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Direito Civil - Contratos - Vício Redibitório

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1 
Direito Civil - Contratos - Vício Redibitório 
Geraldo M. Batista 
Curriculum: www.geraldofadipa.comunidades.net 
 
 
Vício Redibitório 
 
Trata-se de algum defeito oculto (ou seja, que não seja possível notar imediatamente) em 
um bem, móvel ou imóvel, que venha a reduzir o seu valor ou a torná-lo impróprio para o 
consumo. 
 
Atenção. ⇒ Só se aplica nos contratos comutativos, ou seja, aqueles que trazem a 
previsão de obrigações certas para ambas as partes. Artigo 441 Código Civil. 
 
 ⇒ A coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser enjeitada por vícios ou 
defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe diminuam o valor. 
Parágrafo único. É aplicável a disposição deste artigo às doações onerosas. 
 
Observação. ⇒ Caso seja um contrato aleatório, ou seja, aquele contrato em que há 
um elemento de aleatoriedade, não há aplicação do conceito de vício redibitório, a 
menos que seja sobre uma parte do contrato que não está sujeita ao acaso. 
Enunciado 583 do Conselho da Justiça Federal: 
 
⇒ O artigo 441 do Código Civil deve ser interpretado no sentido de abranger também os 
contratos aleatórios, desde que não inclua os elementos aleatórios do contrato. 
 
Há, também, previsão própria no Código de Defesa do Consumidor. 
 
Questão em concurso. 
 
Nos termos do Código Civil vigente, a coisa recebida em virtude de contrato 
comutativo pode ser enjeitada por vícios ou defeitos ocultos, que a tornem 
imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe diminuam o valor. São os chamados 
vícios: 
 
a) Culposos. 
b) Obsessivos 
c) Incruentos. 
d) Inexistentes. 
e) Redibitórios. (Correta) 
 
 
Identificado o vício redibitório. 
 
O comprador pode rejeitar a coisa, requerendo a devolução do valor, ou requerer o 
abatimento proporcional do preço. Artigos 441 e 442 do Código Civil. 
 
⇒ A coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser enjeitada por vícios ou defeitos 
ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe diminuam o valor. 
Parágrafo único. É aplicável a disposição deste artigo às doações onerosas. 
 
 
 
2 
⇒ Em vez de rejeitar a coisa, redibindo o contrato (art. 441), pode o adquirente reclamar abatimento 
no preço. 
Atenção. ⇒ Esse direito sempre vai assistir ao comprador, independente do 
vendedor saber ou não da existência do vício. 
 
Mas. ⇒ A ciência do vendedor é muito importante para saber sobre as 
próximas consequências. 
 
Questão em concurso 
 
A teoria da responsabilidade pelos vícios redibitórios se aplica a todos os contratos 
onerosos em que a prestação e a contraprestação são certas e equivalentes, bem 
como às doações gravadas com encargo. 
 
 Certo (Correta) 
 
 Errado 
 
 
 São requisitos necessários à configuração de vício redibitório, EXCETO: 
 
a) A coisa adquirida em virtude de contrato comutativo ou doação onerosa. 
b) Vício ou defeito prejudicial à utilização da coisa ou determinante da 
diminuição de seu valor. 
c) Coisa desfalcada em sua quantidade ou que apresente ausência de 
qualidade em relação ao prometido pelo alienante. (Correta) 
d) Defeito grave e oculto. 
e) Defeito já existente no momento da celebração do ato negocial e que 
perdure até o instante da reclamação. 
 
 
O Vendedor diante do vício redibitório. 
 
Se o vendedor não sabia sobre o vício redibitório, ele deverá devolver o valor recebido (ou 
o abatimento proporcional) mais os custos do contrato. No entanto, se o mesmo sabia do 
vício e ocultou do comprador, além de devolver o valor recebido, ele responderá por 
perdas e danos conforme o artigo 443 do Código Civil: 
 
 ⇒ Se o alienante conhecia o vício ou defeito da coisa, restituirá o que recebeu com perdas e danos; 
se o não conhecia, tão somente restituirá o valor recebido, mais as despesas do contrato. 
 
Observação. ⇒ Essa previsão existe porque o Código Civil visa sempre defender a 
pessoa de boa-fé, punindo aquele que age de má-fé, contra os princípios jurídicos e 
sociais. 
 
Atenção. ⇒ Em relação aos vícios redibitórios, a responsabilidade do alienante subsiste 
ainda que a coisa pereça em poder do alienatário, se perecer por vício oculto, já existente 
ao tempo da tradição conforme artigo 444 do código civil. 
 
⇒ A responsabilidade do alienante subsiste ainda que a coisa pereça em poder do alienatário, se 
perecer por vício oculto, já existente ao tempo da tradição. 
 
 
3 
Questão em concurso 
 
Carlos comprou um imóvel pertencente a Paulo mediante pagamento à vista. Ao 
receber o imóvel, Carlos observou que este estava com alguns defeitos ocultos, 
inclusive, desconhecidos de Paulo. Com base nessa situação hipotética, julgue o 
item seguinte. 
 
Em função do vício redibitório apresentado, é permitido a Carlos solicitar 
abatimento no preço. 
 
 Certo (correta) 
 
 Errado 
 
Prazos para reclamar do vício redibitório 
 
Todos os prazos são decadenciais. Portanto, são curtos e geram a perda do próprio 
direito. Estão esculpidos nos artigos 445 e 446 do Código Civil. 
 
⇒ O adquirente decai do direito de obter a redibição ou abatimento no preço no prazo de trinta dias 
se a coisa for móvel, e de um ano se for imóvel, contado da entrega efetiva; se já estava na posse, 
o prazo conta-se da alienação, reduzido à metade. 
§ 1º Quando o vício, por sua natureza, só puder ser conhecido mais tarde, o prazo contar-se-á do 
momento em que dele tiver ciência, até o prazo máximo de cento e oitenta dias, em se tratando de 
bens móveis; e de um ano, para os imóveis. 
§ 2º Tratando-se de venda de animais, os prazos de garantia por vícios ocultos serão os 
estabelecidos em lei especial, ou, na falta desta, pelos usos locais, aplicando-se o disposto no 
parágrafo antecedente se não houver regras disciplinando a matéria. 
⇒ Não correrão os prazos do artigo antecedente na constância de cláusula de garantia; mas o 
adquirente deve denunciar o defeito ao alienante nos trinta dias seguintes ao seu descobrimento, 
sob pena de decadência. 
 
Atenção. ⇒ Para o último trecho do artigo 446: se for o caso de garantia, o vício 
deve ser informado em até 30 dias, sob pena de decadência. 
 
Questão em concurso 
 
Maria comprou um veículo automotor em 01.01.2019 de José, um colega de 
trabalho. No dia 01.08.2019, o veículo fundiu o motor, em razão de um defeito no 
sistema de arrefecimento do motor, defeito oculto e desconhecido por Maria e por 
José. No dia 01.12.2019, Maria requereu que José abatesse do preço o valor a ser 
gasto para retificar o motor fundido. Acerca do caso hipotético, pode-se 
corretamente afirmar: 
 
a) Não há qualquer direito de Maria a requerer o abatimento do preço por vício 
redibitório, tendo em vista que este não era de conhecimento de José. 
b) A pretensão para pedir o abatimento do preço decaiu após 30 (trinta) dias 
contados da data da compra do veículo automotor. 
c) A pretensão para pedir o abatimento do preço decaiu após 30 (trinta) dias 
contados da data da descoberta do vício oculto. 
d) A pretensão para pedir o abatimento do preço decaiu após 180 (cento e 
oitenta) dias contados da data da compra do veículo automotor. (Certo) 
 
 
4 
Renato emprestou seu automóvel a Paulo. Quinze dias depois, ainda na posse do 
veículo, Paulo o comprou de Renato, que realizou a venda sem revelar que o 
automóvel possuía grave defeito mecânico, vício oculto que só foi constatado por 
Paulo na própria data da alienação. Nesse caso, de acordo com o Código Civil, 
Paulo tem direito de obter a redibição do contrato de compra e venda, que se 
sujeita a prazo. 
 
a) Prescricional, de trinta dias, contado da data em que recebeu o automóvel. 
b) Prescricional, de quinze dias, contado da data da alienação. 
c) Decadencial, de trinta dias, contado da data em que recebeu o automóvel. 
d) Decadencial, de quinze dias, contado da data da alienação. (Correta) 
e) Decadencial, de noventa dias, contado da data em que recebeu o 
automóvel. 
 
Observação. ⇒ Artigo 445 do CC. O adquirente decai do direito de obter a redibição 
ou abatimentono preço no prazo de 30 DIAS se a coisa for móvel, e de UM ANO 
se for imóvel, contado da entrega efetiva; se já estava na posse, o prazo conta-se 
da alienação, REDUZIDO À METADE. 
 
 
FIM

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