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Relação do Sistema Nervoso com outros sistemas

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Raquel Nunes – Fisiologia 2° período 
Neurofisiologia Humana 
 
 
 
Relação do Sistema Nervoso com outros 
sistemas: 
Tegumentar: 
Controlam as contrações dos músculos 
liso associados a folículos pilosos e a 
secreção de suor pelas glândulas 
sudoríparas. 
 
Esquelético: 
Receptores álgicos (dor) no tecido ósseo 
sinalizam lesões ou traumas (osso quando 
quebra dói). 
 
Muscular: 
Neurônios motores somáticos recebem 
instruções de áreas cerebrais motoras e 
estimulam a contração de músculos. 
Regulam o tônus muscular. 
O cerebelo coordena os movimentos 
complexos. 
 
Endócrino: 
Hipotálamo regula a secreção de 
hormônios pela adeno-hipofise e neuro-
hipófise. 
 
O SNA regula a secreção de hormônios 
pela medula da glândula suprarrenal e 
pâncreas. 
 
Circulatório 
O SNA regula a frequência cardíaca e a 
força das contrações cardíacas. 
 
Imunolinfático: 
Neurotransmissores auxiliam na regulação 
de respostas imune. 
A atividade do SN pode aumentar ou 
diminuir as respostas imunes. 
 
Respiratório 
Tronco encefálico funciona com centro 
respiratório, controlam a respiração e 
profundidade. Uma lesão medular-
encefálica pode levar a problemas 
respiratórios. 
 
Digestório 
Peristaltismos 
 
Funções básicas 
Integradora: coordenação das funções de 
vários órgãos. 
 
 
 
 
 
 
Obs: Nesses casos NUNCA deve ser 
ingerido medicamentos inibidores das 
cólicas ou evacuação, pois o agente 
infeccioso deve ser extinto do organismo. 
Em caso de diarreia, fazer reposição de 
líquido. 
Sensorial/aferente: 
dor, calor, frio, pressão e tato. 
Dor: Identificado pelas Terminações 
nervosas livres 
Tato: Identificado pelo Corpúsculo de 
Meissner. 
Ex: Infecção Intestial → 
aumento do 
peristaltismo → Cólicas 
abdominais (sinal de 
alerta). 
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Calor: Identificado pelo Corpúsculo de 
Rufifini 
Pressão: Identificado pelo Corpúsculo de 
Peccini. 
Frio: Identificado pelos discos de Merkel, 
Meca receptores da epiderme (presente 
nas pontas dos dedos e na base dos 
folículo pilosos – calafrio ou arrepios). 
 
O tecido nervoso e formado por: 
➢ Neurônios 
Ou célula nervosa, é uma unidade 
estrutural e funcional do SN que é 
especializada no transporte rápido de 
comunicação corpo – cérebro. 
Suas partes são: 
Corpo - Axónio- Bainha de mielina - 
Dendrito 
Corpo: dendrito, núcleo, citoplasma 
alongado, cone de implantação. 
 
É o centro metabólico neural, responsável 
pela síntese proteica neural. É também 
um local de recepção de estímulos através 
dos contatos sinápticos. 
 
Dendritos: Numerosos prolongamentos 
especializados em receber estímulos e 
unir os neurônios. 
 
Bainha de Mielina: Possui células de 
Schwann (células satélite não mielinizada), 
de natureza lipídica, funciona como 
isolante elétrico para evitar perda de 
impulsos nervosos. Caso ocorra, tem-se 
uma desmelienização neurodegenerativa 
(esclerose múltipla). 
 
Nódulos de Ranvier: regiões não cobertas 
pela bainha. 
 
Axônio terminal: presença de vesículas 
com neurotransmissores. 
 
Axônio: 
 Axônio inicial. 
 
 Bainha de mielina, 
 
 Nódulo de Ranvier 
 
 Axônio terminal pré-sináptico 
 
 Fenda sináptica 
 
▪ Axônio inicial. 
▪ Bainha de mielina, 
▪ Nódulo de Ranvier (espaço entre 
uma bainha e outra), 
▪ Axônio terminal pré-sináptico fenda 
sináptica (espaço entre terminal 
Axonal e outro dendrito pré-
sináptico) – (ao final de cada 
dendrito possui botões sinápticos 
contendo vesículas.) 
 
Obs: Ao final de cada terminal Axonal 
encontra-se outra célula - alvo que pode 
ser outro neurônio ou uma glândula que 
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Os axônios longos dos neurônios 
periférico aferentes e eferentes são 
agrupados junto com tecido 
conectivos, formando fibras que se 
parecem cordas, denominadas 
nervos, que se estendem a partir do 
SNC para os alvos desses neurônios. 
 
ao ser estimulada sintetiza uma 
substância. 
Ou seja, se for um neurônio, a 
comunicação vai continuar acontecendo 
por meio da fenda sináptica. Mas, se for 
uma glândula, essa sinapse vai estimula-la. 
 
 
 
 
 
 
 
➢ Células Glia (neuroglia) – suporte 
Micróglia – Oligodendrócitos – Astrócito – 
Ependimócitos. 
 
Astrócito: 
Dentre as suas funções, destaca-se a de 
nutrição. As extremidades dos 
prolongamentos dos Astrócito (pés 
vasculares) circundam os vasos sanguíneos 
e através deles os nutrientes são levados 
até o neurônio. 
Também conectam os vasos aos nervos. 
 
Oligodendrócitos: 
Possuem núcleo esférico e são menores 
que os Astrócito. Essas células são 
encontradas na substância branca e 
cinzenta. 
Na substância branca, eles são 
encontrados envolvendo os axônios de 
alguns neurônios, formando, assim, uma 
membrana rica em substância lipofílica 
denominada bainha de mielina. 
 
Micróglia: 
Também estão presentes nas substâncias 
brancas e cinzenta do sistema nervoso 
central. Essas células são alongadas e 
pequenas, com núcleo em forma de bastão 
e cromatina condensada. 
 
Elas atuam na defesa imune do SNC 
realizando a fagocitose dos 
microogranismo. 
 
Ependimócitos: 
células cúbicas ou colunares, com núcleo 
ovoide e cromatina condensada. 
 
Suas funções são revestir os ventrículos 
encefálicos e o canal central da medula. 
 
 
Transporte Axonal 
Os peptídeos são sintetizados no Reticulo 
Endoplasmático Rugosos e envelopados 
no aparelho de Golgi. 
 
O transporte rápido move vesículas e 
mitocôndrias ao longo da rede de 
mitocôndrias. 
 
O conteúdo das vesículas é liberado por 
exocitose. 
A vesícula sináptica e reiniciada. 
 
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Transporte Axonal retrogrado rápido. 
 
Os componentes velhos de membrana são 
digeridos nos lisossomos. 
 
Anatomia do Neurônios 
Pseudounipolar: 
✓ Neurônio sensorial 
 
✓ Atua nos sentidos somáticos 
 
✓ Tem um único processo, chamado 
de Axônio. Durante o 
desenvolvimento, o dendrito 
fundou-se com axônio. 
 
Bipolar / Interneurónio: 
✓ Neurônio sensorial 
 
✓ Atual no olfato ou visão 
 
✓ Possui duas fibras relativamente 
iguais se estendendo a partir do 
corpo celular central. 
 
Anaxónico: 
✓ Interneurônios do SNC 
 
✓ Não possuem axônio aparente. 
Possui o corpo e os dendritos 
(aparência de ovo estalado) 
Multipolar: 
✓ Mais comuns, são muito 
ramificados mas não tem extensões 
longas. 
 
✓ Em um neurônio eferente 
multipolar típico tem de 5 a 7 
dendritos, cada um se ramificando 
de 4 a 6 vezes. 
Um único axônio longo pode ramificar-se 
diversas vezes e terminar nos terminais 
axonais alargados. 
 
Potencial de Repouso e Ação 
Quando uma célula recebe elétrons fica 
carregada negativamente, já quando ela 
doa, fica carregada positivamente. 
Podemos dizer então, que cada uma 
dessas células apresenta um potencial 
elétrico. 
 
Quando temos duas células com 
diferentes potenciais elétricos, dizemos 
que existe entre elas uma diferença de 
potencial (d.d.p). 
Consequentemente, se ligarmos essas 
duas células através de um fio condutor, 
no caso o axônio, haverá uma corrente 
elétrica (impulso nervoso) no sentido da 
célula que possui mais elétrons (potencial 
negativo) para a que possui menos 
(potencial positivo). 
 
As células apresentam d.d.p. entre seu 
meio interno (intercelular) e externo 
(extracelular). Esse fenômeno é conhecido 
como potencial de membrana, existente 
sob duas formas: o potencial de repouso e 
o potencial de ação. 
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Potencial de Repouso: 
Ocorre a alternância entre o transporte 
passivo e ativo de íons. Há a entrada 
passiva de íons sódio (Na+), que 
posteriormente são expulsos ativamente, 
ao mesmo tempo em que íons potássio 
(K+) entram ativamente. 
Em seguida, o K+ sai passivamente da 
célula, tornando o meio externo positivo 
em relação aomeio interno. Com isso, a 
célula fica polarizada. 
 
Quando está em repouso, a diferença de 
potencial (d.d.p.) do neurônio é 
aproximadamente -75 mV, indicando que 
o interior da célula está negativo em 
relação ao meio exterior. 
O potencial de repouso ocorre quando o 
potencial de membrana não é alterado 
por potenciais de ação. 
 
Potencial de Ação 
Consiste em uma variação brusca do 
potencial de membrana, provocada por 
um estímulo. Quando uma célula nervosa 
é excitada por um estímulo que atinja o 
seu limiar de despolarização (-65mV), um 
potencial de ação é gerado dentro da lei 
do ‘’tudo ou nada’’. O potencial de ação é 
caracterizado por três etapas diferentes: 
➢ Despolarização 
➢ Repolarização 
➢ Hiperpolarização. 
 
Despolarização (entrada de sódio) 
Quando uma célula excitável (neurônio) 
recebe um estímulo nervoso do tipo limiar 
ou supra limiar, sua d.d.p. de repouso é 
elevada até o limitar de despolarização ou 
o ultrapassa, respectivamente, 
desencadeando o potencial de ação. 
Neste momento, na membrana celular 
abrem canais de sódio (Na+). 
Com isso, grande quantidade de sódio 
entra na célula, tornando seu interior mais 
positivo e seu exterior mais negativo. Este 
mecanismo é conhecido como 
despolarização e a d.d.p. nesta fase é 
aproximadamente +45mv. 
 
Repolarização (saída de potássio) 
 
A entrada de grande quantidade de Na+ 
na célula estimula o fechamento dos 
canais de Na+ e a imediata abertura de 
canais de K+, ocorrendo a saída de K+. 
Nesta fase, a bomba de sódio-potássio 
funciona transportando ativamente três 
moléculas de Na+ para o exterior e 
recolocando duas moléculas de K+ no 
interior da célula, tornando seu interior 
mais negativo e seu exterior mais positivo. 
 
 
O transporte ativo de íons envolve gasto 
de energia, nesse caso, ocorre o aumento da 
atividade metabólica celular para a obtenção de 
maior suprimento energético. 
Na célula, uma molécula de adenosina 
trifosfato (ATP) é quebrada, liberando um fosfato 
inorgânico (Pi), uma molécula de adenosina 
difosfato (ADP) e energia, necessária para o 
transporte dos íons. 
A repolarização faz com que o potencial 
de membrana volte a ser negativo, retornando a 
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sua d.d.p. normal de potencial de repouso (-75 
mV). 
 
Hiperpolarização (saída do excesso de 
potássio) 
Quando uma célula recebe um estímulo 
inibitório, ocorre a saída do íon potássio 
(K+) e a entrada do íon cloro (Cl-), 
tornando o meio interno da célula mais 
negativo e o meio externo mais positivo, 
inibindo a propagação do potencial de 
ação. 
A hiperpolarização dura alguns 
milissegundos e, nesta fase, a d.d.p. pode 
chegar até a -90mV. 
 
Estímulos Despolarizante 
Mecanoreceptor: 
A pressão abre o canal iônico 
 
Termorreceptor: 
A temperatura influência na membrana 
plasmática que controla um canal iônico. 
 
Eletroreceptor: 
Uma carga elétrica abre um canal iônico. 
 
Quimiorreceptor: 
Uma molécula presente no ar ou no 
alimento se liga a um receptor que 
controla um canal iônico por intermédio 
de uma sequência de reações 
intracelulares. 
Ocorrem por meio de neurotransmissores 
que são transportados dentro de vesículas 
sinápticas. 
 
Fotorreceptor; 
A luz modifica uma proteína de membrana 
que controla um canal iônico. 
 
Transmissão Neural 
Resposta com base no estimulo 
Um estimulo e gerado (calor) os sensores 
de recepção da pele estimula o neurônio 
aferente que leva informação para o SNC 
(pelo Interneurônios). 
Este envia uma mensagem ao neurônio 
eferente/motor pra que execute uma ação 
(tirar a mão do calor) por meio da 
retração musculoesquelética. 
 
Obs: Lei do Tudo ou Nada 
A lei do tudo ou nada explica que um 
neurônio só consegue gerar um impulso 
nervoso se a intensidade do estímulo for 
igual ou acima de um limiar de 
despolarização, fazendo com que a sua 
membrana seja despolarizada e 
repolarizada. 
 
Lembrando que: 
Antes do estimulo, a membrana esta 
polarizada (+ fora e – dentro) com pleno 
funcionamento da bomba ( sai 3 Na+ e 
entra 2 K+). 
Após o estimulo, a membrana entra em 
potencial de ação (Na+ entra e K+ sai) 
Raquel Nunes – Fisiologia 2° período 
deixando a membrana internamente 
positiva e externamente negativa.

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