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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO CEARÁ CAMPUS – LIMOEIRO DO NORTE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM NUTRIÇÃO CLÍNICA ORIENTADORA: BRUNA YHANG DA COSTA SILVA GEÍZA CARLA DA SILVA CHAVES RELATÓRIO DE ESTUDO DE CASO CLÍNICO 2 PACIENTE COM MASTITE LIMOEIRO DO NORTE - CE 2020 RESUMO Paciente R. M. S. L., adulta, admitida na Unidade Hospitalar dia 21 de Janeiro de 2021 para tratamento de mastite. Relata gravidez tranquila, sem complicações. De acordo com parâmetros avaliativos do estado nutricional e a análise dos resultados obtidos pela ferramenta de triagem (NRS-2002), o paciente se encontrava sem risco nutricional. O objetivo da dietoterapia é promover a ingestão adequada de proteínas, vitaminas e minerais devido as necessidades estarem aumentada na nutriz, para garantir que seus depósitos não sejam totalmente utilizados para a produção do leite materno, como também manter o aporte calórico necessário. Foi prescrito dieta geral, VET: 2159,05. Dieta oferecida: 1912,98 kcal com distribuição de macronutrientes: Carboidrato: 66,46%, Proteína: 17,88%, Lipídeo: 15,65%, g de proteína /kg de peso: 0,78. Cardápio sugerido com 2.124,06 kcal com distribuição de macronutrientes: Carboidrato: 53,06%, Proteína: 19,93%, Lipídeo: 27,01 %. Com intenção de melhorar a qualidade de amamentação da paciente e evitar a reincidência de mastite foi realizada orientações sobre a pega correta do bebê na mama, posições que traz maior conforto para ambos, assim como os benefícios do aleitamento materno exclusivo, o material utilizado foi o álbum seriado do ministério da saúde. 1 INTRODUÇÃO 1.1 Caracterização do paciente 1.1.2 Identificação Paciente: R.M.S.L. Gênero: Feminino. Idade: 29 anos. Naturalidade: Limoeiro de Norte – CE. Diagnóstico: Mastite na mama esquerda. Admissão: 21/01/2021. Alta hospitalar: 06/02/2021 1.1.2 História da doença atual No dia 21 de Janeiro de 2021 a lactente foi admitida no Hospital Geral Vale do Jaguaribe (HGVJ) para tratamento de mastite, queixa principal: dor, edema, ingurgitamento mamário, história de febre, apresenta secreção mamária, paciente com estado emocional fragilizado. 1.1.3 História da doença pregressa Relata gravidez tranquila, sem complicações, nega HAS, DM e alergias alimentares. 1.1.4 Fisiopatologia A denominação de mastite pode estar associada a inúmeras condições clínicas nas quais estão presentes reações inflamatórias, porém sem haver envolvimento de agentes bacterianos, como também estar associadas a condições infecciosas com colonização de microorganismos. Frequentemente, as condições inflamatórias são classificadas em lactacionais e não lactacionais, entrando nesta última classificação os processos inflamatórios na porção periférica da mama e os abscessos subareolares. Processos inflamatórios específicos como tuberculose, sífilis, actinomicose e granulomatose, também se incluem na classificação de mastite, mesmo sendo afecções raramente encontradas (ROSSATO, N. C, 2012). Infecções lactacionais: frequentemente associada à técnica inadequada de amamentação. O surgimento de fissuras mamárias pode levar ao desequilíbrio dos mecanismos de defesa e aumento no numero de bactérias sobre a pele. Estas têm capacidade de penetrar na fissura mamária através de vasos ou canalículos linfáticos superficiais, atingindo segmentos de baixa drenagem, resultando na infecção. Está principalmente presente nas primeiras 6 semanas de amamentação acometendo apenas uma das mamas na maioria dos casos. Ocorre numa frequência entre 2% a 33%, mas geralmente está em torno de 10%. O agente etiológico mais comum é o Staphylococcus aureus, e em uma menor frequência o Staphylococcus epidermidis e o Streptococcus do grupo B. Nas formas mais graves podemos achar também bactérias gram negativas ou germes anaeróbios. Os principais fatores associados ao surgimento da doença a primiparidade e idade menor que 25 anos, o ingurgitamento mamário, a fissura mamilar, a infecção de vias aéreas superiores do lactente, a má higiene e as possíveis anormalidades mamilares. Sendo assim, as principais medidas profiláticas baseiam-se na higiene adequada das mamas e na orientação a fim de prevenir as fissuras e o ingurgitamento mamário (FRASSON AL, 2011; ROSSATO, N. C, 2012). Infecções não lactacionais: Os outros processos inflamatórios estão associados ou não com infecção, podendo ou não responder a terapia antibiótica. Relacionam-se a trauma prévio, dermatites e processos inflamatórios crônicos. A fisiopatologia não está bem esclarecida, podendo estar associada à estase de secreções em ductos e ductos terminais. O agente bacteriano mais associado é o Staphylococcus aureus, estando a flora anaeróbia também fortemente associada, podendo ocorrer também infecções mistas. São caracterizados pelo desenvolvimento de tumoração mamária endurecida associada a alterações inflamatórias na pele, eventualmente com edema. O quadro evolui em três ou quatro dias, podendo arrastar-se por semanas. Ao contrário do que é visto em infecções puerperais, nas quais há sinais de comprometimento sistêmico, aqui normalmente há envolvimento apenas local (ROSSATO, N. C, 2012; BOUTET G, 2012). 2 ACOMPANHAMENTO NUTRICIONAL 2.1 Avaliação Nutricional 1ª Avaliação 25/01/2021 2ª Avaliação 29/01/2021 3ª Avaliação 02/01/2021 Altura (m)* 1,56 m 1,56 m 1,56 m Altura do joelho (cm) 51 cm 51 cm 51 cm Peso habitual 58 kg 58 kg 58 kg Peso atual (Kg)** 58,8 kg 59,7 kg 59,7 kg Peso Ideal (Kg) 51,10 kg 51,10 kg 51,10 kg IMC (kg/m²) 24,2 kg/m² (eutrofia) 24,5 kg/m² (eutrofia) 24,5 kg/m² (eutrofia) CB (cm) 25 cm 25,3 cm 25,3 cm Adequação CB (%)*** 90,57 % (Eutrofia) 91,66 % (Eutrofia) 91,66 % (Eutrofia) CP (cm) 32 cm (sem depleção) 32 cm (sem depleção) 32 cm (sem depleção) * Chumlea et al (1985). ** Ross Laboratories (2002). *** BLACKBURN, GL & THRNTON, PA, (1979) 2.2 Exame Físico 1ª Avaliação Data: 25/01/2021 2ª Avaliação Data: 29/01/2021 3ª Avaliação Data: 02/02/2021 Gordura Supra-orbital Sem modificação Sem modificação Sem modificação Bolsa Gordurosa de Bichart Sem modificação Sem modificação Sem modificação Triciptal Sem modificação Sem modificação Sem modificação Supra e infra-clavicular Sem modificação Sem modificação Sem modificação Cintura Sem modificação Sem modificação Sem modificação Massa muscular Deltóide Sem modificação Sem modificação Sem modificação Quadríceps Sem modificação Sem modificação Sem modificação Entre ossos das mãos Sem modificação Sem modificação Sem modificação Panturrilha Sem modificação Sem modificação Sem modificação Edema Não Não Não Ascite Não notado Não notado Não notado Triagem nutricional (NRS – 2002) PACIENTE: R. M. S. L LEITO/ENFERMARIA: 100.1 PESO: 58 kg ALTURA: 1,56 m IDADE: 29 anos DATA: 25/01/2021 Tabela 1 Classificação do Risco Nutricional Fase I Sim Não 1. Apresenta IMC < 20,5 X 2. Houve perda de peso nos últimos 3 meses X 3. Houve redução da ingestão alimentar na última semana X 4. Portador de doença grave, mal estado geral ou em UTI X Sim: Se a resposta for “sim” para qualquer questão, continue e preencha a Tabela 2. Não: Se a resposta for “não” para todas as questões, reavalie o paciente semanalmente. Se for indicada uma cirurgia de grande porte, continue e preencha a Tabela 2 Tabela 2 Classificação de Risco Nutricional Prejuízo de Estado Nutricional Gravidade da Doença (Aumento das Necessidades) Ausente Escore 0 Estado Nutricional normal Ausente Escore 0 Necessidades nutricionais normais Leve Escore 1 Perda de peso > 5% em 3 meses ou ingestão alimentar de 50% a 75% das necessidades calóricas na última semana. Leve Escore 1 Fratura do quadril, pacientes crônicos, em particular com complicações agudas, cirrose, DPOC, hemodiálise crônica, diabetes e câncer. Moderado Escore 2 Perda de peso> 5% em 2 meses ou IMC entre 18,5 e 20,5 + queda do estado geral ou ingestão alimentar de 25% a 60% das necessidades calóricas na última semana. Moderado Escore 2 Cirurgia abdominal de grande porte, fraturas, pneumonia grave, leucemias e linfomas. Grave Escore 3 Perda de peso > 5% em 1 mês (> 15% em 3 meses ou IMC < 18,5 + queda do estado geral ou ingestão alimentar de 0% a 25% das necessidades calóricas na última semana. Grave Escore 3 Transplante de medula óssea, pacientes em cuidado intensivo (APACHE > 10). Soma dos Escores ESCORE TOTAL: Atenção: Acrescentar 1 escore na pontuação total se o paciente tiver mais de 60 anos Escore > 3: o paciente está nutricionalmente no limite de risco e o cuidado nutricional é iniciado Escore < 3: reavaliar o paciente semanalmente. Se o paciente tem indicação para cirurgia de grande porte, considerar plano de cuidado nutricional para evitar riscos associados. TRIAGEM NUTRICIONAL (NRS-2002) 0 Pontos – sem risco nutricional. 2.3 Conclusão e diagnóstico Nutricional De acordo com primeira triagem aplicada dia 25 de janeiro de 2021 não ouve perda de peso nos últimos 3 meses e não ouve redução na sua redução da ingestão alimentar na ultima semana, então a paciente foi classificada como sem risco nutricional. De acordo com a avaliação antropométrica a paciente apresenta um bom estado geral, sem grandes alterações. O exame físico apresentou inchaço e rubor na mama esquerda, não foi observado outras alterações. 2.4 Exames bioquímicos Exames Referência 24/01/2021 27/01/2021 02/02/2021 Análise Hemoglobina g/dl 12 a 16 11,8 11,4 11,5 Abaixo Hematócrito % 36 a 46 30,2 29,4 29,7 Abaixo Linfócitos 1000 a 5000 6-2.142 7-1.463 1.456 Linfocitose Leucócitos 5.000 a 10.000 35700 20900 20800 Acima. Leucocitose. PCR <6UI/ml 96 UI/ml 24 UI/ml 6 UI/ml Elevada Creatinina 0,5 a 1,00 mg 1,2 mg/dL 1,00 mg/dL 0,72 mg/dL Redução Uréia 15 a 45 - 13 mg/dL - Hemácia 4,00 – 5,20 - - 3,63 Em relação á hemoglobina, foi notada níveis abaixo do normal, podendo indicar algum déficit nutricional como deficiência de ferro, folato e vitamina b12. O hematócrito também se encontra abaixo do normal, e está diretamente relacionado a hemoglobina que pode ser afetado por déficits nutricionais, e pelo estado de hidratação. Apresentou leucocitose bastante elevada, porem ouve redução mostrando uma possível regressão da infecção. A PCR teve bastante elevada de inicio , porém com o tratamento ouve uma boa melhora ate reduzir á níveis normais, a proteína C reativa é uma proteína de fase aguda, associada a processos inflamatórios e infecciosos ocasionados por vírus, bactérias, doenças autoimunes e neoplasias, aumentando nos estágios iniciais do estresse agudo, mostrando que a infecção está sendo controlada. Creatinina teve aumentada, porem teve redução nos últimos exames (ESCOTT-STUMP, S. 2005; COSTA, 2015; MAHAN; RAYMOND, 2018). 2.5 Interações fármaco-nutrientes Fármaco Classificação/Indicação Interações medicamentosas Bromoprida Antiemético. Segundo a bula do fabricante, não há dados disponíveis até o momento sobre a interferência de alimentos na ação do medicamento. Dipirona Sódica Este medicamento é indicado como antitérmico e analgésico. Não há dados disponíveis até o momento sobre a interação entre alimentos e dipirona. Cetoprofeno AINES O uso concomitante com alimentos pode retardar a absorção do cetoprofeno, entretanto não foram observadas interações clinicamente significativas Omeprazol Inibidor de bomba de prótons. O fármaco diminui a absorção de ferro e vitamina B12. Ingerir o omeprazol com estômago vazio, anteriormente ao desjejum, junto com sucos ácidos ou de maçã. Tramadol Analgésico Os nutrientes não afetam a absorção do fármaco. Tomar o tramol sem considerar a alimentação. Cefazolina Antibiótico Uso na lactação: a cefazolina está presente em níveis muito baixos no leite materno. Entretanto, não foram documentados problemas. Oxacilina Antibiótico A oxacilina é excretada no leite humano. Portanto, a administração de oxacilina em mulheres lactantes deve ser exercida com cautela. Ceftriaxona Antibiótico É excretada no leite humano em baixas concentrações, é recomendada cautela em mulheres que amamentam. Ranitidina Tratamento de úlceras, esofagite. O fármaco diminui a absorção de vitamina B12. Os suplementos de magnésio, cálcio, ferro e zinco, os polivitamínicos contendo minerais ou os antiácidos com alumínio e magnésio podem diminuir a absorção do fármaco; tomar separadamente com intervalo mínimo de 2 h. Ingerir com estomago vazio, 1 h antes ou 2 h depois da refeição, ou durante pequenos lanches. 3 CONDUTA NUTRICIONAL 3.1 Objetivos da dietoterapia · Promover a ingestão adequada de proteínas, vitaminas e minerais devido as necessidades estarem aumentada na nutriz, para garantir que seus depósitos não sejam totalmente utilizados para a produção do leite materno. (MIWA, 2018) · Adequar o aporte calórico devido ao aumento na necessidade energética por conta da produção de leite e em decorrência da infecção. (MIWA, 2018) · Manter uma alimentação equilibrada, fracionada no mínimo seis vezes por dia, para manter uma regularidade na concentração energética nas diferentes refeições. (MIWA, 2018) · Controlar interações droga-nutriente. 3.2 Necessidades nutricionais Para o cálculo das necessidades energéticas das nutrizes, são considerados os dados antropométricos do período pré-gestacional, além de um acréscimo energético, obtido considerando a demanda energética para a produção do leite. Portanto, a fórmula para a EER da nutriz é: · EER (nutriz) = EER (pré-gestacional) + energia necessária para produção do leite – energia para perda de peso (IOM, 2005). Como a paciente está no intervalo de 19 á 50 anos e no primeiro semestre pós-parto foi adotada 500 kcal para produção de leite e a redução de 170 kcal para perda de peso. · Em relação a recomendação de proteína o IOM (2005) sugere um adicional de 25 g/dia ou 1,3 g/Kg/dia. Já segundo IOM (2002) a recomendação é de 1,05g/Kg/dia ou de 10 á 35% do valor total de energia. · Com relação aos lipídios, sugere-se o consumo de 25% a 30% destes em relação às calorias totais e, desse total, durante a lactação, em todas as faixas etárias, 13 g/dia deve ser de ácido linoleico (ω-6) e 1,3 g/dia de ω-linolênico (ω-3). · A recomendação de carboidratos também é maior durante a lactação, para que a quantidade seja suficiente para repor os carboidratos utilizados na produção do leite sendo, em média, de 210 g/dia de carboidratos durante todo o período de lactação e para todas as faixas etárias. Já segundo IOM (1991) é de 160g/dia, e de 45 á 65% das calorias totais. (MIWA, 2018) · Tabela com recomendações de micronutrientes e fibras: (MIWA, 2018) 3.3 Aporte fornecido pela dieta antes da implantação da conduta: Observado Recomendado % de adequação Tipo de dieta Geral Geral Adequado Fracionamento 6 refeições 6 refeições Adequado VET (Kcal) 1912,98 kcal 2.159,05 kcal 88,60 % % Carboidratos 66,46% 45 a 65% Nocivo % Lipídeos 15,65% 20 a 35% Inadequado % Proteínas 17,88% 10 a 35% Adequado g de PTN /kg de peso 0,78 1,3 g/kg Inadequado CARDÁPIO OFERTADO PELO HOSPITAL – DIETA LIVRE ( 1.912,98kcal) Refeição Alimento / Preparação Quantidade Medida caseira Desjejum / Café da manhã Leite integral Café sem açúcar Açúcar Pão sovado Torrada integral Biscoito salgado tipo cream cracker Manteiga Geléia de Uva Salada de frutas: Banana Mamão Melão Aveia em flocos 200ml 100ml 10g 50g 15g 15g 10g 15g 30g 30g 30g 10g 1 xícara de chá ½ xícara de chá 2 sachês 1 unidade 1 sachê 1 sachê 1 bisnaga 1 bisnaga 1 fatia pequena 1 fatia pequena 1 fatia pequena 1 colher de sopa Lanche da manhã Suco de polpa de frutas Açúcar Biscoito salgado tipo cream cracker 200ml 10g 15g 1 unidade 1 colher de sopa 1 sachê Almoço Frango cozido Arroz cozido Feijão Farofa de cuscuz Salada crua (alface, cenoura,repolho) Tomate Sobremesa: gelatina 100g 90g 100 85g 10g 15g 100g 1 filé pequeno 2 colheres de servir 1 concha média 1 colher de servir 1 colher de servir 1 fatia média 1 sachê Lanche da tarde Suco de polpa de frutas Açúcar Biscoito doce tipo maizena 200ml 10g 15g 1 copo cheio 1 colher de açúcar 1 sachê Jantar Sopa de carne 400ml Ceia Mingau de aveia: Aveia Leite em pó Água 12g 32g 200ml 1 e ½ colher de sopa 2 colheres de sopa 1 xícara cheia 3.4 Aporte da dieta sugerida: Observado Recomendado % de adequação Tipo de dieta Geral Geral Adequado Fracionamento 6 refeições 6 refeições Adequado VET (Kcal) 2.124,06 kcal 2.159,05 kcal 95,96 % % Carboidratos 53.06 % 45 a 65% Adequado % Lipídeos 27,01 % 20 a 35% Adequado % Proteínas 19,93 % 10 a 35% Adequado g de PTN /kg de peso 1,77 g/kg 1,3 g/kg Adequado CARDÁPIO OFERTADO PLANEJADO – DIETA LIVRE ( 2.124,06 kcal) Refeição Alimento / Preparação Quantidade Medida caseira Desjejum / Café da manhã Leite integral Café sem açúcar Açúcar Pão integral Queijo Torrada integral Biscoito salgado tipo cream cracker Manteiga Salada de frutas: Banana Mamão Melão Aveia em flocos 210ml 100ml 10g 60g 20g 15g 15g 10g 30g 30g 30g 10g 1 xícara de chá ½ xícara de chá 2 sachês 2 unidades 2 fatias 1 sachê 1 sachê 1 bisnaga 1 fatia pequena 1 fatia pequena 1 fatia pequena 1 colher de sopa Lanche da manhã Suco de polpa de frutas Açúcar Biscoito salgado tipo cream cracker 100ml 10g 15g 1 unidade 1 colher de sopa 1 sachê Almoço Frango cozido Frango cozido Arroz cozido Feijão Farofa de cuscuz Salada crua (alface, cenoura, repolho) Tomate 100g 30g 100g 80 85g 10g 15g 1 coxa grande 1 pedaço pequeno 2 colheres de servir 1 concha média 1 colher de servir 1 colher de servir 1 fatia média Lanche da tarde Vitamina com polpa de frutas Polpa acerola Leite em pó integral Açúcar Biscoito doce tipo maizena 100ml 32g 10g 15g 1 unidade 3 colheres de sopa 1 colher de açúcar 1 sachê Jantar Sopa de carne 400ml Ceia Iogurte de morango Aveia Água 175g 12g 200ml 1 unidade 1 e ½ colher de sopa 1 xícara cheia 3.5 Adequação dos micronutrientes: (ANEXO 1) 4 EVOLUÇÃO CLÍNICA E NUTRICIONAL 25/01/2021 – 11h40min – Setor de Nutrição R.M.S.L, 29 anos, sexo feminino, lactante, 5 ° DIH, deu entrada na unidade para tratamento clínico de mastite na mama esquerda. Nega HAS, DM e alergias. Sono ausente. Aceitando dieta ofertada. Evacuação ausente há 1 dia e diureses presentes. Relata abdômen distendido e presença de gases. Avaliação antropométrica: peso atual 58,8kg, altura: 1,56 m AJ 51 cm, CB: 25,3 cm, CP. 32 cm; IMC: 24,5 classificação de IMC: eutrófica. Exame fisico: normocorada, conscierte, orientada, deambula, normotensa, hidratada. Paciente sem risco nutricional de acordo com ferramenta de triagem NRS- 2002, sem sinais de depleção de acordo com a CB e CP. Conduta: Dieta geral. Mantenho a prescrição dietética atual e acompanhamento nutricional. Geíza Carla da Silva Chaves Estagiário de Nutrição (matricula: 20152065450130) 29/01/2021 – 11h05min – Setor de Nutrição R.M.S.L, 29 anos, sexo feminino, lactante, 9 ° DIH, deu entrada na unidade para tratamento clínico de mastite na mama esquerda. Nega HAS, DM e alergias. Sono preservado. Aceitando dieta ofertada. Evacuação ausente há 1 dia e diureses presentes. Relata dor local e diminuição da presença de gases. Avaliação antropométrica: peso atual 59,7kg, altura: 1,56 m AJ 51 cm, CB: 25,3 cm, CP. 32 cm; IMC: 24,5 classificação de IMC: eutrofia. Exame físico: normocorada, consciente, orientada, deambula, normotensa, hidratada. Paciente sem risco nutricional de acordo com ferramenta de triagem NRS- 2002, sem sinais de depleção de acordo com a CB e CP. Conduta: dieta geral. Mantenho a prescrição dietética atual e acompanhamento nutricional. Geíza Carla da Silva Chaves Estagiário de Nutrição (matricula: 20152065450130) 02/02/2021 – 12h04min – Setor de Nutrição R.M.S.L, 29 anos, sexo feminino, lactante, 13 ° DIH, deu entrada na unidade para tratamento clínico de mastite na mama esquerda. Nega HAS, DM e alergias. Sono preservado. Aceitando dieta ofertada. Evacuação ausente há 1 dia e diureses presentes. Relata dor local e ausência de gases. Avaliação antropométrica: peso atual 59,7kg, altura: 1,56 m AJ 51 cm, CB: 25,3 cm, CP. 32 cm; IMC: 24,5; classificação de IMC: eutrofia. Exame fisico: normocorada, conscierte, orientada, deambula, normotensa, hidratada. Paciente sem risco nutricional de acordo com ferramenta de triagem NRS- 2002, sem sinais de depleção de acordo com a CB e CP. Conduta: dieta geral. Mantenho a prescrição dietética atual e acompanhamento nutricional. Geíza Carla da Silva Chaves Estagiário de Nutrição (matricula: 20152065450130) 5 CONCLUSÃO Devido a pouca flexibilidade da dieta ofertada no ambiente hospitalar, não foi possível fazer modificações qualitativas consideráveis no cardápio da paciente, sendo assim, não adequando alguns dos micronutrientes necessários para o melhor estado nutricional da nutriz. Porém, foi feito o máximo de esforço para fornecer um cardápio com o máximo de adequação. Com intenção de melhorar a qualidade de amamentação da paciente e evitar a reincidência de mastite foi realizada orientações sobre a pega correta do bebê na mama, posições que traz maior conforto para ambos, assim como os benefícios do aleitamento materno exclusivo, o material utilizado foi o álbum seriado do ministério da saúde (ALBAM: Promovendo o aleitamento materno). REFERÊNCIAS BROMOPRIDA, bula. Disponível em: http://www.anvisa.gov.br/datavisa/fila_bula/frmVisualizarBula.asp?pNuTransacao=13748182016&pIdAnexo=3162450 Acesso: 13/12/2020. OXACILINA, bula. Disponível em: https://consultas.anvisa.gov.br/#/medicamentos/253510007400089/?nomeProduto=Oxacilina. Acesso: 16/02/2021. CEFTRIAXONA, bula. Disponível em: https://consultas.anvisa.gov.br/#/medicamentos/25351560732201832/?nomeProduto=Ceftriaxona. Acesso: 16/02/2021. IOM Food and Nutrition Board: Iodine. In Dietary Reference Intakes for Vitamin A, Vitamin K, Arsenic, Boron, Chromium, Copper, Iodine, Iron, Manganese, Molybdenum, Nickel, Silicon, Vanadium and Zinc. Washington, DC: National Academy Press, p. 258–289, 2002. CUPPARI, Lilian. Guia de nutrição: Clínica no adulto. 3ª ed. Rio de Janeiro: Manole, 2014. MAHAN, L. Kathleen; RAYMOND, Janice L. Krause: Alimentos, Nutrição e Dietoterapia. 14. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2018. WILLIAMSON, M, A; SNYDER, L, M . Wallach Interpretação de exames laboratoriais / tradução Cláudia Lúcia Caetano de Araújo, Patricia Lydie Voeux; revisão técnica Maria de Fátima Azevedo. – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. ROSSATO, N. C. ; MORAIS, E. F. M. ; MATTOS, G. ; ZERWES, F. ; VOLLBRECHT, B. . Processos Inflamatórios da Mama: Caracterização e Manejo Terapêutico. Acta Médica (Porto Alegre) , v. 33, p. 36-42, 2012. FRASSON AL, Millen EC, Novita G, et al. Doenças da mama: guia prático baseado em evidências. Porto Alegre: Atheneu; 2011. BOUTET G. Breast inflammation: clinical examination, aetiological pointers. Diagn Interv Imaging. 2012;93:78-84. Epub 2012 Jan 21. MARCHANT DJ MD. Inflammation of the breast. Obstet Gynecol Clin North Am. 2002;29:89-102. MIWA, Michelle Thiemi (ed.). Nutrição e Dietoterapia Obstétrica e Pediátrica. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2018. 208 p
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