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Semiologia Neurológica

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1 Hanna Andrade – Habilidades Médicas 
Semiologia Neurológica 
Os achados encontrados nos exames e na anamnese 
nos leva à caracterização sindrômica, podendo ser: 
 Síndrome piramidal (Síndrome do neurônio 
motor superior) 
 Síndrome do neurônio motor inferior 
 Síndrome sensitiva 
 Síndrome extrapiramidal 
 Síndrome cognitiva 
 Síndrome cerebelar 
 Síndrome de nervos cranianos 
 Síndrome álgica 
 Síndrome disautonomica 
Essa divisão facilita o diagnóstico, conduzindo para uma melhor conduta 
O EXAME NEUROLÓGCO DEVE SER ORIENTADO PELO 
SINTOMA OU SINAL PRINCIPAL 
Anamnese 
 A anamnese neurológica sempre deverá ser 
realizada, mesmo em casos de alterações no 
nível de consciência e linguagem, nesses casos 
o informante deverá ser entrevistado. 
 Muitas doenças podem ser diagnosticadas por 
uma anamnese bem detalhada e sem 
alterações nos exames físicos e neurológicos. 
Exame Físico Habitual 
Exame Neurológico 
1) Equilíbrio e marcha 
2) Motricidade 
3) Sensibilidade 
4) Funções neurovegetativas 
5) Nervos cranianos 
6) Neuropsicológico 
1) Equilíbrio e marcha 
O paciente deve ficar em pé, com os pés próximos, 
paralelos, descalços e sem meias, com os braços 
pendentes ao lado do corpo. Observa-se a postura, se 
há oscilações ou dança dos tendões. 
Leves empurrões para frente, para trás e para os lados 
permitem avaliar a capacidade de manter o equilíbrio: 
o Parkinson – pequenos empurrões podem gerar 
queda para trás 
o Ataxias cerebelares – sinal de dança dos 
tendões 
Em seguida deve-se realizar o TESTE DE ROMBERG: o 
paciente é orientado a ficar em pé, com os braços 
juntos ao corpo. A princípio, os olhos devem ficar 
abertos, mas precisam ser fechados alguns segundos 
depois. Isso é feito para observar a diferença entre a 
oscilação com e sem o auxílio da visão e indica 
comprometimento das vias de sensibilidade 
proprioceptivas conscientes, consegue avaliar 
ATAXIAS. 
Pede-se ao paciente que mantenha os braços 
estendidos para frente, com os indicadores apontando 
para os indicadores do examinador, e que procure não 
se desviar dessa posição, com os olhos fechados. 
o Nas SÍNDROMES VESTIBULARES: desvio lento 
de ambos os membros superiores para o 
mesmo lado da lesão; 
o Na SÍNDROME CEREBELAR UNILATERAL: 
apenas o membro superior ipsilateral (do 
mesmo lado) à lesão cerebelar desvia para o 
lado afetado; 
As alterações do equilíbrio manifestam-se mais 
nitidamente durante a marcha, especialmente quando 
o paciente se vira para mudar de direção. Enquanto ele 
caminha pela sala, indo e voltando, observa-se: a 
postura, o balanço dos membros superiores e a 
presença de alterações como alargamento da base, 
irregularidade dos passos e desvios. 
Marcha Atáxica ou 
cerebelar: O paciente 
apresenta um caminhar 
com a base alargada, 
onde as pernas são 
projetadas para frente e 
para os lados e os 
movimentos são largos e 
imprecisos. Apresentam desequilíbrios e o 
olhar voltados para os membros inferiores. É 
uma marcha típica das lesões cerebelares. 
Marcha Escavante: O paciente apresenta um 
caminhar arrastando a ponta do pés no solo, 
 
2 Hanna Andrade – Habilidades Médicas 
pela fraqueza na dorsiflexão. O paciente tenta 
fazer uma compensação elevando os joelhos 
na tentativa de não arrastar os pés. É a marcha 
proveniente de lesões dos nervos periféricos, 
radiculites, polineurites e poliomielites. 
Marcha Parkinsoniana: o andar fica mais lento, 
os passos bem menores, o corpo inclinado para 
frente e os braços com menos movimentos; 
Marcha Anserina: O paciente caminha com 
rotação exagerada da pelve, arremessando ou 
rolando os quadris de um lado para o outro a 
cada passo, para deslocar o peso do corpo, 
assemelhando ao pato quando anda. É 
frequente nas miopatias com fraqueza da 
musculatura da cintura pélvica, principalmente 
dos músculos glúteos médios. 
Marcha em Tesoura ou Espástica: Ocorre um 
encurtamento dos músculos adutores do 
quadril, provocando uma adução das coxas, de 
modo que os joelhos podem cruzar-se um na 
frente do outro, com a passada assemelhando-
se a uma tesoura. Bastante comum nos 
pacientes com espasticidade grave dos 
membros inferiores, principalmente os que tem 
diplegia espástica congênita (paralisia cerebral, 
doença de little). 
2) Exame da Motricidade 
Força muscular 
O paciente deve realizar movimentos de força com o 
membro afetado e em seguida realizar contra a força 
imposta pelo examinador (manobras de oposição). 
Caso há déficit de força, utilizam manobras deficitárias. 
 
 Paresia: perda de força 
 Plegia: Força de grau 0 
 Monoparesia: déficit a um dos membros, 
braquial (MMSS) e crural (MMII) 
 Hemiparesia: déficits dimidiados – metade do 
normal. 
 Paraparesia: deficitis nos mebros inferiores 
bilateralmente 
 Tetraparesia: déficits nos quatro membros 
Membros inferiores: Em decúbito dorsal, o paciente 
deve executar movimentos de flexão e extensão dos 
pés, pernas e coxas. Em seguida, o examinador opõe 
resistência aos movimentos e compara a força entre 
segmentos simétricos do paciente. 
Algumas manobras podem ser utilizadas para verificar 
essa força ou perda de força. 
Membros inferiores: 
 Manobra de Mingazzini – paciente deve se 
manter nessa posição por 2 min. 
 
 Manobra de Barré 
 
Membros superiores: 
 Sentado ou deitado, o paciente realiza 
movimentos de oponência entre o polegar e 
cada um dos dedos, de abrir e fechar as mãos, 
de flexão e extensão dos punhos e dos 
antebraços, de abdução e de adução dos 
braços e de elevação dos ombros. E contra 
resistência do examinador. 
Tronco e pescoço: 
Realiza-se movimentos de flexão, extensão, 
inclinação lateral e rotação. 
Tônus muscular 
Tensão do musculo relaxado ou resistência a um 
movimento passivo na ausência de contração. 
 
3 Hanna Andrade – Habilidades Médicas 
Inspeção: avalia o estado do trofismo muscular e 
presença de atitudes anormais e movimentos 
involuntários. 
Palpação: permite avaliar a consistência muscular. Por 
exemplo, nas miosites os músculos ficam duros. 
Movimentação passiva: movimentos das diferentes 
articulações, avaliando a resistência oferecida. 
 Sinal da roda denteada: resistência ao 
estiramento muscular, com interrupções, de 
modo semelhante ao que se observa quando 
se movimenta uma engrenagem defeituosa. 
 
 Sinal do canivete: indica espasticidade, 
característico da lesão piramidal. Caracteriza-
se por grande resistência muscular inicial ao 
estiramento, que cessa bruscamente, 
semelhante ao que ocorre ao abrir ou fechar 
um canivete. 
 
 HIPERTONIA PLÁSTICA ou rigidez (sinal da roda 
denteada) – Parkinson 
 HIPERTONIA ELÁSTICA (sinal do canivete): 
lesão do trato corticoespinal – contralateral – 
AVE 
ANORMALIDADES DO TÔNUS MUSCULAR: 
 
VOLUME E CONTORNO MUSCULAR: 
 
Reflexos 
Divide-se em exame dos reflexos profundos e exame 
dos reflexos superficiais. 
 Reflexo profundo: O estímulo para avaliar os 
reflexos profundos deve ser um estiramento 
rápido do músculo causado pela percussão do 
tendão, realizada com o auxílio do martelo 
neurológico. 
 Reflexos superficiais: Nesta classe de reflexos, os 
estímulos são realizados sobre a pele ou 
mucosas e provocam contrações musculares, 
geralmente circunscritas aos grupos musculares 
da região excitada. 
 
 
 
Coordenação 
A coordenação entre tronco e membros é testada 
durante o exame do equilíbrio, solicitando-se ao 
paciente que incline o corpo para frente, para os lados 
e para trás, e verificando-se se ocorrem as correções 
 
4 Hanna Andrade – Habilidades Médicas 
apropriadas. A capacidade de levantar-se da cama para 
sentar-se sem auxílio das mãos é outra manobra útil. 
A coordenação apendicular é testada por meio das 
provas index-nariz, index-index e calcanhar-joelho, 
realizadas com os olhos abertos e fechados – consegue 
avaliara função cerebelar. 
Movimentos involuntários anormais 
Hipocinéticos: Tônus encontra-se geralmente 
aumentado de forma anormal e os movimentos com 
pouca amplitude e velocidade. 
Hipercinéticos: movimento rápido, de ampla 
amplitude 
 Movimentos coréicos: são rápidos, arrítmicos, 
bruscos, irregulares, com tendência a 
comprometer diversas partes de um segmento. 
Têm preferência para as articulações distais, 
face e língua. 
 Balismos: são movimentos amplos e abruptos, 
rápidos e ritmados, contínuos. Localizam-se 
predominantemente nas articulações proximais 
dos membros. 
 Distonias: secundárias a contrações tônicas 
intensas, caracterizam-se por serem lentas, 
amplas e arrítmicas, geralmente afetando 
pescoço, tronco ou regiões proximais dos 
membros, e conferindo posturas anômalas. 
 Tremores: são rítmicos e resultantes da Contração 
alternada de grupos musculares opostos. Podem 
acontecer no repouso ou durante o movimento. O 
tremor parkinsoniano, por exemplo, é 
caracteristicamente um tremor postural, com 
melhora à realização de movimentos voluntários. 
Já o tremor essencial piora em situações de 
movimentação ou posturas mantidas. 
 Mioclonias: contrações súbitas, intensas, rápidas 
e bruscas, comparáveis a descargas elétricas. 
Podem acontecer em um grupo muscular, apenas 
um músculo ou alguns feixes musculares. 
 Atetose: movimentos mais lentos e prolongados 
de amplitude maior. 
3) Exame da Sensibilidade 
 Dolorosa – alfinetes descartáveis 
 Tátil – algodão seco 
 Térmica – agua gelada e quente. 
 Profunda - sensibilidades cinético-postural, 
vibratória e localização e discriminação táteis. 
1. Sensibilidade cinético-postural: verifica se 
o paciente tem percepção de segmentos 
em movimento ao analisar a relação com o 
seu próprio corpo. 
2. Vibratória ou palestesia: examinado por 
meio do diapasão em estruturas ósseas. 
3. Capacidades de localização ou de 
discriminação tácteis podem ser avaliadas 
solicitando-se ao paciente que indique o 
local exato do ponto estimulado ou pela 
pesquisa da grafestesia (reconhecimento 
de letras ou números desenhados na pele 
do paciente) ou da discriminação de dois 
pontos. 
SINAIS DE IRRITAÇÃO MENÍNGEA E RADICULAR: 
 Rigidez de nuca 
 Sinal de Brudzinski: ao se tentar fletir 
passivamente o pescoço, como na pesquisa de 
rigidez de nuca, ocorre ligeira flexão das coxas e 
das pernas. 
 Sinal de Kernig: consiste na impossibilidade de 
permitir a extensão passiva das pernas quando o 
paciente está em decúbito dorsal, e as coxas são 
semifletidas, formando ângulo de 90o com o 
tronco. 
 Sinal de Lasegue: Desconforto lombar 
4) Exame das funções neurovegetativas 
Presença de distúrbios vasomotores das extremidades, 
hipotensão postural, modificações da salivação e 
transpiração, alterações do controle esfincteriano e da 
potência sexual. 
Durante a inspeção, o examinador deve observar o 
estado nutricional, a presença de deformidades 
osteoarticulares, o ritmo respiratório, o aspecto da 
pele e anexos e o trofismo muscular. 
 
 
 
5 Hanna Andrade – Habilidades Médicas 
5) Exame dos nervos Cranianos 
Pares Cranianos: 
1) Olfatório 
2) Óptico 
3) Oculomotor – ipsilateral 
4) Troclear 
5) Trigêmeo 
6) Abducente 
7) Facial 
8) Vestibulococlear 
9) Glossofaríngeo 
10) Vago 
11) Acessório 
12) Hipoglosso 
 
 Roxo - motores 
 Verde - sensitivos 
 
NEUROANATOMIA TOPOGRÁFICA 
 
 OLFATÓRIO (I): Para avaliar, tampa-se uma 
narina e examina a outra com substancias para 
testar o cheiro. Olfato é muito integrado a 
memória, pela sua proximidade ao sistema 
límbico. Por isso, cheiro de alguns locais, 
trazem memória. 
 
 ÓPTICO (II): Para avaliar o nervo, podemos 
analisar o fundo de olho (com o ortoscópio), 
acuidade visual e a campometria visual. 
Quiasma óptico - estrutura em formato de X 
formada pelo encontro de dois nervos ópticos 
 
 OCULOMOTOR (III): movimentação de diversos 
músculos extrínsecos do bulbo ocular como 
músculo reto superior, inferior e medial, 
músculo oblíquo inferior, músculo levantador 
da pálpebra superior (fonte eferente somática 
para os músculos extraoculares) e músculo 
esfíncter da pupila e músculo ciliar 
 
 TROCLEAR (IV) – (o único que sai por trás) 
movimentação do músculo oblíquo superior. 
Ação primária de baixar o olho 
 
 ABDUCENTE (VI) – muito suscetível a traumas, 
movimentação do músculo reto lateral. 
Abduzir o olho (abdução) isso é movimentar o 
olho para a região temporal. (IPSILATERAL) 
 
Há seis músculos extraoculares que 
movem o olho: o reto superior, reto 
medial, reto inferior e oblíquo inferior 
(inervados pelo oculomotor ou motor 
ocular comum, III nervo craniano), o 
oblíquo superior (inervado pelo 
troclear, IV nervo craniano) e o reto 
lateral (inervado pelo abducente, VI 
nervo craniano). 
 
6 Hanna Andrade – Habilidades Médicas 
Na emergência, o óptico é muito sensível com o 
aumento da pressão craniana, o núcleo do óculo motor 
possui a parte de anatômica e na distribuição simpática 
que é mais periférica, pode ocorrer compressão e pode 
gerar diferenças de pupilas, que sugere que o paciente 
em pouco tempo pode perder a consciência. 
OBS.: Fundo de olho pode ver também aumento da pressão 
intracraniana, mas é mais complexo de ver. 
 
 TRIGEMEO (V): possui núcleo motor 
responsável pela mastigação, queixas 
sensitivas a dor, síndromes dolorosas. Para 
avaliar, ele respeita uma linha somatotrópica 
da face, com algodão ou pena, fazer a 
percepção da regia. 
o Parte motora, avaliar a movimentação da 
mandíbula 
o Parte sensitiva, avaliar o tato e comparar 
um lado com o outro 
o Paralisia Facial: 
 CENTRAL: consegue enrugar a testa 
 PERIFÉRICO: não consegue enrugar 
a toda face, só metade 
 
 
 VESTÍBULO-COCLEAR (VIII): Diapasão, ele 
vibra e você encosta em alguma parte da 
cabeça para ver se ta escutando dos dois 
lados de forma igual, por via vibracional (do 
ouvido médio para trás) ou aérea (ouvido 
médio) 
o Teste de Rinne (beethoven) 
o Em otorrino, se a perda auditiva for 
depois do ouvido médio 
 
 GLOSSOFARÍNGEO (IX) e o VAGO (X): 
avaliação conjunta. 
o Deglutição e voz + reflexo do vomito + 
sonoridade vocal. 
o Motora: pedir para abrir a boca e 
pedir para pronunciar vogais e aí vc 
observa o palato. 
o Vago- Tem componente autonômico 
muito forte. 
 
 ASSESSORIO (XI): ECOM e elevação das 
escápulas 
 
 HIPOGLOSSO (XII): motricidade da língua 
Exame do sistema sensitivo

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