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ENEM: Histórico, Objetivos e Estrutura

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ENEM – Exame Nacional do 
Ensino Médio
Introdução
Nesta aula, você irá aprender sobre o Exame Nacional do Ensino Médio, o ENEM. Você irá conhecer como ele
surgiu e como é realizado mediante a utilização do dispositivo matriz de referência do ENEM, sobre a qual
também estudaremos as características e estrutura. Vamos lá?!
Ao final desta aula, você será capaz de:
• identificar os principais objetivos do ENEM;
• reconhecer a Matriz de Referência do ENEM.
Exame Nacional do Ensino Médio - ENEM:
histórico, objetivo, características e estrutura
de avaliação
Para iniciar este tópico, lhe pergunto: qual o sentido do Exame Nacional do Ensino Médio - ENEM? Para
chegarmos à resposta, vamos reunir alguns elementos envolvidos na criação desse modelo de exame, seus
objetivos, principais características, bem como conhecer um pouco sobre suas mudanças e alterações na forma e
estrutura desde sua criação.
Você sabia que o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP – foi criado em
1937 e é uma autarquia federal ligada ao Ministério da Educação? O INEP foi criado para produzir, sistematizar e
difundir conhecimentos educacionais capazes de subsidiar ações e políticas públicas para a educação brasileira
nas áreas de avaliação, exames e formulação de indicadores da educação básica e superior.
O ENEM é uma avaliação externa planejada e executada pelo INEP. Um grande número de pessoas no Brasil
inteiro participa do ENEM todos os anos. De acordo com a Portaria do MEC n. 438, de 28 de maio de 1998, art. 2º,
constitui objetivo do ENEM “aferir se aqueles que dele participam demonstram, ao final do ensino médio,
individualmente, domínio dos princípios científicos e tecnológicos que presidem a produção moderna e se detêm
•
•
SAIBA MAIS
Para conhecer mais sobre o INEP, ficar atualizado sobre programas de avaliação da educação
básica e superior e ter acesso a indicadores educacionais, censo escolar e outros dados da
educação nacional, acesse: < >.http://portal.inep.gov.br/web/guest/inicio
- -2
individualmente, domínio dos princípios científicos e tecnológicos que presidem a produção moderna e se detêm
conhecimento das formas contemporâneas de linguagem” (BRASIL, 1998). As primeiras atualizações foram
propostas ao ENEM em 2009.
A Portaria n. 109, de 27 de maio de 2009, ampliou os objetivos do exame passando a incluir a autoavaliação e a
possibilidade de acesso a cursos de educação profissional e tecnológica, à educação superior e a programas
governamentais como Sisu, Prouni e Pronatec, sendo ainda instrumento de avaliação do desempenho acadêmico
das escolas de ensino médio mediante divulgação de resultado global e promoção de avaliação do desempenho
acadêmico dos estudantes no acesso às IES (MOEHLECKE, 2012).
Segundo Sousa (2003, p. 182,) a partir dos objetivos do ENEM, “fica demonstrada a visão individualizada com
que é tratado o processo educacional, sendo atribuída ao aluno, individualmente, a responsabilidade pelas
eventuais competências ou incompetências evidenciadas pelo exame”. No que tange às condições de produção da
vida social e escolar dos estudantes, qual o impacto dessa tendência de avaliação?
Na visão crítica da mesma autora (2003), observa-se a forma como as condições de produção das práticas
política, social e econômica são consideradas elementos isolados do processo educacional, assim, elas ampliam
as contradições e contribuem para aprofundar a desigualdade de oportunidade para alunos egressos de escolas
públicas, nas quais o acesso aos bens de cultura e conhecimento é restrito e precário e atinge principalmente o
aluno da classe pobre.
Na perspectiva de uma avaliação externa e de larga escala, quais características do ENEM podemos identificar?
De acordo com a sua natureza individualizada, o ENEM tem a característica da autoavaliação, pois o estudante
tem uma ideia abalizada sobre sua própria aprendizagem, considerando os conteúdos avaliados em cada uma
das áreas de conhecimento. Outra característica é sua natureza de credenciamento, pois, ao participar do exame,
o estudante, no limite de determinados critérios, terá acesso ao ensino superior e a programas do governo. Mas
destaca-se que, em 2017, o ENEM passou a não mais certificar o término do ensino médio. Note também como
avaliação é sistêmica, ao produzir resultados sobre o sistema educacional, os quais subsidiam a formulação de
políticas públicas (BRASIL, 2002).
EXEMPLO
Desde 2010, um estudante que participou do ENEM e alcançou, na mesma edição, média das
notas nas provas igual ou superior a 450 pontos e na redação nota superior a zero poderá
concorrer à bolsa remanescente do Programa Universidade para Todos – Prouni.
FIQUE ATENTO
Saiba que acompanhar as atualizações do ENEM, divulgadas no site do INEP, contribui para a
formação do educador.
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Como vimos, o ENEM tem grande alcance e complexidade. Mas como se organiza essa estrutura avaliativa? Bem,
ela está ancorada em uma matriz de referência, que é estruturada em áreas de conhecimento, eixos cognitivos
expressos em termos de competências associadas aos conteúdos de suas respectivas áreas. Os resultados são
expressos em termos de escala de proficiência (BRASIL, 2017).
O ENEM fornece ao sistema educacional uma ampla e complexa rede de informações sistematizadas, mas, sendo
um modelo de avaliação individualizado e classificatório, é questionável sua aplicação em um país com altos
índices de desigualdade educacional e social.
A seguir, vamos conhecer a matriz de referência.
Matriz de Referência do ENEM
A matriz de referência é um dispositivo técnico metodológico específico das avaliações em larga escala e tem
como objetivo reunir competências e habilidades a serem avaliadas em cada etapa escolar. É sua função nortear
a elaboração de testes, questionários e instrumentos de avaliação, devendo fornecer elementos para a
formulação de escalas de proficiência. Tal escala de proficiência ou escala de competências representa um
escopo ou uma faixa indicativa do que e quanto o estudante conhece no âmbito de determinada área de
conhecimento. Estas são as medidas dessa escala: de insuficiente a regular; de regular a bom; e de bom a
excelente.
De acordo com o portal do INEP (BRASIL, 2017), a matriz de referência do ENEM é formada por quatro áreas de
conhecimento e seus respectivos conteúdos: linguagens, código e suas tecnologias, conteúdos de língua
portuguesa, incluindo gramática e interpretação de textos, língua estrangeira moderna, artes, educação física e
tecnologia da informação; matemática e suas tecnologias; ciências da natureza e suas tecnologias, incluindo
biologia, física e química; ciências humanas e suas tecnologias, incluindo filosofia, geografia, história e sociologia.
EXEMPLO
Pesquisadores, gestores, estudiosos e o público em geral podem acessar informações
classificadas no portal do INEP, pois isso favorece a difusão do conhecimento na área da
educação.
FIQUE ATENTO
Alteração no ENEM em 2017 determina que o exame deixe de certificar a conclusão do ensino
médio.
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Os conhecimentos que se buscam aferir com o ENEM são organizados em eixos cognitivos comuns a todas as
áreas, e estes são expressos em forma de competências e habilidades associadas aos conteúdos curriculares
correspondentes de cada uma das áreas de conhecimento. Esse conjunto de elementos compõe a matriz de
referência do ENEM. Você sabe quais são os eixos cognitivos que a compõem? São eles: dominar linguagens (DL),
compreender fenômenos (CF), enfrentar situações problema (SP), construir argumentação (CA) e elaborar
propostas (EP).
Mensurar fenômenos em ciência sociais e ciências humanas requer metodologias estatísticas específicas e
adequadas, pois as variáveis envolvidas nesses fenômenos não são diretamente observáveis, por exemplo, as
competências cognitivas em aprendizagem. De acordo com Soares (2005), a Teoria de Resposta ao Item (TRI) é
uma dessas metodologias estatísticas empregadas em pesquisas nas ciências sociais e ciências humanas que
obtêm êxito na formulaçãode escalas de proficiência em exames de avaliação educacional.
A utilização da TRI como metodologia de análise do desempenho dos alunos foi possível em razão do
desenvolvimento das tecnologias da informação e comunicação e do aprimoramento dos conhecimentos
estatísticos. Atualmente, essa metodologia criou uma escala de desempenho por área curricular, comum aos
diferentes anos escolares, e formulou séries históricas acumuladas dessas informações (SOARES, 2005).
Fechamento
Nesta aula, você teve a oportunidade de:
• reconhecer as áreas de conhecimento e eixos cognitivos da matriz de referência do ENEM;
• conhecer a escala de proficiência e a Teoria de Resposta ao Item.
SAIBA MAIS
Para conhecer dados de desempenho acadêmico do Ensino Médio, leia o texto de Silva et al.
(2016) “Sobre o sucesso e o fracasso do Ensino Médio em 15 anos (1999 e 2014)”. Disponível
e m : < h t t p : / / w w w . s c i e l o . b r / s c i e l o .
>.phppid=S010440362016000200445&script=sci_abstract&tlng=pt
FIQUE ATENTO
Os itens objetivos das provas do ENEM são organizados em forma de situações-problema, de
característica interdisciplinar e contextualizada.
•
•
- -5
Referências
BRASIL. Documento Básico. Exame Nacional do Ensino Médio. Brasília, 2002. Disponível em: <http://www.
>. Acesso em: 18 set.2017.publicacoes.inep.gov.br/portal/download/24
______. INEP. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Disponível em: <
>. Acesso em: 12 out. 2017.http://portal.inep.gov.br/web/guest/inicio
______. INEP. Sistema de Avaliação da Educação Básica- Educação. 2017. . Brasília. DisponívelProjeto Básico- V. 6
em: <http://download.inep.gov.br/educacao_basica/saeb/2017/documentos/projeto_basico_SAEB_2017_V6.pdf
>.Acesso em: 18 set. 2017.
______. Portaria MEC nº 438, de 28 de maio de 1998. Institui o Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM. Diário
. Disponível em: < >.Oficial da União http://www.crmariocovas.sp.gov.br/pdf/diretrizes_p0178-0181_c.pdf
Acesso em: 20 out. 2017.
CASTRO, Maria Helena Guimarães. O SAEB e a agenda de reformas educacionais: 1995 a 2002. ,Em Aberto
Brasília, v. 29, n. 96, p. 88, maio/ago. 2016. Disponível em: <http://emaberto.inep.gov.br/index.php/emaberto
>. Acesso em: 13 out. 2017/article/view/2604/
MOEHLECKE, Sabrina. :entre recorrências eO ensino médio e as novas diretrizes curriculares nacionais
novasinquietações. Disponível em: < >.Acesso em:19 set.http://www.redalyc.org/html/275/27522482003/
2017.
SILVA, Patricia Borges Coutinho da et al . Sobre o sucesso e o fracasso no Ensino Médio em 15 anos (1999 e
2014). , Rio de Janeiro , v. 24, n. 91, p. 445-476, jun. 2016 . Disponível em: <Ensaio: aval.pol.públ.Educ.
>.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-40362016000200445&lng=en&nrm=iso
Acesso em: 12 out. 2017.
SOARES, Tufi Machado. Utilização da Teoria de Resposta ao Item na Produção de Indicadores Sócio-Econômicos.
 Rio de Janeiro, v 25, n 1, p. 83-112, jan a abr, 2005. Disponível em:<Pesquisa Operacional, http://www.scielo.br
>. Acesso em: 21 set.2017/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-74382005000100006
SOUSA, Sandra Zákia. Possíveis impactos das políticas de avaliação no currículo escolar. ,Cadernos de Pesquisa
São Paulo, n. 119, p. 175-190, julho- 2003. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?
>. Acesso em:19 set. 2017script=sci_pdf&pid=S010015742003000200009&lng=pt&tlng=pt

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