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Neoplasias glândulas salivares benignos

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Neoplasias glândulas salivares benignos 
Os tumores das glândulas salivares são raros, representando apenas de 3 a 
6% de todos os tumores de cabeça e pescoço, e ocorrem com maior 
frequência na glândula parótida . Dentre esses tumores, merece especial 
destaque o adenoma pleomórfico (AP), que é a neoplasia benigna mais comum 
das glândulas salivares, sendo responsável por cerca de 40 a 70% de todos os 
tumores dessas glândulas. 
As neoplasias benignas tendem ocorrer em pacientes adultos entre a quarta e 
a quinta década de vida, sendo raramente observadas em crianças e 
adolescentes. 
A maioria dos tumores salivares benignos é de origem epitelial (adenomas), 
sendo mais comuns o adenoma pleomorfo. Entre as neoplasias benignas, o AP 
pode sofrer de malignização para carcinoma. 
Os tumores de glândulas salivares benignos geralmente exibem clinicamente 
superfície lisa e uniforme, de cor da mucosa normal, móveis e não apresentam 
ulceração. Enquanto que os malignos são de superfícies de cor mais 
avermelhadas (telangiectasia), apresentam irregularidade na superfície, 
ulceradas, são fixos ou endurecidos, ocasionalmente provocam alterações em 
nervos das estruturas envolvidas. 
Adenoma Pleomorfo 
 
Esse tumor apresenta uma discreta predileção por mulheres e pode ocorrer em 
qualquer faixa etária, com preferência pela quarta e quinta década de vida. 
Sítio- Ocorre preferencialmente na parótida, seguida do palato, glândula 
submandibular, lábio e mucosa jugal. Ainda não há um fator etiológico claro 
relacionado ao desenvolvimento do AP. 
Clinicamente, o AP apresenta como um nódulo solitário não doloroso, fixo na 
maioria das vezes, de consistência endurecida e crescimento lento (de 1 ano a 
décadas). 
Macroscopicamente, o AP é encapsulado nas glândulas salivares maiores e 
parcialmente encapsulados nas glândulas salivares menores. 
Tratamento: 
O tratamento do AP consiste em remoção cirúrgica completa da lesão. Na 
parótida, dependendo do tratamento e da localização do tumor, pode ser 
realizada parotidectomia superficial( mais comum) ou total, e sempre que 
possível tenta-se preservar o nervo facial. 
Nas glândulas submandibulares, remove-se completamente o AP juntamente 
com a glândulas. A remoção do AP em GSMs é feita através de enucleação 
total da lesão. 
A radioterapia não é recomendada para o tratamento de AP. Esse tumor possui 
um exelente prognóstico desde que o tumor seja removido completamente. 
O índice de recidiva é baixo, mas é necessário dar atenção especial a estes 
casos, pois APs recidivados podem progredir para carcinoma ex-AP. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tumor de Wharttin 
 
Tumor de Wartin extraparotídeo é extremamente raro. 
È a segunda neoplasia benigna mais comum das glândulas salivares( 8 a 13 
dos tumores parotideos). Acomete quase exclusivamente a parótida, 
principalmente na região caudal, mas, segunda a literatura científica, pode 
ocorrer em linfonodos extraparotídeos. 
O TW acomete três vezes mais homens do que mulheres, principalmente 
fumantes entre a quinta e a pitava década de vida. Cerca de 10%destes 
tumores são multifocais 8% são bilaterais. A maioria dos TW é nodular 
encapsulado, indolor, de consistência firme ou flutuante á palpação, com 1,5 a 
7,5 cm de diâmetro (4cm em média); porém, há relatos em que o tumor atingiu 
20 cm de diâmetro. 
Macroscopicamente, o tumor apresenta áreas acinzentadas com espaços 
císticos preenchidos por secreção serosa ou mucinosa, podendo ter 
consistência semissólidas. Microscopicamente, estes espaços são revestidos 
por uma dupla camada de células epiteliais cuboidais ou poligonais oncocíticas, 
as quais são ricas em mitocôndrias, denso estroma linfoide com centros 
germinativos e projeções papilíferas; ocasionalmente, mataplasias escamosas 
pode ser observadas. Os linfonodos muitas vezes invadidos por elementos 
glandulares, principalmente ductos estriados, que se misturam com tecido 
linfoide. 
Tratamento: 
Similar ao do AP, isto é, remoção cirúrgica completa da lesão. 
 
Adenoma Canalicular 
 
Frequência aproximadamente de 2% a 10% das neoplasias de glândulas 
salivares. 
Crescimento lento e longo tempo de evolução, não causando qualquer 
sintomologia dolorosa aos pacientes. 
Um nódulo de tamanho variável, de superfície lisa, coloração semelhante da 
mucosa de revestimento adjacente e consistência fibrosa é a apresentação 
clínica mais comum. 
O lábio superior é a região anatômica mais afetada, seguida em menor 
frequência pelo palato e mucosa jugal. 
Tratamento: 
Remoção cirúrgica conservadora da lesão. 
 
 
 
 
 
 
Neoplasias malignas 
 
Carcinoma mucoepidermoide 
 
Acomete principalmente mulheres e, embora seja predominante entre a terceira 
e a sétima década de vida. 
Neoplasia salivar maligna mas comum entre crianças. 
Sítio: Glândulas salivares maiores (parótida) e menores ( palato). 
Etiologia: 
Glândulas salivares menores: O CME de baixo grau geramnte apresenta como 
nódulo solitário não doloroso, de crescimento lento( de um ano a décadas) e 
em alto grau tende a formar massa dolorosa, que aumenta rapidamente de 
volume. 
Glândula menores: O tumor pode causar dor, disfagia e parestesia. 
 
 
 
Carcinoma adenoide cístico 
 
10% das neoplasias malignas de glândulas salivares afeta igualmente homens 
e mulheres e ocorre em uma larga faixa etária, com predomínio entre a quinta e 
a sexta década de vida. Entre as glândulas maiores, é a neoplasia maligna 
epiteliais das glândulas menores, sendo que as mais acometidas são as do 
palato. Quanto a etiologia, não há fatores predisponentes conhecidos. 
Clinicamente os sintomas variam de acordo com o local do tumor, mas, em 
geral, a neoplasia cresce lentamente, podendo causar doe e paralisia de nervo 
craniano devido a frequência infiltração do perineuro. O CAC é extensamente 
infiltrativo; portanto, comumente a massa tumoral apresenta fixação aos tecidos 
adjacentes e ou ulcera a mucosa suprajacente. 
Tratamento: Ressecção cirúrgica ampla com margens livres. A radioterapia não 
é curativa, mas é útil para controlar a doença microscopicamente residual após 
cirurgia, como tratamento de recidiva local ou tratamento paliativo para 
neoplasias não ressecáveis. 
Apresenta alta taxa de mortalidade. 
Adenocarcinoma polimórfico de baixo grau (carcinoma de ducto terminal) 
 
Trata-se de uma neoplasia de baixo grau de malignidade que ocorre quase 
exclusivamente na cavidade oral, sendo o segundo tumor maligno mais 
frequente nessa região. A maioria deles é encontrado no palato. 
Clinicamente apresenta-se como massa ou tumefação não dolorosa. 
Frequentemente pode ocorrer odinogafia e otalgia. O crescimento é geralmente 
lento, os sintomas variam de semanas a décadas. 
Tratamento é a remoção cirúrgica completa da lesão com margens gengivais 
livres; a ressecção cervical é realizada apenas se há suspeita de metástases 
linfonodais. 
A radioterapia pode ser usada quando as margens cirúrgicas estão 
comprometidas por tumor ou há recidivas da lesão. 
Prognóstico após remoção cirúrgica completa é bom, porem recidivas 
aparecem em 25% dos casos e ás vezes muitos anos após o tratamento inicial. 
Metástases em linfonodos regionais ocorrem em 10% dos pacientes, mas 
metástases a distância e morte atribuída ao tumor são raras. 
O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais para um 
bom prognostico. Atualmente o paciente tem um papel ativo na decisão 
relacionada a tratamentos, baseando se em dados 10 relacionados a tempo e 
qualidade de sobrevida. As alternativas devem ser apresentadas de forma clara 
e o paciente deve ser informado de todos os passos e das possíveis 
complicações. A cirurgia geralmente está indicada em todos os casos, tendo 
seguimento com radioterapia e/ou quimioterapia. Cada paciente apresenta um 
perfil tumoral e para tanto, o tratamento deve ser personalizado.

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