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LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE ESTÂNCIA PROF. ANTÔNIO SILVESTRE LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE ESTÂNCIA DO ESTADO DE SERGIPE PREÂMBULO Nós, representantes do povo do Município de Estância na Câmara Municipal, no exercício dos poderes conferidos pela Constituição Federal e com o propósito de assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte Lei ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE ESTÂNCIA. Art. 1º - O Município de Estância, pessoa jurídica de direito interno, é unidade territorial que integra a organização político administrativa da República Federativa do Brasil, dotada de autonomia política, administrativa e financeira. Participação Popular: Todo poder do Município emana do seu povo, que o exerce indiretamente por meio de representantes eleitos ou diretamente através do plebiscito, do referendo e da iniciativa popular das leis. Poderes Municipais São poderes do Município, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo e o Executivo. Objetivos Fundamentais I – garantir, no âmbito de sua competência, a efetividades dos direitos fundamentais da pessoa humana; II – colaborar com os governos federal e estadual na constituição de uma sociedade livre, justa e solidária; III – promover o bem-estar e o desenvolvimento da comunidade local; IV – promover adequado ordenamento territorial, de modo a assegurar a qualidade de vida de sua população e a integração urbano-rural. Bens Municipais todas as coisas móveis e imóveis, direitos e ações que a qualquer título lhe pertençam e venham a lhe pertencer. Nota: O Município tem direito à participação no resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica, nos limites previstos na legislação federal pertinente, e de outros recursos minerais de seu território. Símbolos Municipais “BBH” Da Divisão Administrativa O Município de Estância, que integra a divisão administrativa do Estado de Sergipe, poderá dividir-se, para fins administrativos, em Distritos a serem criados, organizados, suprimidos ou fundidos por lei, após consulta plebiscitária à população diretamente interessada. Requisitos para criar distritos I – população, eleitorado e arrecadação não inferiores à quinta parte exigida para a criação de Município; II – existência, na povoação-sede, de pelo menos cinquenta moradias, escola pública, unidade de saúde, cemitério e posto policial. Parágrafo único – Será extinto por lei o Distrito que não preencher os requisitos indicados neste artigo. A comprovação do atendimento às exigências será por: Declaração do IBGE ou Certidões garantir colaborar promover promover LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE ESTÂNCIA PROF. ANTÔNIO SILVESTRE Atenção! 1 - A criação de Distrito poderá efetuar-se mediante fusão de dois ou mais Distritos, que serão suprimidos, sendo dispensada, nessa hipótese, a verificação dos requisitos 2 - A extinção de Distrito somente se efetuará mediante consulta plebiscitária à população da área interessada 3 - A alteração da divisão administrativa do Município somente pode ser feita quadrienalmente, no ano anterior ao das eleições municipais. Da Competência do Município Ao Município compete prover a tudo quanto diga respeito ao seu peculiar interesse e ao bem-estar de população, cabendo-lhe, PRIVATIVAMENTE, dentre outras, as seguintes atribuições: I – legislar sobre assuntos de interesse local; II – instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar as suas rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei. III – criar, organizar, fundir e suprimir Distritos, observado o disposto nesta Lei Orgânica e na legislação estadual pertinente; IV – instituir a guarda municipal destinada à proteção de seus bens, serviços e instalações, conforma dispuser a lei; V – adquirir bens, inclusive mediante desapropriação com pagamento prévio do justo valor em moeda corrente; VI – dispor sobre administração, utilização e alienação dos bens públicos municipais; VII – dispor sobre organização, administração execução dos serviços públicos locais; VIII – organizar e prestar diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, entre outros, os serviços de seu interesse; IX – estabelecer o regime jurídico dos seus servidores e organizar o respectivo quadro; X – elaborar e executar o plano diretor de desenvolvimento integrado; XI – promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano; XII – executar obras; XIII – fixar, fiscalizar e cobrar tarifas o preços públicos; XIV – fixar e fiscalizar as tarifas ou preços de serviços de transporte coletivo, inclusive dos taxis; XV – fixar e fiscalizar os horários dos estabelecimentos comerciais, industriais e de serviços; XVI – sinalizar as vias públicas urbanas e rurais; XVII – regulamentar a utilização de vias e logradouros públicos; XVIII – conceder licença; XIX – disciplinar os serviços de carga e descarga e fixar a tonelagem máxima permitida a veículos que circulam em vias públicas municipais; XX – manter, com a cooperação técnica e financeira da União e dos Estados, programas de educação pré-escolar e ensino fundamental; XXI – manter, com a cooperação técnica e financeira da União e dos Estados, serviços de atendimento à saúde da população; XXII – promover a proteção do patrimônio histórico, cultural, artístico e paisagístico local, observada a legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual; XXIII – promover a cultura e a recreação; XXIV – fomentar a produção agropecuária e demais atividades econômicas, inclusive a artesanal; XXV – preservar as florestas, a fauna e a flora, apoiando efetivamente as ações empreendidas por terceiros com essas finalidades protecionistas; XXVI – realizar serviços de assistência social, diretamente ou por meio de instituições privadas, conforma critérios e condições fixadas em lei municipal; XXVII – realizar programas de apoio às práticas desportivas; XXVIII – realizar programas de alfabetização; LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE ESTÂNCIA PROF. ANTÔNIO SILVESTRE XXIX – realizar atividades de defesa civil, inclusive de combate a incêndios e prevenção de acidentes naturais em coordenação com a União e o Estado; XIX – disciplinar os serviços de carga e descarga e fixar a tonelagem máxima permitida a veículos que circulam em vias públicas municipais; XX – manter, com a cooperação técnica e financeira da União e dos Estados, programas de educação pré-escolar e ensino fundamental; XXI – manter, com a cooperação técnica e financeira da União e dos Estados, serviços de atendimento à saúde da população; XXX – elaborar o seu orçamento anual e o plurianual de investimentos, mediante lei aprovada por dois terços (2/3) dos Vereadores. Nota: O município também tem competência SUPLEMENTAR, isto é, ao Município compete suplementar a legislação federal e a estadual, no que couber e naquilo que disser respeito ao seu peculiar interesse, visando a adaptá-los à realidade local. Vedações Ao Município é vedado: I – estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná- los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes legais relações de dependência ou aliança, ressalvada a colaboração de interesse público, na forma e nos limites da Lei Federal, notadamente no setor educacional, no assistencial e no hospital; II – recusar fé aos documentos públicos; III– criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si; VI – outorgar isenções e anistias, ou permitir a remissão da dívida, sem interesse público justificado, sob pena de nulidade do ato; VII – exigir ou aumentar tributos sem leis que os estabeleça; XIII – instituir impostos sobre: a) patrimônio, renda ou serviços da União, do Estado e de outros Municípios; b) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei federal; c) templos de qualquer culto; d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão. Da Organização dos Poderes Da Câmara Municipal (Poder Legislativo) O Poder Legislativo é exercido pela Câmara Municipal, composta de Vereadores, eleitos para cada legislatura entre cidadãos maiores de dezoito anos, no exercício dos direitos políticos, pelo voto direto e secreto. Parágrafo único - Cada Legislatura terá a duração de quatro anos, compreendendo cada ano uma sessão Legislativa. No ato da posse e ao término do mandato, os vereadores deverão fazer declaração de seus bens, as quais ficarão arquivadas na Câmara, constando das respectivas atas e deverão ser divulgadas para conhecimento público. Da Mesa Diretora A Câmara Municipal terá uma Mesa Diretora, cujo mandato será de dois anos, vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subsequente. Nota - Na constituição da Mesa é assegurada tanto quanto possível, a representação proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que participam da Casa. A Mesa da Câmara se compõe do Presidente, do VicePresidente e Secretário, os quais se substituirão nessa ordem. Nota - Na ausência dos membros da Mesa, o Vereador mais idoso assumirá a Presidência. As decisões da Mesa da Câmara serão sempre por maioria de seus membros. Das Comissões A Câmara terá comissões permanentes e especiais, constituídas na forma e com as atribuições previstas no seu Regimento Interno ou no ato de que resultar sua criação assegurada, tanto quanto possível, a representação proporcional das bancadas ou blocos partidários. LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE ESTÂNCIA PROF. ANTÔNIO SILVESTRE Dos lideres A Maioria, a Minoria e as Representações Partidárias, com número de membros superior a 1/10 (um décimo) da composição da Casa, terão Líder e Vice-líder. A indicação dos Líderes será feita em documento subscrito pelos membros das representações majoritárias e minoritária ou representações partidárias à Mesa, nas vinte e quatro horas que se seguem à instalação do primeiro período legislativo anual. Ao término de cada sessão legislativa, a Câmara elegerá dentre os seus membros, em votação secreta, uma Comissão Representativa, cuja composição reproduzirá, tanto quanto possível, a proporcionalidade da representação partidária ou dos blocos parlamentares na Casa, que funcionará nos interregnos das sessões legislativas ordinárias, com as seguintes atribuições: I – reunir-se ordinariamente uma vez por semana e extraordinariamente sempre que convocada pelo Presidente; II – zelar pelas prerrogativas do Poder Legislativo; III – zelar pela observância da Lei Orgânica e dos direitos e garantias individuais; IV – autorizar o Prefeito a se ausentar do Município por mais de 10 (dez) dias; V – convocar extraordinariamente a Câmara em caso de urgência ou interesse público relevante. As deliberações da Câmara serão tomadas por maioria de votos presentes a maioria absoluta de seus membros, e, salvo disposições em contrário da Constituição Federal e desta Lei Orgânica, pelo voto de dois terços (2/3) de seus membros, entre outros, nos seguintes casos: I – concessão de serviços públicos; II – concessão de direito real de uso de bens imóveis; III – alienação de bens imóveis; IV – aquisição de bens imóveis por compra, permuta ou doação com encargo; V – outorga de títulos e honrarias; VI – contratação de empréstimos de empréstimos de entidades privada; VII – rejeição do parecer prévio do Tribunal de Contas. Nota: 1 - O Vereador que tiver interesse pessoal na deliberação não poderá votar, sob pena de nulidade da votação, se o seu voto for decisivo. 2 - A Câmara Municipal poderá ter a sua própria tesouraria, por onde movimentará os recursos que lhe forem liberados. Dos Princípios Gerais Art. 28 – A Câmara Municipal reunir-se-á em sessão preparatória, a partir de 1º de janeiro do primeiro ano de legislatura, para a posse de seus membros e eleição da Mesa. § 1º - Em sessão solene, que se realizará independentemente de número, e sob a presidência do Vereador que mais recentemente tenha exercido cargo na Mesa ou, na hipótese de inexistir tal situação, do mais votado entre os presentes, os demais Vereadores prestarão compromisso e tomarão posse. O Vereador que não tomar posse na sessão prevista neste artigo deverá fazê-lo no prazo de 15 (quinze) dias, salvo motivo justo aceito pela maioria de dois terços (2/3) da Câmara Municipal, sob pena de perda do mandato. Nota: Depois da posse e havendo maioria absoluta dos membros da Câmara, elegerão os componentes da Mesa, que ficarão automaticamente empossados Das Sessões A sessão legislativa anual desenvolve-se de 15 de fevereiro a 30 de junho e de 1º de agosto a 15 de dezembro, independentemente de convocação. As sessões serão públicas, salvo deliberação em contrário de dois terços (2/3) dos Vereadores, adotada em razão do motivo relevante. As sessões somente poderão ser abertas com a presença, no mínimo, um terço (1/3) dos membros da Câmara. O disposto neste artigo não se aplica às sessões solenes, que se realizarão com qualquer número de Vereadores presente. LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE ESTÂNCIA PROF. ANTÔNIO SILVESTRE Considerar-se-á presente à sessão o Vereador que assinar o livro de presença até o início da Ordem do Dia, participar dos trabalhos do Plenário e das votações. Tipos de sessões: ORDINÁRIA A sessão legislativa ordinária não será interrompida sem a deliberação sobre o projeto de lei de diretrizes orçamentárias. Extraordinária A convocação extraordinária da Câmara Municipal far-se-á: I – pelo Prefeito, quando este entender necessário; II – pelo Presidente da Câmara para o compromisso e a posse do Prefeito e do Vice-Prefeito; III – pelo Presidente da Câmara ou a requerimento da maioria dos membros da Casa, em caso de urgência ou de interesse público relevante; IV – pela Comissão Representante da Câmara, Art. 34
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