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Atividade Aberta Curso: Ciências Contábeis Disciplina: Economia Empresarial Professor: Ana Tereza Lanna Aluno: Filipe Magalhães Carvalho 1) (3,0 pontos) Leia a reportagem publicada no Diário do Comércio, em 13 de dezembro de 2109, e responda às aos itens a, b e c (cada um valendo 1,0 ponto). Até que ponto as promoções ajudam a vender mais? Festas de fim de ano, trocas de estações, ou queima de estoque. Há um fluxo constante de liquidações estampando os anúncios e as vitrines do varejo nos últimos anos. No entanto, até que ponto isso realmente estimula os consumidores a comprar mais? Grandes nomes como Apple e Starbucks acumulam clientes fiéis mundo afora e raramente recorrem a algum tipo de promoção e a cada ano alcançam novos recordes de vendas. No caso da Apple, a tecnologia de ponta combinada com campanhas de impactantes são fatores que sustentam o sucesso da marca. Mas, ao longo das últimas décadas, a empresa criadora do Macintosh estabeleceu uma incomum na indústria de eletrônicos baseada na confiança. Ou seja, desenvolveu um produto que oferece uma experiência acima da média e ainda oferece suporte sempre que algo der errado. A MENTE DO CONSUMIDOR Maria Aparecida de Souza, especialista em pesquisa de mercado e de relacionamento com o cliente, explica que é preciso entender que nem sempre as necessitam estar ligadas à redução de preços. Especialista em neurociência, Fred Ribas, concorda. Um detetive da mente do consumidor, Ribas diz que em geral, as estratégias de venda que mais funcionam estão mais conectadas à emoção que a razão. Assim como na época das cavernas, nosso cérebro quer sempre coisas novas e possui um instinto caçador. Como nem sempre é possível criar produtos e serviços totalmente novos, é importante mudar a embalagem e a perspectiva com a qual ele é vendido. “Quando você muda o que está ao redor daquilo que vai vender, o cérebro entende aquilo como algo novo, mesmo que o produto final seja exatamente o mesmo”, diz. Por isso, segundo o especialista, a forma de apresentar o produto faz toda a diferença - ajuda o público a se conectar com o diferente e concretizar a compra. VALE A PENA REDUZIR PREÇOS? Para Maria Aparecida, oferecer por vezes pode ser necessário. Especialmente quando o intuito é acelerar o fluxo de caixa ou tornar algum produto conhecido rapidamente. Porém, essas ações podem arruinar uma empresa a longo prazo, especialmente se feitas com frequência e por tempo estendido. Por outro lado, oferecer descontos como uma forma de exclusividade pode ser bem interessante. A lealdade à marca pode ser um impulsionador de vendas com descontos adicionais por meio de programas de fidelidade. “As ofertas de fidelidade ajudam a manter os clientes voltando para comprar sempre mais". É possível trabalhar esse benefício em desconto imediato, na próxima compra ou dentro de um período de tempo especificado. O ideal é que os consumidores visitem as lojas e sites não apenas pelo preço, mas pelo serviço oferecido, pela qualidade dos produtos, pela habilidade dos funcionários, por experiências únicas e o prazer de fazer compras. "É muito mais provável que os consumidores comprem um produto se tiverem uma conexão emocional com a marca do que se apenas virem algo com desconto", diz Maria Aparecida. CUIDADO COM AS PERDAS! De acordo com a especialista, as empresas devem ter em mente que um desconto deve ser recuperado com o aumento das vendas, e que portanto, é preciso calcular a validade de cada oferta e o prazo máximo em que ela deve ser oferecida. “Uma oferta que não vingar em três dias, não tem como dar certo. Além disso, o prazo máximo para esse tipo de ação é de uma semana”. As semanas que antecedem o Natal, por exemplo, são um período em que a movimentação de clientes aumenta e a oferta de produtos ganha maior volume. E é nesse momento, em que os lojistas precisam ajustar suas contas. "As principais datas de compras, como Natal criam naturalmente um aumento na demanda, e os lojistas precisam encontrar a melhor forma tirar proveito disso", diz. Nem sempre o desconto será a melhor solução, argumenta a especialista. Ações como a Black Friday, por exemplo, são vantajosas para os varejistas, porque a data de certa forma já se consagrou como algo que só acontece uma vez por ano e isso cria um certo clima de urgência em quem deseja comprar algo. Mas ao mesmo tempo em que a Black Friday aumenta o volume de vendas, cresce também a possibilidade de itens devolvidos, trocas, problemas com logística e avaliações negativas. A grande armadilha das promoções é que geralmente, as compras acabam sendo feitas por impulso e em alguns casos, o cliente percebe que não precisa daquilo e muda de ideia. E esse comportamento custa caro para os varejistas, que perdem vendas, tempo e têm seu estoque danificado. "A redução dos preços impulsiona as vendas, mas não faz sentido se as margens forem reduzidas a perdas", afirma. Pelo que se pode perceber na reportagem, as promoções nem sempre são a melhor estratégia para angariar consumidores e aumentar o faturamento das empresas. Assim, não deve ser utilizada indiscriminadamente em todos os tipos de negócios. A fim de otimizar suas decisões de apreçamento, as empresas devem levar em conta a sensibilidade do consumidor à variação de preços. Nesse sentido, a elasticidade- preço da demanda é uma medida essencial. a) (1,0 ponto) Identifique trechos na reportagem que façam referência, ainda que de forma implícita, à elasticidade-preço da demanda e sua relação com a receita total (ou faturamento). Transcreva-os abaixo (ao menos dois): R1: “Quando você muda o que está ao redor daquilo que vai vender, o cérebro entende aquilo como algo novo, mesmo que o produto final seja exatamente o mesmo” R2: "As principais datas de compras, como Natal criam naturalmente um aumento na demanda, e os lojistas precisam encontrar a melhor forma tirar proveito disso" b) (1,0 ponto) Explique, utilizando argumentos microeconômicos, qual a racionalidade que está por trás da frase: "A redução dos preços impulsiona as vendas, mas não faz sentido se as margens forem reduzidas a perdas". R: Toda vez que se reduz preços, pela Lei da Demanda, há um aumento na demanda. Entretanto, esse aumento na demanda só irá se traduzir em aumento da receita total se a redução no preço for proporcionalmente menor que o incremento resultante na procura deste bem. Isto acontecerá para todos os bens cuja demanda for elástica. c) (1,0 ponto) Para quais tipos de bens a estratégia das promoções teria mais chance de dar um resultado positivo para o empresário? E para quais bens ela seria um fiasco em termos de faturamento? R: Para os bens de Demanda Elástica, se o preço diminuir, quantidade irá aumentar e com isso faz com que a Receita Total aumente, Mas para os bens de Demanda Inelástica se o preço diminuir a quantidade demandada irá aumentar proporcionalmente menos e a Receita Total irá diminuir. 2) (1,0 ponto) No estudo Elasticidade-Renda dos Produtos Alimentares nas Regiões Metropolitanas Brasileiras: uma aplicação da POF 1995/1996, publicado na revista Estudos Econômicos, v. 37, de abril-junho de 2007, foram estimadas elasticidades-renda para alguns alimentos para os anos da pesquisa no Brasil. Dentre elas, destacamos: Feijão: 0,0007 Fígado: -0,1881 Presunto: 1,0332 Com base na elasticidade-renda de cada um dos produtos, classifique-os como bem necessidade, bem inferior ou bem superior. Justifique sua resposta. R: Feijão: Bem normal Fígado: Bem Inferior Presunto: Bem Superior 3) (1,0 ponto) Suponha que o aumento do preço da caixa de ibuprofeno com 20 comprimidos, de R$13,00 para R$16,90, acarrete a queda da demanda por esse produto, em um hospital, de 700 para 560 caixas, por semana. Nesse caso, calcule o módulo da elasticidade-preço da demanda por ibuprofeno.R: ∆𝑄 =560 – 700 = - 140 ∆𝑃 = 16,90 − 13 = 3,90 -140/560 x 16,90/3,90 = 0,06
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