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Classificação dos seres vivos

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Classificação dos seres vivos 
 
 A classificação dos seres vivos e a biodiversidade. O estudo dos seres vivos chama a atenção de 
pesquisadores há séculos, ou seja, é anterior ao surgimento das primeiras ideias sobre evolução. Desde a 
Antiguidade, os cientistas procuram estabelecer uma ordem na enorme diversidade de seres vivos, buscando 
maneiras de classificá-los. 
 Hoje, a ciência reconhece cerca de 1,7 milhão de espécies, sem considerar os fósseis, mas há estimativas 
de que a biodiversidade represente entre 5 milhões e 100 milhões de espécies. Imagine se os cientistas 
começassem a estudar essas espécies sem dividi-las em grupos. Muitas foram as sugestões de classificação 
dos seres vivos. Os animais, por exemplo, já foram classificados de acordo com o meio em que vivem: 
aquático, terrestre ou aéreo. Por essa classificação, um animal como o golfinho seria do grupo dos animais 
aquáticos, as ovelhas estariam no grupo dos terrestres e as corujas, por serem voadoras, no grupo dos animais 
aéreos. 
Essa classificação, no entanto, logo se revelou inadequada para entender as semelhanças e diferenças entre os 
animais — e também com outros grupos de seres vivos. 
Um golfinho, por exemplo, é um mamífero: o filhote nasce e é amamentado pela mãe, que possui glândulas 
mamárias. Essa característica é compartilhada pelas ovelhas, que também são mamíferos, mas não pelas 
corujas, que se reproduzem por ovos e não têm glândulas mamárias. Este é um exemplo muito simplificado, 
apenas para ilustrar as dificuldades na classificação dos seres vivos. Em 1735, o naturalista sueco Carl von 
Linné, cujo nome em português é Lineu, propôs um novo sistema de classificação dos seres vivos. Ele 
desenvolveu um sistema científico de classificação, utilizando a espécie como unidade básica. Ele acreditava 
que o número de espécies no mundo era fixo. Lineu agrupava em conjuntos os seres vivos que compartilhavam 
semelhanças. Em seu modelo, Lineu criou um sistema de hierarquia que permitia a classificação dos seres 
vivos segundo a semelhança entre os organismos. As categorias de classificação criadas por Lineu são 
utilizadas até hoje, mas com alguns acréscimos de níveis de hierarquia. De maneira simplificada, organismos 
com características semelhantes são reunidos num pequeno grupo, constituindo uma espécie. Espécies 
semelhantes são reunidas em outro grupo maior, formando um gênero. 
Gêneros semelhantes são agrupados em uma família; famílias agrupadas com outras semelhantes formavam 
uma ordem. Ordens são agrupadas em uma classe; o conjunto de classes semelhantes, forma um filo; filos 
semelhantes formam um reino. Cada um desses grupos hierárquicos (espécie, gênero, família, ordem, classe, 
filo e reino) também pode ser chamado de categoria taxonômica. O reino é a categoria taxonômica mais 
abrangente; a espécie, a menos abrangente. 
 
Categorias taxonômicas (apresentadas em ordem decrescente de abrangência): 
Reino -► Filo -► Classe -► Ordem -► Família -► Gênero -► Espécie 
 
 
A nomenclatura biológica 
 Para se escrever o nome de uma espécie, existem regras, que foram criadas por Lineu e são usadas até os 
dias de hoje. O nome da espécie deve ser formado por duas palavras, derivadas do latim e escritas em destaque 
no texto, em itálico ou sublinhadas. A primeira palavra corresponde ao nome do gênero e deve ser escrita 
sempre com letra inicial maiúscula. A segunda palavra, que com a primeira forma o nome da espécie, deve 
ser escrita com todas as letras minúsculas. 
O nome científico da espécie da onça-pintada, por exemplo, é Panthera onca e o do tigre é Panthera tigris. O 
nome da espécie é dado pelas duas palavras; assim, a espécie da onça-pintada não é apenas onca e sim Panthera 
onca. Note que essas duas espécies, onça e tigre, pertencem ao mesmo gênero: Panthera. O macho chega a 
300 kg de massa corpórea e a mais de 3 m de comprimento. As fêmeas são menores, com cerca de 2,5 m de 
comprimento e 150 kg de massa corpórea. 
 
O atual sistema de classificação dos seres vivos 
 O sistema de classificação proposto por Lineu, apesar de muito eficiente, não considerava as ideias de 
evolução dos seres vivos. Atualmente, os seres vivos são classificados de acordo com sua história evolutiva, 
seu grau de parentesco. São agrupados numa mesma categoria taxonômica aqueles que descendem de um 
ancestral comum exclusivo. 
 Vamos retomar o caso hipotético dos peixes do começo deste capítulo. Vimos que, em sua história evolutiva, 
surgiram duas espécies: a de peixes claros com dentes apropriados para comer sementes e folhas depositadas 
sobre o fundo; a de peixes escuros, carnívoros e com nadadeira caudal muito desenvolvida. Essas duas espécies 
surgiram de um ancestral comum exclusivo. Assim, essas espécies formam um gênero. Outros gêneros de 
peixes que compartilham um ancestral comum formam uma família, e assim por diante, até chegarmos a um 
reino. 
 Dessa maneira, ao classificarmos um organismo, estamos procurando entender sua história evolutiva. Nesse 
estudo, são considerados diversos fatores, entre eles: semelhanças em estruturas anatômicas ou morfológicas 
que indiquem parentesco evolutivo, análise de fósseis, semelhanças em moléculas, como proteínas e DNA. 
As moléculas de DNA estão envolvidas na hereditariedade, ou seja, na transmissão de características de 
geração para geração. 
As relações evolutivas entre os diferentes grupos de organismos têm sido representadas através de 
cladogramas, que são diagramas em forma de árvores ramificadas. 
______________________________________________________________________________ 
 
Exercícios 
 
1) Atualmente costumamos classificar os seres vivos em sete categorias taxonômicas principais. Marque a 
alternativa que indica corretamente essas categorias na ordem da categoria de maior abrangência para a mais 
restrita. 
 a) Reino – classe – filo – ordem – gênero – família – espécie. 
 b) Reino – filo – classe – família – ordem – gênero – espécie. 
 c) Reino – filo – classe – ordem – família – gênero – espécie. 
 d) Reino – filo – ordem – classe – família – gênero – espécie. 
 
2) A ordem Carnivora inclui espécies tais como cães e ursos. Para pertencer à mesma ordem, essas espécies 
também devem pertencer: 
 a) à mesma família. 
 b) ao mesmo gênero. 
 c) à mesma espécie. 
 d) à mesma classe. 
 
3) Considere:I. Homo erectus.II. Homo sapiens. Podemos dizer que esses indivíduos pertencem: 
 a) À mesma espécie. 
 b) Ao mesmo gênero. 
 c) À mesma família. 
 d) À mesma classe. 
 
4) Com base na classificação dos seres vivos em seus reinos, dê um exemplo de cada reino na coluna I e 
associe as colunas colocando os números correspondentes na coluna II. 
 
COLUNA I COLUNA II 
(1) MONERA (bactérias) ( ) Tem características parecidas com as dos vegetais, mas não fazem 
fotossíntese. 
(2) PROTISTA ( protozoários ( ) Seus componentes são autótrofos. 
como a ameba) 
(3) FUNGI (cogumelos como ( ) São microorganismos constituídos por uma célula, sendo unicelulares. 
 o champignon, bolor de pão, etc.) 
(4) PLANTAE (palmeira, ( ) São todos organismos heterótrofos e multicelulares. 
 samambaia, etc.) 
(5) ANIMALIA (gato, cachorro,etc) ( ) São microorganismos constituídos por uma célula, mas mais 
desenvolvidos que as bactérias

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