Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PAULA LARISSA LOYOLA SOUZA BLOCO NUTRIÇÃO E METABOLISMO GT 4 P1: • Ornitina transcarbamilase (OTC) - enzima P2: • Quais são os distúrbios metabólicos relacionados à proteína e sua relação com a elevação amônia (NH3), desenvolvido pela criança? P3: • NH3 resultado da degradação de proteínas. • NH3 é naturalmente tóxica ao organismo o Deve ser convertida em ureia para ser descartada na urina (xixi) • Criança apresentou: o Vômito: ▪ Devido a deficiência enzimática corporal, de modo que há a tentativa de “jogar para fora” o excesso. ▪ Tentativa de eliminar a toxidade (↑ concentração de NH3) o Letargia (sonolência, déficit cognitivo, lento, bradicárdico): ▪ Devido a uma alcalose (↓ [H+]) o Irritabilidade: ▪ Resultado geral o Baixa concentração de citrulina: ▪ Relacionado ao metabolismo da proteína ▪ Citrulina: Suplemento Dilatex – promove vasodilatação • Uso em academias o Baixo nível de ornitina transcarbamilase (OTC): ▪ Relacionado ao metabolismo das proteínas ▪ Cascata do metabolismo proteico e fígado ▪ OTC baixa interfere na conversão da amônia em ureia, de modo que essa conversão não é feita. • Dieta com baixo teor de proteínas o Promove a degradação proteica o Tentativa de reverter a alta concentração de amônia P4: ANEXADO P5: • Compreender o metabolismo proteico • Estudar o ciclo da ureia o Entender o mecanismo da ação da citrulina • Compreender como ocorre o aumento da concentração de amônia (NH3) • Compreender o distúrbio proteico no metabolismo da criança Referências Bibliográficas: • HARVEY, Richard A.; FERRIER, Denise R. Bioquímica ilustrada. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2015. 1 recurso online. ISBN 9788536326917. Disponível em: <https://integrada.minhabiblioteca.com.br/b ooks/9788536326917>. Acesso em: 10 out. 2018. • NELSON, David L.; COX, Michael M. Princípios de bioquímica de Lehninger. 7. ed. Porto Alegre: ArtMed, 2018. Ebook. (1 recurso online). ISBN 9788582715345. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/b ooks/9788582715345. Acesso em: 8 ago. 2020. • BERG, Jeremy Mark; TYMOCZKO, John L.; STRYER, Lubert. Bioquímica. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. Ebook. (1 recurso online). ISBN 978-85-277-2388-6. Disponível em: <https://integrada.minhabiblioteca.com.br/b ooks/978-85-277-2388-6>. Acesso em: 17 fev. 2019. Amônia em Excesso https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788536326917 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788536326917 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788582715345 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788582715345 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/978-85-277-2388-6 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/978-85-277-2388-6 PAULA LARISSA LOYOLA SOUZA BLOCO NUTRIÇÃO E METABOLISMO GT 4 Aminoácidos Visão geral: • Os aminoácidos não são armazenados pelo organismo. • Os aminoácidos obtidos na direta são sintetizados ou produzidos pela degradação proteica. • Aminoácidos em excesso: são rapidamente degradados. • Catabolismo dos aminoácidos: 1. Remoção dos grupos α- amino a. Transaminação b. Desaminação oxidativa 2. Formação de amônia (NH3) e o α-cetoácido. 3. Amônia livre é excretada na urina e usada na síntese de ureia. Metabolismo do nitrogênio: • O catabolismo dos aminoácidos é parte do metabolismo dos compostos nitrogenados. • O nitrogênio (N2) deixa o organismo na forma de ureia, amônia e outros produtos . Princípios da bioenergética: • Proteínas são quebradas porque só absorvemos aminoácidos. • O catabolismo de proteínas endógenas também forma aminoácidos para proteólise e protogênese → estrutura corporal Fontes aminoácidos: • Dieta • Músculos • Tecidos • Nosso organismo é feito de proteína (órgãos e tecidos). o Exceto o tecido adiposo que é composto por lipídeo. Digestão das proteínas da dieta: • As proteínas são grandes demais para serem absorvidas pelo intestino. o Exceção de recém- nascidos: podem absorver anticorpos maternos presentes no leite, quando amentados. • As proteínas devem ser hidrolisadas, produzindo di e tri peptídeo, além de aminoácidos livre. • As enzimas proteolíticas responsáveis pela degradação das proteínas são produzidas no 20 aminoácidos dierente metabólico comum nitrogênio ureia (NH3)glutamato glutamina (músculo) Metabolismo de PAULA LARISSA LOYOLA SOUZA BLOCO NUTRIÇÃO E METABOLISMO GT 4 estômago, pâncreas e intestino delgado. Estômago • A digestão das proteínas começa no estômago, que secreta suco gástrico – uma solução ímpar, HCL e a proenzima pepsinogênio. 1. Ácido clorídrico (HCl): bastante diluído (pH 2 a 3) que hidrolisa proteínas. a. Secretado pelas células parietais. b. Mata algumas bactérias c. Desnatura proteínas (para hidrólise por proteases) 2. Pepsina: endopeptidase estável em meio ácido. a. Secretada pelas células principais (na forma proenzima → pepsinogênio). b. Pepsinogênio é ativado em pepsina c. Pepsina libera peptídeos e poucos aminoácidos livres a partir das proteínas da dieta. • Pepsina é convertida em pepsinogênio através da gastrina. o Gastrina é produzida nas células gástricas. Pâncreas – agem no intestino • Os grandes polipeptídios produzidos no estômago pela ação da pepsina são clivados por um grupo de proteases pancreáticas, resultando em oligo peptídeos e aminoácidos. 1. Enzimas: a. Tripsina b. Quimiotripsina c. Elastase d. Carboxipeptidase 2. Especificidade: cada enzima apresenta uma especificidade diferente para quebrar uma ligação peptídica. 3. Liberação de zimogênios: são pepsinogênios. a. Liberação mediada pela secreção de colecistocinina e de secretina 4. Ativação dos zimogênios: a enteropeptidase converte zimogênio → tripsina a. Remoção de um hexapeptídeo da extremidade -NH2 do tripsinogênio. b. Tripsina converte tripsinogênio em tripsina 5. Anormalidades na digestão de proteínas: a. Deficiência de secreções pancreáticas: a digestão e absorção de proteínas são incompletas. b. Quando proteínas não são digeridas ela passa pelo intestino grosso e PAULA LARISSA LOYOLA SOUZA BLOCO NUTRIÇÃO E METABOLISMO GT 4 são eliminadas nas fezes. i. Fezes secas (muita proteína) → descem rápido na água comum. Intestino delgado: • A superfície luminal do intestino contém a aminopeptidase – uma exopeptidase que cliva repetidamente o resíduo N- terminal dos oligopeptídeos, produzindo aminoácidos menos. • Enzimas: o Enteropeptidase o Aminopeptidase o Tripeptidase o Dipeptidases Absorção de aminoácidos e pequenos peptídeos: • Os aminoácidos livres são captados pelos enterócitos por meio de um sistema de transporte secundário ligado ao Na+ da membrana apical • Os dipeptídeos e tripeptídeos são captados por um sistema de transporte ligado a H+. • Peptídeos são hidrolisados no citosol, produzindo aminoácidos, antes de irem para o sistema porta. • Apenas aminoácidos livres são encontrados na veia porta. o Metabolizados pelo fígado o Liberados na circulação geral. Transporte de aminoácido para o interior das células: • Tem mais aminoácido no LEC do que no LIC, devido ao mecanismo de transporte ativo. o Hidrólise ATP • O intestino delgado e os túbulos proximais dos rins apresentam cisternas de transporte em comum para captação de aminoácidos. o Sistema de transporte responsável pela captação da cistina, ornitina, arginina e lisina: na cistinúria, o sistema não funciona, então, os 4 aminoácidos aparecem na urina. Remoção do nitrogêniodos aminoácidos: • A presença do grupo α-amino mantém os aminoácidos a salvo da de gradação oxidativa. • A remoção do grupo α-amino é um passo obrigatório no catabolismo de todos os aminoácidos. Depois da remoção: o Nitrogênio é incorporado em outros compostos ou excretados. o O esqueleto carbonado é metabolizado. Transaminação: o afunilamento dos grupos amino em direção à síntese de glutamato • Ocorre a transferência dos grupos α- amino para o α-cetoglutarato → formam α-cetoácido e o glutamato. PAULA LARISSA LOYOLA SOUZA BLOCO NUTRIÇÃO E METABOLISMO GT 4 • α-cetoácido: transforma os grupos amino em glutamato. • Glutamato: pode ser desaminado oxidativamente ou utilizado como doador do grupo amino na síntese de aminoácidos. • A transferência de grupo amino para outro é catalisada por aminotransferases: o Estão no citosol e na mitocôndria (rim, fígado, intestino e músculo) • Todos os aminoácidos, com exceção da lisina e da treosina, participam em transaminações em algum ponto do catabolismo. • Sobre as aminotransferases: 1. Especificidade quanto a seus substratos: cada aminotransferases é específica para algum doador de grupo amino. Reações importantes são catalisadas por: a. Alanina-aminotransferase (ALT) b. Aspartato-aminotransferase (AST) 2. Mecanismo de ação: requerem a coenzima piridoxal-fosfato; atua transferindo o grupo amino de um aminoácido para porção piridoxal da coenzima. a. Gera piridoxamina-fosfato 3. Equilíbrio das reações de transaminação: a. degradação do aminoácido pela remoção do grupo a-amino b. biossíntese pela adição de grupos amino a esqueletos carbonados de a- cetoácidos Glutamato-desidrogenase: a desaminação oxidativa dos aminoácidos • Resulta na liberação do grupo amino como amônia livre (NH3). • Reações ocorrem no fígado e no rim. • Fornecem: o α-cetoácidos que podem entrar nas vias centrais do metabolismo energético. o Amônia: fonte de nitrogênio na síntese da ureia (xixi) 1. Glutamato-desidrogenase: o glutamato é o único aminoácido que sofre rápida desaminação oxidativa, que fornecerá uma via por meio da qual os grupos amino podem ser liberados como amônia. (amino → NH3) a. Usa tanto NAD quanto NADP como coenzima. NAD é usado na desaminação oxidativa e o NADP na animação redutora. b. O sentido das reações depende da [glutamato, α- cetoglutarato e amônia] c. Reguladores alostéricos. Transporte de NH3 para o fígado • Dois transportes são utilizados: 1. Usa-se a glutamina-sintetase para combinar NH3 com glutamato e formar glutamina (não tóxica de transporte de amônia). a. Glutamina é transportada no sangue para o fígado → clivada em glutaminase → glutamato. 2. Transaminação do piruvato para formar alanina (músculos): PAULA LARISSA LOYOLA SOUZA BLOCO NUTRIÇÃO E METABOLISMO GT 4 a. Alanina transportada pelo sangue para o fígado → piruvato b. Alanina → piruvato (transaminação) O ciclo da ureia: • Ureia → eliminação dos grupos amino oriundo de aminoácidos. • Ureia perfaz 90% dos componentes nitrogenados da urina. • UREIA - CH₄N₂O o Nitrogênio: 1 átomo vem do NH3 e o outro do aspartato. o Carbono e oxigênio: derivados do CO2 • Ciclo ocorre no fígado. • Ureia é produzida no fígado, transportada do sangue até os rins para ser excretada. • Transfere glutamato e glutamina para ornitina. • Objetivo do ciclo: eliminar ureia (tóxica) • A ureia é o metabólico final do catabolismo oriunda da dieta • Excesso de nitrogênio → prejudica o organismo. • Excesso de ureia no xixi → excesso de proteína no metabolismo. Reações do ciclo: • As duas primeiras etapas ocorrem na mitocôndria. • As demais etapas ocorrem no citosol. 1. Formação do carbamoil-fosfato: ocorre pela enzima carbarnoil- fosfato-sintase I → impulsionada pela clivagem de 2 moléculas de ATP. a. Amônia incorpora na carbarnoil-fosfato pela desaminação oxidativa do glutamato 2. Formação da citrulina: porção carbamoila vai para a ornitina pela ornitina transcarbamoilase (OTC) a. Hidrolização de uma ligação fosfato b. A citrulina é transportada até o citosol c. ornitina e a citrulina são aminoácidos básicos que participam do ciclo da ureia, i. movem-se através da membrana mitocondrial interna via um Glicose Glicólise Piruvato piruvato transaminação alanina (fígado) PAULA LARISSA LOYOLA SOUZA BLOCO NUTRIÇÃO E METABOLISMO GT 4 Co transportador. d. A ornitina é regenerada a cada volta do ciclo da ureia, de modo bastante semelhante à regeneração do oxalacetato pelas reações do ciclo do ácido cítrico 3. Síntese de arginossucinato: a citrulina condensa-se com o aspartato pela enzima arginossuccinato sintetase → arginosuccinato. a. O grupo α-amino do aspartato fornece o 2º nitrogênio para ureia. 4. Clivagem do arginossucinato: ação da argininossucinato liase, produzindo arginina e fumarato 5. Clivagem da arginina → ornitina e ureia 6. Destino da ureia: sai do fígado, vai para os rins. Nos rins é filtrada e excretada pela urina. a. Urease bacteriana: cliva a ureia em CO2 e NH3 Estequiometria geral do ciclo da ureia: 𝐴𝑠𝑝𝑎𝑟𝑡𝑎𝑡𝑜 + 𝑁𝐻3 + 𝐶𝑂2 + 3𝐴𝑇𝑃 + 𝐻20 → 𝑢𝑟𝑒𝑖𝑎 + 𝑓𝑢𝑚𝑎𝑟𝑎𝑡𝑜 + 2 𝐴𝐷𝑃 + 𝐴𝑀𝑃 + 2𝑃𝑖 + 𝑃𝑃𝑖 Regulação do ciclo da ureia: • O N-acetil-glutamato é um ativador essencial da carbamoil- fosfato-sintetase 1- o passo limitante da velocidade para o ciclo da ureia. o Sintetizado a partir da acetil-coenzima A e do glutamato pela N-acetil- glutamato-sintase o Reação ativada pela arginina. • a concentração intra-hepática de N-acetil glutamato aumenta após a ingestão de uma refeição rica em proteína. o Fornece substrato (glutamato) e o regulador da síntese de N acetil- glutamato. o aumento na velocidade de síntese de ureia. Metabolismo da amônia: • produzidas por todos os tecidos do metabolismo e eliminada pela ureia. • O nível de amônia no sangue deve ser baixo pois são tóxicas para o SNC – mecanismo regulatório. Fontes de amônia: • Glutamina: o Produção feita nos rins. o Ocorre pela ação da glutaminase renal e da glutamato- desidrogenase. o NH3 excretada na urina como NH4+ o Hidrólise da glutamina → glutaminase intestinal PAULA LARISSA LOYOLA SOUZA BLOCO NUTRIÇÃO E METABOLISMO GT 4 • Pela ação bacteriana no intestino: a partir da urease bacteriana no lúmen intestinal. o Absorvida pelo intestino o Atinge a veia porta o Removida pelo fígado, convertida em ureia. • A partir de aminas: pela direta • A partir de purinas e pirimidinas: catabolismo das bases nitrogenadas – o grupo amino ligado aos anéis são liberados como NH3 Transporte da amônia na circulação: • A amônia está presente em níveis muito baixos no sangue. • Isso acontece devido à rápida remoção da amônia do sangue pelo fígado e ao fato de que muitos tecidos (em especial o músculo) liberam o nitrogênio dos aminoácidos na forma de glutamina ou alanina, em vez de liberá-lo como amônia livre. 1. Ureia: a formação da ureia é uma via para eliminação da amônia. A ureia circula no fígado para os rins → filtração → excreção. 2. Glutamina: armazena e transporta não tóxicos para a amônia. Hiperamonemia: • ↑ [NH3] ≥ 1.000 umol/L • Emergência médica, pois a amônia apresenta efeito neuro tóxico no SNC. o Intoxicação por amônia: tremores, discurso inarticulado, sonolência, edema , vômito e visão borrada. 1. Hiperamonemia adquirida: a. Adultos. b. Causas: Hepatite viral ou hepatotoxinas(álcool). c. Cirrose hepática 2. Hiperamonemia hereditária: a. Genético b. Deficiência da ornitina- transcarbamoilase ligada ao X c. Falha em sintetizar à ureia leva hiperamonemia durante as primeiras semanas após o nascimento. d. Tratamento: limitação da proteína na dieta e. A administração de compostos que se ligam covalentemente a aminoácidos, produzindo moléculas com nitrogênio que são excretadas na urina, tem aumentado a sobrevida dos pacientes. i. O fenilbutirato administrado oralmente é convertido em fenilacetato. Este se condensa com a glutamina, formando fenilacetil-glutamina, que é excretada. O bebê tem hiperamonemia hereditária, em que a síntese de ureia não acontece, devido a deficiência da ornitina- transcarbamoilase. Ocorre ↑ da [NH3] no sangue, já que a ureia não é formada.
Compartilhar