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Por Beatriz Valiante Semana da semiologia Aula 2- “Os 7 Passos do Diagnóstico” Dr. luiz jorge moreira neto – infectologista e fundador da semiologia descomplicada Link para a aula https://www.youtube.com/watch?v=a1cprJcs3QE Os 7 passos do diagnóstico passo 1- A aproximação · Apresentação do médico · Processo de quebra de gelo: ganha confiança, reduz ansiedade do paciente, facilita a entender a motivação da consulta e conhecer mais sobre hábitos e demais dados úteis · Essencial para a relação médico-paciente que fará o paciente que fará o paciente se abrir e confiar no diagnóstico e conduta · * Se for estudante, não formado ainda, dizer que faz parte da equipe do doutor/professor x, ajuda a tranquilizar o paciente* · Importante não ser um médico “nobre”, ir chamar o paciente e ir levá-lo até a sala faz toda a diferença, o paciente se sente mais cuidado que por exemplo chamado pela assistente passo 2- o acolhimento · Escuta ativa + poucas perguntas: Dura 2-3 minutos min na maioria das vezes; libera o paciente para falar livremente; aumenta a confiança do paciente no médico; facilita o processo de raciocínio; só deve durar até que você consiga ter um esboço de hipótese diagnóstico · Dica: inicie como uma pergunta direta “Como posso te ajudar?” e depois se cale! Largar qualquer objeto que tenha em mãos, baixe-as e olhe nos olhos do paciente para ouvi-lo com atenção · Caso comece a divagar pode chamar atenção e confirmar a intenção da consulta para tirá-lo da espiral da história que ele entrou, “Só pra eu entender novamente por que agora eu me perdi, o senhor estava com o sintoma X há tantos dias, certo?” Passo 3- A suposição · Ponto primordial da conversa · Inconsciente para médicos com prática · Aprendizado em tentativa e erro por reconhecimento de padrões · Começa quando surge uma hipótese diagnóstica plausível · Em geral uma doença comum, uma síndrome ou um reconhecimento padrão · Esse é o momento de exclusão dos 99% das hipóteses · Dura milissegundos; diferencia os profissionais; cerne do método Passo 4- Verificação · Com uma primeira HD / síndrome levantadas · Ouvir mais o paciente, caso perceba que as queixas não se esgotaram · Em caso de esgotamento das queixas espontâneas, parte-se para a verificação da(s) hipótese(s) · Passos da anamnese propriamente dita · Verificação das hipóteses levantadas com perguntas aberta: Aprofundamento dos caracteres semiológicos das queixas; entendimento preciso da cronologia da patologia; situações associadas e não associadas; esboço da anamnese final · Neste momento o médico deve começar a raciocinar em termos de sensibilidade e especificidade sobre seus questionamentos. Sintomas que sejam muito comuns na HD deverão ser perguntados primeiro e aprofundados (aumenta a suspeição, ou seja, a sensibilidade) · Sintomas das demais alternativas (DDx) devem ser questionados na sequência (para excluir as DDx) · A maioria dos médicos faz diagnósticos por “feeling”, pelo “jeitão” do paciente, aprendem com o tempo o que é mais comum e o que as diferencia, porém sem precisão Passo 5- O toque · Refere-se ao exame físico e funciona como o passo 4 · Busca alterações com alta especificidade para as HDs e alta sensibilidade para as HDs e DDx · Complemento da anamnese · O exame físico é responsável por mais de 70% a carga horária da disciplina de semiologia, mas dá apenas 10-15% dos diagnósticos, o restante vem da anamnese · Os questionamentos podem ser infinitos, basta conhecer um pouco as patologias e saber perguntar · Por isso a anamnese é tão rica, mas muito subestimada nos cursos · O entendimento ideal do exame físico: EF geral completo, EF específico completo (guiado da queixa), restante do EF guiado pelas HDs · É crucial saber como fazer as manobras do exame físico, porém é mais crucial saber o que e quando fazer as manobras Passo 6- o resumo · Ocorre durante os 2 últimos passos · Integrar informações em sua memória e pesa cada um dos achados relevantes de A + EF · Elenca as hipóteses por prioridade · Pesa pós e contras de cada uma destas hipóteses · Ponto crucial- momento em que caminha da maca de exame para a mesa preparação para o passo 7 Passo 7- A decisão · Último passo do processo de raciocínio · É quando irá decidir qual hipótese informar ao paciente, seus motivos e qual conduta tomará · Ponto alto da consulta · Habilidades codependentes: Conhecimento médico, bom senso, boa relação médico-paciente (empatia, comunicação) · “Seu Fulano, vamos sentar agora. Eu acredito que o senhor tal doença, por conta disso e disso mas, eu não posso ter certeza por que seu exame físico não deixou claro e talvez possa ser essa outra patologia pior, por isso eu vou pedir tal exame X, para que eu consiga olhar lá dentro e ter uma certeza do que seja”. “Não acredito que seja tal coisa, mas precisamos confirmar que não tem risco de ser isso” A resultante de todos os passos · Médico seguro e confortável com o diagnóstico: planejamento terapêutico adequado, indicações cirúrgicas corretas, risco nulo de acionamento jurídico · Paciente satisfeito: Confia na consulta realizada; entende a necessidade de exames adicionais (ou mesmo de não precisar de mais exames); se torna um cliente assíduo; e, mais importante: um defensor do médico e alguém que o indicará de olhos fechados para todo mundo Letra do dia · P Resumo por Beatriz valiante - p3 – medicina – Unit al – 06/04/21
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