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OAB XXVII Correção

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QUESTÃO 1: A
Atenção para os nomes indicados no enunciado e o instrumento adequado à proteção do direito. Quanto a César e João, o enunciado diz que eles sofrem com situações de ilegalidade que ameaçam a liberdade de locomoção. Já Antônio sofre uma situação de abuso de poder que ameaça direito líquido e certo.
Assim, para César e João, que possuem a liberdade de locomoção ameaçadas, o remédio constitucional adequado é o HC. Para Antônio, que está sendo ameaçado em seu direito líquido e certo, o instrumento adequado é o Mandado de Segurança. Portanto, a única alternativa correta é a letra “A”.
Atenção: Dispõe o EOAB - Art. 1º São atividades privativas de advocacia: I - a postulação a qualquer órgão do Poder Judiciário e aos juizados especiais; II - as atividades de consultoria, assessoria e direção jurídicas. § 1º Não se inclui na atividade privativa de advocacia a impetração de habeas corpus em qualquer instância ou tribunal.
QUESTÃO 2: C
A questão foi bem tranquila e abordou o artigo 16§ 1 do Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil.
Art. 16. Não são admitidas a registro nem podem funcionar todas as espécies de sociedades de advogados que apresentem forma ou características de sociedade empresária, que adotem denominação de fantasia, que realizem atividades estranhas à advocacia, que incluam como sócio ou titular de sociedade unipessoal de advocacia pessoa não inscrita como advogado ou totalmente proibida de advogar.
§ 1º A razão social deve ter, obrigatoriamente, o nome de, pelo menos, um advogado responsável pela sociedade, podendo permanecer o de sócio falecido, desde que prevista tal possibilidade no ato constitutivo.
QUESTÃO 3: C
Literalidade do artigo 48 § 3ºdo Código de Ética e Disciplina da OAB
Art. 48. A prestação de serviços profissionais por advogado, individualmente ou integrado em sociedades, será contratada, preferentemente, por escrito.
§ 3º O contrato de prestação de serviços poderá dispor sobre a forma de contratação de profissionais para serviços auxiliares, bem como sobre o pagamento de custas e emolumentos, os quais, na ausência de disposição em contrário, presumem-se devam ser atendidos pelo cliente. Caso o contrato preveja que o advogado antecipe tais despesas, ser-lhe-á lícito reter o respectivo valor atualizado, no ato de prestação de contas, mediante comprovação documental.
QUESTÃO 4: D
A questão abordou acerca dos direitos da advogada, os quais foram incluídos no Estatuto através da Lei 13.363/2016.
Art. 7o-A. São direitos da advogada:
I - gestante:
a) entrada em tribunais sem ser submetida a detectores de metais e aparelhos de raios X;
b) reserva de vaga em garagens dos fóruns dos tribunais;
II - lactante, adotante ou que der à luz, acesso a creche, onde houver, ou a local adequado ao atendimento das necessidades do bebê;
III - gestante, lactante, adotante ou que der à luz, preferência na ordem das sustentações orais e das audiências a serem realizadas a cada dia, mediante comprovação de sua condição;
IV - adotante ou que der à luz, suspensão de prazos processuais quando for a única patrona da causa, desde que haja notificação por escrito ao cliente.
§ 1o Os direitos previstos à advogada gestante ou lactante aplicam-se enquanto perdurar, respectivamente, o estado gravídico ou o período de amamentação.
§ 2o Os direitos assegurados nos incisos II e III deste artigo à advogada adotante ou que der à luz serão concedidos pelo prazo previsto no art. 392 da Consolidação das Leis do Trabalho - Licença de 120 dias.
§ 3o O direito assegurado no inciso IV deste artigo à advogada adotante ou que der à luz será concedido pelo prazo previsto no § 6o do art. 313 do Código de Processo Civil - suspensão do processo por 30 dias contado a partir da data do parto ou da concessão da adoção, lembrando de notificar o cliente.
QUESTÃO 5: D
Compete ao Conselho Federal, mas ocorre na sessão do Conselho Seccional, conforme artigo 19 do regulamento geral do estatuto da advocacia e da OAB.
Art. 19. Compete ao Conselho Federal promover o desagravo público de Conselheiro Federal ou de Presidente de Conselho Seccional, quando ofendidos no exercício das atribuições de seus cargos e ainda quando a ofensa a advogado se revestir de relevância e grave violação às prerrogativas profissionais, com repercussão nacional.
Parágrafo único. O Conselho Federal, observado o procedimento previsto no art. 18 deste Regulamento, indica seus representantes para a sessão pública de desagravo, na sede do Conselho Seccional, salvo no caso de ofensa a Conselheiro Federal.
QUESTÃO 6: D
A questão abordou o artigo 14 do regulamento geral do estatuto da advocacia e da OAB.
Art. 14. Os honorários de sucumbência, por decorrerem precipuamente do exercício da advocacia e só acidentalmente da relação de emprego, não integram o salário ou a remuneração, não podendo, assim, ser considerados para efeitos trabalhistas ou previdenciários.
QUESTÃO 7: B
A inidoneidade pode ser suscitada por qualquer pessoa, tendo em vista a relevância social da atividade advocatícia, de modo que todos tem interesse que o quadro da OAB seja confiável, íntegro e honesto.
Questão que tem por base o artigo 8º, § 3º do Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil.
Art. 8º Para inscrição como advogado é necessário:
§ 3º A inidoneidade moral, suscitada por qualquer pessoa, deve ser declarada mediante decisão que obtenha no mínimo dois terços dos votos de todos os membros do conselho competente, em procedimento que observe os termos do processo disciplinar.
QUESTÃO 8: A
Estatuto da OAB, art. 23: Os honorários incluídos na condenação, por arbitramento ou sucumbência, pertencem ao advogado, tendo este direito autônomo para executar a sentença nesta parte, podendo requerer que o precatório, quando necessário, seja expedido em seu favor.
Art. 24. A decisão judicial que fixar ou arbitrar honorários e o contrato escrito que os estipular são títulos executivos e constituem crédito privilegiado na falência, concordata, concurso de credores, insolvência civil e liquidação extrajudicial.
Súmula Vinculante 47: Os honorários advocatícios incluídos na condenação ou destacados do montante principal devido ao credor consubstanciam verba de natureza alimentar cuja satisfação ocorrerá com a expedição de precatório ou requisição de pequeno valor, observada ordem especial restrita aos créditos dessa natureza.
B) ERRADA. Os honorários têm natureza preferencial, entretanto, dispensam habilitação no processo falimentar. Art. 24, do EAOAB: A decisão judicial que fixar ou arbitrar honorários e o contrato escrito que os estipular são títulos executivos e constituem crédito privilegiado na falência, concordata, concurso de credores, insolvência civil e liquidação extrajudicial. O art. 24 não fala em habilitação.
C) ERRADA. Judite pode pedir que se desconte os seus honorários advocatícios apenas se juntar o contrato de honorários antes da expedição do precatório. Nesse sentido, Art. 22, § 4º: Se o advogado fizer juntar aos autos o seu contrato de honorários antes de expedir-se o mandado de levantamento ou precatório, o juiz deve determinar que lhe sejam pagos diretamente, por dedução da quantia a ser recebida pelo constituinte, salvo se este provar que já os pagou .
D) ERRADA. Não há a exigência de que a renúncia ao mandato, em sede de sentença, ocorra quando a demanda julgada procedente. Pode acontecer em qualquer fase do processo, independentemente do resultado. Nos termos do art. 43 do CED: “Havendo necessidade de arbitramento e cobrança judicial dos honorários advocatícios, deve o advogado renunciar ao patrocínio da causa, fazendo-se representar por um colega”.
QUESTÃO 9: D
Tendo atenção apenas ao trecho final do enunciado, chegamos ao gabarito. Observa: “a autora sustenta que o mais fundamental de todos os direitos humanos é o direito a ter direitos, o que não ocorre com os apátridas.” Um apátrida é alguém que não tem pátria, que não pertence a nenhuma COMUNIDADE, que não tem uma nacionalidade.
Assertiva remonta à Declaração Universal dos Direitos Humanosde 1948, que defende a igualdade e a dignidade das pessoas, e em seu artigo 15 estabelece que todo ser humano possui direito a uma nacionalidade. Ninguém será arbitrariamente privado de sua nacionalidade, nem do direito de mudar de nacionalidade. A nacionalidade é o vínculo político-jurídico de fidelidade existente entre o Estado e o indivíduo. Essa situação, a perda da comunidade equivale à própria perda da dignidade. Nesse contexto, Hannah Arendt enfatiza que o direito fundamental de cada indivíduo, antes de qualquer dos direitos enumerados em declarações, é o direito a ter direitos, isto é, o direito de pertencer a uma comunidade disposta e capaz de garantir-lhe qualquer direito. 
QUESTÃO 10: C
Rousseau considera as desigualdades naturais aceitáveis, pois decorrem da própria natureza. Ele mesmo ressalta, na citada obra a que remete a questão, que “não se pode perguntar qual a fonte da desigualdade natural, porque a resposta estaria enunciada na simples definição da palavra”.
Já as desigualdades morais, autorizadas pelo consentimento dos homens, consistem “nos vários privilégios de que gozam alguns em prejuízo de outros, como o serem mais ricos, mais poderosos e homenageados do que estes, ou ainda por fazerem-se obedecer por eles”. Por isso, não podem ser aceitas.
Desigualdade natural >>> aceitável;
Desigualdade moral >>> inaceitável.
QUESTÃO 11: C
A Constituição Federal estabelece a possibilidade dos Estados incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. Após a divisão ou desmembramento, cada Estado será responsável pela redação da sua Constituição Estadual, que deverá ser harmônico com a Constituição Federal e os limites estabelecidos por ela. Esse alinhamento é dado pelo Princípio da Simetria Constitucional, que garante que os estados sigam a Carta Magna do país, mesmo possuindo o direito a autonomia.
Erro da letra “A”: o novo Estado tem que obedecer não só à CF, mas às leis e à Constituição do Estado de origem, sobretudo quanto ao momento anterior à divisão, do modo que não haja nenhuma ilegalidade quanto a sua formação.
QUESTÃO 12: A
Competência concorrente para legislar (art. 24, da CF): Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição.
Competência privativa da União (art. 22, da CF): Compete privativamente à União legislar sobre: X - regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea e aeroespacial. Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo.
Dica: quanto às matérias ambientais, via de regra a competência é concorrente entre os Entes da Federação, excetuando-se as questões referentes a jazidas, minas, outros minerais e metalurgia, bem como as atividades nucleares de qualquer natureza, que são de competência privativa da União.
QUESTÃO 13: A
A criação de associações independe de autorização estatal, sendo, inclusive, vedada a interferência em seu funcionamento. Portanto, não pode o Poder Público suspender as atividades de uma associação.
A suspensão ou a extinção de uma associação somente se dá por decisão judicial. A suspensão pode ser por medida provisória, pois não exige o trânsito em julgado. Já a sua extinção, somente quando a decisão judicial transitar em julgado. 
Por outro lado, as associações não podem cobrar compulsoriamente taxas de associação, pois a CF estabelece que ninguém pode ser compelido a associar-se ou a permanecer associado.
Constituição Federal, art. 5º, incisos XVII, XVIII, XIX, XX e XI.
QUESTÃO 14: B
O Supremo já decidiu que lei municipal não pode limitar a implantação de estabelecimentos comerciais de um mesmo ramo em determinada área. Ex.: é inconstitucional lei de Lauro de Freias que proíbe a instalação de farmácias com menos de 1km de distância. 
Nesse sentido, Súmula Vinculante n. 49: Ofende o princípio da livre concorrência lei municipal que impede a instalação de estabelecimentos comerciais do mesmo ramo em determinada área.
Quanto ao zoneamento urbano, de fato compete ao Município promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano.
QUESTÃO 15: C
Trata-se das hipóteses de decreto autônomo do Presidente da República. O decreto autônomo, diferente do decreto executivo, pode inovar no ordenamento jurídico, inclusive sobre uma lei. A Constituição Federal apenas permite ao Presidente dispor de duas hipóteses de decreto autônomo (art. 84, VI, da CF): a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos.
Tal atribuição pode ser delegada nos termos do parágrafo único do art. 84: O Presidente da República poderá delegar as atribuições mencionadas nos incisos VI aos Ministros de Estado, ao PGR ou ao AGU. 
Além disso, também pode ser delegada a atribuição de conceder indulto e comutar penas, bem como prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei.
QUESTÃO 16: D
Nos termos do art. 102, § 2º, da CF: As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal, nas ações diretas de inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de constitucionalidade produzirão eficácia contra todos e efeito vinculante, relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal.
Como se observa, de fato o efeito vinculante no controle abstrato atinge todo o Poder Executivo e o Poder Judiciário, mas não o Legislativo em sua função típica de legislar.
Ex.: o STF declarou inconstitucional as práticas de vaquejada que causem mal aos animais (ADI 4983), contudo, após a decisão do STF, o Congresso aprovou a EC n. 96/2017 que permite a prática desportiva, desde que não seja cruel e que represente manifestações culturais, registradas como bem de natureza imaterial integrante do patrimônio cultural brasileiro, devendo ser regulamentas por lei que assegure o bem-estar dos animais envolvidos (art. 225, § 7º, da CF).
QUESTÃO 17: B
Questão que traz tema de controle de constitucionalidade, no caso, a representação interventiva, com prescrição nos arts. 35, IV e 36, § 3.º.
Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios localizados em Território Federal, exceto quando:
IV – o Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar a observância de princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial.
Art. 36, § 3º Nos casos do art. 34, VI e VII, ou do art. 35, IV, dispensada a apreciação pelo Congresso Nacional ou pela Assembléia Legislativa, o decreto limitar-se-á a suspender a execução do ato impugnado, se essa medida bastar ao restabelecimento da normalidade.
QUESTÃO 18: D
Estatuto da Pessoa com Deficiência estabelece no art. 28 que incumbe ao poder público assegurar, criar, desenvolver, implementar, incentivar, acompanhar e avaliar o acesso da pessoa com deficiência, em igualdade de condições, a jogos e a atividades recreativas, esportivas e de lazer, no sistema escolar.
Para tanto, as instituições privadas, de qualquer nível e modalidade de ensino, não podem fazer a cobrança de valores adicionais de qualquer natureza em suas mensalidades, anuidades e matrículas.
QUESTÃO 19: B
A questão exigiu o conhecimento do candidato no tocante da proporção entre mulheres e homens em partidos ou coligações, nos termos da Lei 9504/97, medida que visa assegurar os direitos políticos (na modalidade “ser votado”), conforme estabelece a Convenção para Eliminação de Todas asFormas de Discriminação contra a Mulher.
Art. 10. Cada partido ou coligação poderá registrar candidatos para a Câmara dos Deputados, a Câmara Legislativa, as Assembleias Legislativas e as Câmaras Municipais no total de até 150% (cento e cinquenta por cento) do número de lugares a preencher (...)
§ 3º Do número de vagas resultante das regras previstas neste artigo, cada partido ou coligação preencherá o mínimo de 30% (trinta por cento) e o máximo de 70% (setenta por cento) para candidaturas de cada sexo.
QUESTÃO 20: C
Artigo 27 da Convenção de Viena (DECRETO Nº 7.030)
Uma parte não pode invocar as disposições de seu direito interno para justificar o inadimplemento de um tratado. Esta regra não prejudica o artigo 46.
O artigo 46 menciona a possibilidade de invocar direito interno como justificativa de descumprimento em caso de ratificação imperfeita. Como a questão informa que foi devidamente internalizado, não incide o artigo 46.
Alternativa “A” incorreta: “tratado” significa um acordo internacional concluído por escrito entre Estados e regido pelo Direito Internacional, quer conste de um instrumento único, quer de dois ou mais instrumentos conexos, qualquer que seja sua denominação específica;
Alternativa “B” incorreta: de fato, o Estado pode formular reserva para não cumprir determinados pontos do tratado, salvo se: a) a reserva seja proibida pelo tratado; b) o tratado disponha que só possam ser formuladas determinadas reservas, entre as quais não figure a reserva em questão; ou c) a reserva seja incompatível com o objeto e a finalidade do tratado. Portanto, o Estado não tem direito absoluto à formular reservas.
Alternativa “D” incorreta: É nulo um tratado que, no momento de sua conclusão, conflite com uma norma imperativa de Direito Internacional geral. Portanto, não se trata de caso de suspensão, mas de anulação.
QUESTÃO 21: D
Art. 4º Ao migrante é garantida no território nacional, em condição de igualdade com os nacionais, a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, bem como são assegurados:
VIII - acesso a serviços públicos de saúde e de assistência social e à previdência social, nos termos da lei, sem discriminação em razão da nacionalidade e da condição migratória;
X - direito à educação pública, vedada a discriminação em razão da nacionalidade e da condição migratória;
QUESTÃO 22: B
O imposto de renda retido na fonte é apropriado integralmente pela entidade política à qual se vincula aquele servidor público, então é uma repartição da receita.
CF, art. 157. Pertencem aos Estados e ao DF: I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza [IR], incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem;
CF, art. 158. Pertencem aos Municípios: I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza [IR], incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem;
Portanto, cada servidor deve ajuizar ação perante o ente político competente (Estado e Município), conforme estabelece a Súmula 447 do STJ e a competência é da justiça estadual. Súmula 447 - Os Estados e o Distrito Federal são partes legítimas na ação de restituição de imposto de renda retido na fonte proposta por seus servidores.
QUESTÃO 23: B
Por está mais perto da propriedade torna-se mais viável a União ceder ao Município a competência para fiscalizar e cobrar o ITR, mas não lhes dá a competência de legislar. Nessa hipótese, 100% do produto da arrecadação pertencerá ao município fiscalizador e arrecadador. Se o Município não fiscaliza e arrecada fica com 50% do ITR.
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
VI - propriedade territorial rural;
§ 4º O imposto previsto no inciso VI do caput:
I - será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a desestimular a manutenção de propriedades improdutivas;
II - não incidirá sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as explore o proprietário que não possua outro imóvel;
III - será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, na forma da lei, desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal.
Art. 158. Pertencem aos Municípios:
II - cinquenta por cento do produto da arrecadação do imposto da União sobre a propriedade territorial rural, relativamente aos imóveis neles situados, cabendo a totalidade na hipótese da opção a que se refere o art. 153, § 4º, III;
QUESTÃO 24: C
O Art. 3º do CTN diz: Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
Portanto, tributo deve ser pago em dinheiro. Contudo, o próprio CTN traz uma exceção: art. 156: Extinguem o crédito tributário: XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei.
QUESTÃO 25: A
O foro anual é pago pelos titulares do domínio útil sobre os bens da União em território da marinha. Tal pagamento não se confunde com tributo. O foro é cobrado pela utilização do imóvel sob regime de aforamento.
Quanto ao IPTU, o CTN, no art. 32, estabelece que: O imposto, de competência dos Municípios, sobre a propriedade predial e territorial urbana tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou por acessão física, como definido na lei civil, localizado na zona urbana do Município.
Quanto a data do fato gerador do IPTU, cada Município estabelecerá em lei própria, mas na maioria dos casos ocorre no dia 01 de janeiro.
QUESTÃO 26: A
Essa questão foi a reprodução do artigo 137 do CTN, que trata da responsabilidade tributária em razão de infrações.
A responsabilidade tributária será pessoal quando houver o cometimento de crime ou contravenção, independentemente da função desempenhada, salvo se o ilícito decorrer do regular exercício da atividade. Nessa situação, será solidária a responsabilidade.
QUESTÃO 27: A
O enunciado da presente questão revela caso de inobservância a um dos princípios informativos da concessão de serviços públicos, qual seja, o princípio da atualidade ou da mutabilidade. Trata-se de postulado que encontra expressa base normativa na Lei 8.987/95, mais precisamente em seu art. 6º, §2º, que a seguir colaciono:
"Art. 6o Toda concessão ou permissão pressupõe a prestação de serviço adequado ao pleno atendimento dos usuários, conforme estabelecido nesta Lei, nas normas pertinentes e no respectivo contrato.
(...)
§ 2o A atualidade compreende a modernidade das técnicas, do equipamento e das instalações e a sua conservação, bem como a melhoria e expansão do serviço."
Tal princípio leva em consideração o fato de que os serviços públicos devem se adaptar à evolução social e tecnológica.
b) Errado: A encampação, ao contrário do que consta desta assertiva, pressupõe, sim, lei autorizativa, conforme expresso no art. 37 da Lei 8.987/95, in verbis: "Art. 37. Considera-se encampação a retomada do serviço pelo poder concedente durante o prazo da concessão, por motivo de interesse público, mediante lei autorizativa específica e após prévio pagamento da indenização, na forma do artigo anterior."
c) Errado: Apesar de estar correto que a concessão, neste caso, pode ser extinta unilateralmente pela Administração, porquanto caracterizada um descumprimento contratual, o instituto a ser aplicado não é o da rescisão, mas sim o da caducidade, prevista no art. 38, caput, da Lei 8.987/95, litteris: "Art. 38. A inexecução total ou parcial do contrato acarretará, a critério do poder concedente, a declaração de caducidade da concessão ou a aplicação das sanções contratuais, respeitadas as disposições deste artigo, do art. 27, e as normas convencionadas entre as partes."
Já rescisão, ocorre por interesse da concessionária e depende de ação judicial, conforme previsão no art.39: O contrato de concessão poderá ser rescindido por iniciativa da concessionária, no caso de descumprimento das normas contratuais pelo poder concedente, mediante ação judicial especialmente intentada para esse fim.
d) Errado: Novamente cuida-se de assertiva em desacordo com o figurino legal. Isto porque a retomada dos bens reversíveis depende, sim, de previsão no edital e no contrato, como estatui o §1º do art. 35 da Lei 8.987/95: “§ 1o Extinta a concessão, retornam ao poder concedente todos os bens reversíveis, direitos e privilégios transferidos ao concessionário conforme previsto no edital e estabelecido no contrato."
QUESTÃO 28: D
Em se tratando de questão que aborda o tema do Regime Diferenciado de Contratações - RDC, há que se aplicar as disposições da Lei 12.462/2011, e, neste caso, mais precisamente, o que reza seu art. 25, I, que abaixo colaciono:
"Art. 25. Em caso de empate entre 2 (duas) ou mais propostas, serão utilizados os seguintes critérios de desempate, nesta ordem:
I - disputa final, em que os licitantes empatados poderão apresentar nova proposta fechada em ato contínuo à classificação;"
II - a avaliação do desempenho contratual prévio dos licitantes, desde que exista sistema objetivo de avaliação instituído;
III - os critérios estabelecidos no art. 3º da Lei nº 8.248, de 23 de outubro de 1991, e no § 2º do art. 3º da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993; e
IV - sorteio."
QUESTÃO 29: B
A aposentadoria compulsória dos agentes públicos encontra-se disciplinada, em âmbito constitucional, pelo art. 40, II, da CRFB/88.
"Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo.
(...)
II - compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos 70 (setenta) anos de idade, ou aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, na forma de lei complementar;"
Regulamentando este dispositivo constitucional, veio a ser editada a LC 152/2015, que assim estabelece em seu art. 2º, inciso I:
"Art. 2º Serão aposentados compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos 75 (setenta e cinco) anos de idade:
I - os servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações;"
Com isso, pode-se concluir que, em se tratando, na presente questão, de servidor público ocupante de cargo efetivo da União, a aposentadoria compulsória a ele aplicável seria aos 75 anos de idade, e não aos 70 anos.
No tocante ao cargo em comissão, por ser a ele aplicável o Regime Geral de Previdência Social - RGPS (CRFB/88, art. 40, §13), inexiste aposentadoria compulsória a ser imposta, de maneira que o servidor em tela poderia continuar exercendo, tão somente, referido cargo em comissão.
Quanto a fiscalização do TCU, ela abrange todo ato de concessão de aposentadoria, seja voluntária ou compulsória e não ocorre quando a nomeação é feita para cargo em comissão, conforme o art. 71, III, da CF: O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete: III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório;"
QUESTÃO 30: C
Quanto à responsabilidade civil por danos ambientais:
A Constituição estabelece que a responsabilidade civil por danos nucleares independe da existência de culpa (art. 21, XXIII, "d", CF/88).
Neste caso, aplica-se a teoria do risco integral, na qual a responsabilidade do Estado é objetiva, de modo que a União deve se responsabilizar pelos danos causados, independentemente de culpa da vítima ou de fatos imprevisíveis.
QUSTÃO 31: A
De fato, em se tratando de empresa pública, é possível a participação de outras pessoas jurídicas integrantes da Administração Pública, contanto que o controle acionário permaneça em poder do ente federativo instituidor, que, no caso, seria a União, conforme enunciado da questão. Tal possibilidade encontra respaldo na norma do art. 3º, parágrafo único, da Lei 13.303/2016, que institui o chamado "Estatuto das Estatais". No ponto, confira-se:
"Art. 3º Empresa pública é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com criação autorizada por lei e com patrimônio próprio, cujo capital social é integralmente detido pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios.
Parágrafo único. Desde que a maioria do capital votante permaneça em propriedade da União, do Estado, do Distrito Federal ou do Município, será admitida, no capital da empresa pública, a participação de outras pessoas jurídicas de direito público interno, bem como de entidades da administração indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios."
Alternativa B errada: a criação de empresa pública e de sociedade de economia mista são autorizadas pela lei, mas a criação efetivamente depende do registro dos atos constitutivos.
Alternativa C errada: empresa pública é uma pessoa jurídica de direito privado.
Alternativa D errada: as empresas públicas, como regra geral, submetem-se, sim, ao dever de licitar, porquanto estão abarcadas pela obrigação instituída pelo art. 37, XXI, da CRFB/88 c/c art. 1º, parágrafo único, da Lei 8.666/93. A dispensa de licitação, segundo entendimento remansoso, diz respeito às atividades-fim das empresas públicas, isto é, aos bens e serviços produzidos ou prestados por tais entidades, o que não abrange, portanto, as atividades-meio, no que se inclui, como regra, a contratação de terceiros para prestação de serviços.
QUESTÃO 32: B
Trata-se de um exemplo de cláusula exorbitante. 
Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com as devidas justificativas, nos seguintes casos: 
I - unilateralmente pela Administração:
a) quando houver modificação do projeto ou das especificações, para melhor adequação técnica aos seus objetivos;
b) quando necessária a modificação do valor contratual em decorrência de acréscimo ou diminuição quantitativa de seu objeto, nos limites permitidos por esta Lei;
§ 1º O contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas condições contratuais, os acréscimos ou supressões que se fizerem nas obras, serviços ou compras, até 25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial atualizado do contrato, e, no caso particular de reforma de edifício ou de equipamento, até o limite de 50% (cinquenta por cento) para os seus acréscimos.
QUESTÃO 33: A
Lei 9.433/97, art.12: "Estão sujeito a outorga pelo Poder Público os direito dos seguintes usos de recursos hídricos:"
I - derivação ou captação de parcela da água existente em um corpo de água para consumo final, inclusive abastecimento público, ou insumo de processo produtivo;
II - extração de água de aqüífero subterrâneo para consumo final ou insumo de processo produtivo;
III - lançamento em corpo de água de esgotos e demais resíduos líquidos ou gasosos, tratados ou não, com o fim de sua diluição, transporte ou disposição final;
IV - aproveitamento dos potenciais hidrelétricos;
V - outros usos que alterem o regime, a quantidade ou a qualidade da água existente em um corpo de água.
Dica para resolver a questão: A União iria tratar provavelmente de um assunto de amplitude maior, não apenas de algo municipal e local. A alternativa “A” fala em lançamento de esgoto em corpos de água que separe dois Estados da Federação, o que atrai a competência da União.
QUESTÃO 34: C
Quanto ao mercadode carbono, no denominado Protocolo de Kyoto, foi estabelecido que os países signatários devem assumir compromissos relativos à redução da emissão de gases que provocam o efeito estufa. Esta redução passou a ter valor econômico, sendo que uma tonelada de dióxido de carbono que deixa de ser emitida corresponde a um crédito de carbono.
a) INCORRETA. Empresas particulares que diminuem a emissão do dióxido de carbono também podem ter créditos de carbono, que poderão ser vendidos nos mercados financeiros.
b) INCORRETA. Não se trata de alienação ou disposição de bens ambientais, mas de títulos valorativos concedidos àqueles que evitam a emissão de gases que provocam o efeito estufa. Um crédito de carbono equivale a uma tonelada de dióxido de carbono (CO2) que deixou de ser emitida em nossa atmosfera, e por isso contribuiu com a amenização do efeito estufa. A moeda possui objetivos monetários e a sua variação é semelhante a uma bolsa de valores. Os países que não conseguirem ou não desejarem reduzir suas emissões, poderão comprar certificados de emissão reduzidas em países em desenvolvimento, e usá-los para cumprir suas obrigações.
d) INCORRETA. O Brasil realmente se comprometeu num acordo de país a reduzir suas emissões, mas o mercado de carbono é um mecanismo de flexibilização e não é algo obrigatório.
QUESTÃO 35: B
Com o intuito de assegurar a liberdade de expressão e impedir a censura, o provedor de aplicações de internet somente poderá ser responsabilizado civilmente por danos decorrentes de conteúdo gerado por terceiros se, após ordem judicial específica, não tomar as providências para, no âmbito e nos limites técnicos do seu serviço e dentro do prazo assinalado, tornar indisponível o conteúdo apontado como infringente, ressalvadas as disposições legais em contrário.
Portanto, como não houve ordem judicial específica, o provedor não poderá ser obrigado a indenizar Samuel.
QUESTÃO 36: C
A simulação no negócio jurídico ocorre quando (art. 167, § 1º, do CC): I - aparentarem conferir ou transmitir direitos a pessoas diversas daquelas às quais realmente se conferem, ou transmitem; II - contiverem declaração, confissão, condição ou cláusula não verdadeira.
No caso, a cláusula do contrato acerca do valor de R$ 2 milhões não é verdadeira. 
A simulação é causa de nulidade do negócio jurídico, mas subsistirá o que se dissimulou, se válido for na substância e na forma.
Sendo causa de nulidade, não é suscetível de confirmação, nem convalidação com tempo. Por isso, não há prazo para a sua alegação. Pode ser alegada a qualquer tempo.
Além disso, qualquer das partes e o MP, quando lhe couber intervir, podem alegá-la.
QUESTÃO 37: A
Se, após elaborar o testamento, sobrevém ao testador descendente sucessível, que não tinha ou conhecia no momento em que testou, considera-se o testamento rompido em todas as suas disposições, ou seja, inteiramente ineficaz, desde que o descendente sobreviva ao testador (art. 1.973, CC). Assim, rompido o testamento, Roberta não fará jus à herança, que será integralmente deferida à herdeira necessária Carolina. 
Art. 1.973. Sobrevindo descendente sucessível ao testador, que não o tinha ou não o conhecia quando testou, rompe-se o testamento em todas as suas disposições, se esse descendente sobreviver ao testador.
QUESTÃO 38: C
O adimplemento substancial ocorre quando há o cumprimento relevante do contrato, com mora insignificante, podendo afastar a alegação de exceção do contrato não cumprido.
A) errada: o dever de mitigar os próprios danos, também chamado de “duty to mitigate the loss”, decorrendo da boa-fé objetiva, trata-se do dever imposto ao credor de mitigar suas perdas, ou seja, de evitar agravar o próprio prejuízo.
B) errada: proibição de comportamento contraditório (venire contra factum proprium) funda-se na proteção da confiança, de modo que a pessoa não pode exercer um direito seu, contrariando seu próprio comportamento anterior.
D) errada: dever de informar é um dos deveres anexos da boa-fé objetiva.
QUESTÃO 39: A
Art. 17 do ECA: O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, ideias e crenças, dos espaços e objetos pessoais. 
Art. 143. E vedada a divulgação de atos judiciais, policiais e administrativos que digam respeito a crianças e adolescentes a que se atribua autoria de ato infracional. 
Parágrafo único. Qualquer notícia a respeito do fato não poderá identificar a criança ou adolescente, vedando-se fotografia, referência a nome, apelido, filiação, parentesco, residência e, inclusive, iniciais do nome e sobrenome.
Art. 247. Divulgar, total ou parcialmente, sem autorização devida, por qualquer meio de comunicação, nome, ato ou documento de procedimento policial, administrativo ou judicial relativo a criança ou adolescente a que se atribua ato infracional: Pena - multa de três a vinte salários de referência, aplicando-se o dobro em caso de reincidência.
§ 1º Incorre na mesma pena quem exibe, total ou parcialmente, fotografia de criança ou adolescente envolvido em ato infracional, ou qualquer ilustração que lhe diga respeito ou se refira a atos que lhe sejam atribuídos, de forma a permitir sua identificação, direta ou indiretamente. 
§ 2º Se o fato for praticado por órgão de imprensa ou emissora de rádio ou televisão, além da pena prevista neste artigo, a autoridade judiciária poderá determinar a apreensão da publicação.
QUESTÃO 40: B
Art. 1.729 do CC:. O direito de nomear tutor compete aos pais, em conjunto.
Parágrafo único. A nomeação deve constar de testamento ou de qualquer outro documento autêntico. 
Art. 37 do ECA: O tutor nomeado por testamento ou qualquer documento autêntico deverá, no prazo de 30 (trinta) dias após a abertura da sucessão, ingressar com pedido destinado ao controle judicial do ato, observando o procedimento previsto nos arts. 165 a 170 desta Lei. Contudo, somente será deferida a tutela à pessoa indicada no testamento, se restar comprovado que a medida é vantajosa ao tutelando e que não exista outra pessoa em melhores condições de assumi-la.
QUESTÃO 41: ANULADA
Os pais são responsáveis pela reparação civil dos atos cometido pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia.
Os pais irão responder ainda que não haja culpa de sua parte, mas é possível verificar a culpa dos filhos.
Via de regra, quem responde são os pais pelos atos dos filhos menores, mas se os pais não tiverem condições, o incapaz que irá responder pelos prejuízos que causar.
A) errada: quem responde, via de regra, são os pais.
B) errada: se os pais não tiverem condições, o menor será responsabilizado subsidiariamente. Portanto, não busca logo a responsabilização do menor, mas somente depois dos pais. Além disso, sua responsabilidade não pode ser objetiva, pois é o causador direto do dano.
C) errada: sendo os pais responsáveis pelos atos dos filhos, irão responder ainda que não haja culpa de sua parte em relação à vigilância.
D) errada: o enunciado inverte a lógica. Primeiramente busca-se a responsabilização dos pais, somente se não tiver condições é que o filho será responsabilizado.
QUESTÃO 42: A
Art.7°, inciso XXXIII, da Constituição Federal: Proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de 18, e qualquer trabalho a menores de 16, salvo na condição de aprendiz a partir de 14 anos.
QUESTÃO 43: B
ECA, art. 130: Verificada a hipótese de maus-tratos, opressão ou abuso sexual impostos pelos pais ou responsável, a autoridade judiciária poderá determinar, como medida cautelar, o afastamento do agressor da moradia comum. 
Parágrafo único. Da medida cautelar constará, ainda, a fixação provisória dos alimentos de que necessitem a criança ou o adolescente dependentes do agressor.
QUESTÃO 44: D
A questão cobrou o conhecimento do CDC e da Lei 9.656/98 - Lei dos Planos de Saúde.
A referida Lei permite a estipulação do prazo de carência para atendimentos de urgência e emergência no prazo máximo de 24h (art. 12,V, c). Assim, considerando que o plano havia sido contratado há mais de dois meses pela consumidora, Elisa deve ser atendida integralmente.
Em igual sentido a Súmula 597 do STJ: A cláusula contratual de plano de saúde que prevê carência para utilização dos serviços de assistência médica nas situações de emergência ou de urgência é considerada abusiva se ultrapassado o prazo máximo de 24 horas contado da data da contratação.
QUESTÃO 45: A
Art. 81, parágrafo único, do CDC: A defesa coletiva será exercida quando se tratar de: III - interesses ou direitos individuais homogêneos, assim entendidos os decorrentes de origem comum. Portanto, cuida-se de interesse individual homogêneo, bastando que, diante da sentença condenatória genérica, o consumidor liquide e execute individualmente, ou, ainda, habilite-se em execução coletiva, para definir o quantum debeatur.
QUESTÃO 46: D
 Empresário Irregular: É empresário o exercente profissional de atividade econômica organizada para a produção de bens ou serviços, independentemente se é ou não registrado. Porém, os empresários registrados poderão usufruir dos recursos que o Direito Comercial o disponibiliza.
QUESTÃO 47: B
Art. 1.094, VI, do CC: São características da sociedade cooperativa: VI – direito de cada sócio a um só voto nas deliberações, tenha ou não capital a sociedade, e qualquer que seja o valor de sua participação.
A) errada: a criação de cooperativa não pode ser condicionada a autorização estatal. A própria Constituição Federal prevê em seu art. 5º, XVIII: a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento.
C) errada: Art. 1.095. Na sociedade cooperativa, a responsabilidade dos sócios pode ser limitada ou ilimitada. § 1º É limitada a responsabilidade na cooperativa em que o sócio responde somente pelo valor de suas quotas e pelo prejuízo verificado nas operações sociais, guardada a proporção de sua participação nas mesmas operações. § 2º É ilimitada a responsabilidade na cooperativa em que o sócio responde solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais.
D) errada: Art. 1.094, VI, do CC: São características da sociedade cooperativa: I – variabilidade, ou dispensa do capital social. Portanto, o capital social pode ser variável ou até mesmo dispensável.
QUESTÃO 48: D
Revisão dos conceitos:
Conceito de Duplicata: é um TC causal emitido com base em uma futura representativa compra e venda mercantil ou em uma prestação de serviços, tendo como obrigatória a figura do aceite. 
Somente a duas causas permite a utilização da duplicata: compra e venda ou prestação de serviços. 
Parte: vendedor (sacador) X comprador (sacado). 
Resende & Piraí Ltda. (sacador) vende a Italva Louças e Metais/SA. (sacado).
Aceite: na duplicata, diferente da NP, o aceite é obrigatório. Ou seja, o comprador/sacado, quando recebe o bem ou a prestação de serviço, deve firmar o aceite. Se não aceitar, só resta ao vendedor/sacador o protesto e cobrança.
Duplicata não aceita, requisitos para a cobrança judicial: a) haja sido protestada; b) prova de entrega e recebimento da mercadoria; c) provar que o sacado não tinha motivo para negar o aceite.
Duplicata aceita, mas não paga: é possível seu protesto e sua cobrança judicial.
Protesto serve para possibilitar: A) a cobrança por parte dos coobrigados, garantindo o direito de regresso. B) Provar a mora. C) Caracterizar a impontualidade. D) interromper a prescrição.
Endosso, o que é? Todo o título de crédito circula, em razão disso, o endosso transfere o direito de receber o valor representado no respectivo título. Ex.: Resende & Piraí Ltda. é o sacador, que tem direito de receber $$. Italva Louças e Metais/SA é o sacado, tem o dever de pagar. A empresa Resende pode endossar o seu título a terceiros, para que o devedor (Italva) pague diretamente a esse terceiro.
Aval: Costuma ser confundido com a fiança, pois se trata de uma garantia fidejussória firmada por um terceiro que garante o pagamento do título de crédito. O avalista se responsabiliza por pagar o título.
RESPONDENDO A QUESTÃO:
A empresa Resende é o sacador da empresa Italva (sacada), pois lhe vendeu determinada mercadoria ou prestou algum serviço. A duplicata foi aceita pela empresa sacada. Assim, a empresa Resende possui um título de crédito e pode circula-la através do endosso. Foi o que ela fez endossando a Walter. Além disso, esse título está garantido por aval de Casimiro Cantagalo. Assim, se Resende cobrar do sacado (Italva) e esta não pagar no prazo do vencimento, Resende pode cobrar das 2 empresas e de Casemiro, desde que apresente a protesto na data devida.
Essa é a previsão do art. 13, § 4º, da Lei 5474/68:
§ 4º O portador que não tirar o protesto da duplicata, em forma regular e dentro do prazo da 30 (trinta) dias, contado da data de seu vencimento, perderá o direito de regresso contra os endossantes e respectivos avalistas.
Como Walter fez o protesto poucos dias após o vencimento, todos os três serão responsáveis.
QUESTÃO 49: A
A questão trata sobre o contrato de franquia, que tem previsão na Lei 8.955/94.
Conceito de Franquia: Franquia empresarial é o sistema pelo qual um franqueador cede ao franqueado o direito de uso de marca ou patente, associado ao direito de distribuição exclusiva ou semi-exclusiva de produtos ou serviços e, eventualmente, também ao direito de uso de tecnologia de implantação e administração de negócio ou sistema operacional desenvolvidos ou detidos pelo franqueador, mediante remuneração direta ou indireta, sem que, no entanto, fique caracterizado vínculo empregatício. 
b) não pode ser verbal, Art 6°da lei 8955/1994: O contrato de franquia deve ser sempre escrito e assinado na presença de 2 (duas) testemunhas e terá validade independentemente de ser levado a registro perante cartório ou órgão público. 
c) no mínimo 10 dias e não 30 dias. Art° 4 da lei 8955/1994: A circular oferta de franquia deverá ser entregue ao candidato a franqueado no mínimo 10 (dez) dias antes da assinatura do contrato ou pré-contrato de franquia ou ainda do pagamento de qualquer tipo de taxa pelo franqueado ao franqueador ou a empresa ou pessoa ligada a este. 
O que é COF? A Circular de Oferta da Franquia é um documento desenvolvido pelo franqueador e que apresenta todas as condições gerais do negócio, principalmente em relação aos aspectos legais, obrigações, deveres e responsabilidades das partes. 
d) a devolução dos valores é integral, mais perdas e danos. Art° 4, Parágrafo único. Na hipótese do não cumprimento do disposto no caput deste artigo, o franqueado poderá arguir a anulabilidade do contrato e exigir devolução de todas as quantias que já houver pago ao franqueador ou a terceiros por ele indicados, a título de taxa de filiação e royalties, devidamente corrigidas, pela variação da remuneração básica dos depósitos de poupança mais perdas e danos.
QUESTÃO 50: B
Lei nº. 11.101/05:
Art. 6. A decretação da falência ou o deferimento do processamento da recuperação judicial suspende o curso da prescrição e de todas as ações e execuções em face do devedor, inclusive aquelas dos credores particulares do sócio solidário. 
§ 4º Na recuperação judicial, a suspensão de que trata o caput deste artigo em hipótese nenhuma excederá o prazo improrrogável de 180 (cento e oitenta) dias contado do deferimento do processamento da recuperação, restabelecendo-se, após o decurso do prazo, o direito dos credores de iniciar ou continuar suas ações e execuções, independentemente de pronunciamento judicial.
§ 7º As execuções de natureza fiscal não são suspensas pelo deferimento da recuperação judicial, ressalvada a concessão de parcelamento nos termos do Código Tributário Nacional e da legislação ordinária específica.
Segundo o CTN, o parcelamento suspende a exigibilidade do crédito tributário.
QUESTÃO 51: C
CPC, Artigo 303 - Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição inicial pode limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de tutelafinal, com a exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano ou do risco ao resultado útil do processo. 
***Concedia a tutela de urgência antecipada em caráter antecedente:
Autor deve aditar a inicial no prazo de 15 para complementar os argumentos, as provas e o pedido final. Juiz pode fixar um prazo maior.
Esse aditamento ocorre nos mesmos autos, sem pagar novas custas.
Não realizado o aditamento, o juiz extingue o processo sem resolução de mérito.
***Se o juiz entender que não há elementos para a concessão da tutela antecipada: deverá determinar a emenda no prazo de 05 dias.
Estabilização:
Se o réu não opor nenhuma defesa ou recurso, a tutela torna-se estável. Nesse caso, o juiz extingue o processo mantendo a tutela.
Em qualquer caso, qualquer das partes pode demandar a outra para rever, reformar ou invalidade a tutela estabilizada. Esse direito extingue-se no prazo de 2 anos.
QUESTÃO 52: D
Art. 870. A avaliação será feita pelo oficial de justiça.
Parágrafo único. Se forem necessários conhecimentos especializados e o valor da execução o comportar, o juiz nomeará avaliador, fixando-lhe prazo não superior a 10 (dez) dias para entrega do laudo.
Art. 871. Não se procederá à avaliação quando:
I - uma das partes aceitar a estimativa feita pela outra; ATENÇÃO: havendo dúvida quanto ao valor do bem, o juiz pode determinar que seja realizada a avaliação, ainda que as partes tenham concordado com o valor: para evitar fraude.
II - se tratar de títulos ou de mercadorias que tenham cotação em bolsa, comprovada por certidão ou publicação no órgão oficial;
III - se tratar de títulos da dívida pública, de ações de sociedades e de títulos de crédito negociáveis em bolsa, cujo valor será o da cotação oficial do dia, comprovada por certidão ou publicação no órgão oficial;
IV - se tratar de veículos automotores ou de outros bens cujo preço médio de mercado possa ser conhecido por meio de pesquisas realizadas por órgãos oficiais ou de anúncios de venda divulgados em meios de comunicação, caso em que caberá a quem fizer a nomeação o encargo de comprovar a cotação de mercado.
QUESTÃO 53:

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