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REGIÃO ORAL, GLÂNDULAS SALIVARES E FARINGE– AULA V ❖ REGIÃO ORAL ▪ LIMITES ➢ Lateralmente: sulco nasolabial (limite com a bochecha) ➢ Superiormente: cavidade nasal ➢ Inferiormente: Sulco mentolabial ▪ ESTRUTURAS E RELAÇÕES ➢ Filtro -> dobra cutânea localizada abaixo do septo nasal, formado pela fixação na pele do músculo orbicular da boca ➢ Tubérculo do lábio superior -> elevação mediana no lábio superior que demarca o fim do filtro. ➢ Margem (borda) vermelho dos lábios -> transição entre a pele (queratinizada) e a mucosa, nos lábios. Possui coloração avermelhada devido a vascularização da região. Por ser uma pele modificada, com menos proteção, está mais disposta a incidência de raios solares, principalmente no lábio inferior (região muito propícia a carcinomas). ➢ Comissura dos lábios -> ponto de encontro dos lábios superior e inferior da boca, no ângulo da boca. Onde ocorre o sapinho, relacionado ao acúmulo de saliva no local. ➢ Rima da boca -> abertura anterior da boca (marcada pelos lábios e acessível com abertura da boca pelo abaixamento da mandíbula. ▪ CAVIDADE ORAL ➢ LIMITES: lábios (anterior); palato (mole e duro / superior); músculo milo-hiódeo (limite mais inferior do assoalho); istmo das fauces (posterior); bucinador (lateral). ➢ Prega palatoglossa -> prega posterior na cavidade oral que delimita o limite posterior dessa cavidade, onde começa a orofaríngea. A junção das duas pregas forma o arco palatoglosso. ➢ Istmo das fauces -> delimitado pelo arco palatoglosso, é aonde acontece um estreitamento da cavidade, que é propriamente o limite posterior da cavidade oral. ➢ Músculo milo-hióideo -> diafragma da cavidade oral, esse músculo faz parte do limite inferior (assoalho) da boca. Abaixo desse músculo ficam as estruturas do pescoço. ➢ A cavidade oral é didivida pelos arcos dentários em duas cavidades -> vestíbulo da boca e cavidade própria da boca, esta última localizada profundamente aos arcos dentários. ➢ Estratimeria a partir do lábio -> pele; camada muscular (principalmente o orbicular da boca); camada glandular/submucosa (glândulas labiais e vasos); mucosa. ➢ Irrigação do lábio: artérias labial superior, labial inferior, mentual e infraorbital (cria-se algumas anastomoses). ➢ Mucosa labial: vascularizada e delgada. ➢ Saliva na região labial: mantem os lábios úmidos, favorecendo a mastigação, a movimentação e a fala. ➢ Mucocele -> lesão em que há acúmulo de saliva na tela submucosa, causando uma elevação na região. Pode decorrer do rompimento do ducto dr glândulas salivares no lábio. ➢ Drenagem linfática: submandibulares (lábio superior) linfonodos submentuais (região mediana). → Lábio superior -> linfonodos submandibulares. → Lábio inferior – região mediana -> linfonodos submentuais. → Lábio inferior – região lateral -> linfonodos submandibulares. ➢ Frênulo dos lábios inferior e superior -> fixação do lábio próximo aos processos alveolares. ➢ Bridas -> fixações dos lábios no vestíbulo fora da linha mediana. ➢ Gengiva - > reveste o processo alveolar, perto da coroa dos dentes. Apresenta queratina (resistir ao atrito da mastigação, sendo mais clara e mais espessa que a mucosa de revestimento. ➢ Junção mucogengival -> demarca a junção entre a mucosa de revestimento e a mucosa mastigatória (gengiva). Aderida ao osso, apresenta vários furinhos que demarcam as fibram de adesão ao periósteo. ➢ Frênulo labial hipertrófico -> afastamento (diastema) entre os dentes incisivos causada pelo aumento do frênulo. ➢ Fenda palatina -> pode ser unilateral, bilateral. Resulta da não fusão dos processos palatinos, deixando uma abertura e o palato não fusionado. ▪ BOCHECHA ➢ Estrutura dada pelo músculo bucinador, cuja função é manter a mucosa afastada da região (superfície) mastigatória, permitindo a mastigação sem a dentição lesionar a mucosa, ao garantir sustentação. Além disso, ajuda a levar o alimento do vestíbulo para a superfície mastigatória. ➢ Corpo adiposo -> superficial ao músculo bucinador. ➢ Ducto da parótida abre-se no vestíbulo da boca na papila parotídea. ➢ Na submucosa da bochecha, há glândulas salivares chamadas de glândulas da bochecha (bucal). ➢ Rafe pterigomandibular -> estrutura fibrosa que se estende do hâmulo pterigoideo até o trígono retromolar. Anteriormente a essa rafe fica o músculo bucinador e posteriormente fica o músculo constritor superior da faringe. Marca até aonde vai a musculatura da boca. ▪ CAVIDADE PRÓPRIA DA BOCA - TETO ➢ Teto formado pelos ossos maxilares e pelas lâminas horizontais do palatino. ➢ Sutura cruciforme -> sutura palatina mediana e palatina transversa. ➢ Canal incisivo -> por onde emerge a artéria palatina maior que se anastomosa com a artéria esfenopalatina no canal incisivo. ➢ Palato duro -> Parte mais anterior do palato. → Mucosa -> queratinizada e aderida ao periósteo (mastigatória). → Submucosa -> células glandulares (glândulas salivares menores [palatinas]) → Periósteo. → Osso -> palato ósseo → Pode-se incluir, na estratimeria até a cavidade nasal, a submucosa nasal e a mucosa nasal. ➢ Palato mole -> Parte mais posterior do palato, sem estrutura óssea. Estrutura muscular, fixada a margem posterior do palato ósseo (lâmina horizontal do palatino) pela aponeurose palatina (onde se fixam todos os músculos do palato). → Mucosa -> não queratinizada. → Submucosa -> células glandulares (glândulas salivares) → Camada muscular → Mucosa de revestimento -> da faringe. ➢ Pregas palatinas -> mediana e transversas. Dão aderência e ajudam na movimentação do alimentam. ➢ Papila palatina -> demarca a direção da fossa incisiva. Por ali passam a artéria palatina maior e nervo nasopalatino. ➢ Irrigação do palato: artéria palatina descendente (palatinas maior e menor); ➢ Tórus palatinos -> acúmulo de osso na região de união entre os processos palatinos das maxilas, sendo uma variação anatômica. ▪ MÚSCULOS DO PALATO MOLE ➢ Músculo levantador do véu palatino -> fixa-se na parte petrosa do temporal e na cartilagem da tuba auditiva (algumas fibras). Segue um trajeto inferior e medial e se insere na aponeurose palatina. Eleva o palato mole. ➢ Músculo tensor do véu palatino -> fixa-se na fossa escafoide e na cartilagem da tuba auditiva. Segue um trajeto mais vertical (sendo lateral ao músculo levantador do véu palatino), e se insere também na aponeurose palatina. Desce em direção ao hámulo pterigoideo, onde o seu tendão o contorna e se expande formando a aponeurose palatina. Tensiona o palato mole e abre o óstio da tuba auditiva durante a deglutição e o bocejo. ➢ Músculo da úvula -> se origina na espinha nasal posterior e se insere na mucosa da própria úvula. Sua ação é de encurtar a úvula e deixa-la mais espessa, assim impedindo a passagem, na deglutição, de alimentos para a nasofaringe. ➢ Músculo palatofaríngeo -> se origina na aponeurose palatina e no palato duro, indo em direção a faringe. ➢ Músculo palatoglosso -> se prende na aponeurose palatina e se insere na margem da língua. É revestido por uma mucosa que forma a prega palatoglossa. ▪ CAVIDADE PRÓPRIA DA BOCA – ASSOALHO ➢ Músculo milo-hióideo -> músculo par, com fibras transversais. Se fixa na linha milo-hióidea da mandíbula, se iniciando na linha mediana e se terminando no fim do processo alveolar. Na parte anterior, as fibras se entrecruzam formando a rafe milo-hióidea. Tem fixação também no osso hioideo. Ação de tracionar o osso hioide que encurta o assoalho da boca (importante para a passagem do bolo alimentar pela orofaringe). ➢ OBS: Músculo digástrico -> músculo do pescoço, inferior ao milo-hióideo. ➢ Músculo gênio-hioideo -> é um músculo par que se inicianas espinhas genianas inferiores e se insere no corpo do hioide. Ação de avançar o osso hioide que encurta o assoalho da boca. ➢ ESTRUTURAS DO ASSOALHO: entre a mucosa do assoalho e o músculo milo-hióideo. Estão presentes, principalmente, a glândula sublingual, glândula submandibular e seu ducto e nervo lingual. ➢ Glândula submandibular -> é uma glândula salivar. Apresenta um corpo, localizado no pescoço e apoiado na fossa submandibular na face posterior da mandíbula, e um processo profundo, que adentra no assoalho da boca posteriormente ao músculo milo-hióideo (entre o milo-hióideo e o hioglosso), e fica localizado posteromedialmente a esse músculo. Do processo profundo, parte o ducto da glândula submandibular, que é cruzado pelo nervo lingual. Esse ducto se abre na carúncula sublingual. ➢ OBS: Além da relação com o músculo milo-hióideo, a glândula submandibular tem relação com a artéria facial (profundamente) e veia facial (superficialmente). ➢ Glândula sublingual -> das glândulas salivares maiores, é a menor e única contida inteiramente na boca. Apresenta vários ductos que se abrem em uma prega chamada de prega sublingual (referência para acesso de estruturas no assoalho da boca). Apoia-se na face posterior da mandíbula na fossa (fóvea) sublingual. ➢ Via sublingual -> a região é muito vascularizada, permitindo a administração de fármacos por essa via, que rapidamente possibilita a absorção desse fármaco. ➢ Sialolito -> assim como pode ocorrer na glândula parótida, trata-se de um cálculo salivar calcificado que impede a passagem da saliva pelo ducto. ➢ Tórus mandibular -> variação anatômica óssea, em que há uma maior quantidade de osso que cria uma elevação. ▪ ARCOS DENTÁRIOS ➢ Dente -> Órgão mineralizado cuja coloração e aspecto branco é dado pelo esmalte que o reveste e constitui sua coroa. No interior do dente existe a única parte de sua estrutura que não é rígida, a polpa, que fica no canal radicular. ➢ Os dentes estão implantados nos processos alveolares, por meio de fibras que se fixam ao alvéolo, formando os ligamentos periodontais, que configura uma articulação do tipo gonfose. ➢ O molde (modelo/estrutura) do dente é formado por um tecido mineralizado chamado de dentina, que é revestida por cemento na raiz (parte amarelada) e esmalte na coroa. Interiormente à dentina fica a polpa dentária. ➢ Os dentes podem ter ação de corte ou de moer. ➢ São 16 dentes em cada arco dentário, sendo que em cada meia-arcada (quadrante) encontra-se: → 2 incisivos -> 1 central e 1 lateral. Função de cortar. → 1 Canino -> formato de lança e função de dilacerar e rasgar. → 2 pré-molares -> duas elevações de esmalte chamadas de cúspide. Função de moer o alimento. → 3 molares -> os mais posteriores e que executam a função de moer. ➢ Dentes anteriores -> geralmente 1 raiz ➢ Dentes molares -> inferiores possuem 2 raízes e superiores possuem 3 raízes. ➢ OBS: os dentes de leite (dentição decídua) são 20. Não há pré-molares, e apenas 2 molares. A raiz do dente de leite tem sua raiz absorvida à medida que o dente permanente começa a ter relação com o processo alveolar, assim o dente de leite cai. O dente de leite também possui raiz. ➢ Os dentes possuem uma inclinação associada aos músculos relacionados, podendo-se com determinados hábitos podem causar a perda de tônus dos músculos da boca. ➢ Muitas vezes a sinusite causa dor nos dentes superiores, devido a íntima relação com os seios da face. Além disso, pode-se ocorrer sinusite por uma infecção de origem dentária. ➢ Os músculos levantador do lábio superior e levantador do lábio superior e da asa do nariz formam um canal muscular onde a drenagem dental pode chegar até a região inferior da órbita, podendo-se suspeitar em determinadas infecções nessa regiões, que veio de uma infecção do canino. ➢ Em infecção de dentes inferiores, pode ir pus para face e pescoço. ▪ LÍNGUA ➢ Órgão muscular, localizado no assoalho da cavidade oral. ➢ Partes: Ápice, margens laterais, dorso e raiz. ➢ Dorso da língua -> face voltada para o palato. Apresenta um sulco na sua parte posterior, o sulco terminal. Este sulco é demarcado na linha mediana pela presença do forame cego, resquício do ducto tireoglosso. Anteriormente ao sulco terminal, fica a parte oral da língua. Já posteriormente, fica a parte faríngea da língua (terço posterior / base). ➢ Raiz da língua -> de onde partem e chegam os músculos extrínsecos da língua. ➢ Parte oral da língua -> revestida por mucosa mastigatória. Apresenta papilas, que formam um aspecto aveludado na língua. → Papilas filiformes -> são as mais numerosas, estando presente em todo o dorso da língua. Não apresentam calículos ou botões gustatórios. Ajudam na movimentação do alimento. → Papilas fungiformes -> apresentam botões gustatórios, espalhadas no dorso da língua. → Papilas circunvaladas -> à frente do sulco terminal, apresentam calículos gustatórios. → Papilas folhadas -> na margem da língua. ➢ OBS: todas as regiões da língua conseguem captar os 4 tipos de sabores. ➢ A língua é fixada ao assoalho pelo frênulo lingual. ➢ A mucosa na face inferior da língua é de revestimento, por onde passa a veia profunda da língua, permitindo a absorção de substâncias e medicamentos abaixo da língua. ➢ Anquiloglossia -> condição em que há uma hipertrofia do freio lingual, em que essa dobra de mucosa pode ir até os dentes incisivos, caracterizando a língua presa. Por ser apenas uma dobra de mucosa, pode ser cortada, soltando a língua. ➢ MÚSCULOS EXTRÍNSECOS DA LÍNGUA: dão suporte e movimentam a língua. ➢ Músculo genioglosso -> origem nas espinhas genianas superiores, sendo que a maior parte da língua é constituída por esse músculo. Dá sustentação à língua, impedindo que ela colabe ou se dobre posteriormente. ➢ Músculo hioglosso -> se origina no osso hioide e se insere na margem lateral da língua. ➢ Músculo palatoglosso -> sai da aponeurose palatina e se insere na margem da língua, sendo mais superior. ➢ Músculo estiloglosso -> sai da parte mais anterior do processo estiloide, e se insere na margem da língua, se continuando com ➢ MÚSCULOS INTRÍNSECOS DA LÍNGUA: alteram a forma da língua. ➢ Músculo vertical da língua -> fibras verticais no interior da língua. Achata a língua. ➢ Músculo transverso da língua -> está entrelaçado com o vertical, estreitamento e alongamento da língua. ➢ Músculo longitudinal superior da língua -> próximo ao dorso da língua, longitudinalmente abaixo da mucosa. ➢ Músculo longitudinal inferior da língua -> na parte mais inferior, próximo a margem inferior da língua, medial ao músculo hioglosso. ➢ DRENAGEM LINFÁTICA DA LÍNGUA: → Ápice -> linfonodos submentuais. → Margens laterais -> linfonodos submandibulares. → Terço posterior -> linfonodos músculo-digástricos ou cervicais profundos. Nessa região há a tonsila lingual, um tecido linfoide que já faz uma drenagem inicial, drenando depois para linfonodos mais profundos da cadeia cervical. ❖ FARINGE ▪ INTRODUÇÃO ➢ Túbulo musculomembranáceo (12cm a 14cm). ➢ Estende-se da base do crânio à margem inferior da 6 VC (terminam aqui faringe e laringe). ➢ Comunica-se anteriormente com a cavidade nasal, a cavidade oral e a laringe. ➢ A movimentação da faringe é permitida pelo espaço facial (retrofaríngeo) formado pela fáscia bucofaríngea e pré-vertebral. ➢ Relação lateral: artérias carótidas e nervo vago. ➢ Relação superior -> base do crânio. ➢ Relação inferior -> esôfago. ▪ PARTE ORAL DA FARINGE ➢ Caracterizada pela região das fauces -> área conformada por um par de pregas, palatoglossa e palatofaríngea. Entre essas pregas forma-se a fossa tonsilar (onde localiza-se a tonsila palatina). Esse região com 3estruturas de cada lado forma a fauces. ➢ Tonsila palatina -> se localiza entre as pregas palatoglossa e palatofaríngea, apoiando-se na faringe ao músculo constritor superior da faringe. Suas infecções são chamadas de amigdalites. ➢ Rafe pterigomandibular -> separa o músculo bucinador do constritor superior da faringe. ➢ Espaço parafaríngeo -> tecido adiposo que permite o movimento da faringe, que pode receber infecções relacionadas às tonsilas palatinas. Localiza-se entre a faringe e o músculo pterigoideo medial. ➢ Limite anterior da orofaringe (e das fauces) -> sulco terminal (para posterior já se encontra a parte faríngea da língua). ➢ Istmo das fauces: estreitamento anterior (o primeiro das fauces), já parte das faríngeas. ➢ Istmo faríngico: separa a orofaríngea da nasofaringe, formado pelas pregas palatofaríngeas e pelo palato mole. Quando os músculos envolvidos elevam, elevando a faringe e o palato, formando um plano horizontal que bloqueia a passagem do alimento. ➢ Tonsila lingual -> tecido linfático presente no terço posterior da faringe. ➢ Prega glossoepiglótica mediana e prega glossoepiglótica lateral -> ligam a cartilagem epiglótica com a parte laríngea da língua. A mediana atua como uma quilha, dividindo os alimentos em dois lados. ➢ Valécula epiglótica -> o alimento passa pelas valéculas após ser separado. ▪ PARTE LARÍNGEA DA FARINGE ➢ Localizada posteriormente a laringe, com a qual se relaciona através da abertura da laringe, chamada de ádito da laringe. ➢ Ádito de laringe -> margem da epiglote, pregas ariepiglóticas, tubérculos corniculado e cuneiforme (mais lateral), delimitam essa abertura. ➢ Recesso piriforme -> dá passagem ao alimento. Alimentos podem ficar retidos nessa região, onde passa profundamente o ramo interno do nervo laríngeo superior (associado ao reflexo da tosse). ➢ Além das tonsilas palatinas, tubárias, lingual e faríngea, há nódulos linfáticos na parede da faringe. Juntas, essas estruturas linfáticas formam o anel linfático da faringe (de Waldeyer). ➢ CAMADAS: ➢ Túnica mucosa -> contínua com a mucosa das regiões que faz comunicação. É contínua com a cavidade timpânica (através da tuba auditiva). Por isso, pode haver a disseminação de infecções para as cavidades próximas e para a orelha média. ➢ Túnica fibrosa (fáscia faringobasilar) -> se fixa em estruturas da base do crânio. Essa fáscia faz a estrutura dos espaços da parede faríngea que não apresentam musculatura. ➢ Túnica muscular -> camada circular externa e longitudinal interna (invertido em relação ao esôfago). Ambas as camadas são incompletas. ➢ Fáscia bucofaríngea -> reveste a faringe mais externamente, se prolongando para revestir externamente o músculo bucinador. ➢ Rafe faríngea -> ponto de encontro e fixação dos músculos constritores na linha mediana. ▪ MÚSCULOS CIRCULARES EXTERNOS ➢ Músculo constritor superior da faringe -> origem no processo pterigoideo e na rafe pterigomandibular. Apresenta o esfíncter palatofaríngeo (crista de Passavant), importante no fechamento da comunicação entre nasofaringe e palatofaringe. Grande parte inferior ao constritor médio. ➢ Músculo constritor médio da faringe -> origina-se do osso hioide, tanto do corno maior quanto do menor, se abrindo em forma de leque para revestir a faringe. Se origina também do ligamento estilo- hióideo. ➢ Músculo constritor inferior da faringe -> tem uma parte tireofaríngea, que se origina na tireoide e uma cricofaríngea, origem na cartilagem cricoide. As fibras da parte cricofaríngea formam um anel na junção faringoesofágica, que impede o retorno do conteúdo esofágico. ➢ Sítios frágeis -> são partes em que a musculatura é mais fina, configurando uma certa fragilidade que possibilita hérnias. Entre esses estão: triângulo de Killian e triângulo de Laimer. → Triângulo de Killian -> entre as partes cricofaríngea e tireofaríngea do músculo constritor inferior da faringe. → Triângulo de Laimer -> no esôfago, abaixo da parte cricofaríngea. ➢ Divertículo de Zenker -> extravasamento da mucosa (com conteúdo/bolo alimentar) através do triângulo de Killian, onde a musculatura é mais frágil, causando uma herniação. Essa herniação pode ser causada por um tônus elevado da parte cricofaríngea, não abrindo o esfíncter. Na cirurgia, corta-se a parte cricofaríngea do músculo constritor inferior da faringe. ▪ MÚSCULOS LONGITUDINAIS INTERNOS ➢ Ação de elevar a faringe, encurtando-a. ➢ Músculo estilofaríngeo -> se origina do processo estiloide, adentrando na faringe por um espaço entre o constritor superior e o médio. Eleva a faringe (e a laringe juntamente). ➢ Músculo palatofaríngeo -> é o mais espesso, e forma a prega palatofaríngea. ➢ Salpingofaríngeo -> origina-se da tuba auditiva e vai até a faringe. ▪ ESPAÇOS DA FARINGE ➢ Primeiro espaço -> acima do constritor superior. Passam o músculo levantador do véu palatino e a tuba auditiva (além da artéria palatina ascendente). ➢ Segundo espaço -> entre o constritor superior e o médio. Passam o músculo estilofaríngeo, o nervo glossofaríngeo e o ligamento estilo-hióideo. ➢ Terceiro espaço -> entre o constritor médio e inferior. Passam o ramo interno do nervo laríngeo superior e artéria e veia laríngeas superiores. ➢ Quarto espaço -> entre o constritor inferior e o esôfago. Passam o nervo laríngeo recorrente e a artéria laríngea inferior. ▪ DEGLUTIÇÃO ➢ FASE ORAL PREPARATÓRIA -> envolve a mastigação, envolvendo os músculos da mastigação, bucinador, orbicular da boca. É nessa fase que ocorre a mastigação e a formação do bolo alimentar. ➢ FASE ORAL DE TRANSFERÊNCIA -> fase voluntária, em que há a passagem do bolo alimentar para a orofaringe. A língua é elevada, com o ápice atingindo o palato (músculo longitudinal superior da língua). O palato mole começa a se elevar, enquanto o assoalho da boca começa a se encurtar: os músculos geniohioideo e o milo-hióideo tracionam a faringe anteriormente e o genioglosso traciona a língua. ➢ TERCEIRA FASE -> bolo alimentar na faringe (istmo das fauces). Nessa fase, a elevação do palato mole (pelos músculos tensor do véu palatino, levantador do véu palatino e músculo da úvula), impede a passagem do bolo alimentar para a nasofaringe. O palato mole atinge a parede posterior da faringe, e forma-se a crista de Passavant pelo músculo constritor da faringe, fechando o istmo da faringe. ➢ QUARTA FASE -> a ação mecânica do bolo alimentar junto a músculos de laringe fecha a epiglote, fazendo com que o bolo alimentar se divida e passe pelos recessos piriformes. Há uma onda de contrações dos constritores que empurra o bolo alimentar inferiormente. A parte cricofaríngea do músculo constritor inferior da faringe perde tônus e permite a abertura do esfíncter faringoesofágico, e a passagem do alimento.
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