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Ferramentas BIM em Gestão de Projetos

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AULA 3 
FERRAMENTAS BIM EM 
GESTÃO DE PROJETOS 
Prof. Norimar Ferraro 
 
 
2 
INTRODUÇÃO 
Nesta aula iremos nos aprofundar em aspectos mais específicos do BIM, 
que se relacionam aos objetos e informações que são trabalhados nas 
ferramentas, bem como particularidades dos softwares BIM e a maneira como se 
integram e permitem o trabalho colaborativo. 
TEMA 1 – TIPOS DE OBJETOS BIM 
Nos sistemas CAD, haviam determinados elementos de desenho 
denominados “blocos”, que eram conjuntos de informações geométricas, 
compostos de agrupamentos de linhas e outros elementos de desenho. Nesses 
sistemas, essas eram as informações possíveis de serem combinadas a um 
objeto de desenho. 
A revolução dos sistemas BIM foi justamente extrapolar a limitação dos 
sistemas CAD, em relações à sua geometria apenas, e poder integrar outras 
informações que pudessem ser manipuladas de outras formas, até mesmo em 
base de dados externas ao software. 
As informações são a base do BIM, podem se referir às informações 3D e 
2D do objeto, mas também aos materiais, valores UV, marca, códigos, etc. 
Figura 1 – Segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção, somente 
20% das informações do objeto BIM se referem à geometria e propriedades 
matérias do objeto 
GEOMETRIA 3D 
20% MATERIAS E TEXTURAS 
PROJEÇÕES BIDIMENSIONAIS (2D) 
MARCA 
80% 
DADOS UV 
INFORMAÇÃO DO PRODUTO 
EMISSÃO CO2 
PARÂMETROS CONFIGURÁVEIS 
LOGÍSTICA 
CARACTERÍSTICAS E COMPORTAMENTOS 
CÓDIGO SKU (NO. DO PRODUTO) 
URL'S (LINKS) 
Fonte: Elaborado pelo autor. 
 
 
3 
Mesmo em relação apenas à sua geometria, as informações contidas nos 
objetos BIM vão muito além do que possuíam nos blocos CAD. Além de suas 
medidas geométricas, ponto de inserção e precisão, elas possuem informações 
como graus ou níveis de detalhamento (LOD), que veremos no tema seguinte, 
conexão com outros objetos e propriedades dos materiais. 
Em relação às informações paramétricas, os parâmetros e regras que eles 
possuem permitem variações de dimensões, restrições e vínculos, bem como 
adaptação ou reação a outros objetos, quando o software identifica as 
interferências. 
Os objetos BIM possuem também informações relativas às suas 
especificações, que permitem a análise e a manipulação em outros softwares, por 
exemplo, parâmetro de custos, variáveis em relação às suas propriedades físicas 
para serem utilizados em análises e simulações (por exemplo, nos cálculos de 
iluminação). 
É preciso também que os objetos BIM sejam capazes de ser representados 
na documentação 2D, e assim eles devem possuir informações adicionais além 
da mera projeção de sua geometria 3D. 
Em relação à sua parametricidade, os objetos BIM também podem ser 
classificados como fixos, semiparamétricos ou paramétricos. Como os termos 
sugerem, alguns não podem ser manipulados em seus parâmetros (como 
dimensões, por exemplo), e outros podem ser parcialmente ou totalmente 
manipuláveis. 
Figura 2 – Um objeto BIM de um vaso sanitário. Possui informações geométricas 
tridimensionais, com a indicação dos pontos de conexão de água e esgoto, regras 
para como devem ser colocados em paredes, bem como a representação 2D em 
planta baixa no exemplo 
 
 
4 
 
Fonte: Elaborado pelo autor. 
Figura 3 – A figura mostra as informações adicionais do vaso sanitário da figura 
2, onde se pode ver a marca, o modelo e o fabricante, os raios das tubulações de 
água e esgoto para conexões, site do fabricante, códigos e outras especificações, 
inclusive as normas atendidas 
 
 
 
5 
 
Fonte: Elaborado pelo autor. 
TEMA 2 – COMPREENSÃO DOS NÍVEIS DE DESENVOLVIMENTO DOS 
OBJETOS (LOD) 
O modelo virtual BIM não é o mesmo nas diferentes fases do ciclo de vida 
das edificações. Na verdade, ele irá crescendo em complexidade à medida que 
se aproxima da construção e conclusão da obra. Isso ocorre porque o 
desenvolvimento de projeto e construção é um processo de tomada de decisões, 
que só ocorrem com a sucessão de análises e reflexões, que conduzem ao objeto 
edificado. Dessa forma, nas fases iniciais, o modelo BIM é mais simplificado e 
ficará mais complexo nas fases posteriores. 
Assim, criou-se uma classificação dos modelos BIM em relação ao seu 
nível de complexidade, que inicialmente se denominou nível de detalhamento, ou 
seja, a quantidade de detalhes incluídos nos modelos. Posteriormente, e hoje 
prefere-se utilizar o termo nível de desenvolvimento (LOD), que indica o nível de 
confiança que os usuários podem ter nas informações incorporadas ao modelo. 
Nas fases iniciais, geralmente se trabalha com objetos e modelos mais 
genéricos, que irão se tornando cada vez mais específicos. É preciso então que 
se possa identificar o nível de desenvolvimento do modelo, para que os usuários, 
que trabalham em um ambiente colaborativo, possam saber o que e de que forma 
foi estudado e definido com precisão no modelo. 
Dessa forma, o LOD (nível de desenvolvimento) tem como objetivo servir 
de referência à equipe sobre o que foi claramente definido, demonstrando o nível 
de confiabilidade do modelo, bem como servindo de padrão para contratos e 
trabalhos em BIM. 
O LOD tem uma classificação numérica de 100 a 500, com intervalo de 100, 
com algumas variações, conforme o país. No Brasil, podemos utilizar a seguinte 
ordem: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
 
 
Figura 4 – LOD 100 
 
Fonte: Who is Danny/Shutterstock. 
• LOD 100: corresponde a um modelo básico conceitual das primeiras fases 
do projeto arquitetônico. Permite alguns cálculos de custos por valor 
baseado em metragem quadrada, análises de implantação e partido 
arquitetônico. Informações não geométricas, ou seja, de parâmetros ou 
regras estão praticamente ausentes. Equivale ao estudo de viabilidade ou 
preliminar. 
Figura 5 – LOD 200 
 
Fonte: Givina/Shutterstock. 
 
 
7 
• LOD 200: ainda é um modelo genérico, porém pode conter objetos com 
mais informações de quantidades, tamanhos, sistemas construtivos, e 
estimativas de custos agora baseadas em quantidades e tipos de 
elementos. Também permite definir as etapas de construção da edificação. 
Informações não gráficas já podem ser incorporadas ao modelo. No Brasil, 
corresponderia ao anteprojeto. 
Figura 6 – LOD 300 
 
Fonte: JL661227/Shutterstock. 
• LOD 300: é o modelo que corresponde à construção de forma geral e 
permite gerar a documentação tradicional para a construção e contratação. 
Análises e simulações podem ser feitas de modo genérico. A estimativa de 
custos pode ser orçada por meio de quantitativos mais precisos e base de 
dados e custos genéricos. Equivale ao projeto legal no Brasil. 
• LOD 350: encontra-se também essa classificação em alguns autores, a 
qual teria como base o modelo LOD 300, porém com a interação e interface 
com outros sistemas da edificação. O modelo virtual deve facilitar melhores 
avaliações em relação aos sistemas construtivos, métodos de construção 
e prazos. Corresponderia no Brasil a um projeto básico para a obra. 
Figura 7 – LOD 400 
 
 
8 
 
Fonte: Krauchanka Henadz/Shutterstock. 
• LOD 400: o modelo virtual corresponde à edificação construída, por meio 
de representações ou bibliotecas de fornecedores. As estimativas de 
custos podem ser feitas com base em valores de venda. A obra pode ser 
claramente planejada em suas fases, propiciando o estudo da montagem, 
fabricação e instalação dos elementos construtivos e o canteiro de obras. 
Seria, no Brasil, o correspondente ao projeto executivo. 
 
Figura 8 – LOD 500 
 
Fonte: Mike Mareen/Shutterstock. 
• LOD 500: corresponde ao que exatamente foi construído na obra (modelo 
“as built”), e que servirá para a gestão e manutenção da edificação. 
 
 
9 
Deve-se observar também que, durante o desenvolvimento do projeto, 
alguns elementos construtivos ou sistemas prediais podem ter LOD em diferentes 
estágios. 
TEMA 3 – O TRABALHO COLABORATIVO EM BIM (COMPLEMENTAÇÃO) 
Projetar e construir sempreforam tarefas coletivas. Como já sabemos, 
historicamente não se faz arquitetura e construção de forma isolada, e a troca de 
informações é condição fundamental para a realização de uma boa construção. 
Antes da criação da tecnologia BIM, nos sistemas CAD, o trabalho 
colaborativo era realizado pela troca de arquivos de documentação (projetos). 
Com base no trabalho do arquiteto, os demais projetistas das diferentes 
disciplinas desenvolvem seus próprios projetos, e a troca de informações 
geralmente é feita por meio de e-mails ou de reuniões de coordenação, 
documentadas em atas. Na etapa da construção, o mesmo ocorre entre o 
construtor e os projetistas, que eventualmente revisam seus projetos e fazem as 
devidas correções ou atualizações 
Figura 9 – O trabalho colaborativo é fundamental. Com o BIM, as reuniões de 
trabalho continuarão a existir, porém, o trabalho integrado também ocorrerá de 
forma intensa entre as reuniões 
 
Fonte: Rawpixel.com/Shutterstock. 
Para que uma integração produtiva da equipe de trabalho ocorra, é 
necessário, entretanto, que haja uma organização diferenciada das equipes de 
 
 
10 
trabalhos. É necessário que se definam regras, responsabilidades e limites de 
atuação, para que se possa garantir um trabalho harmonioso. Podemos classificar 
alguns grupos de regras e especificações que são necessárias, antes do início do 
trabalho ou implementação BIM em uma empresa, de maneira a se viabilizar o 
trabalho: 
• Planejamento de implementação BIM: é crucial para o sucesso do 
trabalho fazer a definição do escopo do trabalho, sua abrangência e as 
responsabilidades. Compreende-se aqui determinar qual fase do ciclo de 
vida da edificação o modelo BIM irá abranger. Também é necessário 
determinar as equipes de trabalhos, entendendo o nível de experiência em 
BIM dos envolvidos, e determinar papéis e responsabilidades aos membros 
da equipe. É preciso, ademais, determinar-se, de antemão, qual nível de 
desenvolvimento BIM (LOD) deverá ser alcançado pela equipe, definindo-
se de forma clara o que será preciso obter na forma de objetos, bibliotecas, 
especificações etc.; 
• Gestão do projeto BIM: refere-se à maneira pela qual o processo de 
trabalho do projeto BIM será gerenciado. É necessária a contratação de um 
gerente BIM, que irá controlar o andamento do trabalho, o fluxo das 
informações e irá elaborar um manual de entrega, que definirá o que cada 
membro da equipe irá entregar e a que nível de desenvolvimento; 
• Infraestrutura de implementação do projeto BIM: é necessário que se 
defina de antemão os softwares necessários para o projeto, bem como a 
infraestrutura física de hardware e rede. Também se determina a forma 
como os dados irão ser armazenados, transmitidos (nuvem, rede etc.) e 
controlados (segurança). Para o bom andamento do trabalho, também é 
necessário garantir o suporte técnico para software e hardware; 
• Especificações técnicas: refere-se às informações do modelo BIM, 
quanto à sua classificação, templates, formatos de arquivos, nível de 
desenvolvimento (LOD), prazos de entrega e metas a serem atingidas nas 
etapas; 
• Aspectos legais do projeto: define-se as modalidades e regimes de 
contratação, propriedade intelectual dos modelos e responsabilidades civis 
e legais 
. 
 
 
11 
Saiba mais 
Um template é um modelo a ser seguido, com uma estrutura predefinida 
que facilita o desenvolvimento e criação do conteúdo com base em algo 
construído a priori. 
Um dos pontos que pode causar alguma barreira ao uso do BIM é o 
compartilhamento de bibliotecas e modelos. Para que haja um trabalho realmente 
colaborativo, é necessário que os modelos sejam compartilhados. Com isso, 
aqueles objetos e famílias que foram desenvolvidos dentro das empresas, de 
alguma forma serão compartilhados. Essa é uma questão que as empresas e os 
profissionais devem refletir antes de iniciarem o trabalho colaborativo, para que 
não haja algum problema maior durante o desenvolvimento do trabalho. 
Entretanto, pelo que se percebe na atualidade, a comunidade BIM encara o 
compartilhamento de seus próprios objetos e modelos como algo natural e 
necessário, numa mudança de paradigma em relação aos antigos sistemas CAD. 
 
TEMA 4 – INTEROPERABILIDADE E CONCEITO IFC 
Obviamente, nem todos os profissionais irão utilizar uma única plataforma 
e ferramenta BIM. É preciso que, de alguma forma, os softwares consigam se 
comunicar entre si, compartilhando informações que sejam reconhecidas e 
padronizadas. Este é o conceito da interoperabilidade. É a capacidade de 
diferentes softwares e plataformas de trocar e compreender informações. 
Considerando que os sistemas BIM trabalham com modelos virtuais e 
objetos que representam os sistemas construtivos, é fundamental que os 
softwares possuam a capacidade de exportar e importar arquivos em formatos 
que carreguem tais informações. Por exemplo, um objeto ou família que 
represente uma parede em um determinado software deverão ser lidos e 
interpretados como uma parede em outro software. Dessa necessidade nasceu o 
conceito IFC (Industry Foundation Classes), que é um formato neutro de arquivo, 
que busca padronizar as informações nos sistemas BIM. Ele foi criado por uma 
associação internacional chamada BuildingSMART (conhecida também como IAI 
– International Alliance for Interoperability). 
O IFC é um formato livre e aberto aos desenvolvedores de softwares BIM, 
tem sido ajustado para se adaptar à tecnologia, como também tem sido exigido 
 
 
12 
como padrão em alguns países. Ele contém informações não só de arquitetura, 
porém de todas as diferentes disciplinas envolvidas (estrutura, hidráulica, elétrica 
etc.). O formato IFC chega a um nível de sofisticação que permite identificar em 
um modelo suas várias versões, mostrando elementos apagados, modificados ou 
novos. 
Saiba mais 
BUILDING SMART. Disponível em: <http://www.buildingsmart-tech.org/>. 
Acesso em: 11 jun. 2019. 
Algumas empresas desenvolvedoras dos sistemas BIM também fornecem 
softwares de visualizações dos modelos IFC. 
Saiba mais 
A seguir, alguns exemplos de softwares de visualizações dos modelos IFC: 
1. Tekla BIMsight: 
TRIMBLE. Tekla BIMsight evolves to the next level - 
Trimble Connect for Desktop. Trimble, S.d. Disponível em: 
<https://www.tekla.com/tekla-bimsight/>. Acesso em: 11 jun. 2019. 
2. Solibri Model Viewer: 
SOLIBRI. Disponível em: <https://www.solibri.com/>. Acesso em: 11 jun. 
2019. 
3. DDS-CAD Viewer: 
DATA DESIGN SYSTEM – DDS. Disponível em: <http://www.dds-cad.net>. 
Acesso em: 11 jun. 2019. 
4. IFC Engine Viewer: 
RDF. ICV Viewer. RDF, S.d. Disponível em: <http://ifcviewer.com/>. Acesso 
em: 11 jun. 2019. 
Outro formato de comunicação BIM importante a ser mencionado é o BCF 
(bim collaboration format). Ele permite a visualização de interferências entre os 
elementos e sistemas construtivos, sendo um padrão aberto de comunicação 
entre os softwares, atualmente desenvolvido também pela BuildingSMART. 
 
 
 
 
 
13 
Saiba mais 
Acesse o link a seguir e assista a um vídeo em que se demonstra o fluxo 
de trabalho com o auxílio do BCF: 
BIM Collaboration Format BCF explanation. Building Smart International, 
28 nov. 2016. Disponível em: 
<https://www.youtube.com/watch?v=yrm5SrEfSvE>. Acesso em: 11 jun. 2019. 
 
Para encerrar o tema, ressaltamos outros formatos relevantes no que se 
refere à interoperabilidade: 
• OpenBIM, outro formato aberto, que muitos desenvolvedores BIM preferem 
optar pela utilização; 
• DWG, formato original do AutoCAD (Autodesk) e que tem servido de 
referência de comunicação entre os softwares CAD; 
• PDF, formato de impressão e visualização da ADOBE, também padrão 
nessa utilização; 
• DWF, também da Autodesk é um formato de informações 2D e 3D 
comprimido, que serve para transmissão através da web; 
• ODBC (Open Database Connectivity), concebido para fazer a conexão com 
bancos de dados externos,é de propriedade da Microsoft. 
• JPG, formato de imagens rasterizadas com compressão, comumente 
utilizado para fotografias e imagens renderizadas. 
TEMA 5 – OS SOFTWARES BIM 
Para que uma ferramenta se qualifique como BIM, é necessário que possua 
algumas características importantes. Como já sabemos, somente ter a 
capacidade de modelagem e visualização 3D não é condição suficiente para ser 
BIM. É necessário que, quando feita uma alteração no modelo, todos os desenhos 
e vistas gerados se atualizem automaticamente. Também deve possuir a 
capacidade de parametrização e produção de objetos paramétricos. 
Deve também, para ser BIM, possibilitar que o modelo virtual da edificação 
produzido seja compartilhado e elaborado na forma de trabalho colaborativo. Por 
fim, as ferramentas BIM devem propiciar o trabalho em todas as fases do ciclo de 
vida da edificação. 
 
 
14 
Normalmente, nesse último caso, a ferramenta pode ser composta de 
módulos ou aplicativos extras, ou a empresa desenvolvedora disponibiliza 
diversos aplicativos que são perfeitamente interoperáveis entre si. Alguns 
aplicativos, entretanto, como no caso dos bancos de dados e planilhas, operam 
somente nas fases que lhes são próprias para análises e estimativas. 
Podemos classificar os programas BIM dentre as seguintes dimensões, 
adotadas para referência ao ciclo de vida do empreendimento: 
• 3D: programas para a fase de projetos, tanto de arquitetura, estrutura como 
complementares (elétrico, hidráulico, etc.). 
Para arquitetura e urbanismo: 
1. Autodesk Revit Architecture; 
2. Graphisoft Archicad; 
3. Nemetschek Allplan Architecture; 
4. Gehry Tecnologies – Digital Project Designer; 
5. Nemetschek Vectorworks Architect. 
Para estruturas: 
1. Autodesk Revit Structure; 
2. Bentley Structural Modeler; 
3. Bentley RAM, STAAD and ProSteel; 
4. Tekla Structures. 
Para projetos complementares: 
1. Autodesk Revit MEP; 
2. Bentley Hevacomp Mechanical Designer; 
3. Gehry Tecnologies – Digital Project MEP systems routing. 
• 4D/5D: programas para a fase de construção, compreendendo o 
planejamento da obra e custos: 
1. Autodesk Navisworks; 
2. Solibri Model Checker; 
3. Vico Office Suite; 
4. Bentley construcSim. 
• 6D: programas relacionados às análises de sustentabilidade (energética, 
iluminação, etc.): 
 
 
15 
1. Autodesk Ecotect Analysis; 
2. Autodesk Green Building studio; 
3. Ghaphisoft EcoDesigner; 
4. Bentley Tas simulator e Hevacomp. 
• 7D: programas relacionados à fase pós-obra, como manutenção, 
renovação, etc. (facilities management): 
1. Bentley Facilities; 
2. Fm: Systems e FM:Interact; 
3. Vintocon ArchiFM (para Archicad). 
No Brasil, as ferramentas BIM mais conhecidas e líderes do mercado são 
o Revit, da empresa Autodesk, e o software Archicad, da empresa Nemetschek. 
O Revit, foi introduzido ao mercado em 2002, após ser adquirido de uma empresa 
menor, e é composto de vários produtos em uma mesma ferramenta – inclui o 
Revit Architecture, Revit Structure (sem fazer os cálculos estruturais) e o Revit 
MEP, onde podem ser desenvolvidos os projetos complementares. Também 
possui uma interface gbXML para simulação de análise de energia e cargas, bem 
como interface para análise de cargas. 
Permite também a importação de modelos e desenhos provenientes de 
outros programas 3D, como Sketchup e Rhino, e 2D, dos programas Autocad e 
Microstation. Uma interessante ferramenta que se integra ao Revit é o FormIt, da 
Autodesk, que possibilita modelagem rápida e conceitual, análises climáticas e 
integração com Google Maps, Sketchup e a linguagem Dynamo. 
Saiba mais 
Acesse o link a seguir e assista a um vídeo de demonstração do programa 
FormIt, para modelagem conceitual. 
FORMIT 360 for iPad Pro and Apple Pencil. Formit, 28 mar. 2016. 
Disponível em: 
<https://www.youtube.com/watch?v=Ce5LFy5KxN8&feature=youtu.be>. Acesso 
em: 11 jun. 2019. 
 
O Revit possui como ponto forte sua preferência no mercado, o que o torna 
interessante pela facilidade de intercâmbio de arquivos, e uma vasta biblioteca de 
arquivos e templates disponíveis. Como pontos fracos, é compatível com o 
sistema iOS, somente através da emulação do Windows, e, por trabalhar com 
 
 
16 
arquivos na memória do computador, isso o tornaria mais lento para projetos 
maiores. 
O Archicad é a ferramenta BIM mais antiga, disponível desde 1980, da 
empresa Graphisoft de origem húngara, que foi comprada pela Nemetschek, 
grande empresa alemã de softwares para arquitetura. Considera-se que sua 
interface é mais intuitiva e fácil de usar, como também possui uma vasta biblioteca 
de objetos disponíveis. Sua capacidade de integração com modeladores 3D, 
como o Maxon e Skecthup, é muito boa. Exportações para análises e bancos de 
dados também se apresentam de forma suficiente. Como ponto fraco, afirma-se 
que tem certa limitação na capacidade de modelagem paramétrica e operações 
booleanas. Trabalha de igual forma que o Revit, com arquivos na memória do 
computador, mas consegue repartir os arquivos em módulos para que se possa 
gerenciar projetos maiores. 
Saiba mais 
Acesse o link a seguir para assistir a um vídeo do Archicad, demonstrando 
a capacidade de modelagem de fachadas cortina e interface intuitiva. 
ARCHICAD 22 - Curtain Wall – Overview. Archicad, 2 maio 2018. 
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=WStsHtOFWX8>. Acesso 
em: 11 jun. 2019. 
FINALIZANDO 
Esta aula nos trouxe uma visão geral dos objetos BIM com mais 
profundidade. Pudemos compreender os níveis de desenvolvimento dos objetos 
e aprofundar o conceito de trabalho colaborativo. Também abordamos os 
softwares BIM e sua capacidade de comunicação entre si. 
 
 
 
 
 
17 
REFERÊNCIAS 
CÂMARA BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO. Implementação 
BIM – Partes 1 a 5: Implementação do BIM para Construtoras e Incorporadoras. 
Brasília: CBIC, 2016 
CAMPOS NETTO, C. Autodesk Revit Architecture 2016: conceitos e 
aplicações. São Paulo: Érica, 2016. 
EASTMAN, C; SACKS, R. A guide to building information modeling for 
owners, managers, engineers and contractors. Hoboken, N.J.: John Wiley and 
Sons Inc., 2011. 
MANZIONE, L. Proposição de uma estrutura conceitual de gestão de 
processo de projeto colaborativo com o uso de BIM. Tese (Doutorado em 
engenharia) – Universidade de São Paulo. São Paulo, 2013. Disponível em: 
<https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3146/tde-08072014-
124306/publico/TESE_LEONARDO_MANZIONE.pdf>. Acesso em: 11 jun. 2019. 
THE FUTURE of BIM Will Not Be BIM—and It's Coming Faster than You Think, 
Autodesk University, 23 nov. 2016. Disponível em: 
<https://www.youtube.com/watch?v=xq6yKyauu-o>. Acesso em: 11 jun. 2019.

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