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Histologi� -É o estudo das células e dos tecidos do corpo e de como essas estruturas se organizam para constituir os órgãos. -seu estudo é realizado com auxílio de microscópios; hystos= tecidos Logos= estudo -estudo dos tecidos; Quais são os níveis de organização para estudo? -Tecidos= conjunto de células especializadas que atuam de modo integrado, desempenhando funções definidas; formados por : Células + Matriz Extracelular ( MEC) -Mec - produzidos pelas células - tem uma grande interação com elas - por isso é uma unidade contínua; -Tecidos fundamentais : são formados por várias células características daquele tecido; diferenciando do tipo de célula, estruturas, funções; -Órgãos : Formados pelas associações de vários tecidos; ➔ Métodos de Estudo em Histologia ➔ Preparação de Tecidos ou Espécimes1 para Exame Microscópico -pequena dimensão das células e dos componentes da MEC faz com que a histologia dependa do uso de microscópios; - procedimento mais usado >> Microscópio de Luz >> preparação de cortes histológicos; -conhecimento dos instrumentos > fundamental; -Microscópio Óptico >> imagem se forma a partir dos raios luminosos de um feixe de luz que atravessou uma estrutura; -por, na maioria, os tecidos e órgãos serem espessos > não possibilitam a passagem adequada do feixe de luz para formação da imagem >> devem ser fatiados em secções ou cortes histológicos muito delgados que são colocados sobre lâminas de vidro >> Micrótomos ; antes os tecidos e órgãos necessitam passar por uma série de tratamentos até ir para o Microscópio óptico ★ Tipos de preparação ➢ A fresco : observação ao microscópio de células, pequenos organismos vivos ou fragmentos de tecidos vivos, num meio líquido o mais próximo possível do meio natural desses organismos. finalidade >>> é permitir a observação de estruturas “in vivo”, de modo a poder observar manifestações funcionais. ➢ Permanente : feitos para durarem muitos anos, dependendo de como foram tratados os objetos (fatias, células etc.) da lâmina; ★ ETAPAS fixação dos tecidos, desidratação, inclusão, microtomia (corte em fatias finas), coloração e montagem de lâminas 1. COLETA do material ou amostra - remover amostras de tecido de um determinado organismo. -Biópsia: Coleta realizada por meio de cirurgia, quando o animal está vivo. - Necrópsia: Coleta realizada após a morte do animal. - Vivissecção: é o ato de dissecar um animal vivo com o propósito de realizar estudos >> CRUELDADE; 1 amostra; 2. FIXAÇÃO -Deve ser realizada o mais rápido possível, após a retirada da amostra; -paralisa o metabolismo celular e preserva as estruturas do tecido para os tratamentos posteriores -o agente fixador usado deve: *Evitar a autólise > digestão dos tecidos por enzimas presentes nas próprias células; *Endurecer as células para que elas resistam melhor as etapas seguintes da técnica; *preservar em grande parte a estrutura e a composição molecular dos tecidos *Impedir a atividade e proliferação de bactérias; -fixação física: através de calor ou frio rápido (congelamento) >> usado criostato para corte h.; usados em hospitais > peças cirúrgicas > resultados rápidos; possibilita a preparação rápida de cortes sem passar pelo longo procedimento de desidratação e inclusão descrito anteriormente >> habitualmente utilizado em hospitais para que seja possível analisar, em poucos minutos, espécimes obtidos durante procedimentos cirúrgicos; útil para o estudo histoquímico de enzimas e de outras proteínas em cortes histológicos (não inativa a maioria das enzimas e mantém muitas proteínas em suas conformações naturais e em seus locais originais) -fixação química: obtida quando se utilizam substâncias químicas capazes de formar reações com os sítios das biomoléculas, estabilizando-as e impedindo a alteração tecidual, tanto química quanto física >> usado o micrótomo p/ corte h.; mais comum; Como demora algum tempo para que o fixador se difunda de maneira rápida e completa pelo interior dos fragmentos, fragmento deve ser cortado em outros menores antes de ser imerso no fixador >> torna-se mais fácil a penetração do fixador no fragmento e garante-se melhor preservação da sua estrutura; volume de fixador empregado deve ser 20 a 30 vezes maior que o volume da amostra; ex. formol tamponado 4% ou 10% durante no mínimo 24 horas(mais usado/formaldeído); glutaraldeído2; -microscópio eletrônico : em virtude da alta resolução oferecida > necessário um cuidado muito maior na fixação para mais bem preservar detalhes da ultraestrutura das células e da matriz > necessário uma fixação dupla, usando uma solução de glutaraldeído tamponado, seguida por uma segunda fixação em tetróxido de ósmio, que preserva e fornece contraste aos lipídios e proteínas; 2 r reagem com os grupos amina (NH2 ) das proteínas; 3. INCLUSÃO OU EMBEBIÇÃO -após a fixação, tecido deve ser infiltrado com substâncias que lhes proporcionem uma consistência rígida p/ realizar os cortes delgados; -são usados utilizados para esse fim a parafina líquida (microscopia óptica) e algumas resinas de plástico (M. Óptica e eletrônica); -precedido por 2 etapas: desidratação e clareamento necessário p/ que a parafina consiga se infiltrar no tecido porque a parafina é um lipídio e não é solúvel em água, por isso é necessário tirar a água do tecido primeiro para que ela se infiltre nele (desidratação) através de banhos de etanol 70% até 100% (há o tempo certo para ficar em cada % de álcool) depois da desidratação deve-se usar uma substância3 que seja miscível tanto no meio de inclusão( parafina ou resina ) quanto no álcool; essa substância deixa o tecido transparente por substituir o álcool (clareamento ou diafanização); Para a inclusão em parafina: xilol e o toluol; material em seguida, tecidos são colocados em recipientes contendo parafina líquida a 56 a 60ºC é colocado em estufa na mesma temperatura >> parafina derrete >> calor causa a evaporação do solvente orgânico, e os espaços existentes dentro dos tecidos tornam-se preenchidos com parafina; Depois de os fragmentos serem retirados da estufa, a parafina solidifica a T° ambiente e eles se tornam rígidos junto com o tecido formando blocos; -blocos de parafina que contêm os tecidos são então levados a um micrótomo, onde são seccionados por uma lâmina de aço ou de vidro, de modo a fornecer cortes de 1 a 10 micrômetros de espessura 3 geralmente um solvente orgânico; -Após serem seccionados, os cortes são colocados para flutuar sobre uma superfície de água aquecida > BANHO MARIA (distendidos em água aquecida a 56º C em aparelho aquecedor com termostato para evitar micro dobras no material) tem que prestar atenção na identificação prestar atenção na posição do corte 4. PESCAGEM da amostra -Consiste em mergulhar a lâmina na água e coletar o material esticado sobre a lâmina. -Em seguida a lâmina é colocada na estufa para que seja feita a secagem, e a parafina derreter para o tecido se colar mais na lâmina, a fusão da parafina impregnada no tecido e evitar o aparecimento de micro dobras; 5. COLORAÇÃO -antes precisa hidratar de novo para que consiga corar; - vai ser usado xilol (5 minutos cada/limpam a parafina p/ retirar do tecido) e álcoois de % decrescente (3 minutos cada), depois a hidratação com água corrente (10 minutos), corante (Hematoxilina 45 segundos a 1 minuto e tirar 3 segundos antes de fechar o tempo), lavagem em água corrente(5 minutos), corante (eosina 25 segundos e tirar 3 segundos antes), lavagem (em água parada) e álcool pós eosina (6 segundos tirando e botando), depois botar 5 minutos no álcool absoluto pós eosina, e dps deixar o tecido 5 minutos em cada quantidade de xilol (3 frascos) e depois pegar a resina e pingar na lamínula e deixar secar e pegar o tecido e pingar na lâmina e deixar secar (pingar na parte do tecido pra cima/se tiver alguma bolha no tecido vai apertando com delicadeza para retirá-la) -tecidos são incolores >> devem ser coradas; -métodos de coloração que tornam evidentes os vários componentes dos tecidos, das células e da MEC; -Muitoscorantes4 se comportam como substâncias de caráter ácido ou básico e tendem a formar ligações eletrostáticas (salinas) com componentes ionizados dos tecidos; - Corantes ácidos: possuem carga elétrica negativa (-), com afinidade por componentes básicos do tecido (carga +); tecidos ou estruturas que se coram com corantes ácidos > acidófilos ex. citoplasma e matriz extracelular ; corante ácido é a eosina (rosada); orange G; fucsina ácida; mitocôndrias , grânulos de secreção , proteínas citoplasmáticas e colágeno; -Corantes básicos: possuem carga elétrica positiva (+) com afinidade por componentes ácidos dos tecidos (-); -tecidos que se coram com corantes básicos > basófilos 4 compostos orgânicos aromáticos e coram seletivamente os componentes teciduais, como as células e a matriz extracelular; ex. núcleo; corante básico hematoxilina(azul); azul de toluidina; azul de metileno; ácidos nucleicos , glicosaminoglicanos e glicoproteínas ácidas; -combinação de hematoxilina e eosina (HE) > mais usada; -hematoxilina > cora em azul ou violeta o núcleo das células e outras estruturas ácidas (tais como porções do citoplasma ricas em RNA e a matriz extracelular da cartilagem hialina ) -eosina > cora o citoplasma e o colágeno em cor-de-rosa; -tricrômicos (p. ex., os corantes de Mallory e de Masson) > mostram muito bem o núcleo e o citoplasma, ajudam a diferenciar colágeno de músculo liso; -Em muitos procedimentos (ver Imunocitoquímica) os resultados de uma reação são evidenciados por um precipitado ou por um corante fluorescente, mas as células e os seus limites não são visíveis (usado um contracorante – corante aplicado a um corte apenas para tornar possível a visualização das células ou dos núcleos) -Coloração pela prata ou metal – Algumas substâncias intra e extracelulares promovem a redução do nitrato de prata que formam precipitados negros em estruturas como fibras reticulares dos linfonodos, por exemplo; (muito usado para estudar tecido nervoso); 6. MONTAGEM -Após a coloração, coloca-se uma gota de resina sintética (Entellan) sobre o corte ou sobre uma lamínula >> Esta é então, colocada e comprimida sobre o corte, de modo a espalhar-se a resina em fina camada entre a lâmina e lamínula; -Após a secagem, as lâminas podem ser observadas ao microscópio de luz; se eu quiser ver outra estrutura e ela ta corada não serve eu pego outro bloco corto faço os processos e coloro com outra substância de acordo com a estrutura que vc quer ver ➔ Microscopia de luz -preparações coradas são examinadas por iluminação que atravessa o espécime (transiluminação); -composto de partes mecânicas e ópticas; -ópticas: lentes condensadoras, objetivas e oculares; -condensador concentra a luz de uma lâmpada e projeta um feixe luminoso sobre o espécime; - objetiva recebe a luz que atravessou o espécime e projeta uma imagem aumentada do espécime em direção à ocular; -ocular, que novamente amplia a imagem e a projeta na retina, em uma tela, em uma câmera fotográfica ou em um detector eletrônico; -ampliação total: aumento da objetiva x aumento da ocular; ➢ poder de resolução: -menor distância entre duas partículas ou entre duas linhas, distância essa que possibilita que elas sejam vistas como dois objetos separados; -permite a obtenção de uma imagem aumentada e com muitos detalhes; -poder máximo do m.óptico é de aproximadamente 0,2 μm; -torna possível a obtenção de boas imagens aumentadas até 1.000 a 1.500 vezes; (Objetos menores ou mais delgados que 0,2 μm (como, por exemplo, a membrana da célula ou um filamento de actina ) não podem ser distinguidos com esse instrumento) o que determina a riqueza de detalhes da imagem é o limite de resolução de um sistema óptico, e não seu poder de aumento -depende essencialmente da objetiva; (ocular apenas aumenta a imagem) ➢ Microscopia de contraste de fase e de contraste diferencial de interferência -usa um sistema de lentes que produz imagens visíveis de objetos quase transparentes; -possibilitam a observação de células e cortes não corados; (difíceis de serem observados com detalhes, pois todas as partes da amostra têm quase a mesma densidade óptica5) -transforma diferenças de fase dos raios luminosos em diferenças de intensidade luminosa; -estruturas celulares apareçam na fase positiva ( escuras ) ou na fase negativa ( claras ); 5 quantidade de matéria presente; ➢ Microscopia Confocal -combina a microscopia de fluorescência com a análise eletrônica de imagens para obter imagens com contrastes e detalhes aumentados; -Infelizmente a imagem fornecida pelos microscópios não costuma ser composta de um único plano >> há superposição de vários planos >> causando certo grau de deterioração da imagem; -torna possível focalizar um plano muito delgado do espécime. - forma-se uma imagem nítida do plano focalizado e, simultaneamente, a ela está superposta à imagem "borrada" dos outros planos da célula; -O espécime é iluminado por um feixe de luz muito estreito; -A imagem coletada do espécime deve passar por um orifício muito pequeno; - definição do objeto focalizado torna-se melhor e a localização de componentes do espécime pode ser feita com muito mais precisão que ao microscópio de luz; (1) a iluminação é provida por uma fonte de laser; (2) como esta fornece um ponto de iluminação muito pequeno, o feixe deve ser varrido sobre o espécime para possibilitar a observação de uma área maior; (3) o componente do espécime que é de interesse deve ser marcado com uma molécula fluorescente (isso significa que uma secção rotineira não pode ser estudada); (4) a luz usada para formar uma imagem é aquela porção que é refletida pelo espécime; (5) a luz refletida é capturada por um detector, em que o sinal é amplificado eletronicamente para ser visto em um monitor. -Como somente um plano focal muito delgado é focalizado de cada vez (também chamado de secção óptica), é possível depois reunir os vários planos de um espécime e reconstruí-los em um objeto tridimensional; ➢ Microscópio de Interferência -baseia-se em princípios semelhantes aos do microscópio de fase, porém tem a vantagem de fornecer resultados quantitativos. -as variações de fase podem se refletir em mudanças de cor tão acentuadas que as células vivas parecem coloridas. - tipo especial é o chamado microscópio de Nomarski, no qual um raio de luz único atravessa o material e a objetiva e, em seguida, se divide em dois raios que interferem entre si por meio de um prisma birrefringente. Também são usados filtros que atuam como polarizadores e analisadores e um prisma compensador situado no condensador. A imagem resultante apresenta um relevo característico >> particularmente útil para o estudo das células vivas durante a mitose. ➢ Microscopia de fluorescência -usado para o estudo da distribuição intracelular de moléculas; -Quando algumas substâncias são irradiadas por luz de um determinado comprimento de onda, elas emitem luz com um comprimento de onda mais longo >> Fluorescência; -as secções são iluminadas por uma fonte de luz de mercúrio sob alta pressão. -um corante fluorescente é uma molécula que absorve luz em um comprimento de onda e emite luz em um segundo comprimento de onda >> usado para marcar a molécula de interesse dentro de células fixadas ou vivas >> Substâncias fluorescentes que tenham afinidade por moléculas encontradas nas células ou na matriz extracelular podem ser usadas como corantes fluorescentes; -essa fluorescência é detectada pela iluminação da amostra com luz no comprimento de onda que excita o corante, seguida do uso de filtros adequados para detectar o comprimento de onda específico que o corante emite. - as substâncias fluorescentes são observadas como objetos brilhantes e coloridos; ex. de corantes fluor. - alaranjado de acridina, que pode combinar-se com o DNA e o RNA. -Outra aplicação importante resulta da combinação química de substâncias fluorescentes com moléculas que se ligam especificamente a componentes das células e dos tecidos, tornando possível assim a identificação desses componentespor meio da fluorescência que eles irão emitir; ex. isotiocianato de fluoresceína – FITC; -um avanço dela foi o uso de proteína fluorescente verde ( GFP ) para visualizar proteínas dentro de células vivas sem precisar corar e fixar a célula;
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