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Comportamento humanos nas organizações Resumo, unidade I Comportamento organizacional Portanto, segundo Robbins (2004), comportamento organizacional refere-se ao estudo sistemático das ações e atitudes das pessoas dentro das organizações. Conforme o autor, trata-se de: [...] um campo de estudo que investiga o impacto que indivíduos, grupos e a estrutura têm sobre o comportamento dentro das organizações com o propósito de aplicar esse conhecimento em prol do aprimoramento da eficácia de uma organização (ROBBINS, 1999, p. 6). Por sua vez, Bergamini (1982) diz que o comportamento humano é permeado por influências internas e externas, e que essas variáveis que afetam o comportamento são divididas em individuais e ambientais. As variáveis individuais estão ligadas a “toda a bagagem inata, mais as experiências adquiridas ao longo das várias fases evolutivas, tais como a infância, a adolescência e a fase adulta de cada um” (BERGAMINI, 1982, p. 31). As variáveis ambientais estão ligadas ao grupo social, cultura e a outros fatores do meio ambiente físico. Para Chiavenato (2005), o estudo do comportamento organizacional, ao mesmo tempo em que investiga a influência das pessoas e dos grupos sobre a organização, estuda o efeito da organização sobre o comportamento dos indivíduos e dos grupos que nela trabalham. Segundo Sobral e Peci (2013), para Taylor existia uma única forma para desempenhar a tarefa, e ele destacava que era necessário analisar detalhadamente o trabalho em suas várias etapas e estudar os movimentos necessários à sua execução para reduzi-los. Para Taylor, reduzir a tarefa à mínima parte, em uma sequência de atividades, permitiria a contratação de funcionários pouco qualificados e baratos, o que promoveria mais eficiência e rapidez Segundo Dallangelo (1994), houve uma simplificação do trabalho, redução do trabalho mental, desprovendo o indivíduo de sua capacidade pensante. Conceituando comportamento organizacional O comportamento organizacional é estudado em três níveis. Todo indivíduo chega à organização com suas expectativas, necessidades, valores etc. (comportamento individual) e passa a pertencer a um grupo de trabalho (comportamento grupal) dentro da organização. Esses grupos interagem entre si e formam o todo (comportamento de toda a organização). Serão apresentados a seguir os três níveis do comportamento organizacional: • Comportamento micro-organizacional: o foco é o indivíduo e são estudados os processos de aprendizagem, as diferenças individuais, a percepção e a motivação. Os processos de recursos humanos que incidem diretamente sobre os indivíduos são: seleção, avaliação de desempenho e atitudes no ambiente de trabalho (assuntos de administração de pessoas). • Comportamento meso-organizacional (nível de grupos): estudo dos grupos, trabalho em equipe, comunicação, liderança (que não será abordada neste livro-texto), conflitos e estresse. • Comportamento macro-organizacional (nível do sistema): envolve a cultura organizacional, a estrutura, a mudança e os efeitos das políticas de gestão de pessoas Robbins (2010) acentua que os objetivos do estudo do comportamento organizacional são: explicar, prever e controlar o comportamento humano. • Explicar ocorre após o acontecido, assim, é empregado no sentido de entender as causas que levam ou levaram a pessoa a se comportar daquela maneira. • Prever está ligado a eventos futuros e, portanto, o estudo do comportamento permite se antecipar ao tipo de comportamento que possa ser apresentado diante de uma mudança. Pode-se avaliar o tipo de reação que os colaboradores teriam a uma tomada de decisão. • Controlar é o objetivo mais controverso no emprego do conhecimento do comportamento humano, na medida em que esse controle não deve ser manipulativo ou ferir a liberdade individual. Devemos utilizar o controle de forma ética e assim permitir que entendamos, por exemplo, como fazer para levar as pessoas a se esforçarem mais em seu trabalho. Segundo Vecchio (2008), os gerentes do século XXI se defrontam com diversos desafios na relação com os colaboradores. Ele inclui: • Diversidade da equipe de trabalho. • Aumento da contratação de temporários. • Expressão cada vez maior de emoções no ambiente de trabalho. Funções, papéis e habilidades de um administrador De acordo com Sobral e Peci (2013), administrar é um processo dinâmico e compreende quatro funções. Destaca-se que essas funções estão inter-relacionadas, mas não necessariamente em forma sequencial. • Planejamento: está relacionado ao estabelecimento de objetivos e estratégias para alcançá-los. • Organização: depois do planejamento, as tarefas precisam ser distribuídas, definindo-se o que deve ser feito, quem vai fazer e como fazer. • Direção: está relacionada ao processo de gestão de pessoas, ligada à liderança, ou seja, conduzir o processo de execução das tarefas, permitindo que os objetivos sejam atingidos com qualidade e em um ambiente saudável. • Controle: essa função está relacionada a monitoramento e indicadores, que permitirão saber se os objetivos estão sendo alcançados. Para Mintzberg (apud SOBRAL; PECI, 2013), os administradores desempenham uma variedade de papéis. Conforme Sobral e Peci (2013), essas três categorias (interpessoais, informacionais e decisório) agrupam um conjunto de dez papéis diferentes, mas inter-relacionados. Katz identificou três tipos básicos: conceituais, humanas e técnicas. Exercício Entre os itens a seguir, escolha nove que mais se aproximam de sua maneira de ser, sentir ou atuar, colocando um círculo ao redor do número correspondente. 1 Gosto de cumprir com os compromissos. 2 Faço aquilo que tenho vontade de fazer. 3 Procuro impor minhas opiniões. 4 Conheço meu campo de trabalho. 5 Não tenho inibições para dizer o que penso. 6 Mantenho meu sangue frio em qualquer situação. 7 Procuro sempre instituir ou fazer que as regras sejam cumpridas. 8 Dou muitos conselhos. 9 Procuro obter o maior número possível de informações antes de tirar conclusões. 10 Gosto de propor inovações. 11 Utilizo o meu tempo de forma eficaz. 12 Confio mais na intuição do que no raciocínio. 13 Procuro sempre a aprovação das pessoas à minha volta. 14 Me expresso de acordo com as situações. 15 Não admito contradições com facilidade. 16 Ser útil é bom. 17 Aceito mal a autoridade. 18 Em geral concordo com aquele que fala por último. 19 Encarrego-me sempre da acolhida e da formação dos novatos. 20 Preparo e planejo trabalhos futuros. 21 Evito temas de conversas pessoais. 22 Sei tomar decisões. 23 Estimulo e aumento o moral das pessoas à minha volta. 24 Não escondo meus ressentimentos. 25 Observo e escuto as pessoas. 26 Evito tomar decisões. 27 Frequentemente faço comentários sobre o trabalho dos outros 28 Considero a intuição. 29 Não sei recusar pedidos de meus superiores. 30 Os outros podem contar comigo. RESPOSTA: 1 Gosto de cumprir com os compromissos. 3 Procuro impor minhas opiniões. 24 Não escondo meus ressentimentos. 22 Sei tomar decisões. 20 Preparo e planejo trabalhos futuros. 13 Procuro sempre a aprovação das pessoas à minha volta. 14 Me expresso de acordo com as situações. 15 Não admito contradições com facilidade. 28 Considero a intuição. Pai Pai Pai Adulto Adulto Adulto Adulto Criança Criança Você deve avaliar os seguintes aspectos: se houve pouca indicação do estado de ego criança, pode ser um sinal de que você está vivendo pouco suas emoções; se foi muito adulto, você pode estar muito racional. Reveja os conceitos e interprete o seu resultado, depois, volte às afirmativas e observe se você está mais para o OK ou o não OK. O ideal é trazermos para o OK. Subsistema neopsíquico: é o mecanismo de processamento de dados e de avaliação da realidade. Lógico e dedutivo, é chamado de estado de ego adulto.