto naquela houve um aumento da produção de GH por um tumor nos somatotrofos durante a puberdade, afetando todo seu organismo. PROLACTINA A prolactina também é um hormônio de crescimento, liberada por somatotrofos e tem um papel importante sobre o desenvolvimento e funcionamento das mamas, promovendo o crescimento do número de células e da mama durante a gravidez e lactação. Ela é produzida e secreção controladas pelo hipotálamo, sendo caracterizada como “proteína do estresse” - pico de prolactina durante cirurgia, medo e exercício físico. Como estimuladores da produção desse hormônio tem-se a serotonina, beta-endorfina e a ocitocina e, como inibidor, a dopamina. Na glândula mamária, as células dos alvéolos - responsáveis pela produção de leite - são responsivas à prolactina. Ela age em receptores do tipo tirosina cinase, mais especificamente e principalmente a via JAK-STAT, em que a ligação do hormônio ao receptor irá ativar as STATs que irão até o núcleo e estimular a produção de uma série de RNAs mensageiros e suas respectivas proteínas, principalmente enzimas envolvidas com a síntese de lactose, lipídios e da caseína, proteína importante que compõe o leite. Portanto, na lactação, há a proliferação de ductos e lóbulos alveolares, acumulando substratos energéticos (leite) nos alvéolos e síntese de enzimas para produção de lactose e caseína (leite). A liberação e o ciclo de prolactina ocorre de forma semelhante a ocitocina; contudo, ainda é um mistério sobre o hormônio liberador deste. O que se sabe é que a liberação de prolactina se encontra sempre inibida pela dopamina, em que há hormônios dopaminérgicos no hipotálamo, os quais são inibidos durante a amamentação por estímulos causados na mãe (choro, tato, cheiro, etc). Quando a dopamina deixa de ser liberada, os lactotrofos na adeno hipófise são capazes de liberar a prolactina e, estando esta em produção conjunta a ocitocina, permite a realização de lactogênese e a ejeção de leite. A dopamina também será inibida em situações de estresse, medo e de situações emocionalmente intensas; pois podem disparar grande secreção de prolactina. É comum acontecer inibição da menstruação em situações de estresse, principalmente no começo do ciclo em que a adolescente está aprendendo a lidar com este fenômeno. A prolactina pode agir sobre neurônios hipotalâmicos que liberam o GHRH - liberador de gonadotrofinas - e, na adenohipófise, a liberação de LH e FSH ficaprejudicada, gerando uma redução do estímulo do ovário e, consequentemente, fazer com que a pessoa deixe de ovular algumas vezes, gerando amenorreia lactacional Esses hormônios podem ser regulados e ter um comportamento de acordo com o ritmo circadiano. O hormônio de crescimento GH por exemplo, tem um pico no começo da noite e gradativamente vai reduzindo e, ao decorrer do dia, apresenta pequenos picos. Exemplo do citosol e melatonina.
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