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Caso clínico mastite

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO CEARÁ
CAMPUS – LIMOEIRO DO NORTE
ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM NUTRIÇÃO CLÍNICA
ORIENTADORA: BRUNA YHANG DA COSTA SILVA 
GEÍZA CARLA DA SILVA CHAVES
RELATÓRIO DE ESTUDO DE CASO CLÍNICO 2
PACIENTE COM MASTITE
LIMOEIRO DO NORTE - CE
2020
RESUMO 
Paciente R. M. S. L., adulta, admitida na Unidade Hospitalar dia 21 de Janeiro de 2021 para tratamento de mastite. Relata gravidez tranquila, sem complicações. De acordo com parâmetros avaliativos do estado nutricional e a análise dos resultados obtidos pela ferramenta de triagem (NRS-2002), o paciente se encontrava sem risco nutricional. O objetivo da dietoterapia é promover a ingestão adequada de proteínas, vitaminas e minerais devido as necessidades estarem aumentada na nutriz, para garantir que seus depósitos não sejam totalmente utilizados para a produção do leite materno, como também manter o aporte calórico necessário. Foi prescrito dieta geral, VET: 2159,05. Dieta oferecida: 1912,98 kcal com distribuição de macronutrientes: Carboidrato: 66,46%, Proteína: 17,88%, Lipídeo: 15,65%, g de proteína /kg de peso: 0,78. Cardápio sugerido com 2.124,06 kcal com distribuição de macronutrientes: Carboidrato: 53,06%, Proteína: 19,93%, Lipídeo: 27,01 %. Com intenção de melhorar a qualidade de amamentação da paciente e evitar a reincidência de mastite foi realizada orientações sobre a pega correta do bebê na mama, posições que traz maior conforto para ambos, assim como os benefícios do aleitamento materno exclusivo, o material utilizado foi o álbum seriado do ministério da saúde.
1 INTRODUÇÃO
1.1 Caracterização do paciente
1.1.2 Identificação
Paciente: R.M.S.L.
Gênero: Feminino.
Idade: 29 anos.
Naturalidade: Limoeiro de Norte – CE.
Diagnóstico: Mastite na mama esquerda.
Admissão: 21/01/2021.	
Alta hospitalar: 06/02/2021
1.1.2 História da doença atual
No dia 21 de Janeiro de 2021 a lactente foi admitida no Hospital Geral Vale do Jaguaribe (HGVJ) para tratamento de mastite, queixa principal: dor, edema, ingurgitamento mamário, história de febre, apresenta secreção mamária, paciente com estado emocional fragilizado.
1.1.3 História da doença pregressa
Relata gravidez tranquila, sem complicações, nega HAS, DM e alergias alimentares.
 
1.1.4 Fisiopatologia
A denominação de mastite pode estar associada a inúmeras condições clínicas nas quais estão presentes reações inflamatórias, porém sem haver envolvimento de agentes bacterianos, como também estar associadas a condições infecciosas com colonização de microorganismos. Frequentemente, as condições inflamatórias são classificadas em lactacionais e não lactacionais, entrando nesta última classificação os processos inflamatórios na porção periférica da mama e os abscessos subareolares. Processos inflamatórios específicos como tuberculose, sífilis, actinomicose e granulomatose, também se incluem na classificação de mastite, mesmo sendo afecções raramente encontradas (ROSSATO, N. C, 2012).
	Infecções lactacionais: frequentemente associada à técnica inadequada de amamentação. O surgimento de fissuras mamárias pode levar ao desequilíbrio dos mecanismos de defesa e aumento no numero de bactérias sobre a pele. Estas têm capacidade de penetrar na fissura mamária através de vasos ou canalículos linfáticos superficiais, atingindo segmentos de baixa drenagem, resultando na infecção. Está principalmente presente nas primeiras 6 semanas de amamentação acometendo apenas uma das mamas na maioria dos casos. Ocorre numa frequência entre 2% a 33%, mas geralmente está em torno de 10%. O agente etiológico mais comum é o Staphylococcus aureus, e em uma menor frequência o Staphylococcus epidermidis e o Streptococcus do grupo B. Nas formas mais graves podemos achar também bactérias gram negativas ou germes anaeróbios. Os principais fatores associados ao surgimento da doença a primiparidade e idade menor que 25 anos, o ingurgitamento mamário, a fissura mamilar, a infecção de vias aéreas superiores do lactente, a má higiene e as possíveis anormalidades mamilares. Sendo assim, as principais medidas profiláticas baseiam-se na higiene adequada das mamas e na orientação a fim de prevenir as fissuras e o ingurgitamento mamário (FRASSON AL, 2011; ROSSATO, N. C, 2012).
Infecções não lactacionais: Os outros processos inflamatórios estão associados ou não com infecção, podendo ou não responder a terapia antibiótica. Relacionam-se a trauma prévio, dermatites e processos inflamatórios crônicos. A fisiopatologia não está bem esclarecida, podendo estar associada à estase de secreções em ductos e ductos terminais. O agente bacteriano mais associado é o Staphylococcus aureus, estando a flora anaeróbia também fortemente associada, podendo ocorrer também infecções mistas. São caracterizados pelo desenvolvimento de tumoração mamária endurecida associada a alterações inflamatórias na pele, eventualmente com edema. O quadro evolui em três ou quatro dias, podendo arrastar-se por semanas. Ao contrário do que é visto em infecções puerperais, nas quais há sinais de comprometimento sistêmico, aqui normalmente há envolvimento apenas local (ROSSATO, N. C, 2012; BOUTET G, 2012).
2 ACOMPANHAMENTO NUTRICIONAL
2.1 Avaliação Nutricional
	
	1ª Avaliação
25/01/2021
	2ª Avaliação
29/01/2021
	3ª Avaliação
02/01/2021
	Altura (m)*
	1,56 m
	1,56 m
	1,56 m
	Altura do joelho (cm)
	51 cm
	51 cm
	51 cm
	Peso habitual
	58 kg
	58 kg
	58 kg
	Peso atual (Kg)**
	58,8 kg
	59,7 kg
	59,7 kg
	Peso Ideal (Kg)
	51,10 kg
	51,10 kg
	51,10 kg
	IMC (kg/m²)
	24,2 kg/m² (eutrofia)
	24,5 kg/m² (eutrofia)
	24,5 kg/m² (eutrofia)
	CB (cm)
	25 cm
	25,3 cm
	25,3 cm
	Adequação CB (%)***
	90,57 % (Eutrofia)
	91,66 % (Eutrofia)
	91,66 % (Eutrofia)
	CP (cm)
	32 cm (sem depleção)
	32 cm (sem depleção)
	32 cm (sem depleção)
* Chumlea et al (1985).
** Ross Laboratories (2002).
*** BLACKBURN, GL & THRNTON, PA, (1979)
2.2 Exame Físico
	
	1ª Avaliação
Data: 25/01/2021
	2ª Avaliação
Data: 29/01/2021
	3ª Avaliação
Data: 02/02/2021
	Gordura
	Supra-orbital
	Sem modificação
	Sem modificação
	Sem modificação
	
	Bolsa Gordurosa de Bichart
	Sem modificação
	Sem modificação
	Sem modificação
	
	Triciptal
	Sem modificação
	Sem modificação
	Sem modificação
	
	Supra e infra-clavicular
	Sem modificação
	Sem modificação
	Sem modificação
	
	Cintura
	Sem modificação
	Sem modificação
	Sem modificação
	Massa muscular
	Deltóide
	Sem modificação
	Sem modificação
	Sem modificação
	
	Quadríceps
	Sem modificação
	Sem modificação
	Sem modificação
	
	Entre ossos das mãos
	Sem modificação
	Sem modificação
	Sem modificação
	
	Panturrilha
	Sem modificação
	Sem modificação
	Sem modificação
	Edema
	Não
	Não
	Não
	Ascite
	Não notado
	Não notado
	Não notado
Triagem nutricional (NRS – 2002)
	PACIENTE: R. M. S. L LEITO/ENFERMARIA: 100.1
PESO: 58 kg ALTURA: 1,56 m IDADE: 29 anos 
DATA: 25/01/2021
	Tabela 1
Classificação do Risco Nutricional Fase I
	
	Sim
	Não
	1. Apresenta IMC < 20,5
	
	X
	2. Houve perda de peso nos últimos 3 meses
	
	X
	3. Houve redução da ingestão alimentar na última semana
	
	X
	4. Portador de doença grave, mal estado geral ou em UTI
	
	X
	Sim: Se a resposta for “sim” para qualquer questão, continue e preencha a Tabela 2.
	Não: Se a resposta for “não” para todas as questões, reavalie o paciente semanalmente.
	Se for indicada uma cirurgia de grande porte, continue e preencha a Tabela 2
	Tabela 2
Classificação de Risco Nutricional
	Prejuízo de Estado Nutricional	
	Gravidade da Doença
(Aumento das Necessidades)
	Ausente
Escore 0
	Estado Nutricional normal
	Ausente
Escore 0
	Necessidades nutricionais normais
	Leve Escore 1
	Perda de peso > 5% em 3 meses ou ingestão alimentar de 50% a 75% das necessidades calóricas na última semana.
	Leve Escore 1
	Fratura do quadril, pacientes crônicos, em particular com complicações agudas, cirrose, DPOC, hemodiálise crônica, diabetes e câncer.
	Moderado Escore 2
	Perda de peso> 5% em 2 meses ou IMC entre 18,5 e 20,5 + queda do estado geral ou ingestão alimentar de 25% a 60% das necessidades calóricas na última semana.
	Moderado Escore 2
	Cirurgia abdominal de grande porte, fraturas, pneumonia grave, leucemias e linfomas.
	Grave Escore 3
	Perda de peso > 5% em 1 mês (> 15% em 3 meses ou IMC < 18,5 + queda do estado geral ou ingestão alimentar de 0% a 25% das necessidades calóricas na última semana.
	Grave Escore 3
	Transplante de medula óssea, pacientes em cuidado intensivo (APACHE > 10).
	Soma dos Escores
	 ESCORE TOTAL: 
	Atenção: Acrescentar 1 escore na pontuação total se o paciente tiver mais de 60 anos
	Escore > 3: o paciente está nutricionalmente no limite de risco e o cuidado nutricional é iniciado
	Escore < 3: reavaliar o paciente semanalmente. Se o paciente tem indicação para cirurgia de grande porte, considerar plano de cuidado nutricional para evitar riscos associados.
	TRIAGEM NUTRICIONAL (NRS-2002)
	0 Pontos – sem risco nutricional.
2.3 Conclusão e diagnóstico Nutricional
De acordo com primeira triagem aplicada dia 25 de janeiro de 2021 não ouve perda de peso nos últimos 3 meses e não ouve redução na sua redução da ingestão alimentar na ultima semana, então a paciente foi classificada como sem risco nutricional. De acordo com a avaliação antropométrica a paciente apresenta um bom estado geral, sem grandes alterações. O exame físico apresentou inchaço e rubor na mama esquerda, não foi observado outras alterações. 
2.4 Exames bioquímicos
	
	Exames
	Referência
	24/01/2021
	27/01/2021
	02/02/2021
	Análise
	Hemoglobina g/dl
	12 a 16
	11,8
	11,4
	11,5
	Abaixo
	Hematócrito %
	36 a 46
	30,2
	29,4
	29,7
	Abaixo
	Linfócitos
	1000 a 5000
	6-2.142
	7-1.463
	1.456
	Linfocitose
	Leucócitos
	5.000 a 10.000
	35700
	20900
	20800
	Acima. Leucocitose.
	PCR
	<6UI/ml
	96 UI/ml
	24 UI/ml
	6 UI/ml
	Elevada
	Creatinina
	0,5 a 1,00 mg
	1,2 mg/dL
	1,00 mg/dL
	0,72 mg/dL
	Redução
	Uréia
	15 a 45
	-
	13 mg/dL
	-
	
	Hemácia
	4,00 – 5,20
	-
	-
	3,63
	
	Em relação á hemoglobina, foi notada níveis abaixo do normal, podendo indicar algum déficit nutricional como deficiência de ferro, folato e vitamina b12. O hematócrito também se encontra abaixo do normal, e está diretamente relacionado a hemoglobina que pode ser afetado por déficits nutricionais, e pelo estado de hidratação. Apresentou leucocitose bastante elevada, porem ouve redução mostrando uma possível regressão da infecção. A PCR teve bastante elevada de inicio , porém com o tratamento ouve uma boa melhora ate reduzir á níveis normais, a proteína C reativa é uma proteína de fase aguda, associada a processos inflamatórios e infecciosos ocasionados por vírus, bactérias, doenças autoimunes e neoplasias, aumentando nos estágios iniciais do estresse agudo, mostrando que a infecção está sendo controlada. Creatinina teve aumentada, porem teve redução nos últimos exames (ESCOTT-STUMP, S. 2005; COSTA, 2015; MAHAN; RAYMOND, 2018).
2.5 Interações fármaco-nutrientes 
	Fármaco
	Classificação/Indicação
	Interações medicamentosas
	Bromoprida
	Antiemético.
	Segundo a bula do fabricante, não há dados disponíveis até o momento sobre a interferência de alimentos na ação do medicamento.
	Dipirona Sódica
	Este medicamento é indicado como antitérmico e analgésico.
	Não há dados disponíveis até o momento sobre a interação entre alimentos e dipirona.
	Cetoprofeno
	AINES
	O uso concomitante com alimentos pode retardar a absorção do cetoprofeno, entretanto não foram observadas interações clinicamente significativas
	Omeprazol
	Inibidor de bomba de prótons.
	O fármaco diminui a absorção de ferro e vitamina B12. Ingerir o omeprazol com estômago vazio, anteriormente ao desjejum, junto com sucos ácidos ou de maçã.
	Tramadol
	Analgésico
	Os nutrientes não afetam a absorção do fármaco. Tomar o tramol sem considerar a alimentação.
	Cefazolina
	Antibiótico 
	Uso na lactação: a cefazolina está presente em níveis muito baixos no leite materno. Entretanto, não foram documentados problemas.
	Oxacilina
	Antibiótico
	A oxacilina é excretada no leite humano. Portanto, a administração de oxacilina em
mulheres lactantes deve ser exercida com cautela.
	Ceftriaxona
	Antibiótico
	É excretada no leite humano em baixas concentrações, é recomendada cautela em mulheres que amamentam.
	Ranitidina
	Tratamento de úlceras, esofagite.
	O fármaco diminui a absorção de vitamina B12. Os suplementos de magnésio, cálcio, ferro e zinco, os polivitamínicos contendo minerais ou os antiácidos com alumínio e magnésio podem diminuir a absorção do fármaco; tomar separadamente com intervalo mínimo de 2 h. Ingerir com estomago vazio, 1 h antes ou 2 h depois da refeição, ou durante pequenos lanches.
3 CONDUTA NUTRICIONAL
3.1 Objetivos da dietoterapia
· Promover a ingestão adequada de proteínas, vitaminas e minerais devido as necessidades estarem aumentada na nutriz, para garantir que seus depósitos não sejam totalmente utilizados para a produção do leite materno. (MIWA, 2018)
· Adequar o aporte calórico devido ao aumento na necessidade energética por conta da produção de leite e em decorrência da infecção. (MIWA, 2018)
· Manter uma alimentação equilibrada, fracionada no mínimo seis vezes por dia, para manter uma regularidade na concentração energética nas diferentes refeições. (MIWA, 2018)
· Controlar interações droga-nutriente.
3.2 Necessidades nutricionais
Para o cálculo das necessidades energéticas das nutrizes, são considerados os dados antropométricos do período pré-gestacional, além de um acréscimo energético, obtido considerando a demanda energética para a produção do leite. Portanto, a fórmula para a EER da nutriz é:
· EER (nutriz) = EER (pré-gestacional) + energia necessária para produção do leite – energia para perda de peso (IOM, 2005).
Como a paciente está no intervalo de 19 á 50 anos e no primeiro semestre pós-parto foi adotada 500 kcal para produção de leite e a redução de 170 kcal para perda de peso.
· Em relação a recomendação de proteína o IOM (2005) sugere um adicional de 25 g/dia ou 1,3 g/Kg/dia. Já segundo IOM (2002) a recomendação é de 1,05g/Kg/dia ou de 10 á 35% do valor total de energia. 
· Com relação aos lipídios, sugere-se o consumo de 25% a 30% destes em relação às calorias totais e, desse total, durante a lactação, em todas as faixas etárias, 13 g/dia deve ser de ácido linoleico (ω-6) e 1,3 g/dia de ω-linolênico (ω-3). 
· A recomendação de carboidratos também é maior durante a lactação, para que a quantidade seja suficiente para repor os carboidratos utilizados na produção do leite sendo, em média, de 210 g/dia de carboidratos durante todo o período de lactação e para todas as faixas etárias. Já segundo IOM (1991) é de 160g/dia, e de 45 á 65% das calorias totais. (MIWA, 2018)
· Tabela com recomendações de micronutrientes e fibras: (MIWA, 2018)
	
3.3 Aporte fornecido pela dieta antes da implantação da conduta:
	
	Observado
	Recomendado
	% de adequação
	Tipo de dieta
	Geral
	Geral
	Adequado
	Fracionamento
	6 refeições
	6 refeições
	Adequado
	VET (Kcal)
	1912,98 kcal
	2.159,05 kcal
	88,60 %
	% Carboidratos
	66,46%
	45 a 65%
	Nocivo
	% Lipídeos
	15,65%
	20 a 35%
	Inadequado
	% Proteínas
	17,88%
	10 a 35%
	Adequado
	g de PTN /kg de peso
	0,78
	1,3 g/kg
	Inadequado
CARDÁPIO OFERTADO PELO HOSPITAL – DIETA LIVRE ( 1.912,98kcal)
	Refeição
	Alimento / Preparação
	Quantidade
	Medida caseira
	Desjejum / Café da manhã 
	Leite integral
Café sem açúcar
Açúcar
Pão sovado
Torrada integral
Biscoito salgado tipo cream cracker
Manteiga
Geléia de Uva
Salada de frutas:
Banana
Mamão
Melão
Aveia em flocos
	200ml
100ml
10g
50g
15g
15g
10g
15g
30g
30g
30g
10g
	1 xícara de chá
½ xícara de chá
2 sachês
1 unidade
1 sachê
1 sachê
1 bisnaga
1 bisnaga
1 fatia pequena
1 fatia pequena
1 fatia pequena
1 colher de sopa
	Lanche da manhã
	Suco de polpa de frutas
Açúcar
Biscoito salgado tipo cream cracker
	200ml
10g
15g
	1 unidade
1 colher de sopa
1 sachê
	Almoço
	Frango cozido 
Arroz cozido 
Feijão
Farofa de cuscuz
Salada crua (alface, cenoura,repolho)
Tomate
Sobremesa: gelatina
	100g
90g
100
85g
10g
15g
100g
	1 filé pequeno
2 colheres de servir
1 concha média
1 colher de servir
1 colher de servir
1 fatia média
1 sachê
	Lanche da tarde
	Suco de polpa de frutas
Açúcar
Biscoito doce tipo maizena
	200ml
10g
15g
	1 copo cheio
1 colher de açúcar
1 sachê
	Jantar
	Sopa de carne
	400ml
	
	Ceia
	Mingau de aveia:
Aveia
Leite em pó
Água
	
12g
32g
200ml
	
1 e ½ colher de sopa
2 colheres de sopa
1 xícara cheia
3.4 Aporte da dieta sugerida:
	
	Observado
	Recomendado
	% de adequação
	Tipo de dieta
	Geral
	Geral
	Adequado
	Fracionamento
	6 refeições
	6 refeições
	Adequado
	VET (Kcal)
	2.124,06 kcal
	2.159,05 kcal
	95,96 %
	% Carboidratos
	53.06 %
	45 a 65%
	Adequado
	% Lipídeos
	27,01 %
	20 a 35%
	Adequado
	% Proteínas
	19,93 %
	10 a 35%
	Adequado
	g de PTN /kg de peso
	1,77 g/kg
	1,3 g/kg
	Adequado
CARDÁPIO OFERTADO PLANEJADO – DIETA LIVRE ( 2.124,06 kcal)
	Refeição
	Alimento / Preparação
	Quantidade
	Medida caseira
	Desjejum / Café da manhã 
	Leite integral
Café sem açúcar
Açúcar
Pão integral
Queijo 
Torrada integral
Biscoito salgado tipo cream cracker
Manteiga
Salada de frutas:
Banana
Mamão
Melão
Aveia em flocos
	210ml
100ml
10g
60g
20g
15g
15g
10g
30g
30g
30g
10g
	1 xícara de chá
½ xícara de chá
2 sachês
2 unidades
2 fatias
1 sachê
1 sachê
1 bisnaga
1 fatia pequena
1 fatia pequena
1 fatia pequena
1 colher de sopa
	Lanche da manhã
	Suco de polpa de frutas
Açúcar
Biscoito salgado tipo cream cracker
	100ml
10g
15g
	1 unidade
1 colher de sopa
1 sachê
	Almoço
	Frango cozido 
Frango cozido 
Arroz cozido 
Feijão
Farofa de cuscuz
Salada crua (alface, cenoura, repolho)
Tomate
	100g
30g
100g
80
85g
10g
15g
	1 coxa grande
1 pedaço pequeno
2 colheres de servir
1 concha média
1 colher de servir
1 colher de servir
1 fatia média
	Lanche da tarde
	Vitamina com polpa de frutas
Polpa acerola
Leite em pó integral
Açúcar
Biscoito doce tipo maizena
	
100ml
32g
10g
15g
	
1 unidade
3 colheres de sopa
1 colher de açúcar
1 sachê
	Jantar
	Sopa de carne
	400ml
	
	Ceia
	Iogurte de morango
Aveia
Água
	175g
12g
200ml
	1 unidade
1 e ½ colher de sopa
1 xícara cheia
3.5 Adequação dos micronutrientes: (ANEXO 1)
4 EVOLUÇÃO CLÍNICA E NUTRICIONAL
25/01/2021 – 11h40min – Setor de Nutrição
R.M.S.L, 29 anos, sexo feminino, lactante, 5 ° DIH, deu entrada na unidade para tratamento clínico de mastite na mama esquerda. Nega HAS, DM e alergias. Sono ausente. Aceitando dieta ofertada. Evacuação ausente há 1 dia e diureses presentes. Relata abdômen distendido e presença de gases. Avaliação antropométrica: peso atual 58,8kg, altura: 1,56 m AJ 51 cm, CB: 25,3 cm, CP. 32 cm; IMC: 24,5 classificação de IMC: eutrófica. Exame fisico: normocorada, conscierte, orientada, deambula, normotensa, hidratada. Paciente sem risco nutricional de acordo com ferramenta de triagem NRS- 2002, sem sinais de depleção de acordo com a CB e CP. Conduta: Dieta geral. Mantenho a prescrição dietética atual e acompanhamento nutricional.
Geíza Carla da Silva Chaves 
Estagiário de Nutrição (matricula: 20152065450130)
29/01/2021 – 11h05min – Setor de Nutrição
R.M.S.L, 29 anos, sexo feminino, lactante, 9 ° DIH, deu entrada na unidade para tratamento clínico de mastite na mama esquerda. Nega HAS, DM e alergias. Sono preservado. Aceitando dieta ofertada. Evacuação ausente há 1 dia e diureses presentes. Relata dor local e diminuição da presença de gases. Avaliação antropométrica: peso atual 59,7kg, altura: 1,56 m AJ 51 cm, CB: 25,3 cm, CP. 32 cm; IMC: 24,5 classificação de IMC: eutrofia. Exame físico: normocorada, consciente, orientada, deambula, normotensa, hidratada. Paciente sem risco nutricional de acordo com ferramenta de triagem NRS- 2002, sem sinais de depleção de acordo com a CB e CP. Conduta: dieta geral. Mantenho a prescrição dietética atual e acompanhamento nutricional.
Geíza Carla da Silva Chaves 
Estagiário de Nutrição (matricula: 20152065450130)
02/02/2021 – 12h04min – Setor de Nutrição
R.M.S.L, 29 anos, sexo feminino, lactante, 13 ° DIH, deu entrada na unidade para tratamento clínico de mastite na mama esquerda. Nega HAS, DM e alergias. Sono preservado. Aceitando dieta ofertada. Evacuação ausente há 1 dia e diureses presentes. Relata dor local e ausência de gases. Avaliação antropométrica: peso atual 59,7kg, altura: 1,56 m AJ 51 cm, CB: 25,3 cm, CP. 32 cm; IMC: 24,5; classificação de IMC: eutrofia. Exame fisico: normocorada, conscierte, orientada, deambula, normotensa, hidratada. Paciente sem risco nutricional de acordo com ferramenta de triagem NRS- 2002, sem sinais de depleção de acordo com a CB e CP. Conduta: dieta geral. Mantenho a prescrição dietética atual e acompanhamento nutricional.
Geíza Carla da Silva Chaves 
Estagiário de Nutrição (matricula: 20152065450130)
5 CONCLUSÃO
	Devido a pouca flexibilidade da dieta ofertada no ambiente hospitalar, não foi possível fazer modificações qualitativas consideráveis no cardápio da paciente, sendo assim, não adequando alguns dos micronutrientes necessários para o melhor estado nutricional da nutriz. Porém, foi feito o máximo de esforço para fornecer um cardápio com o máximo de adequação. 
Com intenção de melhorar a qualidade de amamentação da paciente e evitar a reincidência de mastite foi realizada orientações sobre a pega correta do bebê na mama, posições que traz maior conforto para ambos, assim como os benefícios do aleitamento materno exclusivo, o material utilizado foi o álbum seriado do ministério da saúde (ALBAM: Promovendo o aleitamento materno).
REFERÊNCIAS
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CEFTRIAXONA, bula. Disponível em: https://consultas.anvisa.gov.br/#/medicamentos/25351560732201832/?nomeProduto=Ceftriaxona. Acesso: 16/02/2021.
IOM Food and Nutrition Board: Iodine. In Dietary Reference Intakes for Vitamin A, Vitamin K, Arsenic, Boron, Chromium, Copper, Iodine, Iron, Manganese, Molybdenum, Nickel, Silicon, Vanadium and Zinc. Washington, DC: National Academy Press, p. 258–289, 2002.
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WILLIAMSON, M, A; SNYDER, L, M . Wallach Interpretação de exames laboratoriais / tradução Cláudia Lúcia Caetano de Araújo, Patricia Lydie Voeux; revisão técnica Maria de Fátima Azevedo. – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.
ROSSATO, N. C. ; MORAIS, E. F. M. ; MATTOS, G. ; ZERWES, F. ; VOLLBRECHT, B. . Processos Inflamatórios da Mama: Caracterização e Manejo Terapêutico. Acta Médica (Porto Alegre) , v. 33, p. 36-42, 2012.
FRASSON AL, Millen EC, Novita G, et al. Doenças da mama: guia prático baseado em evidências. Porto Alegre: Atheneu; 2011.
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MIWA, Michelle Thiemi (ed.). Nutrição e Dietoterapia Obstétrica e Pediátrica. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2018. 208 p

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