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Vícios Redibitórios - RESUMO

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Vícios redibitórios são defeitos ocultos em coisa 
recebida em virtude de contrato comutativo, que a 
tornam imprópria ao uso a que se destina ou lhe 
diminuem o valor. A coisa defeituosa pode ser 
enjeitada pelo adquirente, mediante devolução do 
preço, e, se o alienante conhecia o defeito, com 
satisfação de perdas e danos (CC, arts. 441 e 443). 
 
Teoria do erro: não faz nenhuma distinção entre 
defeitos ocultos e erro sobre as qualidades essenciais 
do objeto; 
Teoria dos riscos: o alienante responde pelos vícios 
redibitórios porque tem a obrigação de suportar os 
riscos da coisa alienada; 
Teoria da equidade: necessidade de se manter justo 
equilíbrio entre as prestações dos contratantes. 
 
Contudo, a teoria mais aceita é a do inadimplemento 
contratual: 
Aponta o fundamento da responsabilidade pelos 
vícios redibitórios no princípio de garantia, segundo o 
qual todo alienante deve assegurar, ao adquirente a 
título oneroso, o uso da coisa por ele adquirida e para 
os fins a que é destinada. 
 
 
 
 
 
Não é qualquer defeito ou falha existente em bem 
móvel ou imóvel recebido em virtude de contrato 
comutativo que dá ensejo à responsabilização do 
alienante por vício redibitório. 
 
O adquirente tem, contudo, a opção de ficar com ela 
e “reclamar abatimento no preço”, como lhe faculta 
o art. 442 do CC. 
 
Essas regras aplicam-se aos contratos bilaterais e 
comutativos, em geral translativos da propriedade, 
como a compra e venda, a dação em pagamento e a 
permuta. Mas aplicam-se também às empreitadas 
(CC, arts. 614 e 615). 
 
Em razão da natureza desses contratos, deve haver 
correspondência entre as prestações das partes, de 
modo que o vício, imperceptível à primeira vista, 
inviabiliza a manutenção do negócio. 
Defeitos de menos importância ou que possam ser 
removidos são insuficientes para justificar a 
invocação da garantia, não o tornam impróprio ao 
uso a que se destina, nem diminuem o seu valor 
econômico. 
 
Dessa forma é possível verificar conforme os arts. 441 
e seguintes do CC, tais requisitos para verificação dos 
vícios redibitórios: 
 Que a coisa tenha sido recebida em virtude de 
contrato comutativo; 
 Que os defeitos sejam ocultos; 
 Que existam no momento da celebração do 
contrato e perdurem até a ocasião da 
reclamação; 
 Que sejam desconhecidos do adquirente. 
 Que sejam graves. 
 
Várias teorias tentam explicar a teoria dos vícios 
redibitórios. Dentre elas: 
Enjeitada: rejeitada 
Art. 441. A coisa recebida em virtude de contrato 
comutativo pode ser enjeitada por vícios ou defeitos 
ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada, 
ou lhe diminuam o valor. 
Parágrafo único. É aplicável a disposição deste artigo às 
doações onerosas. 
Art. 443. Se o alienante conhecia o vício ou defeito da 
coisa, restituirá o que recebeu com perdas e danos; se o 
não conhecia, tão-somente restituirá o valor recebido, 
mais as despesas do contrato. 
Se o bem objeto do negócio jurídico contém defeitos 
ocultos, não descobertos em um simples e rápido 
exame exterior, o adquirente, destinatário da 
garantia, pode enjeitá -lo ou pedir abatimento no 
preço (CC, arts. 441 e 442). 
 
A ignorância dos vícios pelo alienante não o exime da 
responsabilidade. 
 
Se o alienante não conhecia o vício ou o defeito, isto 
é, se agiu de boa-fé, “tão somente restituirá o valor 
recebido, mais as despesas do contrato”. Mas, se agiu 
de má -fé, porque conhecia o defeito, além de 
restituir o que recebeu, responderá também por 
“perdas e danos” (CC, art. 443). 
 
Ainda que o adquirente não possa restituir a coisa 
portadora de defeito, por ter ocorrido o seu 
perecimento, a “responsabilidade do alienante 
subsiste” se o fato decorrer de “vício oculto, já 
existente ao tempo da tradição” (CC, art. 444). Em 
caso de morte de animal, por exemplo, o adquirente 
terá de provar que o vírus da doença que vitimou o 
animal, por exemplo, já se encontrava encubado 
quando de sua entrega. 
 
  Espécies de ações cabíveis 
 
O art. 442 do Código Civil deixa duas alternativas ao 
adquirente. 
 Ação redibitória: para rejeitar a coisa, 
rescindindo o contrato e pleiteando a 
devolução do preço pago 
 Ação quanti minoris ou estimatória: para 
conservar a coisa, malgrado o defeito, 
reclamando, porém, abatimento no preço. 
 
Entretanto, o adquirente não pode exercer a opção, 
devendo propor, necessariamente, ação redibitória, 
na hipótese do citado art. 444, quando ocorre o 
perecimento da coisa em razão do defeito oculto. 
 
Cabe ao credor optar pela redibição ou pela diferença 
de preço, com o efeito de concentrar a prestação. 
 
  Prazo DECANDÊNCIAL 
 
Os prazos para o ajuizamento das ações edilícias são 
decadenciais: 
 
 trinta dias: (bem móvel); 
 um ano: (relativas a imóvel) 
 
Nos dois casos, os prazos são contados da tradição. 
Se o adquirente já estava na posse do bem, “o prazo 
conta-se da alienação, reduzido à metade” (CC, art. 
445). 
 
Os contraentes podem, no entanto, ampliar 
convencionalmente o prazo. É comum a oferta de 
veículos, por exemplo, com prazo de garantia de um, 
dois ou mais anos. (Art. 446, CC) 
 
Em síntese, haverá cumulação de prazos, fluindo 
primeiro o da garantia convencional e, após, o da 
garantia legal. Se, no entanto, o vício surgir no curso 
do primeiro, o prazo para reclamar se esgota nos 
trinta dias seguintes ao seu descobrimento. Significa 
dizer que, mesmo havendo ainda prazo para a 
garantia, o adquirente é obrigado a denunciar o 
defeito nos trinta dias seguintes ao em que o 
descobriu, sob pena de decadência do direito. A 
obrigação imposta ao adquirente, de denunciar desde 
logo o defeito da coisa ao alienante, decorre do dever 
de probidade e boa -fé insculpido no art. 422 do 
Código Civil. 
 
Exceções a respeito da contagem do prazo a partir da 
tradição: a jurisprudência vem aplicando duas 
exceções à regra de que os referidos prazos contam - 
se da tradição: 
 Quando se trata de máquinas sujeitas à 
experimentação; 
 Nas vendas de animais. 
 
  Hipóteses de descabimento das ações edilícias 
 
a) Coisas vendidas conjuntamente (Art. 503, CC) 
 
b) Inadimplemento contratual: A entrega de coisa 
diversa da contratada não configura vício redibitório, 
mas inadimplemento contratual, respondendo o 
devedor por perdas e danos. (Art. 389. CC) 
 Essas ações recebem a denominação de edilícias, em 
alusão aos edis curules, que atuavam junto aos grandes 
mercados na época do direito romano, em questões 
referentes à resolução do contrato ou ao abatimento do 
preço. 
c) Erro quanto às qualidades essenciais do objeto: 
natureza subjetiva, pois reside na manifestação da 
vontade (CC, art. 139, I), dá ensejo, a ação anulatória 
do negócio jurídico. 
 
 
Quando uma pessoa adquire um veículo com defeitos 
de um particular, a reclamação rege-se pelas normas 
do Código Civil. Se, no entanto, adquire-o de um 
comerciante estabelecido nesse ramo, pauta-se pelo 
Código de Defesa do Consumidor. Esse diploma 
considera vícios redibitórios tanto os defeitos 
ocultos como também os aparentes ou de fácil 
constatação. 
 substituição do produto; 
 a restituição da quantia paga, atualizada, 
sem prejuízo de eventuais perdas e danos; 
 o abatimento proporcional do preço 
 
O prazo mencionado pode ser reduzido, de comum 
acordo, para o mínimo de sete dias ou ampliado até o 
máximo de cento e oitenta dias (CDC, art. 18, §§ 1º e 
2º). 
 
O CDC assegura a este a inversão do ônus da prova 
no processo civil quando, a critério do juiz, for 
verossímil a alegação ou quando for ele 
hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de 
experiência (art. 6º, VIII). 
 
O CDC é mais rigoroso na defesa do hipossuficiente. 
responsabiliza civilmente o fabricante pelos defeitos 
de fabricação, impondo a substituição do produto 
por outro da mesma espécie, em perfeitas condições 
de uso, e a restituição imediata da quantia paga, 
devidamente corrigida, além das perdas e danos, ou, 
ainda, abatimento no preço. 
 
Os prazossão decadenciais. Para os vícios aparentes: 
 
Produto não durável: o prazo para reclamação em 
juízo é de trinta dias; 
 
Produto durável: de noventa dias, contados a partir 
da entrega efetiva do produto ou do término da 
execução dos serviços. 
 
Impede ou interrompe a decadência, a reclamação 
comprovada formulada perante o fornecedor até 
resposta negativa e inequívoca. 
 
Os prazos são os mesmos. Para os vícios ocultos: 
 
Mas sua contagem somente se inicia no momento 
em que ficarem evidenciados (CDC, art. 26 e 
parágrafos). 
 
Os fornecedores, quando efetuada a reclamação 
direta, têm o prazo máximo de trinta dias para sanar 
o vício. 
 
Não o fazendo, o prazo decadêncial, que ficara 
suspenso a partir da referida reclamação, volta a 
correr pelo período restante, podendo o consumidor 
exigir, alternativamente:

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