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MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS CAUSADAS DEVIDO À FALHA OU AUSÊNCIA DE IMPERMEABILIZAÇÃO

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0 
 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO SANTO AGOSTINHO – UNIFSA 
COORDENAÇÃO DO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL 
 
 
 
 
 
JOÃO SOARES DE ALENCAR NETO 
 
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS CAUSADAS DEVIDO À FALHA 
OU AUSÊNCIA DE IMPERMEABILIZAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TERESINA – PI 
2020 
 
1 
 
JOÃO SOARES DE ALENCAR NETO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS CAUSADAS DEVIDO À FALHA 
OU AUSÊNCIA DE IMPERMEABILIZAÇÃO 
 
 
 
Projeto de pesquisa apresentado à disciplina 
Metodologia Aplicada à Pesquisa do Curso de 
Engenharia Civil do Centro Universitário Santo 
Agostinho – UNIFSA, como requisito parcial à 
obtenção da primeira avaliação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TERESINA – PI 
2020 
2 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 3 
1.1 Tema ............................................................................................................................ 3 
1.2 Problema ..................................................................................................................... 5 
1.3 Proposições ................................................................................................................. 6 
1.4 Objetivos ..................................................................................................................... 6 
1.4.1 Geral ............................................................................................................................. 6 
1.4.2 Específicos ................................................................................................................... 6 
1.5 Justificativa ................................................................................................................. 6 
2 REFERENCIAL TEÓRICO.....................................................................................................9 
2.1 Impermeabilização...........................................................................................................9 
2.2 Execução dos serviços de impermeabilização.........................................................12 
2.2.1 Base e camada de regularização.................................................................................12 
2.2.2 Camada impermeável................................................................................................12 
2.2.3 Proteção Mecânica.....................................................................................................13 
2.2.4 Detalhes construtivos.................................................................................................14 
2.3 Manifestações patológicas em impermeabilização................................................14 
2.3.1 Causas e consequências problemas em sistema de impermeabilização....................15 
2.3.2 Goteiras e Manchas....................................................................................................16 
2.3.3 Eflorecências.............................................................................................................17 
2.3.4 Bolor em edifícios......................................................................................................17 
2.3.5 Corrosão da armadura................................................................................................18 
3 METODOLOGIA..............................................................................................................19 
3.1 Procedimentos metodológicos........................................................................................19 
3.2 População e amostra.................................................................................................20 
3.3 Procedimentos de coleta de dados...........................................................................20 
3.4 Procedimentos de análise de dados.........................................................................20 
 REFERÊNCIAS.....................................................................................................21 
3 
 
1 INTRODUÇÃO 
1.1 Tema 
O homem vem adquirindo um conhecimento sobre a construção de edifícios desde o 
início da civilização, visando sempre atender suas necessidades e desejos. Mas, em alguns 
casos, as construções apresentam problemas nos quesitos de durabilidade, conforto e segurança, 
sendo necessário procurarem soluções para essas construções. Desde o último século, vem se 
usando comumente o termo patologia das construções, em analogia com as enfermidades da 
medicina. A patologia restringe aos estudos dos danos, fazendo um estudo sistemático dos 
acidentes e suas causas. Patologia, de acordo com os dicionários, é a parte da Medicina que 
estuda as doenças. A palavra patologia é derivada do grego de pathos, que significa sofrimento, 
doença, e de logia, que é ciência, estudo, sendo dita como “o estudo das doenças em geral sob 
aspectos determinados”. O dicionário Michaelis informa que é a “Ciência que estuda a origem, 
os sintomas e a natureza das doenças”. A engenharia veio a utilizar o termo “patologia” para 
estudar nas construções as manifestações, suas origens, seus mecanismos de ocorrência das 
falhas e seus defeitos que alteram o equilíbrio pré-existente ou idealizado (CANOVAS, 1988). 
Na construção, a umidade sempre foi uma preocupação para o homem desde o tempo 
em que habitava as cavernas. O homem primitivo passou a se refugiar nelas para se proteger 
das chuvas, animais, frio e percebeu que a umidade ascendia do solo e penetrava pelas paredes, 
o que tornava a vida dentro delas insalubre, esses problemas fizeram com que o homem fosse 
sempre aprimorando seus métodos construtivos e isolando a sua habitação. A água, o calor e a 
abrasão foram e serão os mais ponderáveis fatores de desgaste e depreciação das construções. 
A umidade ainda é um desafio para a construção civil e o homem procura a cada dia combatê-
la. Sendo assim, a impermeabilização se faz uma das etapas mais importantes na construção, 
propiciando conforto aos usuários finais da construção, bem como a eficiente proteção que deve 
ser oferecida aos diversos elementos de uma obra sujeitas às ações das intempéries (MORAES, 
2002). 
A impermeabilização protege a edificação de inúmeros problemas patológicos que 
podem vir a surgir com a infiltração de água, integrada ao oxigênio e outros componentes 
agressivos da atmosfera (gases poluentes, chuva ácida, ozônio), já que uma grande quantidade 
de materiais constituintes da construção civil sofre um processo de deterioração e degradação, 
quando em presença dos meios agressivos da atmosfera. Tem-se verificado com frequência que 
a impermeabilização não analisada com a devida importância por parte dos engenheiros e 
construtores, pode trazer grandes consequências relacionadas à infiltração de água no primeiro 
instante, seguido de uma série de consequências patológicas que podem danificar a edificação, 
4 
 
tais como, corrosão de armaduras, eflorescência, degradação do concreto e argamassa, 
empolamento e bolhas em tintas, curtos circuitos, etc., gerando altos custos de manutenção e 
recuperação. Portanto, é de suma importância o estudo adequado da impermeabilização de 
forma a utilizarmos todos os recursos técnicos que dispomos para executá-la da melhor forma 
possível (ALMEIDA, 2008). 
Apesar dos estudos realizados do surgimento de tecnologias que inovaram os produtos 
que são utilizados e da obrigatoriedade do projeto de impermeabilização, pode-se afirmar que 
a impermeabilização não está presente em todas as obras, pois não é vista como viável 
economicamente, já que na maioria das vezes, recebe algum tipo de revestimento, até por 
questão de estética, o que a torna invisível depois do término da execução da obra. Além disso, 
por não terfunção estrutural, acaba sendo menosprezada e na visão comum do consumidor, se 
torna algo dispensável. Contudo, obtendo uma visão geral desse processo, nota-se que as 
patologias que surgem do excesso de umidade estão em grande número presentes nas 
construções, e que os gastos financeiros são mais altos para implantação dos sistemas de 
impermeabilização depois dos danos formados, do que previamente. Isso sem citar os graves 
problemas consequentes dessas falhas de construção, que se resumem, na degradação da 
estrutura, decomposição de pinturas e nos estragos causados no revestimento (LONZZETI, 
2010). 
Muitas das patologias decorrentes da umidade e que estão ligadas diretamente a 
impermeabilização, também se dão pela falha durante o processo de impermeabilização, que 
em muitas vezes a execução dos processos de impermeabilização não é fiscalizada com a devida 
importância e muitas vezes nem é acompanhada pelo construtor, ligando assim a maioria dos 
problemas causados à mão de obra, esta que quase sempre não é especializada para execução 
do serviço, pelo fato que parte dos produtos para impermeabilização dispostos no mercado 
variam sempre pelo seu modo de aplicação, cabendo assim ao engenheiro responsável estar 
atento em quem vai realizar este serviço de impermeabilização em sua edificação. A 
desinformação a respeito das técnicas e materiais de impermeabilização, além do grande 
dinamismo no setor, são os principais responsáveis por diversos problemas, que muitas vezes 
geram insucessos no processo. Na maioria dos casos as construtoras só dedicam atenção à 
impermeabilização e seus problemas no final da obra, quando pode ser muito tarde, a falta de 
previsão dos detalhes e a improvisação daí resultantes, são responsáveis por um grande número 
de falhas (RIGHI, 2009). 
 
5 
 
1.2 Problema 
No interior de uma edificação, dentre a maior parte dos serviços executados a 
impermeabilização se torna um dos fatores mais decisivos na manutenção de uma edificação, 
pois não é atribuída a ela a devida atenção. Uma parede desaprumada, pintura mal feita, forro 
desnivelado, serviços estes no qual é fácil de identificar durante ou a pós a execução do serviço, 
diferente do processo de impermeabilização, que é identificado na maioria das vezes apenas 
quando a edificação começa a ser utilizada pelo usuário final. Os serviços de impermeabilização 
mal executados ou até mesmo não executados durante a construção da edificação, para muitos 
não apresentam ou não significam danos que comprometam a edificação a curto período de 
tempo, devido quase sempre estes serviços permanecerem ocultos por outros, tais como contra 
pisos, revestimentos e acabamentos. 
Nas edificações é comum o uso de mão de obra desqualificada e a ausência de projetos 
de impermeabilização, pelo fato das construtoras se preocuparem apenas em gastar com 
produtos de boa qualidade, mas não dão a devida atenção ao seu modo de execução e aplicação, 
não fiscalizando o serviço de maneira correta, ocorrendo desperdício de tempo e dinheiro, por 
causa do aumento de retrabalho dentro da edificação, levando até mesmo a demolições de 
serviços prontos para tratamento da patologia, elevando o custo do serviço além do que seria 
necessário se tivesse sido tratado antes (TRAUZZOLA, 1998). 
Ter um conhecimento da Patologia das Edificações é indispensável para todos que 
trabalham na construção, desde um operário até o engenheiro e o arquiteto. Quando se conhece 
os problemas ou defeitos que uma construção pode vir a apresentar e suas causas, a chance de 
cometer erros é bem reduzida. Esse conhecimento é tão mais importante quanto maior a 
responsabilidade profissional na construção/obra. As características construtivas modernas 
favorecem muito o aparecimento de patologias nas edificações, sempre se está à procura de 
construções que sejam realizadas com o máximo de economia, reduzindo assim o excesso de 
segurança em função dos conhecimentos mais aperfeiçoados e aprofundados dos materiais e 
métodos construtivos. Com o conhecimento preciso de até que ponto se pode confiar e utilizar 
um material, tem-se a redução do seu consumo, mas com isso, o mínimo erro pode gerar 
diversas patologias, que estão ligadas também a qualidade da mão de obra (VERÇOZA, 1991). 
Sendo assim, quais são as principais manifestações patológicas que podem ocorrer, em 
virtude da falha ou ausência do processo de impermeabilização em uma edificação residencial? 
 
 
6 
 
1.3 Proposições 
A durabilidade de uma edificação está diretamente ligada aos processos de 
impermeabilização executado em seus componentes, garantido que as patologias não afetem 
sua integridade e qualidade. O desempenho desta impermeabilização depende da mão de obra, 
das definições dadas em projeto e o material que serão empregados. Os produtos devem ser 
cautelosamente escolhidos, os projetos devem passar pelo processo de compatibilização com 
os demais projetos, como arquitetônico, estrutural, hidrossanitário e elétrico. A mão-de-obra 
deve ser especializada, de acordo com a ABNT NBR9574: 2003 (Associação Brasileira de 
Normas Técnicas, 1986) e devem atender a com as obrigatoriedades especificadas nela. 
Durante o processo de impermeabilização, os defeitos ocorrem pela desqualificação do 
executante e não por defeito do produto. Isso porque comumente a construção civil é um 
mercado informal e a mão de obra, no caso da impermeabilização, por falta do projeto 
específico, acaba seguindo somente os dados fornecidos pelos produtos, e se especializa através 
das próprias experiências profissionais. As causas das falhas neste processo são o surgimento 
de várias patologias causadas pelo ataque da umidade, podendo ser umidade de infiltração, 
ascensional, condensação, umidade de obra e acidental. 
 
1.4 Objetivos 
1.4.1 Geral 
Analisar as manifestações patológicas que ocorrem no processo de impermeabilização 
em edificações residenciais. 
1.4.2 Específicos 
- Identificar as principais patologias relacionadas à impermeabilização que ocorrem nas 
edificações e suas causas. 
- Analisar os tipos de impermeabilização mais comuns em edificações considerando as 
classificações recomendadas. 
- Verificar as principais falhas na execução do processo de impermeabilização. 
 
1.5 Justificativa 
A construção Civil tem como base três pontos principais: atendimento as necessidades 
do cliente, cumprir com os prazos e principalmente garantir o custo da Obra. Sendo assim, vem-
se buscando constantemente através de estudos, várias tentativas de melhores soluções 
construtivas, tanto a partir da melhoria das técnicas quanto com o surgimento e aperfeiçoamento 
de novos materiais. No entanto, vê-se um abismo entre as práticas aconselhadas e o realmente 
7 
 
aplicado nos canteiros. Devido os mais diversos motivos, dentro os quais: a falta de qualificação 
e treinamento de mão de obra, a falta de difusão dessas práticas e importância indevida dada a 
estudos prévios para detalhamentos e projetos, que além de garantirem a funcionalidade correta 
do sistema, trabalham de maneira a diminuir os custos gastos com a impermeabilização, visto 
que, quanto maior o atraso para o planejamento e execução do processo de impermeabilização 
mais oneroso o mesmo ficará, chegando a custar até 15 vezes mais, quando o mesmo é 
executado depois que o problema surgir e o usuário final estiver habitando o imóvel 
(VENTURINI, 2009). 
Com a exigência cada vez maior do mercado em relação a qualidade das obras na 
construção civil, vem-se tendo uma maior preocupação em se produzir edificações com o 
mínimo do tempo possível e com um número bem menor de defeitos. Isso se deve as novas 
tecnologias que estão sendo implantadas até mesmo nas obras mais simples, além do 
aperfeiçoamento na compatibilização de projetos, o que gera obras mais atualizadas e 
adaptáveis para cada tipo de uso. Mesmo com todos os cuidados e melhorias na execução dasobras, ainda existem muitas patologias que causam uma grande insatisfação durante o uso da 
edificação. Nesta pesquisa, o foco será direcionado para as patologias causadas pelas falhas na 
execução do processo de impermeabilização que causa infiltração de umidade nas construções, 
o que traz como consequências não só o desconforto no ambiente, mas também pode acarretar 
diversos outros problemas graves, chegando até ao desuso da edificação (PERDIGÃO, 2007). 
Com o avanço da tecnologia no setor da impermeabilização, melhorando os setores de 
projeto e também o setor dos materiais empregados na impermeabilização, podem-se 
desenvolver métodos mais sofisticados e melhores na hora de executar os serviços de 
impermeabilização. Nos tempos atrás impermeabilizar significava apenas a aplicação de um 
produto em áreas molhadas ou com presença de umidade para que as mesmas não se 
propagassem para áreas mais secas. Na atualidade, devido as patologias causadas pela 
infiltração de umidade nas estruturas das edificações e a exigência da qualidade da construção, 
este serviço de impermeabilização passou a ser acompanhado e executado com mais qualidade. 
Apesar do surgimento destas novas tecnologias na construção, que passou do formato de 
corretivo para preventivo, algumas partes incluídas nos projetos ainda são difíceis de serem 
encaixadas no planejamento de determinadas obras. Tendo em foco as patologias causadas pela 
impermeabilização incorreta ou até a inexistência da mesma, atenta-se para o uso de produtos 
flexíveis ou rígidos, conforme a necessidade dos substratos a serem impermeabilizados. Nesse 
caso serão comparados os serviços realizados em lajes, varandas, baldrames e caixas d’água, 
por serem elementos mais comuns em construções residenciais (ARAÚJO, 1993). 
8 
 
Nesse contexto trataremos a origem das patologias nas edificações causadas não só pelas 
condições de uso, mas também por descuidos no momento da execução da impermeabilização, 
que serão estudados nessa pesquisa, a fim de detectar e reconhecer os principais motivos dessas 
falhas e posteriormente procurar maneiras eficientes e viáveis de resolvê-las. As patologias em 
edificações ou vícios aparentes de acordo com o código do consumidor, são extremamente 
importantes, visto que, podem assinalar um estado de perigo potencial para a estrutura ou, a 
necessidade de manutenção para evitar comprometimentos futuros ou ainda provocar 
insegurança e revolta aos moradores, gerando discussões e as vezes demandas judiciais. Assim, 
através de estudos devemos buscar maneiras que possam evitar ou entardecer o aparecimento 
de patologias, para que não prejudiquem a estabilidade da mesma ou caso já tenha aparecido a 
mesma, adotar soluções que possam entardecer o seu desempenho e até mesmo tratá-los 
(MORAES, 2002). 
 Um imóvel livre da umidade e de todos os problemas causados por ela torna-se um 
imóvel com vasta vida útil, e com menor índice de manutenção, evitando assim 
constrangimento para seus usuários finais. No entanto, é imprescindível que a aplicação do 
sistema de impermeabilização seja realizada por um time de profissionais especializados, 
capazes de identificar as melhores soluções para cada ambiente e necessidade. A 
impermeabilização põe fim às situações que proliferam fungos e problemas respiratórios, 
contribuindo desse modo para manter a saúde dos ocupantes, principalmente em áreas 
internas. Sem umidade e danos à saúde, o imóvel passa a oferecer condições mais confortáveis 
de ocupação. O resultado de todos os benefícios culmina na valorização do imóvel, que passa 
a contar com maior segurança e qualidade, fatores que elevam seu valor financeiro (MORAES, 
2002). 
O presente trabalho visa contribuir na informação a sociedade sobre a importância na 
execução e no uso do sistema de impermeabilização, bem como no desenvolvimento de novas 
tecnologias, com isso possam evitar os transtornos causados pelas patologias, que por meio 
deste também serão conhecidas, assim como suas causas. 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
2 REFERENCIAL TEÓRICO 
 
2.1 Impermeabilização 
 
O Sistema de Impermeabilização é: “Conjunto de produtos e serviços destinados a 
conferir estanqueidade das partes de uma construção”. Sendo está definida, na mesma Norma, 
como: “Propriedade de um elemento (ou conjunto de componentes) de impedir a penetração ou 
passagem de fluídos através de si. A sua determinação está associada a uma pressão limite de 
utilização (que se relacionam as condições de exposição do elemento)”. Desta maneira, 
compreende-se melhor a definição de Firmino Siqueira, de que a impermeabilização é o 
envelope da edificação (ARANTES, 2007). 
Um sistema que protege a edificação das condições do meio onde está edificada, além 
do isolamento de certos cômodos da própria estrutura. No contexto da construção civil, segundo 
Arantes (2007), diz-se que o sistema de impermeabilização visa atender quatro grandes 
aspectos, os quais podem existir juntos ou separadamente: 
- Durabilidade da edificação; 
- Conforto e usabilidade; 
- Proteção ao meio ambiente (ABNT NBR 9575,2010); 
- Projeto. 
A durabilidade da edificação está ligada diretamente ao Sistema de Impermeabilização, 
a partir da sua função protetora dos fluidos, garantindo assim sua durabilidade, sendo está 
reconhecida pela Associação Brasileira de Normas Técnicas como: “capacidade de um item de 
desempenhar uma função requerida sob dadas condições de manutenção, até que um estado-
limite seja alcançado”. Sendo este estado-limite caracterizado “pelo fim da vida útil, 
inadequação por razões econômicas ou técnicas e outros”. Já a vida útil é relacionada ao 
“intervalo de tempo ao longo do qual o edifício e suas partes constituintes atendem requisitos 
funcionais para os quais foram projetadas” (ABNT, 2010). 
Assim, pode-se fazer um paralelo com a qualidade, já que, de acordo com a ISO 
9000:2000, qualidade é “o grau no qual um conjunto de características inerentes satisfaz a 
requisitos”. E, dentre os requisitos que devem ser atendidos na construção civil cita-se: 
capacidade estrutural, funcionalidade, condições ideais de habitabilidade, baixo custo de 
operação e manutenção. Deve-se compreender a patologia encontrada em uma dada edificação 
como consequência do processo de um agente qualquer sobre um determinado componente, 
sistema ou mesmo sobre o conjunto edificado e que gera um ou mais danos. O que justifica a 
10 
 
importância do Sistema de Impermeabilização quanto à durabilidade, já que a água é 
sabidamente um dos agentes mais agressivos as estruturas (QUERUZ, 2007). 
O conforto do usuário o uso das edificações em sua plenitude são cada vez mais 
exigidos, à medida que padrões de qualidade estão cada vez mais disseminados e normas como 
a de desempenho estão em rigor. Problemas como umidade, infiltrações e vazamentos se tornam 
assim, condenáveis devido suas consequências quanto ao desconforto e problemas de saúde, 
principalmente os de origem alérgica, além do agravante estético ocasionado por essas 
ocorrências, fator depreciador de qualquer edificação. Restrições quanto ao uso, também podem 
ocorrer em decorrência desses problemas, restringindo o uso de dada possibilidade de certa 
edificação ou até mesmo impedindo sua utilização em casos mais extremos. Nesses casos, as 
perdas são não apenas quanto ao desconforto do uso, mas também financeiras já que as 
correções necessárias em sistemas de impermeabilização danificados, mal projetados ou 
erroneamente projetados, implicam em intervenções em diversos componentes das construções, 
como revestimentos e pavimentações. Isso ocorre, pois a impermeabilização, quando não 
exposta, fica sob outras camadas, assim, para corrigi-la ou modifica-la é preciso que sejam 
demolidas e posteriormente refeitas as camadas superiores (SOUZA, 2010). 
Dos aspectos considerados, proteção ao meio ambiente é o mais recentemente 
incorporado, mas nem por issoo menos importante. E pode-se dizer que deverá ganhar 
importância maior nos próximos anos com a difusão dos conceitos de sustentabilidade e as 
maiores preocupações ambientais. Dentre os setores beneficiados por esta característica da 
impermeabilização podemos citar: tratamentos de lagoas e dejetos industriais, a fim de evitar a 
contaminação do solo e de aquíferos subterrâneos e canais de irrigação de baixíssimo custo, 
que possibilitam não só a agricultura, mas também a arborização de faixas áridas (ARAÚJO, 
1993). 
A vida útil de uma construção é diretamente influenciada pela presença dos sistemas de 
impermeabilização que protegem as estruturas contra a ação nociva da água. Eles cumprem a 
função de formar uma barreira física que contém a propagação da umidade e evitam infiltrações. 
Consequentemente, previnem também o aparecimento de manchas de bolor, deslocamento de 
azulejos e surgimento de goteiras e corrosão de armaduras. Os impermeabilizantes são usados 
em praticamente todas as partes da construção, como fundações, subsolos, áreas molháveis, 
lajes, piscinas, reservatórios, paredes de contenção. As soluções disponíveis no mercado são 
variadas, os fabricantes estão presentes em todo o Brasil, e seus catálogos técnicos contêm 
dezenas de produtos para atender a diferentes necessidades na construção (VERÇOZA, 1983). 
11 
 
Segundo a ABNT NBR9575:2010 (Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2003), 
o projeto de impermeabilização se divide em dois: o projeto básico e o projeto executivo. O 
projeto básico contém as informações fundamentais para que a impermeabilização seja feita de 
modo correto, cumprindo sua função de proteger a construção da umidade. Ele deve ser 
realizado para obras de edificações multifamiliares, comerciais e mistas, industriais, bem como 
para túneis, barragens e obras de arte, pelo mesmo responsável pelo projeto legal de arquitetura, 
conforme definido na ABNT NBR 16636:2017 (Associação Brasileira de Normas Técnicas, 
2017). O projeto executivo é a união de informações baseadas no projeto básico de 
impermeabilização, porém possui especificações detalhadas de todos os sistemas de 
impermeabilização a serem utilizados na construção. Além disso, o referido projeto deve ser 
feito levando em consideração a existência dos projetos arquitetônico, estrutural, hidráulico-
sanitário, águas pluviais, gás e elétrico, para não ocasionar problemas com sobrecargas, 
detalhamentos e até mesmo com a estética do prédio. 
 Segundo Vanni (1999) as principais falhas ocasionadas por projetos, são: 
1. Projetos incompletos; 
2. Incompatibilidade dos diversos projetos; 
3. Alterações nos projetos; 
4. Conflitos entre os distintos projetos; 
5. Falta de coordenação; 
6. Tempo perdido em reuniões mal conduzidas; 
7. Erros na especificação de materiais; 
8. Falta de detalhamento; 
9. Dificuldades de interpretação da representação gráfica; 
10. Planejamento inadequado; 
11. Falta de padronização. 
 Através dessas informações, e do conhecimento da obra específica para qual o projeto 
é elaborado, deve-se analisar cada elemento a ser impermeabilizado, e chegar a uma solução 
que será exposta no projeto, tendo conhecimento que essa impermeabilização deve atender às 
exigências contidas em normas específicas, que se resumem em: 
1. Resistir as cargas que atuarão sobre a impermeabilização; 
2. Resistir aos movimentos que ocorrerão, tanto por dilatação térmica como por 
dinâmica da estrutura; 
3. Resistir ao desgaste resultante do tempo de uso ou intempéries; 
4. Resistir às pressões dos fluídos a qual estará submetida. 
12 
 
2.2 Execução dos serviços de impermeabilização 
 
O sistema de impermeabilização é divido em etapas, que podem se diferenciar entre os 
diferentes sistemas utilizados. Etapas estas que se dividem em 4 grupos: 
- Base e camada de regularização 
- Camada impermeável 
- Proteção mecânica 
- Detalhes Construtivo 
 
2.1.1 Base e camada de regularização 
A base e a camada de regularização determinam algumas das mais importantes 
exigências dos sistemas, a partir do seu grau de fissuração, deformabilidade devido às cargas e 
movimentação, ou seja, com o estudo da estrutura a ser impermeabilizada determina-se 
características do sistema a ser utilizado. Já a camada de regularização deve ter a função de 
regularizar o substrato a ser impermeabilizado, de maneira a proporcionar uma superfície 
uniforme de apoio adequado a camada impermeável. Sendo está camada dimensionada 
adequada a base. A superfície a ser impermeabilizada deve ser isenta de protuberâncias e com 
resistência e textura compatíveis como sistema de impermeabilização a ser empregado. A 
execução da regularização deve ser feita com argamassa de cimento e areia, com traço 
volumétrico (1:3), granulometria de areia de 0 mm a 3 mm e sem adição de aditivos, devendo 
a camada de regularização ser perfeitamente aderida ao substrato. A camada de regularização 
deve ter um caimento mínimo e previamente dimensionado para encaminhar os fluidos aos 
locais devidamente dimensionados em projeto (ABNT NBR 9574, 2008). 
 
 2.1.2 Camada impermeável 
A etapa de impermeabilização tem a função de barrar a passagem de fluidos. Baseado 
no projeto, de acordo com desenhos e detalhes específicos, deve-se aplicar o sistema e material 
especificado segundo memorial. Caso o sistema especificado utilize mantas pré-fabricadas 
surge a necessidade de um elemento de ligação entre o substrato e a manta que é a imprimação 
asfáltica, ou mais conhecido com Primer. Este elemento é composto por asfalto oxidado 
diluídos em solventes orgânicos. 
Pode-se aplicar no processo de impermeabilização inúmeros tipos de sistemas, tais 
como os rígidos, flexíveis, semi-flexíveis etc. Ao terminar o serviço de aplicação do 
impermeabilizante, é necessário testar a eficiência do processo, realizando o teste de 
13 
 
estanqueidade por 72 horas, após este período, pode-se verificar quanto a água baixou de nível, 
levando sempre em consideração os fatores climáticos da região para que os mesmos não 
interfiram no resultado final do teste (NBR 9575, 2010). 
 
2.1.3 Proteção Mecânica 
A proteção mecânica tem como função de absorver e dissipar os esforços estáticos ou 
dinâmicos atuantes sobre a camada impermeável, de modo a protegê-la contra a ação destes 
esforços. Esta proteção pode ser dividia em 3 grupos (CRUZ, 2003). 
- Proteção mecânica intermediária: devem servir de camada de distribuição de esforços 
e amortecimento das cargas na impermeabilização, provenientes das proteções finais ou pisos. 
A execução deve ter, no mínimo, 1,0 cm de espessura. 
- Proteção mecânica final para solicitações leves e normais: são utilizadas para distribuir 
sobre a impermeabilização dos carregamentos normais. Estas proteções mecânicas devem ser 
dimensionadas de acordo com as solicitações e possuir resistência mecânica compatível com 
os carregamentos previstos. A proteção mecânica final deve ter espessura mínima de 3,0 cm. 
- Proteção em superfície vertical: protege a impermeabilização do impacto, 
intemperismo e abrasão, atuando como camada intermediária quando forem previstos sobre elas 
revestimentos de acabamento. Nas impermeabilizações flexíveis, as camadas de proteção 
devem sempre ser armadas com telas metálicas fixadas, no mínimo, 5 cm acima da cota da 
impermeabilização, a armadura deve ser fixada mecanicamente à parede sem comprometimento 
da estanqueidade do sistema (CRUZ, 2003). 
É necessária quando o material usado como camada impermeabilizante não possui 
características técnicas para retardar o envelhecimento da impermeabilização pela ação das 
intempéries e agentes poluentes e deve ser resistente a raios ultravioletas, ou seja, os sistemas 
de impermeabilização que dispensam a proteção mecânica são os que possuem acabamento 
superficial incorporado na fabricação das mantas asfálticas com acabamentos aluminizadosou 
granulares. Este material, com proteção superficial, deve somente ser utilizado em áreas sem 
tráfego, como jardineiras, em outros casos deve-se executar uma proteção mecânica 
dimensionada de acordo com a finalidade futura da estrutura a ser impermeabilizada, levando 
em consideração, por exemplo, o tráfego e cargas incidentes. Casos estes, que serão discutidos 
no decorrer do trabalho (TRAUZZOLA, 1998). 
Já quando se faz uma proteção mecânica sobre uma camada impermeabilizante flexível, 
como mantas asfálticas, torna-se necessário o uso de uma camada separadora, que tem como 
função evitar que as tensões atuantes nas camadas de proteção mecânica, originadas por 
14 
 
variações térmicas ou carregamentos, transmitam-se para a impermeabilização. Sendo estas 
tensões atuantes maiores, o quão maiores forem as áreas impermeabilizadas e as variações 
térmicas, as camadas separadoras se tornam ainda mais preponderantes em grandes áreas 
descobertas (CRUZ, 2003). 
 
2.1.4 Detalhes Construtivos 
São sistemas auxiliares ou complementares, que são sempre indispensáveis para um 
bom processo de impermeabilização. Estes, são objetos de projeto executivo, devem ser 
detalhados para caracterizar todos os materiais e serviços que compõe o projeto (NBR 9575, 
2010). 
 Nos projetos devem-se sempre promover a inclinação da área impermeabilizada, 
devendo dar caimento mínimo de 1% em direção aos raios, fazer indicação e planta de 
caimento. 
 
2.3 Manifestações patológicas em impermeabilização 
As diversas patologias de uma edificação em sua maioria, são causadas pelas falhas ou 
ausência de impermeabilização que permitem a ação de um dos principais agentes causadores 
destas patologias nas edificações, a umidade (TRAUZZOLA, 1998). 
A umidade nas construções representa um dos problemas mais difíceis de serem 
corrigidos dentro da construção civil. Essa dificuldade está relacionada à complexidade dos 
fenômenos envolvidos e à falta de estudos e pesquisas. Os problemas de umidade quando 
surgem nas edificações, sempre trazem um grande desconforto e degradam a construção 
rapidamente, sendo as soluções para isso muito caras. Conforme citado anteriormente, como 
fatores que geraram aumento do número e intensidade de patologias, o aparecimento frequente 
de problemas ocasionados por umidade é decorrente de características construtivas adotadas 
pela arquitetura moderna assim como os novos materiais e sistemas construtivos empregados 
nas últimas décadas (RIGHI, 2009). 
A umidade pode aparecer de diferentes formas na construção civil, e foi classificada da 
seguinte forma: Umidade de obra, caracteriza-se como a umidade que ficou interna aos 
materiais por ocasião de sua execução e que acaba por se exteriorizar em decorrência do 
equilíbrio que se estabelece entre material e ambiente; Umidade acidental é a umidade causada 
por falhas nos sistemas de tubulações, como águas pluviais, esgoto e água potável, e que geram 
infiltrações (MORES, 2002). A existência de umidade com esse tipo de origem, tem uma 
importância especial quando se trata de edificações que já possuam um longo tempo de 
15 
 
existência, pois pode haver presença de materiais com tempo de vida já excedido, que não 
costumam ser contempladas em planos de manutenção predial; Umidade de infiltração, que é a 
passagem de umidade da parte externa para a parte interna através de trincas ou da própria 
capacidade de absorção do material; Umidade ascensional, que é a umidade originada do solo, 
e sua presença pode ser notada em paredes e solos; Umidade por condensação, que é 
consequência do encontro do ar com alta umidade, com superfícies apresentando baixas 
temperaturas, o que causa a precipitação da umidade; Umidade de obra, que é basicamente a 
umidade presente na execução da obra, como em argamassas e concreto; Umidade acidental, 
que é o fluido gerado por falhas nos sistemas de tubulações, e que acabam ocasionando 
infiltração (RIGHI, 2009). 
 
2.3.1 Causas e consequências problemas em sistema de impermeabilização 
A maior parte dos problemas de manifestações patológicas nas edificações estão 
atrelados às falhas nas fases de projeto e execução, somando 68% nestes dois casos. Sendo que 
a fase de projeto, de responsabilidade exclusivamente da engenharia, corresponde a 40% das 
fontes de manifestações patológicas. (HELENE e FIGUEIREDO, 2003, apud SILVA e 
JONOV, 2016). 
Segundo Cruz (2003) mostra algumas das principais falhas que incorrem em problemas 
no sistema de impermeabilização: 
a) perfuração de mantas metálicas pela ação de sapatos inadequados, rodas de carrinho 
de mão, materiais pontiagudos e entre outros; 
b) danos causados na obra pela excessiva colocação de peso (entulho e equipamentos) 
sobre a impermeabilização; 
c) perfuração da impermeabilização sem qualquer reparo, quando há a necessidade na 
execução de antenas, piscinas e etc.; 
d) danos causados à impermeabilização em troca de pisos; 
e) falha na mão de obra na aplicação de manta asfáltica; 
f) queda de objetos sobre a área impermeabilizada; 
g) materiais, insumos e produtos não adequados nas interfaces dos outros componentes 
da obra. 
Algumas manifestações patológicas ocasionadas pela falha ou ausência de 
impermeabilização: 
 
16 
 
2.3.2 Goteiras e Manchas 
Quando a água atravessar um ambiente, pode ficar concentrada causando manchas ou, 
de acordo com a quantidade de água infiltrada, esta pode deixar o material na forma de gotas 
ou até na forma de jorro de água. A umidade permanente deteriora os materiais de construção 
e dado o exposto, as goteiras e as manchas são as manifestações mais comuns devido à 
infiltração da água (SCHÖNARDIE, 2009). 
 Segundo Bauer (2008) “as manchas podem se apresentar com colorações diferenciadas, 
como marrom, verde e preta, entre outras, conforme a causa. Os revestimentos frequentemente 
estão sujeitos à ação da umidade e de microrganismos, os quais provocam o surgimento de 
algas e mofo, e o consequente aparecimento de manchas pretas ou verdes. As manchas marrons, 
geralmente, ocorrem devido à ferrugem”. 
Com isso, essas goteiras e manchas são defeitos mais comuns da infiltração da água, 
esse fenômeno pode ser contido com uma boa impermeabilização. Além disso, essa 
manifestação ocorre em diversas áreas de uma edificação podendo suceder por capilaridade, 
percolação, ou até mesmo devido à alta porosidade, dependendo do local da edificação 
(VERÇOZA, 1987). 
- Infiltração em paredes. 
A infiltração de água em paredes aparece por meio de penetração da água da chuva, e 
através da percolação de água provinda do solo, por ascensão capilar. A que acontece por água 
das chuvas é o tipo de umidade generalizada, que acontece logo após chuvas vindas de 
determinadas direções, ela infiltra nas paredes devido a porosidade do reboco ou mesmo está 
salpicado, sendo capaz de reter a água que acaba atravessando a parede. Outro tipo observado 
em paredes é a umidade que sobe do solo por capilaridade, que ocorre quando não há 
impermeabilização das vigas baldrames e embasamento ou esta foi mal executada. 
(VERÇOZA, 1991). 
- Infiltração em lajes 
Este problema ocorre na maioria das vezes por problemas na impermeabilização, ligadas 
a falhas durante a execução ou ausência do processo impermeabilizante. Após a identificação 
desta patologia, deve-se verificar se houve ou não impermeabilização, caso não tenha existido 
a impermeabilização da laje, o mesmo deve ser iniciado o quanto antes, mas se a laje já estiver 
sido impermeabilizada, deve-se realizar um estudo de observação no local, o primeiro são nas 
paredes ou platibandas afim de detectar rachaduras, pois a água infiltra por elas e passa por 
baixo da impermeabilização. A segunda é nos cantos vivos, encontro entre a parede e a laje, 
este jamais deve ser impermeabilizado sem que haja o arredondamento dos cantos, pois “em 
17 
 
impermeabilização, ângulo vivo é fatal”. Aterceira observação a ser feita é nos ralos existentes 
nas lajes, estes devem estar sempre com a impermeabilização penetrada a 10cm para dentro e 
permanecer fixada em todo o perímetro, afim de evitar vazamentos nas laterais. Por fim a última 
observação a ser feita, é o tipo de impermeabilização utilizado na laje, observar se foi o sistema 
adequado para aquele ambiente. Caso não tenha sido, deve-se executar todo o processo 
novamente utilizando um sistema adequado (VERÇOZA, 1991). 
- Infiltração em reservatórios 
Nesse caso é bem fácil de detectar, porém mais complicado para tratar, pois na maioria 
dos casos, toda a impermeabilização tem que ser refeita. A causa dessa penetração está ligada 
geralmente à má execução da impermeabilização, escolha do tipo de sistema utilizado, falta de 
cuidado na hora de impermeabilizar os ralos e abaular os cantos vivos, falhas nas instalações 
elétricas e hidráulicas, ausência de projeto de impermeabilização, bem como falta de 
acompanhamento qualificado (KLEIN, 1999). 
 
2.3.3 Eflorescência 
É a formação de depósito salino na superfície de alvenarias, resultando da exposição à 
intempéries. Fenômeno que atinge vários elementos de uma edificação, apresentando 
problemas estéticos e agressivos, causando alteração na aparência e degradação profunda, por 
ser composta por sais de metais alcalinos (sódio e potássio) e alcalino-terrosos (cálcio e 
magnésio). A eflorescência é originada pelo teor de sais solúvel presentes nos materiais ou 
componentes, a presença de água e a pressão hidrostática, que fazem com que a migração da 
solução ocorra, subindo para a superfície. Também é causada por fatores externos, tais como a 
quantidade de solução que aflora, o aumento do tempo de contato que atua na solubilização de 
maior teor de sais, aumento de temperatura, e o fechamento dos poros, permitindo que esta 
migração da solução para a superfície ocorra (TRAUZZOLA, 1998). 
 
2.3.4 Bolor em Edifícios 
Bolor ou Mofo, como é popularmente conhecido, é um dos problemas de maior 
grandeza econômica, esta patologia altera a superfície, tendo que ser na maioria das vezes 
recuperada, levando ao retrabalho de refazer o revestimento atingido. O surgimento deste 
problema está ligado diretamente a umidade de paredes infiltradas por água ou de vazamento 
de tubulações, bem como a falta de iluminação e ventilação. Para evitar o surgimento desta 
patologia, ainda na fase de projeto, devem-se adotar as medidas necessárias, que visam garantir 
já na fase de projeto uma boa ventilação, iluminação e impermeabilização de pisos e paredes. 
18 
 
Se a patologia já estiver atuando, deve ser feita a limpeza da superfície, aplicando soluções 
fungicidas podendo até ocorrer a troca dos materiais que estavam contaminados por outros mais 
resistentes à ação de crescimento do bolor (RIGHI, 2009). 
 
2.3.5 Corrosão da armadura 
Conforme Helene (2003) apud Ferraz (2016) o nome dado a oxidação do ferro e do aço 
é ferrugem. Essa alteração lenta do estado de um metal em seus óxidos é bastante complexa, 
assim o que deve ser ressaltado é que o fator que propicia condições favoráveis ao surgimento 
da oxidação é a umidade. Além disso, a ferrugem é um sal de pouca aderência e aspecto ruim 
que possui o volume maior do que o material que lhe deu origem. Pelo fato da umidade ser o 
gatilho para o início do processo de ferrugem, é de suma importância ter sempre um concreto 
impermeável para que a água não alcance as armaduras, pois além de causar a destruição do 
ferro, a expansão resultante da formação da ferrugem faz com que o cobrimento do concreto 
armado se rompa (SCHÖNARDIE, 2009). 
 
19 
 
3 METODOLOGIA 
3.1 Procedimentos metodológicos 
Quanto aos procedimentos metodológicos, esta pesquisa classifica-se como: pesquisa 
aplicada; com relação à abordagem do problema é qualitativa (não conclusiva); quanto aos 
objetivos é exploratória; já os procedimentos técnicos utilizados basearam-se na busca de dados 
secundários, sendo utilizada para isto pesquisa bibliográfica. 
A pesquisa aplicada, segundo Barros (2000, p. 78) “[...] é aquela em que o pesquisador 
é movido pela necessidade de conhecer para a aplicação imediata dos resultados. Contribui para 
fins práticos, visando à solução mais ou menos imediata do problema encontrado na realidade”. 
A pesquisa qualitativa, segundo alguns autores como Malhotra et al. (2005), Aaker 
(2004), McDaniel (2004) e Chaoubah (2007), é apropriada quando se enfrenta uma situação de 
incerteza, pois os resultados podem divergir das expectativas e também podem mudar o 
julgamento. Os dados são coletados para esclarecer possíveis problemas metodológicos, que 
não estão claros quanto ao problema de pesquisa. O método é menos estruturado, mas mais 
intensivo que as entrevistas por meio de questionários. 
Para McDaniel (2004, p. 120), “[...] a pesquisa qualitativa pode ser usada para analisar 
as atitudes, os sentimentos e as motivações de um grande usuário”. Portanto, é possível 
compreender melhor as emoções e os sentimentos das pessoas. Segundo Sampieri (2006), a 
entrevista qualitativa é mais flexível e aberta. É uma conversa entre o entrevistador e o 
entrevistado. Esta pesquisa caracterizou-se como qualitativa, visto que, o conteúdo das 
entrevistas individuais e das observações realizadas foi avaliado pela qualidade e interpretação 
das respostas. 
Quanto à sua natureza, a pesquisa é exploratória, que, de acordo com Gil (1996), tem o 
objetivo de aprimorar ideias. Hair et al. (2005) complementa ao afirmar que a pesquisa 
exploratória serve para desenvolver melhor a compreensão do tema abordado. Para Chaoubah 
(2007), a pesquisa exploratória inicia sua busca em dados secundários, sendo uma busca 
informal de dados diretamente com os pesquisados, procurando identificar as variáveis que 
causam o problema e formular soluções ou hipóteses sobre o caso que está sendo estudado. 
Para a realização deste estudo, a pesquisa realizada será de caráter exploratório, pois é 
a melhor e a mais adequada maneira de se adquirirem informações precisas, desenvolver o 
conhecimento e, formular soluções para os problemas das políticas analisadas. 
 
Quanto aos procedimentos técnicos, foi realizada pesquisa bibliográfica, que, segundo 
Gil (1999) e Severino (2007), é aquela desenvolvida a partir de material já elaborado e 
20 
 
disponível, constituído principalmente de documentos impressos em livros, artigos científicos, 
dissertações e teses. Utiliza-se de dados ou de categorias teóricas já trabalhadas por outros 
pesquisadores e, devidamente registradas. 
 
3.2 População e amostra 
A pesquisa trata-se de uma revisão de literatura do tipo qualitativa explicativa através 
de uma busca de artigos nas bases de dados Google Acadêmico, em que não incluem patentes 
e citações para melhores resultados. 
Nesta abordagem, todos os sujeitos participantes, seja investigador e investigado, 
influenciam na construção do conhecimento. As palavras-chave utilizadas como descritores 
serão: “impermeabilização”, “execução de impermeabilização”, “patologias da construção” e 
“sistemas de impermeabilização”. 
Também será fundamental a utilização de normas técnicas relacionadas ao tema, assim 
como literaturas já existentes. 
 
3.3 Procedimento de coleta de dados 
Esses artigos serão agrupados de forma a facilitar a discussão sobre o tema apresentado, 
tendo como finalidade o aprimoramento de ideias. 
Dentro de inúmeros procedimentos metodológicos teremos como fator principal as 
pesquisas dentro do tema proposto de manifestações patológicas devido a falha ou ausência de 
impermeabilização em edificações residenciais. 
 
3.4 Procedimentos de análise de dados 
Os artigos pesquisados serão analisados de modo que atendam aos critérios de inclusão 
e exclusão e os resultados serão agrupados em quadros com artigo, autor, ano e revista, como 
também, será fundamental a utilização das normasrelacionadas ao tema. 
Utilizando as palavras-chaves a serem pesquisadas, serão aplicados como critérios de 
inclusão: artigos e normas relacionadas sobre o significado do processo de impermeabilização, 
sua execução, os tipos de cada sistema, suas principais características e relevância para uma 
edificação residencial, para o período de realização entre 1983-2010. 
Na tentativa de minimizar esse risco, será realizada avaliação de critérios metodológicos 
de estudos elegíveis, sendo excluídos artigos anteriores a 1983 e estudos que não se referem a 
impermeabilização na construção civil em edificações residenciais 
 
21 
 
 
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