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civil pagamento em consignação

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O termo jurisprudência significa, em um sentido amplo, ciência da lei. Em um sentido estrito, contudo, jurisprudência é o conjunto de decisões que refletem a interpretação majoritária de um tribunal e sedimentam, desse modo, um entendimento repetidamente utilizado. A jurisprudência é utilizada para possibilitar que os tribunais criem consensos a respeito da forma de julgar casos que sejam parecidos, diminuindo a possibilidade de que dois casos similares tenham desfechos muito diferentes.
Conforme o Professor Marcel Nast, “a jurisprudência possui, na atualidade, três funções muito nítidas, que se desenvolveram lentamente: uma função um tanto automática de aplicar a lei; uma função de adaptação, consistente em pôr a lei em harmonia com as ideias contemporâneas e as necessidades modernas; e uma função criadora, destinada a preencher as lacunas da lei”.
O novo código redimensionou a importância do direito jurisprudencial no Brasil, desenhando regras de aplicação dos precedentes com vistas a promover o aprimoramento da sua aplicação como fonte do direito. Os artigos abaixo relatam e evidenciam as novas mudanças:
NCPC. Art. 926. Os tribunais devem uniformizar sua jurisprudência e mantê-la estável, íntegra e coerente. § 1o Na forma estabelecida e segundo os pressupostos fixados no regimento interno, os tribunais editarão enunciados de súmula correspondentes a sua jurisprudência dominante.
NCPC. Art. 927. § 4o A modificação de enunciado de súmula, de jurisprudência pacificada ou de tese adotada em julgamento de casos repetitivos observará a necessidade de fundamentação adequada e específica, considerando os princípios da segurança jurídica, da proteção da confiança e da isonomia.
NCPC. Art. 489. (...) § 1o Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão, que: VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação do entendimento.
Normalmente a extinção das obrigações é através do pagamento ou cumprimento voluntário da obrigação pelo devedor perante o credor. O código civil possibilita liberar-se do vínculo obrigacional através do pagamento por consignação (artigos 334 a 345).
A ação de consignação em pagamento, prevista no artigo 890 do Código de Processo Civil , Art. 890. Nos casos previstos em lei, poderá o devedor ou terceiro requerer, com efeito de pagamento, a consignação da quantia ou da coisa devida, consiste em meio liberatório do devedor do pagamento de dívida, em face da injusta recusa do credor de recebê-la. 
O depósito em consignação tem força de pagamento, e a correspondente ação tem por finalidade ver atendido o direito material do devedor de se liberar da obrigação e obter quitação. Serve ainda a consignação em pagamento para prevenir a mora, liberando o devedor do cumprimento da prestação a que se vinculou.

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