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An o6o E nsi no Fu nd am en tal Luc as Vie ira Edu caçã o Fí sica CAP ÍTU LO 7 89Educação Física6 o Ano INTRODUÇÃO ÀS PRÁTICAS CORPORAIS DE AVENTURA URBANAS Vamos dialogar? 7Capítulo Olá! Neste capítulo, estudaremos as práticas corporais de aventura. Quais delas você conhece? Como poderíamos classificá-las? Elas podem nos oferecer algum risco? Quais os cuidados que devemos ter ao experimentá-las? Essas são algumas das perguntas que farão parte do nosso diálogo neste capítulo. Vamos lá! b ar ry m aa s | S h u tt er st o ck .c o m 90 Educação Física 6 o Ano O que podemos chamar de práticas corporais de aventura? As práticas corporais de aventura são aquelas que envolvem riscos controla- dos. Nelas estão presentes situações de imprevisibilidade causadas pelo ambien- te desafiador em que geralmente ocorrem. Embora nem todas sejam esportes, essas práticas corporais são comumente conhecidas como esportes de risco, esportes alternativos, esportes extremos, es- portes radicais, etc. 1. Considerando o conceito apresentado anteriormente, analise as imagens a se- guir e marque com um X aquela que pode ser considerada uma prática corporal de aventura. a) c) X b)AT IV ID AD E Exemplos de práticas corporais de aventura As práticas corporais de aventura fazem parte da cultura corporal da huma- nidade, produzida por homens e mulheres, em diferentes regiões do Planeta, ao longo de vários séculos. Conheceremos algumas modalidades dessas atividades por meio das imagens a seguir. RapelSkate R av e N IK , M o to rt io n F ilm s, J ac o b L u n d | Sh u tt er st o ck .c o m o n ei n ch pu n ch | Sh u tt er st o ck .c o m pe d ro sa la | Sh u tt er st o ck .c o m 91Educação Física6 o Ano Arvorismo Slackline Parkour Patins Corrida de carrinho de rolimã Pesca esportiva Tirolesa Mergulho ar ep o rt er | Sh u tt er st o ck .c o m C h ek yr av aa | Sh u tt er st o ck .c o m C h ri st ia n B er tr an d | Sh u tt er st o ck .c o m M ak sy m F es en ko | Sh u tt er st o ck .c o m er m es s | S h u tt er st o ck .c o m D zm it ro ck | Sh u tt er st o ck .c o m C id C id aR iu s | S h u tt er st o ck .c o m Ju kk is | Sh u tt er st o ck .c o m 92 Educação Física 6 o Ano Patinete Paraquedismo Ski na neve Escalada Bungee jump Rafting Como podemos classificar as práticas corporais de aventura? As práticas corporais de aventura podem ser classificadas de diferentes ma- neiras. Não existe apenas uma forma correta de realizar essa tarefa. Toda classificação é feita com base em um critério. Por exemplo, se desejar- mos um agrupamento pautado em “artefatos com rodas”, poderemos incluir nessa categoria as práticas com skate, bicicleta, carrinho de rolimã, patinete, patins, en- tre outros. Tudo vai depender do parâmetro que utilizarmos. T ar as H ip p | S h u tt er st o ck .c o m zh u ko vv vl ad | Sh u tt er st o ck .c o m pa rk 1 6 8 8 | Sh u tt er st o ck .c o m C h ri st ia n B er tr an d | Sh u tt er st o ck .c o m Sa lie n ko E vg en ii | S h u tt er st o ck .c o m m .k ru | Sh u tt er st o ck .c o m 93Educação Física6 o Ano praticadas em terra praticadas na água praticadas no ar Corrida de aventura SUP (sigla em inglês que significa remo em pé) Asa-delta Mountain Bike Surfe Balonismo AT IV ID AD E Classificação Classificação Classificação R es p o st a p es so al . E sp er a- se q u e o a lu n o c ri e cl as si fi ca - çõ es c o m b as e n as s em el h an ça s ap re se n ta d as e n tr e as p rá ti ca s co rp o ra is . P o r ex em p lo , a s te rr es tr es , a s aq u át i- ca s, a s aé re as , e tc . Neste livro didático, é adotada a classificação apresentada na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a qual utiliza o critério do ambiente de que essas prá- ticas corporais necessitam para serem realizadas: » Práticas corporais de aventura na natureza: corrida orientada, corrida de aventura, corridas de mountain bike, rapel, tirolesa, arborismo, escalada, ca- noagem, surfe, stand up paddle (SUP), kitesurf, asa-delta, balonismo, bungee jump, paraquedismo, pesca esportiva, parapente, etc. » Práticas corporais de aventura urbanas: parkour, skate, patins, bike, corrida com carrinho de rolimã, slackline, etc. No entanto, é interessante destacar que muitas dessas práticas corporais po- dem ser realizadas tanto na natureza quanto em ambientes urbanos, como é o caso do rapel, do bungee jump, da escalada, do slackline, etc. 2. Observe as características das práticas corporais de aventura a seguir, identifi- que as semelhanças entre elas e crie um critério para classificá-las. | Sh u tt er st o ck .c o m SueC Aniwat phromrungsee, Jorge A. Russell, Soloviova Liudmyla, TuiPhotoEngineer, anatoliy_gleb | Shutterstock.com 94 Educação Física 6 o Ano 3. Quais são as práticas corporais de aventura que você já experimentou? Escreva cada uma delas e classifique-as em de aventura na natureza ou urbanas. Resposta pessoal. Quais os cuidados necessários para as práticas corporais de aventura? Sempre que estivermos iniciando em uma prática corporal de aventura, é fundamental nos lembrarmos de que, antes de aprendermos a correr, foi preciso aprendermos a andar. Então, devemos ir com calma, pois, caso contrário, podere- mos nos machucar. Como vimos, uma das características marcantes dessas atividades são os riscos controlados. Ao experimentá-las, devemos ficar atentos aos possíveis ris- cos que elas podem apresentar, tentando minimizá-los com atitudes prudentes e com o uso de equipamentos de segurança. Capacetes, joelheiras e cotoveleiras, por exemplo, são alguns aparatos que podem nos ajudar a diminuir os riscos causados por possíveis acidentes durante algumas práticas corporais de aventura. Alguns praticantes precisam tomar ainda mais cuidado, como mulheres grá- vidas, pessoas com hipertensão arterial ou indivíduos cardiopatas, pois podem apresentar complicações de saúde durante algumas práticas mais intensas. Por isso, é fundamental realizar exames médicos antes de iniciarem qualquer modali- dade esportiva. 4. Por mais simples que uma prática corporal de aventura pareça ser, há sem- pre riscos que necessitam ser controlados. Observe as imagens a seguir e, em seu caderno, identifique quais são os possíveis riscos que estas atividades po- dem trazer aos seus praticantes. Em seguida, informe como eles poderiam ser diminuídos ou controlados. Resposta pessoal. Espera-se que o aluno identifique que o uso dos devidos equipamentos de proteção (capacete, joelheira, luva, etc.) é indispensável para diminuir os riscos presentes nas práticas cor- porais de aventura. AT IV ID AD E AT IV ID AD E 95Educação Física6 o Ano a) b) c) PESQUISA Pesquise quais são as práticas corporais de aventura que podem apresentar mais ris- cos para os seus praticantes. Em seguida, realize as seguintes atividades: 1. Crie um ranking com as cinco modalidades que você considerou como mais arriscadas. 2. Descreva como cada uma delas funciona. 3. Por último, classifique-as como práticas corporais de aventura na natureza ou urbanas. Resposta pessoal. VOCÊ SABIA? Uma das práticas corporais de aventura mais arriscadas que a humanidade criou ao longo da sua história se chama Wing Walking. Você já ouviu falar nela? Wing Walking significa caminhar sobre as asas. Nessa modalidade, os praticantes an- dam sobre as asas de um avião em movimento. Você teria coragem para isso? A execução mais antiga des- sa modalidade data de 1911, na Inglaterra, sobre um avião biplano. Paul Higley, Strahil Dimitrov, UfaBizPhoto | Shutterstock.com R u sl an s G o le n ko vs | Sh u tt er st o ck .c o m 96 Educação Física 6o Ano Práticas corporais de aventura viciam? Durante algumas práticas corporais (de aventura ou não), o nosso corpo libe- ra várias substâncias químicas, dentre elas a adrenalina, a endorfina e a dopamina. A adrenalina é liberada quando estamos nos preparando para iniciar a ativi- dade, geralmente em situações que misturam medo e tensão. Nesse momento, muitas vezes temos aumento da frequência cardíaca, dilatação das pupilas, sen- sação de “boca seca”, etc. A endorfina, por sua vez, é liberada durante a prática corporal, dando-nos uma boa sensação de alívio das dores geradas pela própria atividade. Ao término da prática corporal, o nosso cérebro libera a dopamina, possibili- tando-nos sensações de prazer. E é justamente essa a sensação que muitos aman- tes de aventura buscam. O preocupante é que alguns acabam desenvolvendo dependência da dopami- na. Quanto mais o seu corpo a libera, mais ele a deseja. Estudos do departamento de psicobiologia da Universidade Federal de São Paulo afirmam que a falta dessa substância em seu organismo pode causar-lhes depressão, ansiedade ou atitudes agressivas, assim como ocorre com alguns dependentes químicos quando estão longe das drogas. Tornarmo-nos dependentes dessas práticas para nos sentirmos bem é peri- goso, pois, em vez de melhorarmos nossa qualidade de vida por meio dessas expe- riências corporais, poderemos desenvolver problemas psicológicos e sociais. PARA REFLETIR! Você já ouviu aquele velho ditado que diz que “tudo em excesso faz mal”? Pois é! Ele se aplica a praticamente tudo em nossa vida, inclusive quando o assunto é a vivência das práticas corporais de aventura. É importante usufruirmos dessas atividades, porém de forma moderada e prudente, sempre analisando os possíveis riscos que elas apresentam e identificando como pode- mos minimizá-los. Pense nisso!