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Aluno (a): Curso: Técnico em Enfermagem Turma: TENV 01/21 Disciplina: Microbiologia e Parasitologia Aula: 03 Professor Enfermeiro: Scharley Cristiano Data:29/03/2021 Doenças causadas por bactérias As doenças causadas por bactérias são relativamente comuns e podem até mesmo causar a morte se não forem adequadamente tratadas. Estima-se que as bactérias causem cerca de metade de todas as doenças humanas. Bactérias causadoras de doenças As bactérias são organismos formados por uma única célula (unicelulares), que se caracteriza pela ausência de um núcleo definido (procariontes). A organização celular desses seres é bastante simples, não sendo observadas organelas membranosas. As bactérias podem ser encontradas de forma isolada ou formando colônias. As bactérias são encontradas em vários ambientes, tais como água, solo e até nos seres vivos. São muito úteis para os seres humanos, apresentando importância ecológica, industrial e até mesmo médica. Entretanto, muitas também causam doenças. Geralmente, as bactérias causam doenças por meio da produção de toxinas, as quais podem ser endotoxinas ou exotoxinas. • Endotoxinas: estão localizadas na membrana externa de algumas bactérias. Essas bactérias liberam as endotoxinas apenas quando morrem e suas paredes celulares são desfeitas. Como exemplo de bactérias que possuem esse tipo de toxina, podemos citar a Salmonella typhi, responsável por causar a febre tifoide. • Exotoxinas: são produzidas e secretadas pelas bactérias. Um exemplo de bactéria que produz esse tipo de toxina é a Vibrio cholerae, responsável por causar a cólera. https://brasilescola.uol.com.br/biologia/celulas-procariontes.htm Sintomas de doenças causadas por bactérias Os sintomas das doenças bacterianas são variados e dependem da bactéria causadora da doença. Febre: um sintoma comum em diversas doenças, não só nas bacterianas. São exemplos de doenças bacterianas que causam febre: febre maculosa, tuberculose e coqueluche. Tosse: algumas doenças bacterianas causam tosse, como é o caso da coqueluche, tuberculose e pneumonia. Diarreia: são exemplos de doenças bacterianas que podem causar diarreia a cólera e a disenteria. Nesse ponto, é importante destacar que cerca de 2 milhões de pessoas morrem anualmente em decorrência de doenças diarreicas causadas por bactérias. Vômitos: podem ser desencadeados por várias doenças bacterianas, como a cólera e a disenteria. Espasmos musculares: o tétano é uma doença que pode causar fortes espasmos musculares. Lesões na pele com alteração da sensibilidade: a hanseníase é uma doença bacteriana que causa diminuição da sensibilidade. Ardência ao urinar: infeções urinárias podem desencadear ardência ao urinar. Além disso, a gonorreia é também responsável por causar esse sintoma. Tratamento de doenças causadas por bactérias Grande parte das doenças bacterianas é tratada com uso de antibióticos, substâncias que atuam matando ou impedindo que as bactérias multipliquem-se. Apesar de o surgimento dos antibióticos ter mudado o rumo da medicina e salvado muitas vidas, se não usados corretamente, esses medicamentos podem ser responsáveis pela seleção de bactérias resistentes. O maio problema está no fato de que muitas pessoas interrompem o tratamento quando se sentem melhores, não utilizando o antibiótico por tempo suficiente. Inicialmente o antibiótico mata as bactérias mais frágeis e, com o tempo de uso, consegue eliminar as mais resistentes. Se o antibiótico é interrompido, as bactérias resistentes multiplicam-se e causam o retorno dos sintomas. https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/biologia/o-que-e-antibiotico.htm Para evitar esse problema, é fundamental utilizar antibióticos apenas com recomendação médica e obedecer aos horários e ao tempo de tratamento. Além disso, é fundamental acondicionar o antibiótico em local adequado e não fazer uso do medicamento fora do prazo de validade. Prevenção de doenças causadas por bactérias As doenças bacterianas podem ser adquiridas de diferentes formas. Algumas patologias são transmitidas por bactérias presentes na água; outras, por bactérias presentes nos alimentos, no ar e até mesmo por meio de relação sexual. Temos ainda aquelas transmitidas por outros organismos, como pulgas e carrapatos. Diante de tantas formas de transmissão, várias atitudes devem ser tomadas para evitar a contaminação por bactérias patogênicas. São formas de prevenção: • Beber água somente filtrada e tratada; • Lavar sempre bem os alimentos; • Lavar sempre as mãos; • Utilizar camisinha em todas as relações sexuais; • Tratar os doentes; • Vacinar-se. Algumas doenças causadas por bactérias Pneumonia Pneumocócica O termo pneumonia se aplica a diversas infecções pulmonares, sendo a maioria causada por bactérias. A pneumonia pode ser causada ainda por outros tipos de microrganismos como vírus e protozoários, no entanto, a maioria dos casos é por bactéria. Pode ainda ser causada pela inalação de produtos tóxicos. Trata-se de uma doença respiratória grave, com alta taxa de mortalidade, porém, é uma doença passível de prevenção. A pneumonia pode acometer qualquer faixa etária, mas ocorre principalmente em crianças pequenas, idosos e pessoas com doenças crônicas, sendo muito perigosa em crianças menores de 05 anos e em idosos acima de 60 anos. De acordo com a parte do trato respiratório afetada, a pneumonia recebe diferentes nomes, como por exemplo, pneumonia lobar, quando os lobos do pulmão são afetados e broncopneumonia quando os alvéolos pulmonares adjacentes aos brônquios são afetados. https://www.infoescola.com/reino-monera/bacterias/ https://www.infoescola.com/reino-protista/protozoarios/ https://www.infoescola.com/demografia/taxa-de-mortalidade/ https://www.infoescola.com/doencas/doenca-cronica/ https://www.infoescola.com/sistema-respiratorio/alveolos-pulmonares/ O tipo mais comum de pneumonia é causado por Streptococcus pneumoniae, chamada de pneumonia típica, ou pneumonia pneumocócica. Por se tratar de uma doença respiratória, as principais portas de entrada para a infecção são a boca e nariz. Sintomas Os sintomas podem surgir rapidamente e incluem febre alta, acima de 38 ºC, dificuldade de respirar, dor torácica, tosse, catarro, dores pelo corpo e mal-estar generalizado, confusão mental e prostração. A maioria dos sintomas pode ser encontrada em outras condições respiratórias, como na gripe, o que leva muitos pacientes a não procurar ajuda medica logo de início e pode levar a complicações. A duração dos sintomas auxilia na diferenciação da doença. Caso persistam por mais tempo que o tradicional para a gripe, procure o médico. Diagnóstico O diagnóstico é realizado a partir do exame físico do paciente, observando as queixas e sintomas e exames complementares de imagem como raio-X do tórax e exames laboratoriais. Tratamento O tratamento de pneumonia pode requerer a internação hospitalar, especialmente nos pacientes mais afetados, como os idosos e as crianças menores de 05 anos. No caso da doença causada por bactérias, faz-se o uso de antibióticos. Como a nossa boca é povoada por diversos microrganismos, torna-se difícil estabelecer exatamente qual agente patológico, por isso um grupo de antibióticos que consegue englobar diferentes tipos de bactérias é aplicado. Quando a pneumonia é ocasionada por vírus, o tratamento é baseado no alivio dos sintomas com a administração de analgésicos para as dores e antitérmicos para a febre. Os sintomas costumam melhorar rapidamente nesses casos e medidas de suporte como descanso, ingestão de https://www.infoescola.com/reino-monera/streptococcus/ https://www.infoescola.com/medicina/antibioticos/ https://www.infoescola.com/medicina/febre/ água e líquidos, boa alimentação, são necessárias. Em casos mais graves, causados por vírus, podem ser necessários remédios específicos para o combate dos mesmos,denominados antivirais. Prevenção A pneumonia é uma doença grave, mas pode ser tratada com eficiência e prevenida, sendo a melhor forma de o fazer, a vacinação, que contém as principais bactérias responsáveis pela infecção e a vacinação contra a gripe. A vacina é distribuída para a população em geral, mas com foco nos grupos de risco, crianças e idosos e pessoas imunocomprometidas. No inverno, os indivíduos são mais suscetíveis a doenças respiratórias. Evitar locais fechados também é uma medida e prevenção. Lavar as mãos, beber bastante água, uma boa alimentação, de forma saudável, praticar atividades físicas e descanso são importantes para manter o sistema imunológico forte. Por se tratar de uma condição causada por diversos tipos de agentes etiológicos, manter o sistema imunológico forte é importante na prevenção. O tabagismo também é um aliado das doenças respiratórias e um fator de risco para o desenvolvimento das mesmas. Evitar locais públicos quando estiver doente é importante. https://www.infoescola.com/doencas/pneumonia/ Gonorreia A gonorreia é também conhecida pelos nomes: blenorragia, uretrite gonocócica, esquentamento, corrimento, escorrimento e pingadeira. É uma doença causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae, que afeta, principalmente, a uretra, tanto de homens quanto de mulheres. Como é uma DST (doença sexualmente transmissível), a prática sexual desprevenida - inclusive anal e oral - é uma forma de transmissão. Assim, ânus e faringe podem, também, se comprometer. A probabilidade de contaminação após o relacionamento com um parceiro doente é de 90%. Bebês correm o risco de serem infectados por suas mães, no momento do parto, apresentando danos oculares. Algumas mulheres podem ter a doença sem, no entanto, apresentarem sintomas. Esses aparecem aproximadamente dez dias após o contato. Nestas, dores na região inferior do abdome, hemorragia e dor ao urinar podem aparecer. Nos homens, inflamação, incômodo ao urinar e https://www.infoescola.com/biologia/os-virus/ https://www.infoescola.com/farmacologia/antivirais/ https://www.infoescola.com/saude/vacina/ https://www.infoescola.com/clima/inverno/ https://www.infoescola.com/doencas/doencas-respiratorias/ https://www.infoescola.com/doencas/pneumonia/ secreção com pus – características semelhantes às que ocorrem quando há infecção anal. Ínguas na região da virilha podem aparecer. Raramente, a bactéria se dissemina pela circulação sanguínea. Tal fato pode desencadear danos à epiderme, articulações, cérebro, faringe, olhos e válvulas cardíacas. Diagnóstico É feito pela análise do histórico do paciente e exame da secreção. Tratamento É feito com o uso de antibióticos, geralmente em dose única. A penicilina deixou de ser utilizada em razão da grande resistência que as bactérias adquiriram a ela. No caso da gonorreia ocular, chamada conjuntivite gonocócica, é acrescido o uso de colírios de nitrato de prata. Muitos postos de saúde distribuem as medicações gratuitamente. Relações sexuais e bebidas alcoólicas devem ser evitadas nesse período e por mais uma semana após o tratamento. Os parceiros de pessoas infectadas devem, também, se consultar, a fim de verificar se houve contágio. Não tratada de forma correta, pode causar infecção dos órgãos do sistema genital, com condições de originar esterilidade. O uso da camisinha (ou abstinência sexual) e o pré-natal são as únicas formas de evitar a gonorreia. https://brasilescola.uol.com.br/doencas/gonorreia.htm Meningite Meningocócica A meningite meningocócica é um tipo raro de meningite bacteriana, causada pela bactéria Neisseria Meningitidis, que provoca uma inflamação grave das membranas que cobrem o cérebro, gerando sintomas como febre muito alta, dor de cabeça forte e náuseas. Geralmente, a meningite meningocócica surge na primavera e no inverno, afetando especialmente crianças e idosos, embora também possa acontecer em adultos, especialmente quando existem outras doenças que causam diminuição do sistema imune. https://brasilescola.uol.com.br/doencas/gonorreia.htm A meningite meningocócica tem cura, mas o tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível para evitar sequelas neurológicas graves que podem colocar a vida em risco. Assim, sempre que existe suspeita de meningite, deve-se ir ao pronto socorro para confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento. Principais sintomas Os sintomas mais comuns da meningite meningocócica incluem: • Febre alta acima de 38º; • Forte dor de cabeça; • Náuseas e vômitos; • Rigidez na nuca, com dificuldade para dobrar o pescoço; • Sonolência e cansaço excessivo; • Dor nas articulações; • Intolerância à luz e ruídos; • Manchas roxas na pele. Já no bebê, a meningite meningocócica pode ainda provocar outros sintomas como fontanela tensa, agitação, choro intenso, rigidez do corpo e convulsões. Uma vez que no bebê é mais difícil entender qual o problema que está causando choro intenso, o melhor é sempre consultar um pediatra, especialmente se existir alguma alteração acompanhada de febre ou alterações da fontanela. Como confirmar o diagnóstico Uma vez que a meningite meningocócica é considerada uma situação de emergência, deve- se ir ao pronto socorro assim que se desconfia de uma possível infecção nas meninges. Nesses casos, o médico pode desconfiar da doença através dos sintomas, mas é necessário fazer uma punção lombar para identificar se existe alguma bactéria na medula espinhal e confirmar o diagnóstico. Como é feito o tratamento O tratamento para meningite meningocócica deve ser feito o mais rápido possível em internamento no hospital com injeção de antibióticos na veia, como Ceftriaxona, durante cerca de 07 dias. Durante o tratamento, os familiares devem utilizar máscaras de proteção sempre que visitarem o paciente, uma vez que a transmissão da meningite meningocócica ocorre através das secreções respiratórias, no entanto, não é necessário ficar em isolamento. O que causa a meningite meningocócica A meningite meningocócica é uma infecção das meninges, as membranas que cobrem o cérebro, causada pela presença da bactéria Neisseria Meningitidis. Geralmente, essa bactéria infecta primeiro outras partes do corpo, como a pele, o intestino ou os pulmões e, depois, consegue chegar até o cérebro, onde se desenvolve e causa uma grande inflamação das meninges. Em casos mais raros, essa bactéria pode entrar diretamente no cérebro, especialmente se existiu algum trauma grave na cabeça, como num acidente de trânsito ou durante uma cirurgia ao cérebro, por exemplo. Como se proteger A prevenção da meningite meningocócica pode ser feita com o uso de vacinas para meningite incluídas no calendário de vacinação da criança, assim como outros cuidados como: • Evitar locais com muitas pessoas; • Manter os cômodos da casa bem ventilados; • Evitar lugares fechados; • Ter boa higiene corporal. Além disso, pessoas que estiveram em contato próximo com outra pessoa infectada devem consultar um clínico geral para avaliar a possibilidade de também terem sido afetados pela bactéria, iniciando o uso de antibiótico, se necessário. Possíveis sequelas da meningite meningocócica Uma vez que a meningite afeta as membranas cerebrais, existe um risco muito elevado de complicações como: • Perda da visão ou audição; • Problemas cerebrais graves; • Dificuldade em aprender; • Paralisia dos músculos; • Problemas cardíacos. As sequelas da meningite meningocócica, normalmente, surgem quando o tratamento não é feito de forma adequada ou quando é iniciado muito tarde. https://www.tuasaude.com/meningite-meningococica/ Febre tifóide A febre tifóide é uma patologia salmonelose humana causa pela subespécie da bactéria Salmonella typhi, pertencente ao gênero Salmonella. É uma bactéria que possui o crescimento acelerado por ter um metabolismo rápido; além deser anaeróbica, possui em sua composição DNA e flagelos. Importante destacar esta doença não tem relação com a tifo, que é causada por outra espécie de bactéria. Depois de contaminado, o enfermo pode demorar de uma a três semanas para vivenciar os primeiros sintomas clínicos (tempo de incubação). Quando ingerida, a bactéria se transporta para o intestino, onde é absorvida chegando a corrente sanguínea, e com sua alta performance de locomoção, dissemina-se para todo o organismo. A febre tifoide é transmitida por meio do consumo de água e alimentos contaminados como carnes em geral, além do contato com as fezes e secreções dos enfermos a partir da primeira semana de contágio. Pode ser eliminada até 3 meses após o desaparecimento dos sintomas; em casos crônicos, o indivíduo pode transmitir a doença em um período de um ano. https://www.tuasaude.com/meningite-meningococica/ https://www.infoescola.com/doencas/salmonelose-salmonella/ https://www.infoescola.com/reino-monera/bacterias/ https://www.infoescola.com/reino-monera/salmonella/ https://www.infoescola.com/bioquimica/respiracao-anaerobica/ https://www.infoescola.com/doencas/tifo/ https://www.infoescola.com/anatomia-humana/intestino-delgado/ Em um primeiro momento, a doença apresenta sintomas como: diarreia, febre, tosse seca, cefaleia e cólicas intestinais. Eventualmente, sangramento nasal, manchas avermelhadas na epiderme, fadiga, confusão mental e delírios. Evoluindo na segunda semana para: aumento no fígado e baço, dificuldade em evacuar, sangue nas fezes. Quando não tratada em um período de três semanas após o contágio, novos sintomas surgem como hemorragias no estômago e intestino, insuficiência renal, trombose, choques sépticos e acúmulo de pus nos ossos, podendo levar ao óbito. As regiões com poucos recursos em saneamento básico, são as mais afetadas pela febre tifoide, com predominação na América Latina, África, Europa oriental, e sul da Ásia. Segundo o Ministério da Saúde, entre 2000 e 2014 foram registrados 5.450 casos tendo em destaque em 2002 com 864 casos, 2003 com 869 casos e 2006 com 601 casos. A principal incidência da doença é registrada nas regiões norte e nordeste. A Organização Mundial de Saúde estima que a febre tifoide seja responsável por 216.000 mortes somente nas áreas endêmicas mundiais. Seu tratamento se constitui com antibióticos direcionados a esta bactéria como a ampicilina; em casos mais severos, o paciente é internado para hidratação devido a diarreia contínua. O Governo Federal recomenda a vacinação mesmo não possuindo uma alta eficiência imunogênica, além das conscientizações em relação a higiene pessoal, saneamento básico, desinfecção da água e alimentos antes de consumi-los e até mesmo evitar praias poluídas. Personalidades históricas tiveram a morte pela febre tifoide como D. Pedro V de Portugal e a princesa brasileira, Leopoldina de Bragança. https://www.infoescola.com/doencas/febre-tifoide/ Shigelose A shigelose, também conhecida como disenteria bacteriana, é uma forma de intoxicação alimentar com diarréia sanguinolenta, que tem como agente etiológico a bactéria do gênero Shigella. As Shigella são bactérias gram-negativas, imóveis, anaeróbicas facultativas, pertencentes à família Enterobacteriaceae. Dentre elas, existem diversas espécies que podem causar disenteria, como S. dysenteriae (sintomas mais graves), S. flexneri, S. boydii e S. sonnei (menos grave). Ao contrário de outros patógenos que habitam o intestino, as Shigella são altamente invasivas. Estas bactérias produzem a Exotoxina ShT1 (no caso da S. dysenteriae, esta produz a https://www.infoescola.com/medicina/antibioticos/ https://www.infoescola.com/doencas/febre-tifoide/ Exotoxina Shiga) responsável por destruir ribossomos das células nas quais se hospedam, bloqueando a síntese protéica e matando, assim, a célula. São fagocitadas pelas células M presentes na mucosa intestinal, invadindo a submucosa, sendo então fagocitadas por macrófagos. Como são resistentes à fagocitose, induzem a apoptose do macrófago. Por conseguinte, produzem proteínas extra-celulares específicas, denominadas invasinas, que lhes possibilitam acoplar e invadir os enterócitos, multiplicando-se neles até destruí- los. Adquire-se a infecção por meio da ingestão de água contaminada ou alimentos contaminados. Também foi demonstrado que essa bactéria pode ser transmitida por contato pessoal. Sua ocorrência se dá mais comumente em países em desenvolvimento, pois sua transmissão é eficazmente combatida pelas medidas básicas de higiene. Nos países desenvolvidos, é responsável por aproximadamente 7% dos casos de intoxicação alimentares. Infectam apenas os seres humanos, sendo necessárias serem ingeridas apenas algumas centenas para provocarem a doença. O período de incubação dessa bactéria varia de 12 a 48 horas. Depois de ingerida, a bactéria irá invadir as células intestinais, destruindo-as e, consequentemente, levará à perda de capacidade de absorção de água por parte delas, e à hemorragia dos vasos locais, com perda adicional de muco acentuada após a destruição das células caliciformes. O resultado dessa destruição é a diarréia sanguinolenta e mucóide, denominada disenteria. Essa diarréia vem acompanhada de febre, dores intestinais e dor ao evacuar as fezes (tenesmo). Os principais riscos são a extensão da hemorragia e a peritonite, bem como a excessiva desidratação. Outras manifestações clínicas também podem acompanhar o quadro, como náuseas, vômitos, cefaléia, convulsões nas crianças e mialgia. O diagnóstico é feito com base no quadro clínico e nos achados laboratoriais. Esse último é feito por meio da semeadura das fezes do paciente em meio de cultura, com posterior identificação das colônias, utilizando-se provas bioquímicas e sorológicas. O tratamento é semelhante para todos os tipos de diarréias, por meio de da administração de líquidos eletrolíticos (ou água com sal e açúcar) para evitar a desidratação. Pode também ser indicado o uso de antibióticos, como penicilina, quinolonas e cefalosporinas. https://www.infoescola.com/doencas/shigelose/ https://www.infoescola.com/doencas/shigelose/ Doenças causadas por bactérias As doenças causadas por bactérias são relativamente comuns e podem até mesmo causar a morte se não forem adequadamente tratadas. Estima-se que as bactérias causem cerca de metade de todas as doenças humanas. Bactérias causadoras de doenças Sintomas de doenças causadas por bactérias Tratamento de doenças causadas por bactérias Prevenção de doenças causadas por bactérias Algumas doenças causadas por bactérias Sintomas Os sintomas podem surgir rapidamente e incluem febre alta, acima de 38 ºC, dificuldade de respirar, dor torácica, tosse, catarro, dores pelo corpo e mal-estar generalizado, confusão mental e prostração. A maioria dos sintomas pode ser encontrada em ou... Diagnóstico Tratamento Prevenção Gonorreia Meningite Meningocócica Principais sintomas Como confirmar o diagnóstico Como é feito o tratamento O que causa a meningite meningocócica Como se proteger Possíveis sequelas da meningite meningocócica Febre tifóide Shigelose