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Direito Penal

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DIREITO PENAL
PROFESSOR VLADIMIR COLLI
AULA DIA 02/08/2011
TÍTULO VI – DOS CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL
- DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE SEXUAL.
- CRIMES CONTRA VULNERÁVEIS.
- LENOCÍNIO.
- ATO OBSCENO.
- PRINCÍPIO DA ADEQUAÇÃO SOCIAL.
- PARAFILIAS (CID 65) Código de Identificação de Doença: Aspectos desviantes referentes aos comportamentos sexuais.
ANOMALIAS SEXUAIS/ PARAFILIAS:
- ANAFRODISIA: falta de desejo sexual em pessoas jovens. Homem, impotência. Mulheres, frigidez. 
- EROTISMO: apetite sexual exacerbado. Mulheres ninfomania. Homens Satiríase. Priapismo (doença): Homem sempre com o membro ereto.
- AUTOEROTISMO (coito psíquico): satisfação sexual através do pensamento.
- ONANISMO: masturbação excessiva.
- EROTOMANIA: amor platônico, satisfaz-se apenas se inspirando com a mulher amada. Na hora H ele falha.
- EXIBICIONISMO: tem o prazer em se exibir para outras pessoas;
- NARCISISMO: amor próprio exacerbado, não se interessa por outra pessoa, apenas por outra pessoa.
- MIXOSCOPIA: através de visualização do sexo alheio (voyeurismo).
- FETISHISMO: atração sexual por partes anatômicas do corpo que não tenha cunho sexual. Pés, braço.... Ou sapatos, peças íntimas.
- LUBRICIDADE SENIL: homens de idade avançada gostam de se esfregar nas pessoas para obter satisfação sexual.
- GERONTOFILIA: tem atração sexual por idosos;
- PEDOFILIA: atração sexual por crianças; Pedofilia não é crime, é um desvio comportamental que pode levar ao cometimento de crimes ligados à liberdade sexual. Pessoas que não iniciaram a fase de maturação sexual. 
- HEBEFILIA: jovem se iniciando na fase de puberdade.
- CRONO-INVERSÃO: idoso gosta de pessoas novas. Novos de velhos.
- CROMO-INVERSÃO: branco gosta só de negro por exemplo.
- TOPO INVERSÃO: cópula com outras partes do corpo; Hespanhola kkkkkk
- UROLAGNIA: só obtêm prazer sexual com a urina do parceiro.
- COPROFILIA: só obtêm prazer sexual com as fezes do parceiro
- COPROLAGNIA: gosta de ouvir palavrões durante o ato sexual.
- PIGMALIONISMO (AGALMATOFILIA): desejo por estátuas, manequins.
- EDIPISMO: apaixona-se pela mãe.
- TRIOLISMO: sexo grupal. Suruba.
- AGORAFILIA: prazer em locais públicos;
- AGROFILIA: no campo, no mato.
- ANEMOFILIA: no vento, sentindo o deslocamento de ar;
- ASFIXIOFILIA: pessoa se asfixia durante o ato sexual. Privação de oxigênio durante o ato sexual;
- CREMATISTOFILIA: obtêm prazer sexual quando sabe que está sendo furtado.
- EMITOFILIA (um tipo de escatologia): ao entrar em contato físico com o vômito;
- FLATOFILIA: flatulência, emissão de ventosidade intestinal;
- FROTTEURISMO: somente de encostar-se à pessoa;
- LACTOFILIA: leite
- PREGNOFILIA: atração por mulher grávida.
- NANOFILIA: atração por anões;
- NECROFILIA: prazer sexual praticando atos sexuais com mortos;
- ZOOFILIA/BESTIALISMO (CID 658): atos sexuais com animais.
- HOMOSSEXUALISMO: é desvio de conduta sexual. Prazer sexual com pessoas do mesmo sexo.
a) PEDERASTIA/URANISMO; vertente masculina.
b) LESBIANISMO, SAFISMO: prazer oral entre mulheres.
b1) TRIBADISMO: contato físico entre as regiões genitais.
AULA DIA 04/08/2011
TÍTULO VI – DOS CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL
Capítulo I
DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE SEXUAL
Estupro
Art. 213. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso:
Pena – reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos.
 § 1o Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave ou se a vítima é menor de 18 (dezoito) ou maior de 14 (catorze) anos:
Pena – reclusão, de 8 (oito) a 12 (doze) anos.
§ 2o Se da conduta resulta morte:
Pena – reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos.
Sujeito Ativo: cabe coautoria e participação
Sujeito Passivo: Qualquer pessoa.
Conduta: Constranger visando à prática de ato libidinoso mediante dissenso (discordância) da vítima.
Cabe Omissão: quando têm o dever jurídico de evitar o resultado. Art. 13, §2º do CP.
- O dissenso deve acontecer durante a prática do ato.
- Constranger mediante violência: qualquer meio que diminua a resistência.
- Constranger mediante grave ameaça:
Violência direta: empregada na pessoa quer será o sujeito passivo do constrangimento.
Violência indireta: contra terceiro para submeter outra pessoa ao constrangimento.
Mal justo:
Mal injusto:
Elemento Subjetivo: Dolo
Consumação: Constrangimento + com a efetiva prática do ato libidinoso. Crime Material: conduta + resultado devem acontecer.
Tentativa: crime plurisubsistente
Ato libidinoso: propicia de qualquer forma a satisfação da libido. Tendente a satisfazer a libido.
a) Conjunção Carnal;
b) Ato libidinoso diverso.
Lei 8072/90 – Estupro é considerado crime hediondo.
- Só tirar a roupa não é ato libidinoso, se houver este tipo de constrangimento será constrangimento ilegal.
- Deve ter participação da vítima. 
Conjunção Carnal + Ato Libidinoso:
1) STJ 6ª Turma: Crime único, tudo no mesmo tipo. Tipo Misto Alternativo, pratica de duas condutas e responde por um crime só. Este entendimento prevalece.
2) STJ 5ª Turma: Tipo Misto Cumulativo.
Tipo Misto Cumulativo: ponto e vírgula ou incisos.
Tipo Misto Alternativo: separados por vírgula ou “ou”.
Crime Clandestino: praticado às escondidas.
Prova: 
Formas Qualificadas: praeterdolosas.
Ação Penal: Art. 225 do CP.
Concurso de Crimes: quantos crimes quanto autores tiverem.
Crime continuado: estupra a mesma pessoa em diversas vezes.
AULA DIA 09/08/2011
ESTELIONATO SEXUAL – ART. 215 DO CP.
Violação sexual mediante fraude
Art. 215. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com alguém, mediante fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos.
Parágrafo único. Se o crime é cometido com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também multa.
Sujeito Ativo: Comum
Sujeito Passivo: Qualquer Pessoa
Conduta: Ter = Conjunção Carnal
 Praticar = outro ato libidinoso
Fraude (erro): o erro pode ser PRÉ-EXISTENTE ou INDUZIDO.
a) Quanto à legitimidade do ato;
b) Quanto à identidade do agente.
(...) ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima: não deve ser criado pelo agente, a vítima já deve estar neste estado. Capacidade de reação intelectual deve ser considerada se a capacidade de reação física for diminuída o caso é do art. 217-A.
Elemento Subjetivo: Esse crime necessariamente deve ser doloso. Dolo genérico (aquele que não tem um fim especial).
Dolo Específico: parágrafo único
Consumação:
Tentativa:
ASSÉDIO SEXUAL – ART. 216-A DO CP.
Assédio Sexual
Art. 216‑A. Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo‑se o agente de sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função.
Pena – detenção, de um a dois anos.
Parágrafo único. VETADO.
§ 2o A pena é aumentada em até um terço se a vítima é menor de 18 (dezoito) anos.
Sujeito Ativo; Crime Próprio: aquele que for superior hierárquico ou tiver ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função em relação á vítima que pode ser o sujeito ativo.
Superioridade Hierárquica:
Ascendência: professor em relação ao aluno. 
Sujeito Passivo: Qualquer pessoa.
Conduta: Constranger no sentido de ficar envergonhada.
Constranger (a quê): Atos, insinuações, contatos físicos forçados, convites impertinentes (OIT).
Elemento Subjetivo: Dolo Específico; intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual.
Consumação: Crime formal: com a prática da conduta. Com os atos de constrangimento, não importa se eficaz ou não.
Tentativa: Depende da forma de execução. Se o ato for plurisubsistente (consegui dividir o iter criminis)
**Se não for superior hierárquico art. 61 do DL 3688/41 (LCP).
AULA DIA 11/08/2011
Capítulo II
DOS CRIMES SEXUAIS CONTRA VULNERÁVEL
Estupro de vulnerável
Art. 217‑A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze)anos:
Pena – reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos.
§ 1o Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no caput com alguém que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência.
§ 3o Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave:
Pena – reclusão, de 10 (dez) a 20 (vinte) anos.
§ 4o Se da conduta resulta morte:
Pena – reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos.
Sujeito Ativo: Comum
Sujeito Passivo: Vulnerável: menores de 14 anos, doente mental + falta discernimento e impossibilidade de resistência.
Conduta: Ter/Praticar: Ato Libidinoso
Elemento Subjetivo: Dolo Genérico.
Consumação:
Tentativa:
Corrupção de menores
Art. 218. Induzir alguém menor de 14 (catorze) anos a satisfazer a lascívia de outrem:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos.
Lenocínio: 
Sujeito Ativo: Comum
Autor
Vítima (menor).
Destinatário
Sujeito Passivo: menor de 14 anos
Conduta: Induzir
- Ato lascivo não pode ter caráter de ato libidinoso; Streap Tease, dançar. Não poderá haver nenhum ato de caráter sexual.
- Elemento Subjetivo: Dolo genérico
- Consumação: Com a prática do ato pela menor.
- Tentativa:
Art. 231 do CP
Sujeito Ativo: Comum
Sujeito Passivo: pessoa a ser explorada
Conduta: Promover ou facilitar:
1) Ingressar Território nacional – para exercer prostituição
2) Sair do território nacional – para exercer exploração sexual
Elemento Subjetivo: Dolo Genérico
Consumação: com a entrada ou saída da vítima
Tentativa: é possível.
§3º: Dolo específico (especial fim de agir). Crime questuário (aquele que visa lucro).
AULA DIA 30/08/2011
Bigamia
Art. 235. Contrair alguém, sendo casado, novo casamento:
Pena – reclusão, de dois a seis anos.
§ 1o Aquele que, não sendo casado, contrai casamento com pessoa casada, conhecendo essa circunstância, é punido com reclusão ou detenção, de um a três anos. BIGAMIA PRIVILEGIADA
§ 2o Anulado por qualquer motivo o primeiro casamento, ou o outro por motivo que não a bigamia, considera‑se inexistente o crime. EXCLUSÃO DE TIPICIDADE
 
Sujeito Ativo: Próprio
Sujeito Passivo: Estado, Cônjuge Enganado.
Conduta: Contrair Pressuposto: Casamento anterior válido
Elemento Subjetivo: Dolo genérico, não há nenhum especial fim de agir. Art. 20 do CP e Art. 21 do CP.
Consumação: Crime Material, deve gerar um novo casamento necessariamente. Crime instantâneo de efeitos permanentes. 
Tentativa: É possível, 
Prescrição: 
§1º: Exceção à teoria monista da ação
Induzimento a erro essencial e ocultação de impedimento
Art. 236. Contrair casamento, induzindo em erro essencial o outro contraente, ou ocultando‑lhe impedimento que não seja casamento anterior:
Pena – detenção, de seis meses a dois anos.
 
Parágrafo único. A ação penal depende de queixa do contraente enganado e não pode ser intentada senão depois de transitar em julgado a sentença que, por motivo de erro ou impedimento, anule o casamento.
 .
Sujeito Ativo: Comum
Sujeito Passivo: Estado, Vítima enganada. Dupla subjetividade passiva.
Conduta: Contrair, induzindo ou ocultando erro essencial. Pressupostos: Artigos 1521 (impedimento) e 1557 (erro) ambos do Código Civil. Norma penal em branco
Elemento Subjetivo: Dolo genérico.
Consumação: Com o novo casamento
Tentativa: Em tese é possível, porque é comissivo. Mas alguns doutrinadores não entendem cabível por causa do parágrafo único do art. 236. Mas na prática é possível a tentativa.
Ação Penal Privada Personalíssima: apenas o cônjuge enganado pode ingressar com a ação.
Conhecimento prévio de impedimento
Art. 237. Contrair casamento, conhecendo a existência de impedimento que lhe cause a nulidade absoluta:
Pena – detenção, de três meses a um ano.
Sujeito Ativo: Próprio
Sujeito Passivo: Estado, Cônjuge Enganado.
Conduta: Contrair Pressuposto: Art. 1521 do CC. (Impedimento).
Elemento Subjetivo: 
Consumação: com o casamento
Tentativa: é possível
Simulação de autoridade para celebração de casamento
Art. 238. Atribuir‑se falsamente autoridade para celebração de casamento:
Pena – detenção, de um a três anos, se o fato não constitui crime mais grave.
Sujeito Ativo: 
Sujeito Passivo: 
Conduta: Pressuposto: 
Elemento Subjetivo: 
Consumação: com a atribuição, apenas de falar que ele tem esta autoridade consuma-se o crime.
Tentativa: 
Crime subsidiário: 
Simulação de casamento
Art. 239. Simular casamento mediante engano de outra pessoa:
Pena – detenção, de um a três anos, se o fato não constitui elemento de crime mais grave.
Sujeito Ativo: 
Sujeito Passivo: Um dos cônjuges ou aquele que tem prerrogativa de autorizar o casamento. 
Conduta: Pressuposto: 
Elemento Subjetivo: 
Consumação:
Tentativa: 
Crime subsidiário: pode caracterizar crime mais grave.
AULA DIA 01/09/2011
Art. 243
Sonegação de estado de filiação
Art. 243. Deixar em asilo de expostos ou outra instituição de assistência filho próprio ou alheio, ocultando‑lhe a filiação ou atribuindo‑lhe outra, com o fim de prejudicar direito inerente ao estado civil:
Pena – reclusão, de um a cinco anos, e multa.
Sujeito Ativo: 
Sujeito Passivo:
Conduta:
Elemento Subjetivo: Dolo Específico (previsto no tipo)
Consumação: Quando ele deixa a criança (crime formal)
Tentativa: É possível.
ART. 244 falta explicação (preceito secundário não se aplica, referente à pena de multa basear-se em salário mínimo, e não em dias-multa).
Art. 245. 
Entrega de filho menor a pessoa inidônea
Art. 245. Entregar filho menor de dezoito anos a pessoa em cuja companhia saiba ou deva saber que o menor fica moral ou materialmente em perigo:
Pena – detenção, de um a dois anos.
§ 1o A pena é de um a quatro anos de reclusão, se o agente pratica delito para obter lucro, ou se o menor é enviado para o exterior. REVOGADO PELO ARTIGO 238 E 239 DO ECA. Revogado tacitamente referente a enviar para o exterior.
§ 2o Incorre, também, na pena do parágrafo anterior quem, embora excluído o perigo moral ou material, auxilia a efetivação de ato destinado ao envio de menor para o exterior, com o fito de obter lucro. REVOGADO PELO ARTIGO 238 E 239 DO ECA.
Sujeito Ativo: Próprio 
Sujeito Passivo:
Conduta: Entregar gerando perigo concreto, a entrega por si só não configura o delito, mas quando efetivamente coloca-se o menor em risco. Crime de perigo concreto: deve ser provado e não alegado o risco. Se não houver provado o perigo não há crime.
Elemento Subjetivo: “deveria saber” entende-se como dolo eventual e não como culpa. Dolo Genérico.
Consumação: Crime Material. Conduta + risco potencial. Exige-se que seja verificada a comprovação do perigo.
Tentativa: É possível.
Abandono intelectual
Art. 246. Deixar, sem justa causa, de prover à instrução primária de filho em idade escolar:
Pena – detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.
Sujeito Ativo: Pais
Sujeito Passivo: Filho, criança em idade escolar. Criança de 6 a 14 anos. Lei 9394/96 (Lei de diretrizes e bases da educação, LDBE). Instrução Obrigatória, todo o ensino fundamental, 1º ao 9 º ano. Norma penal em branco.
Conduta: Não apenas matricular, mas também não impedir que ele se ausente da escola. Questão: pais que resolvem educar os filhos em casa ou artistas que precisam viajar muito, como artistas. Ou aqueles que preferem educar os filhos em casa. 
Para o STJ configura em tese o Abandono intelectual, já que não há previsão legal de instrução particular em casa na CF. E é dever do Estado e dos pais prover da educação dos filhos.
Elemento Subjetivo: Dolo Genérico.
Consumação: Se dá quando passou o período de matricula e o pai não matriculou o filho sem justa causa. Ou quando o filho deixa de frequentar reiteradamente a escola e o pai coaduna-se com a atitude do filho, não fazendo nada para que impeça que ele deixe de se ausentar da escola.
Tentativa: Não é possível, já quecrime omissivo.
Abandono Moral (rubrica criada pela doutrina)
Art. 247. Permitir alguém que menor de dezoito anos, sujeito a seu poder ou confiado à sua guarda ou vigilância:
I – frequente casa de jogo ou mal‑afamada, ou conviva com pessoa viciosa ou de má vida;
II – frequente espetáculo capaz de pervertê‑lo ou de ofender‑lhe o pudor, ou participe de representação de igual natureza; OBS: frequente: é necessária a habitualidade. participar: não é necessária habitualidade.
III – resida ou trabalhe em casa de prostituição;
IV – mendigue ou sirva a mendigo para excitar a comiseração pública:
Pena – detenção, de um a três meses, ou multa.
Crime Misto Cumulativo. Possui várias formas de configurar o delito.
Sujeito Ativo: Comum, que tenha a guarda do menor.
Sujeito Passivo: menor
Conduta: 
Elemento Subjetivo:
Consumação: consuma quando o pai permite antes do fato. Ou quando o pai toma conhecimento do fato e se omite, permitindo o filho praticar as condutas descritas.
Tentativa: Em tese é possível. Se ele permite antes do fato. Agora se ele permite depois de saber do fato, a conduta é omissiva e fica impossibilitada a tentativa.
Comiseração Pública: Dó, piedade alheia.
Diferença entre artigo 245 e 247, no art. 245 a conduta é comissiva (ativa), no art. 247 é omissiva.
AULA DIA 13/09/2011
CAPÍTULO IV
DOS CRIMES CONTRA O PÁTRIO PODER FAMILIAR
Induzimento a fuga, entrega arbitrária ou sonegação de incapazes
Art. 248. Induzir menor de dezoito anos, ou interdito, a fugir do lugar em que se acha por determinação de quem sobre ele exerce autoridade, em virtude de lei ou de ordem judicial; confiar a outrem sem ordem do pai, do tutor ou do curador algum menor de dezoito anos ou interdito, ou deixar, sem justa causa, de entregá‑lo a quem legitimamente o reclame:
Pena – detenção, de um mês a um ano, ou multa.
Sujeito Ativo:
Sujeito Passivo:
Conduta:
Elemento Subjetivo:
Consumação:
Tentativa:
Subtração de incapazes
Art. 249. Subtrair menor de dezoito anos ou interdito ao poder de quem o tem sob sua guarda em virtude de lei ou de ordem judicial:
Pena – detenção, de dois meses a dois anos, se o fato não constitui elemento de outro crime.
§ 1o O fato de ser o agente pai ou tutor do menor ou curador do interdito não o exime de pena, se destituído ou temporariamente privado do pátrio poder, tutela, curatela ou guarda.
§ 2o No caso de restituição do menor ou do interdito, se este não sofreu maus‑tratos ou privações, o juiz pode deixar de aplicar pena. Causa de extinção de punibilidade
Sujeito Ativo: Comum
Sujeito Passivo: menor de dezoito anos ou interdito
Conduta: Subtrair
Elemento Subjetivo: Dolo Genérico
Consumação:
Tentativa:
OBS: Art. 237 do ECA (Lei 8069/90).
TRABALHO PARA O DIA DA PROVA:
01) Definição de perigo concreto e Perigo Abstrato como distingui-los.
02) “Ens Reale” e “Ens imaginationis”.
03) O Perigo Abstrato frente a teoria do Direito Penal Subjetivo.
04) Dos crimes definidos no capítulo I do Título VIII do CP. Quais são os de perigo concreto e os de perigo abstrato. Justifique.
Prova artigo 213 a 249 do CP.
P2 APARTIR DAQUI AULA DIA 06/10/2011
Incêndio
Art. 250. Causar incêndio, expondo a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem:
Pena – reclusão, de três a seis anos, e multa.
Aumento de pena
§ 1o As penas aumentam‑se de um terço:
I – se o crime é cometido com intuito de obter vantagem pecuniária em proveito próprio ou alheio;
II – se o incêndio é:
a) em casa habitada ou destinada a habitação;
b) em edifício público ou destinado a uso público ou a obra de assistência social ou de cultura;
c) em embarcação, aeronave, comboio ou veículo de transporte coletivo;
d) em estação ferroviária ou aeródromo;
e) em estaleiro, fábrica ou oficina;
f) em depósito de explosivo, combustível ou inflamável;
g) em poço petrolífero ou galeria de mineração;
h) em lavoura, pastagem, mata ou floresta.
Sujeito Ativo: Comum
Sujeito Passivo: Coletividade
Conduta: Causar incêndio, combustão perigosa. Fogo perigoso.
Requisitos: Proporção, progressividade, difusibilidade, dificuldade de extinção (debelação). Fogo que gera perigo comum.
- Causar: meio de forma livre, qualquer forma pode caracterizar o delito.
- Incêndio por omissão: é possível.
- Pânico em virtude de notícia de incêndio que causa perigo comum pode configurar o delito.
- Consequências do fogo perigoso: gerando perigo comum configura o crime de incêndio.
Elemento Subjetivo: Dolo e modalidade culposa
Consumação: com o perigo comum, quando passa a existir o perigo comum.
Art. 173 do CPP. Importante!!!!!
Tentativa: é possível, mas a previsibilidade do dano é que vai configurar a tentativa. Potencialidade de gerar perigo comum.
Crime de perigo concreto
Incólume: alguém ou alguma coisa que está seguro.
Contra a Incolumidade: colocar alguém em perigo
Aumento de pena
§ 1o As penas aumentam‑se de um terço:
I – se o crime é cometido com intuito de obter vantagem pecuniária em proveito próprio ou alheio;
II – se o incêndio é:
a) em casa habitada ou destinada a habitação;
b) em edifício público ou destinado a uso público ou a obra de assistência social ou de cultura;
c) em embarcação, aeronave, comboio* ou veículo de transporte coletivo;
d) em estação ferroviária ou aeródromo;
e) em estaleiro, fábrica ou oficina**;
f) em depósito de explosivo, combustível ou inflamável;
g) em poço petrolífero ou galeria de mineração;
h) em lavoura, pastagem, mata ou floresta.
* comboio: trem.
** oficina: escritório
*em lavoura, pastagem, mata ou floresta. Se houver perigo comum é incêndio.
Estelionato + incêndio + perigo comum.
Intenção de matar: animus necandi (homicídio), se outras pessoas foram vítimas terá o crime de incêndio.
Incêndio culposo
§ 2o Se culposo o incêndio, a pena é de detenção, de seis meses a dois anos.
Formas qualificadas de crime de perigo comum
Art. 258. Se do crime doloso de perigo comum resulta lesão corporal de natureza grave, a pena privativa de liberdade é aumentada de metade; se resulta morte, é aplicada em dobro. No caso de culpa, se do fato resulta lesão corporal, a pena aumenta‑se de metade; se resulta morte, aplica‑se a pena cominada ao homicídio culposo, aumentada de um terço.
Art. 268 do CPM: Incêndio em instalações militares.
AULA DIA 18/10/2011
Explosão
Art. 251. Expor a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem, mediante explosão, arremesso ou simples colocação de engenho de dinamite ou de substância de efeitos análogos:
Pena – reclusão, de três a seis anos, e multa.
§ 1o Se a substância utilizada não é dinamite ou explosivo de efeitos análogos:
Pena – reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Sujeito Ativo: Comum
Sujeito Passivo: Coletividade
Conduta: 
- Provocar explosão:
- Arremessar engenho explosivo: não é necessária a explosão, mas dependerá do risco.
- Colocar engenho explosivo: 
Elemento Normativo: Dolo Genérico
Consumação: Conduta + Perigo Comum
Tentativa:
OBS: Máquina infernal (engenho explosivo, objeto material).
Laudo de eficiência do art. 175 do CPP.
Dinamite: nitroglicerina solidificada
Substâncias de efeitos análogos
TNT
Trotil
C4
Lei 8176/91 – Crime contra a ordem econômica.
Aumento de pena
§ 2o As penas aumentam‑se de um terço, se ocorre qualquer das hipóteses previstas no § 1o, I, do artigo anterior, ou é visada ou atingida qualquer das coisas enumeradas no II do mesmo parágrafo.
Modalidade culposa
§ 3o No caso de culpa, se a explosão é de dinamite ou substância de efeitos análogos, a pena é de detenção, de seis meses a dois anos; nos demais casos, é de detenção, de três meses a um ano.
Modalidade culposa somente na primeira conduta: Explosão.
Uso de gás tóxico ou asfixiante
Art. 252. Expor a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem, usando de gás tóxico ou asfixiante:
Pena – reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Modalidade culposa
Parágrafo único. Se o crime é culposo:
Pena – detenção, de três meses a um ano.
Sujeito Ativo: Comum
Sujeito Passivo: Acoletividade, crime de perigo comum.
Conduta: Expor a perigo ---- uso de gás tóxico. Intoxicação
				 uso de	 gás asfixiante. Asfixia
Elemento Normativo: Dolo.
Consumação: Com o perigo através do uso de gás tóxico ou asfixiante
Tentativa: é possível
Laudo do art. 175 do CPP.
Fabrico, fornecimento, aquisição, posse ou transporte de explosivos ou gás tóxico, ou asfixiante
Art. 253. Fabricar, fornecer, adquirir, possuir ou transportar, sem licença da autoridade, substância ou engenho explosivo, gás tóxico ou asfixiante, ou material destinado à sua fabricação:
Pena – detenção, de seis meses a dois anos, e multa.
AULA DIA 17/11/2011
ARTIGOS 268, 269 E 270 falta explicação
Lei 6259/75
Art. 169 da CLT
Portaria 1.100/96
Envenenamento de água potável ou de substância alimentícia ou medicinal
Art. 270. Envenenar água potável, de uso comum ou particular, ou substância alimentícia ou medicinal destinada a consumo:
Pena – reclusão, de dez a quinze anos.
§ 1o Está sujeito à mesma pena quem entrega a consumo ou tem em depósito, para o fim de ser distribuída, a água ou a substância envenenada.
Modalidade culposa
§ 2o Se o crime é culposo:
Pena – detenção, de seis meses a dois anos.
Veneno: substância orgânica ou inorgânica que tem finalidade principal causar intoxicação no organismo.
A água deve ser potável, se já estiver envenenada será crime impossível. 
Substância alimentícia: in natura ou preparado.
Substância medicinal: in natura ou preparado.
Crime de Perigo Abstrato: não se exige a criação do perigo. O perigo é presumido.
Crime formal, alguns autores podem entender que é de mera conduta.
Sujeito Ativo: Comum
Sujeito Passivo: Coletividade
Conduta: Comissiva ou Omissiva
Elemento Subjetivo: Dolo e Culpa
§1º Conduta Assimilada: Dolo específico. Só será crime autônomo se aquele que distribui ou teve em depósito não foi o mesmo que envenenou.
Consumação: Com o envenenamento da água.
Tentativa: é possível.
§2º - Modalidade Culposa: Negligência, Imprudência ou Imperícia.
Corrupção ou poluição de água potável	
Art. 271. Corromper ou poluir água potável, de uso comum ou particular, tornando‑a imprópria para consumo ou nociva à saúde:
Pena – reclusão, de dois a cinco anos.
Modalidade culposa
Parágrafo único. Se o crime é culposo:
Pena – detenção, de dois meses a um ano.
Sujeito Ativo: Comum
Sujeito Passivo: Coletividade
Conduta: Tipo misto alternativo
Corromper: Estragar, deturpar, deteriorar.
Poluir: Sujar. A água é incolor, inodora e insípida. 
Elemento Subjetivo: Dolo Genérico.
Consumação: Crime Material (Conduta e resultado). Nocividade Positiva: tem que fazer mal à saúde.
Tentativa: é possível.
Crime de Perigo Concreto: 
* Art. 54 da Lei no 9.605, de 12-2-1998 (Lei dos Crimes Ambientais).
AULA DIA 22/11/2011
Falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de substância ou produtos alimentícios.
Art. 272. Corromper, adulterar, falsificar ou alterar substância ou produto alimentício destinado a consumo, tornando‑o nocivo à saúde ou reduzindo‑lhe o valor nutritivo:
Pena – reclusão, de quatro a oito anos, e multa.
§ 1o‑A. Incorre nas penas deste artigo quem fabrica, vende, expõe à venda, importa, tem em depósito para vender ou, de qualquer forma, distribui ou entrega a consumo a substância alimentícia ou o produto falsificado, corrompido ou adulterado.
§ 1o Está sujeito às mesmas penas quem pratica as ações previstas neste artigo em relação a bebidas, com ou sem teor alcoólico.
Modalidade culposa
§ 2o Se o crime é culposo:
Pena – detenção, de um a dois anos, e multa.
Sujeito Ativo:
Sujeito Passivo:
Conduta:
a) Corromper: a omissão é possível
b) Adulterar: a omissão é possível
c) Falsificar: Produzir algo com um elemento alternativo que não é próprio daquele alimento. Vinho sem uva. Imitar a verdade.
d) Alterar: modificar a forma de fazer, a receita.
Comissivo:
Omissivo: 
Crime de Perigo Concreto: necessita prova do resultado.
Crime Material: exige-se conduta e resultado
Nocividade Positiva: reduzindo-lhe o valor nutritivo
Nocividade Negativa: tornando-o nocivo à saúde
Elemento Subjetivo: Dolo Genérico no caput.
Culpa: previsto no §2º.
Consumado: Crime Material, consuma-se com a nocividade positiva ou negativa. E crime de perigo concreto, pois a nocividade deve ser provada.
Tentativa: É possível, menos na modalidade omissiva.
Norma Penal em Branco: DL 6871/2009 e Lei 9972/2000 especificam os produtos que podem entrar na composição de determinados alimentos.
Art. 7º da Lei 8.137/90 – Proteção ao direito de consumidor e Proteção ao direito tributário do Estado. Se praticar alguma conduta do art. 272, mas não caracterizar a sua nocividade pode configurar o crime do art. 7º da Lei 8.137/90.
§1º-A Conduta Assimilada: Dolo específico. Só será crime autônomo se aquele que falsificou, adulterou ou corrompeu não for a mesma pessoa que fabrica, vende, expõe à venda, importa, tem em depósito para vender ou, de qualquer forma, distribui ou entrega a consumo a substância alimentícia.
Art. 273. Crime de Perigo Abstrato e Crime Formal (exige-se apenas a conduta).
Lei 9787/99 e a Lei 10669/2003 – Explica o que é saneante.
Art. 274. Norma Penal em Branco – 
Art.275. Espécie de fraude ao consumidor – 
Art. 66 da Lei 8078/90 – CDC – outros produtos que não forem alimentícios, terapêuticos ou medicinais.
Art. 276. Crime remetido (remete a outro crime) assim como o artigo 304 do CP. Àquele que indica outro tipo penal. Crime Formal e de perigo abstrato.
Art. 277. 
OBS: Sulfito de Sódio serve para maquiar os efeitos do apodrecimento da carne.
Art. 278.

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