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resenha filme Estamira e Holocausto brasileiro

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Resenha sobre os documentários assistidos
Estamira: O documentário nacional Estamira, foi produzido no ano de 2006 por Marcos
Prado. Possibilita uma compreensão e uma reflexão acerca da saúde mental e a construção
histórica da loucura em uma sociedade marcada com vigoroso discurso medicamentoso e
psiquiátrico.
Estamira foi diagnosticada com esquizofrenia, e passou a identificar-se fortemente com o
lixo, no qual convive e tem contato diário. Estamira apresentou um histórico de vida
bastante conturbado, sofreu violência doméstica, infidelidade nos dois casamentos,
violência sexual e fome. Após esses eventos ela começou a desencadear quadros de
alucinações, levando o desenvolvimento da esquizofrenia. Estamira faz diversas críticas
em relação ao trabalho, à educação e a medicalização. Ela comenta do uso do
medicamento diazepam que a deixa ainda mais louca. Estamira sustenta uma verdade, ela
revela o resto que negamos em nós mesmos.
Holocausto brasileiro: O filme Holocausto brasileiro foi baseado no livro escrito pela
jornalista Daniela Arbex. O filme causa certo choque emocional, retrata como a saúde
mental era pouco conhecida antigamente, e os tratamentos totalmente sem sucesso. Esses
atos de desumanidade ocorreram no Hospital psiquiátrico na cidade de Barbacena -MG.
O Hospital colônia de Barbacena foi construído no ano de 1900, recebia pacientes de várias
partes do Brasil. Os pacientes eram submetidos a condições desprezíveis, como fome, frio,
os colchões eram feitos de capim por eles mesmo, e a quantidade de camas não eram
suficientes. O hospital recebia centenas de pacientes, e os recursos já não eram suficientes,
o que foi tornando a situação ainda mais crítica. Da forma mais cruel e real o local era um
depósito de pessoas excluídas da sociedade.
Ocorreu situações de exploração, onde muitos trabalhavam em construções, reformas do
próprio hospital e prestava serviços a prefeitura sem nenhuma remuneração. O holocausto
brasileiro assolou cerca de 60 mil pessoas, sendo homens, mulheres e crianças. Um fato
intrigante é que a maioria eram negros. Aos arredores havia um cemitério onde foi
enterrado grande parte das vítimas. Além disso, houve o comércio ilegal dos corpos, no
qual eram vendidos para faculdades de medicina. É evidente a corrupção que existia ali,
pois os corpos eram vendidos e não se sabe ao certo quem lucrava com isso.
Diante de tanta crueldade ninguém pagou por seus atos, foram várias pessoas que
contribuíram com isso. É triste ver até que ponto o ser humano foi capaz de chegar com
tanta falta de empatia e amor ao próximo.

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