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Trabalho Saude Mental - O holocausto brasileiro

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Curso Cures 
Aluno (a): Lilia dos Santos Batista Matéria: Saúde Mental 
Turma: Enfermagem 06 Professora: Vitória Larissa 
 
 
Relatório do documentário Holocausto Brasileiro 
 
 
Em 1900 foi criado o Hospital Psiquiátrico de Barbacena, mais conhecido como 
Colônia. 
Ali, seriam internadas pessoas com problemas psicológicos, quando na verdade 
eram internados parentes indesejados ou com alguma deformidade física ou quando se 
era feito alguma coisa errada (tipo engravidar a empregada) por habitantes ricos da 
região. 
O hospital feito para suportar apenas 200 pessoas, quando na verdade havia 5000 
“pacientes”. 
A sociedade resolveu juntar ali, tudo o que era indesejado desde prostitutas, 
esposas que foram trocadas por amantes, mães solteiras, mulheres que perderam a 
virgindade antes de casar ou estupradas, homossexuais, indigentes e até crianças 
com deformidades físicas ou deficiência neurológicas. 
Os relatos dos funcionários que atuavam na época são muito tristes e 
assustadores. Mães que tinham seus filhos arrancados dos braços quando eram recém-
nascidos, pessoas sem higiene básica e alimentação inadequada e eram aglomerados em 
alas que pareciam celas. 
Devido ao tratamento inadequado, muitos pacientes não progrediam 
clinicamente e os que já tinham comportamentos agressivos, ficavam ainda pior. 
Devido ao abandono de pacientes, muitos dos que iam a óbitos, seus corpos 
eram comercializados para faculdades da região. 
O descaso era tanto que muitos dos profissionais contratados não tinham 
certificação para atuar na área da saúde. 
Fotos daquela época foram tiradas por uma equipe de reportagem, no qual hoje é 
muito difícil diferenciar os pacientes do Hospital Colônia de um campo de 
concentração nazista. 
 A maioria dos pacientes eram negros e pobres, os homens que eram 
considerados ”lúcidos” aceitavam maços de cigarros ou bebidas para executar serviços 
para limpeza das ruas ou nas casas de funcionários do próprio hospital. 
 Para reconstituir a história (genocídio) do hospício, a autora (Daniela Arbex) 
entrevistou pacientes sobreviventes, psiquiatras e ex-funcionários da época e ao 
pesquisar a fundo a história da luta contra o descaso de uma parte de uma historia 
horrível que por incrível que pareça aconteceu no Brasil. Ela revirou arquivos, leu 
Foucault (filósofo francês que estudou e escreveu sobre a loucura) e encontrou o 
acervo fotográfico de uma reportagem/denúncia feita pela revista O Cruzeiro, com 
imagens que por si só já contam esta triste história. 
O Holocausto Brasileiro expõe o descaso profissional, os maus tratos ao ser 
humano, a miséria humana, não para se fazer publicidade da autora, mas para que as 
pessoas saibam possam fazer diferente daquela época e que o ser humano deve ser 
respeitado independente da sua condição social, física e mental.

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