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Aula 3 Delineamento de ensaios clínicos Para selecionar os participantes deve-se pensar que tipo de participante será recrutado, onde eles serão recrutados. Também deve-se pensar qual é a intervenção e o controle e por fim qual é o desfecho q irei analisar. Também se deve pensar qual é o controle e intervenção que irei utilizar. Primeiro se deve aplicar a intervenção mascarada no grupo teste e no grupo controle e por fim medir os desfechos dos grupos. - Escolha de intervenção Para se escolher a intervenção deve-se levar em conta a eficácia e a segurança. O fármaco deve ser seguro para não causar prejuízos ao ser humano. O fármaco também deve ter uma janela terapêutica a dose mínima (para fazer efeito) seja distante da dose máxima (a qual causa toxicidade). Por isso se deve ajustar a dose x resposta adequadamente visando uma janela terapêutica ampla e não estreita. Além disso é possível testar dois fármacos simultaneamente. Ex: dois hipoglicemiantes orais no mesmo comprimido. - Escolha do controle Pensar qual vai ser o controle, o controle pode ser o placebo ou um tratamento padrão. As intervenções que se aplicam em um grupo devem-se a plicar ao outro também por via de regra, para evitar viés. - Escolha do desfecho Devo analisar a relevância clínica do meu desfecho, também tenho que pensar a viabilidade do meu desfecho principal, também posso escolher marcadores intermediários, ou seja possuir desfechos alternativos além do principal. É válido lembrar que quanto mais desfechos eu tiver mais difícil será a interpretação dos dados, ou seja a interpretação dos desfechos. Tambem é necessário analisar os desfechos adversos, não como principal, porém é essencial analisar os efeitos adversos para evitar problemas. Alguns efeitos adversos são toleráveis como febre, dor de cabeça... - Seleção dos participantes Decidir o número de participantes que irão participar do teste, também tenho que pensar se a minha escolha é viável ou se sai muito cara, por exemplo estudos de doenças raras não é muito viável porque é muito difícil recrutar pessoas com doenças raras. Também é necessário estratificar a amostra de forma heterogênea. Quanto mais estratos tivermos na pesquisa mais difícil será a análise final. - Motivos para excluir indivíduo de um ensaio clínico *Risco inaceitável da reação adversa ao tratamento ativo, exemplo, pessoas alérgicas a ovo não podem se submeter a tratamentos a base de ovo. *Pessoas que já fazem tratamentos que podem interferir na intervenção *Pessoas que não tem possibilidade de aderir ao tratamento pois possuem rotina puxada e não tem tempo para participar do projeto *Pessoas que não querem assinar o protocolo para participar do projeto. *para selecionar o participante devo pegar os dados da pessoa, avaliar as características das pessoas, fazer alguns exames laboratoriais (verificar se tem alguma comorbidade, gravidez...). É necessário acompanhar o participante colhendo amostras de sangue e tudo mais, e armazenar as amostras retiradas do participante. - Alocação dos participantes A alocação dos participantes deve ser randomizada seja por algoritmo computadorizado, numeração aleatória ou setores de randomização. Existem vários tipos de randomização, elas são: Randomização simples: jogar dados para alocar os pacientes de forma aleatória. Em caso de que todos caiam no mesmo grupo (probabilidade remota) se utiliza outra forma de randomização. Randomização em blocos: dividir as pessoas em blocos e fazer a randomização dentro do bloco com um número x de pessoas para conseguir randomizar dois grupos com a mesma quantidade de participantes para evitar que um grupo fique com 70 pessoas e outro com 30. Logo com essa randomização separaríamos em 50 e 50. Randomização estratificada: estratifica o grupo de acordo com uma característica em comum, exemplo: grupo de sexo feminino ou masculino, grupo com comorbidade e grupo sem comorbidade. Randomização adaptativa: o computador que faz por meio de algoritmo. O algorítimo garante que as variáveis são aleatórias mais que os grupos serão semelhantes. Randomização pareada: seleciona em pares que vão para o controle e vão para o teste. Ou seja o grupo teste vai ser um espelho do grupo controle. - Tamanho dos grupos Os grupos podem ter tamanhos iguais ou podem ter o grupo teste maior do que o grupo controle e vice-versa. - Cegamento Se faz para minimizar o viés de observação, diminuir Co intervenções (intervenções adicionais que interferem no desfecho). Em alguns casos não é possível fazer um triplo cego ou duplo cego. Se não for possível fazer um triplo cego ou duplo cego se deve registrar como uma limitação do estudo. ENSAIOS CLÍNICOS Um ensaio clínico considerado padrão ouro deve ser controlado, randomizado e duplo-cego. Nem sempre é possível realizar um padrão ouro seja pela ausência da disponibilidade de pessoas. É essencial seguir a ética na pesquisa. O delineamento do ensaio clínico depende da fase, em algumas fases o cegamento não se faz necessário. Temos também que levar em conta as características da população (ou seja se tiver alguém alérgico na amostra não utilizar a coisa que provoca alergia na pessoa do grupo que possui essa condição alérgica). Tambem é necessário levar em consideração os custos do ensaio e a possibilidade de cegamento do ensaio. Delineamentos alternativos Temos alguns delineamentos alternativos em caso de que não seja possível fazer o delineamento tradicional. Esses delineamentos alternativos são: - Delineamento fatorial: Permite a avaliação de mais de uma intervenção ao mesmo tempo. - Delineamento de randomização por conglomerados: Alocar grupos ao invés de pessoas, exemplo: temos 20 UBS em formosa, 10 serão alocadas para ser a intervenção e as outras 10 receberão o controle, e logo elas serão compardas. - Delineamento de Ensaios clínicos com controle ativo: É usado quando já se tem um tratamento padrão. Se compara a eficácia entre o tratamento padrão e o tratamento que se quer testar para saber se o novo fármaco é superior ao padrão. Não tem problema se não for superior porem for igual ao padrão, contanto que seja mais barato ou tenha alguma outra vantagem. - Delineamento adaptativo: - Delineamento não randomizado:
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