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PCC_AVALIACAO INSTITUCIONAL_ALINE S C DO NASCIMENTO_10_05_2020

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
DEPARTAMENTO DE GRADUAÇÃO – EAD 
CURSO DE PEDAGOGIA 
 
 
PROPOSTA DE PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR 
AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL 
 
 
A AVALIAÇÃO EM GRANDE ESCALA NO BRASIL 
 
 
ALINE SANTIAGO CAVALCANTE DO NASCIMENTO 
MATRÍCULA: 201801270341 
 
 
Fortaleza - CE 
2020 
1-OBJETIVOS 
-Conhecer a trajetória da constituição do Sistema de Avaliação da Educação Básica - 
Saeb; 
-Conhecer os exames de larga escala aplicados para cada etapa da Educação Básica 
no Brasil; 
- Perceber cenário educacional e a avaliação institucional no Brasil após os anos 90. 
 
 
2-INTRODUÇÃO TEÓRICA 
O processo avaliativo de uma instituição escolar detém um leque amplo de 
componentes de avaliação para que seja possível atribuir valor ao trabalho que vem 
desempenhando. Envolve a análise de uma instituição escolar na sua totalidade, ou 
seja, todo o processo educacional, a infraestrutura escolar, o currículo, o processo 
ensino-aprendizagem, a gestão da escola, a qualificação e os processos de formação 
continuada do corpo docente, o perfil socioeconômico dos alunos, a ação da escola 
junto a sociedade, a participação dos responsáveis e outros aspectos. São esses 
processos que vão impactar nos resultados educacionais e cada instituição o tem 
proposto em seu projeto pedagógico. 
 
Podemos avaliar uma instituição escolar partindo de uma perspectiva micro, quer 
dizer, em âmbito da sala de aula. Essa consiste na a avaliação da aprendizagem, e é 
de responsabilidade do docente. Avaliar a nível meso envolve uma análise da uma 
instituição escolar na sua totalidade, como descrevi no parágrafo anterior, e é de 
responsabilidade de toda a comunidade pedagógica. Já avaliar em nível macro, 
envolve organismos externos à escola, é aquele desenvolvido em âmbito nacional, 
uma avaliação feita em grande escala, e tem como objetivo verificar a qualidade do 
ensino e da educação no país. É este o objeto de estudo desse relatório. 
 
Cada vez mais as escolas são responsabilizadas pela aprendizagem de toda a 
comunidade escolar e da sua própria organização, portanto não podem ficar 
indiferentes às mudanças e transformações que nelas acontecem, qualquer que seja 
a natureza, econômica, política, social, pedagógica ou outra. 
 
A sociedade tornou-se mais exigente quanto ao desempenho das escolas e a sua 
função de diminuir as desigualdades sociais. A democracia aumentou a autonomia 
das escolas e ao mesmo tempo questiona-as sobre a eficiência, eficácia, efetividade 
e relevância da sua ação educativa, principalmente a escola pública. 
 
Para dar subsídios a formulação de políticas públicas de educação é necessário que 
haja um processo de diagnóstico sistemático e permanente de avaliação das 
instituições escolares. 
 
Assim como os professores avaliam o aprendizado dos seus alunos, o governo federal 
também realiza avaliações para ver se crianças e jovens estão de fato aprendendo e 
qual o nível de aprendizado. 
 
No Brasil o INEP – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, coordena 
os processos de avaliação externa às escolas. O processo acontece através de 
exames em larga escala, e a partir do diagnóstico produzido por essas provas, é 
possível traçar estratégias para melhorar a qualidade da Educação do País inteiro. 
 
Para entendermos melhor o cenário educacional e a avaliação em larga escala no 
Brasil após os anos 90, é necessário fazermos um retrospecto das iniciativas. Na 
década de 80 o Brasil iniciava a abertura política e redemocratização do país, como 
uma ideologia neoliberal, e o aumento da urbanização brasileira, exigiam maior 
escolaridade do brasileiro em fatores básicos de educação. 
 
Partindo do Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, em 1932, iniciamos o 
retrospecto. Um grupo de educadores da elite intelectual brasileira lançou um 
manifesto ao povo e ao governo que ficou conhecido como "Manifesto dos Pioneiros 
da Educação", que estabelecia a necessidade da construção de planos de Educação. 
O documento teve grande repercussão e motivou a inclusão de um artigo específico 
na Constituição Brasileira de 16 de julho de 1934. 
 
Ainda em 1934, Constituição Federal promulgada determinava, em seu artigo 150, 
“fixar o plano nacional de educação, compreensivo do ensino de todos os graus e 
ramos, comuns e especializados; e coordenar e fiscalizar a sua execução, em todo o 
território do País”. 
 
Em 1961, A Lei nº 4.024, foi a primeira legislação criada apenas para regularizar o 
sistema de ensino do Brasil, tratando de questões como a regulamentação de 
conselhos estaduais de Educação, formação mínima exigida para professores e a 
implantação de um plano nacional de Educação. 
 
O Primeiro Plano Nacional de Educação foi implantado em 1962. O documento trazia 
um conjunto de metas quantitativas e qualitativas a serem alcançadas num prazo de 
oito anos. Sofreu sua primeira revisão em 1965, quando foram introduzidas normas 
que estimulavam a elaboração de planos estaduais. Em 1966, teve sua segunda 
revisão, chamou-se Plano Complementar de Educação, e introduziu importantes 
alterações na distribuição dos recursos federais. Vale lembrar que esse Plano não foi 
proposto na forma de um projeto de lei, mas como uma iniciativa do Ministério da 
Educação e Cultura aprovada pelo então Conselho Federal de Educação. 
Foi promulgada a Constituição Federal de 1988, e com o artigo 214 ressurgiu a 
necessidade de construir um plano nacional de longo prazo capaz de conferir 
estabilidade às iniciativas governamentais na área de Educação. Além disso, o plano 
deveria estar de acordo com os princípios fundamentais da Educação Brasileira: 
I) à erradicação do analfabetismo; 
II) à universalização do atendimento escolar; 
III) à melhoria da qualidade do ensino; 
IV) à formação para o trabalho; 
V) à promoção humana, científica e tecnológica do País. 
 
Lei nº 9.394, de 1996, que "estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional", 
foi implantada. Ela determinava nos artigos 9º e 87 que era de responsabilidade da 
União a elaboração do Plano Nacional de Educação, em colaboração com os entes 
federados, e instituía a Década da Educação. Indicava, também, que o Governo 
Federal deveria encaminhar o documento ao Congresso Nacional um ano após a 
publicação dessa lei, com diretrizes e metas para os dez anos seguintes, em 
concordância com a Declaração Mundial sobre Educação para Todos. 
 
No ano de 1988 foram ensaiadas as experiências de avaliação em larga escala na 
Educação Básica que, com reformulações importantes, ainda hoje estão em vigor. O 
Ministério da Educação (MEC) realizou uma aplicação piloto do Sistema Nacional de 
Avaliação do Ensino Público (Saep) de 1º grau, nos estados do Paraná e Rio Grande 
do Norte. 
 
Foram várias as dificuldades enfrentadas para gerar um sistema nacional integrado e 
coordenado pelo MEC, desde a falta de recursos financeiros específicos até a equipe 
que pudesse se responsabilizar pela execução das etapas de um processo de 
avaliação. 
 
Em 1990, desenvolvido de forma descentralizada pelos estados e municípios, iniciou 
o 1º ciclo Saep, com a participação ativa de professores e técnicos das Secretarias de 
Educação. 
 
Foi a partir de 1992 que a avaliação externa em larga escala passa para 
responsabilidade do Instituto Nacional de Pesquisas e Estudos Educacionais Anísio 
Teixeira (Inep), órgão do MEC. Nesta época, paralelamente, iniciam as primeiras 
experiências de avaliações em nível estadual. 
 
No ano de 1993, desenvolve-se o 2º ciclo Saep. Buscando assim legitimidade 
acadêmica e reconhecimento social, o Inep convoca nesta fase especialistas em 
gestão escolar, currículo e docência de Universidades para analisar o sistema de 
avaliação. 
 
Em 1995, o sistema de avaliação passou a chamar-se Sistema de Avaliação da 
Educação Básica (Saeb). A partir daí, as funções do MEC se restringem à definiçãodos objetivos gerais do Sistema de Avaliação, os professores da Universidade e as 
administrações escolares veem reduzida sua ação ao apoio logístico na fase de 
aplicação das provas. 
 
Ainda em 1995 foi adotada uma nova metodologia de construção do teste e análise 
de resultados do Saeb: a Teoria de Resposta ao Item (TRI), que usa teorias de 
estatística para tentar avaliar não apenas o número de acertos, mas também a 
proficiência real do candidato em cada área e conhecimento. 
 
Dessa forma, a comparabilidade entre os resultados das avaliações, ao longo do 
tempo, tornou-se possível. A edição também marca a estreia do levantamento de 
dados contextuais, por meio de questionários. 
 
O propósito era de o Saeb ser uma avaliação amostral de 4ª e 8ª séries do Ensino 
Fundamental e de 3º ano do Ensino Médio, envolvendo estudantes das redes públicas 
e privada, de zonas urbanas e rurais. A avaliação passa a ocorrer de dois em dois 
anos, focando dois componentes curriculares: Português (leitura) e Matemática 
(solução de problemas). 
 
A partir de 1995, portanto, ocorreu uma reordenação na avaliação em larga escala da 
educação básica na direção de uma centralização de decisões na União e um 
correspondente afastamento da participação dos Estados o que reforça que estes 
criem suas próprias estruturas avaliativas. 
 
Em 1997 a elaboração dos itens passou a seguir as Matrizes de Referência do Saeb, 
que avaliam competências e definem os conteúdos curriculares e operações mentais. 
Além de escolas públicas, uma amostra de escolas privadas passou a ser avaliadas. 
Mudou também o público-alvo do Saeb. 
 
Em 1998, o Saeb passou a contar, com outro instrumento, agora instituído com o 
objetivo de verificar o comportamento de saída do ensino médio, o Exame Nacional 
do Ensino Médio (Enem). 
 
No ano de 2001, foi promulgado, pela Lei nº. 10.172, o segundo Plano Nacional de 
Educação (PNE), elaborado e concebido num processo de discussão democrática, 
com a participação da sociedade, de associações e entidades de educadores. 
 
O PNE desde a introdução anunciou a importância dos sistemas de avaliação em 
todos os níveis de ensino. A proposta era uma avaliação definida como prioridade 
associada ao desenvolvimento de sistemas de informação e de avaliação em todos 
https://www.somospar.com.br/conteudo-programatico-enem/
os níveis e modalidades de ensino, de forma a aperfeiçoar os processos de coleta e 
difusão dos dados e de aprimoramento da gestão e melhoria do ensino. 
 
Para o Ensino Fundamental, o PNE reafirmou a necessidade de consolidar e 
aperfeiçoar o Censo Escolar e o Saeb. Para o Ensino Médio, o PNE destaca que é 
essencial para o acompanhamento de resultados e correção de equívocos, o 
estabelecimento de um sistema de avaliação à semelhança daquele do ensino 
fundamental, para promover a eficiência e a igualdade no Ensino Médio, reforçando a 
importância do Saeb e do Enem, recém criado. 
 
Para o Ensino Superior, o PNE propôs que as próprias instituições de Ensino Superior 
constituam seus sistemas de avaliação institucional e de cursos. Há que ressaltar que 
o Ensino Superior, anteriormente ao PNE, desde 1996, vinha sendo avaliado pelo 
Exame Nacional de Cursos (ENC), usualmente chamado de Provão. 
 
O Provão era uma avaliação extensiva a todo o formando de curso de graduação 
presencial, com o objetivo de verificar os resultados do processo de ensino-
aprendizagem, mediante provas de conteúdos específicos para cada curso superior. 
Vigente até 2003, foi reestruturado, dando lugar ao Sistema Nacional de Avaliação da 
Educação Superior (Sinaes). 
 
Com uma proposta mais abrangente, integrando para todas as dimensões envolvidas 
no Ensino Superior, ou seja, avaliando as instituições, os cursos e o desempenho dos 
estudantes, bem como o ensino, a pesquisa, a extensão, a responsabilidade social, a 
gestão da instituição, o corpo docente e as instalações. 
 
Quanto à avaliação do desempenho dos estudantes o Sinaes inclui o Exame Nacional 
de Desempenho de Estudantes (Enade), o qual tinha como objetivo avaliar o 
rendimento dos alunos dos cursos de graduação em relação aos conteúdos 
programáticos, suas habilidades e suas competências. 
 
No PNE também estava indicada a recomendação de envolvimento da sociedade civil, 
o terceiro setor e dos grupos diretamente interessadas e responsáveis pelos direitos 
da criança e do adolescente e o fomento de parcerias, de forma a realizarem o 
acompanhamento e a avaliação do Plano Nacional de Educação. 
 
Em 2002 foi criado o Exame Nacional Para Certificação de Competências de Jovens 
e Adultos (Encceja). Sob o reconhecimento do Ministério da Educação em todo o 
território nacional, o exame seria feito pelo INEP. Tratava-se uma prova gratuita e 
voluntária para conceder periodicamente certificados de conclusão de ensino 
fundamental e ensino médio para quem não teve oportunidade de concluir os estudos 
na idade escolar adequada, podendo participar qualquer brasileiro que tenha 15 anos 
ou mais de idade até a data da realização das provas para o ensino fundamental, e 
ter 18 anos ou mais até a data da realização da prova para o ensino médio. 
 
O ano de 2005 foi pródigo de inovações na sistemática de avaliação. O Saeb era 
reestruturado pela Portaria Ministerial nº 931, de 21 de março feste ano. Foram criados 
a Prova Brasil, Avaliação Nacional do Rendimento Escolar (Anresc) e Avaliação 
Nacional da Educação Básica (Aneb). 
 
Foi também institucionalizado o Programa Universidade para Todos (Prouni), uma 
modalidade de ingresso em cursos de graduação de instituições de Ensino Superior 
privadas, que utiliza, exclusivamente, a nota obtida no Enem, atribuindo importância 
à participação neste exame. 
 
Em 2007, foi o lançado o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), abrangendo 
metas para a Educação Infantil, Ensino Fundamental, Educação Profissional, 
Educação de Jovens e Adultos, Formação de Professores. 
 
Também foi criado em 2007 o IDEB, que reunia, em um só indicador, os resultados 
de dois conceitos igualmente importantes para a qualidade da educação: o fluxo 
escolar e as médias de desempenho nas avaliações. O Ideb seria calculado a partir 
dos dados sobre aprovação escolar, obtidos no Censo Escolar, e das médias de 
desempenho no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Minist%C3%A9rio_da_Educa%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/INEP
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ensino_fundamental
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ensino_fundamental
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ensino_m%C3%A9dio
http://portal.inep.gov.br/censo-escolar
http://portal.inep.gov.br/web/guest/saeb
No ano de 2008, foi instituída a Provinha Brasil, que se constitui em mais um 
instrumento de avaliação, agora focando os resultados das séries iniciais do Ensino 
Fundamental. 
 
Foi também, em 2008, instituído o Índice Geral de Cursos (IGC), um indicador de 
qualidade de instituições de Educação Superior articulado pelo Inep, que agregaria 
dados das avaliações Enade e dos cursos de pós-graduação das Instituições de 
Ensino Superior, conforme os critérios da Coordenação de Aperfeiçoamento de 
Pessoal de Ensino Superior (Capes). 
 
No ano de 2009, surgiu o Sisu (Sistema de Seleção Unificada) e fortalece ainda mais 
o Enem, pois pelas notas do Enem os alunos são selecionados para ingresso em IES 
públicas. O Sisu consolidaria os resultados do Enem como prova única de seleção 
para instituições de Ensino Superior. 
 
Cada vez mais Instituições de Ensino Superior (IES) públicas, Universidades 
Federais, Universidades Estaduais e Institutos federais de educação, ciência e 
tecnologia, bem como IES particulares adotam o Enem como processo de seleção 
para ingresso em seus cursos de graduação. Os candidatos aos cursos das IES 
públicas participantes do SISU submeteriam-se a um processo centralizado de oferta 
de vagas, o quepassa a configurar um sistema nacional de Ensino Superior público. 
 
Em 2010, foi instituída uma prova para avaliar profissionais que tivessem concluído 
ou estivessem em vias de conclusão de cursos de formação inicial para a docência e 
que desejassem ingressar na carreira do magistério, o Exame Nacional de Ingresso 
no Magistério. 
 
Em 2013, a Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA) foi incorporada ao Saeb para 
aferir os níveis de alfabetização e letramento em Língua Portuguesa (leitura e escrita) 
e Matemática dos estudantes do 3º ano do Ensino Fundamental das escolas públicas. 
 
Em 2014, o Congresso Federal sancionou o Plano Nacional de Educação (PNE) com 
a finalidade de direcionar esforços e investimentos para a melhoria da qualidade da 
educação no país. Com força de lei, o PNE estabelece 20 metas a serem atingidas 
nos próximos 10 anos. 
 
Os principais desafios do plano estavam relacionados à evolução dos indicadores de 
alfabetização e inclusão, à formação continuada dos professores e à expansão do 
ensino profissionalizante para adolescentes e adultos. O acompanhamento do PNE 
seria feito a cada dois anos e sua vigência seria até o ano de 2024, ou seja, vigente 
nos dias atuais. 
 
Retomando a linha do tempo, em 2015 foi disponibilizada a Plataforma Devolutivas 
Pedagógicas, que aproxima as avaliações externas de larga escala e o contexto 
escolar, tornando os dados coletados mais relevantes para o aprendizado dos alunos. 
A partir da disponibilização dos itens utilizados na Prova Brasil, descritos e 
comentados por especialistas, a plataforma traz diversas funcionalidades para ajudar 
professores e gestores a planejar ações e aprimorar o aprendizado dos estudantes. 
 
Em 2017 o Saeb, do qual faz parte a Prova Brasil, foi ampliado e passou a avaliar o 
Ensino Médio de forma censitária. Assim, não só as escolas públicas do ensino 
fundamental, mas também as de ensino médio, públicas e privadas, passaram a ter 
resultados no Saeb e, consequentemente, no Índice de Desenvolvimento da 
Educação Básica (Ideb). 
 
Em 2019, às vésperas de completar três décadas de realização, o Saeb passa por 
uma nova reestruturação para se adequar à Base Nacional Comum Curricular 
(BNCC). 
 
As siglas ANA, Aneb e Anresc deixam de existir e todas as avaliações passam a ser 
identificadas pelo nome Saeb, acompanhado das etapas, áreas de conhecimento e 
tipos de instrumentos envolvidos. 
 
A avaliação da alfabetização passa a ser realizada no 2º ano do ensino fundamental, 
primeiramente de forma amostral. Começa a avaliação da educação infantil, em 
caráter de estudo-piloto, com aplicação de questionários eletrônicos exclusivamente 
https://www.somospar.com.br/a-formacao-continuada-e-a-sua-importancia-para-manter-o-corpo-docente-atualizado/
para professores e diretores. Secretários municipais e estaduais também passam a 
responder questionários eletrônicos. 
 
3 - OS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 
 
Fora feita uma pesquisa bibliográfica, desenvolvida a partir pesquisa constituída 
principalmente dos portais do MEC e Inep, dentre outros, do livro didático desta 
disciplina disponibilizado no portal da Estácio, e artigos científicos com produção 
focada avaliação institucional da Educação Básica no Brasil. 
 
4 - RESULTADOS E CONCLUSÃO 
 
O IDEB 
O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), criado em 2007 e reúne, 
em um só indicador, os resultados de dois conceitos igualmente importantes para a 
qualidade da educação: o fluxo escolar e as médias de desempenho nas avaliações. 
O Ideb é calculado a partir dos dados sobre aprovação escolar, obtidos no Censo 
Escolar, e das médias de desempenho no Sistema de Avaliação da Educação Básica 
(Saeb). 
 
O Ideb agrega ao enfoque pedagógico das avaliações em larga escala a possibilidade 
de resultados sintéticos, facilmente assimiláveis, e que permitem traçar metas de 
qualidade educacional para os sistemas. O índice varia de 0 a 10. 
 
O índice também é importante condutor de política pública em prol da qualidade da 
educação. É a ferramenta para acompanhamento das metas de qualidade para a 
educação básica, que tem estabelecido, como meta para 2022, alcançar média 6, 
valor que corresponde a um sistema educacional de qualidade comparável ao dos 
países desenvolvidos. 
 
O IDEB E.E.I.E.F IZÍDIO JOSÉ CAMPINA DO MUNICÍPIO DE EUSÉBIO-CE 
 
De acordo com informações fornecidas pelo Ideb, a escola E.E.I.E.F Izídio José 
Campina possui 570 alunos matriculados, sendo 503 em tempo integral, possui 20 
http://portal.inep.gov.br/censo-escolar
http://portal.inep.gov.br/censo-escolar
http://portal.inep.gov.br/web/guest/saeb
http://portal.inep.gov.br/web/guest/saeb
turmas distribuídas em 12 salas de aula e funciona em 3 turnos. Conta com 64 
funcionários, sendo 20 deles o corpo docente e oferta as modalidades da Pré-escola, 
anos Iniciais do Ensino Fundamental, anos Finais do Ensino Fundamental e EJA. O 
perfil socioeconômico do público atendido pela instituição a posiciona no Grupo 3, de 
acordo com Indicador de Nível Socioeconômico – INSE. 
 
 
 
De acordo com informações fornecidas pelo Ideb, nos anos iniciais do ensino 
fundamental, a escola E.E.I.E.F Izídio José Campina, alcançou as metas nos anos 
2011, 2013, 2015 e 2017. 
 
Os resultados de 2019 não estavam disponíveis até o dia do acesso. 
 
 
 
 
 
 
De acordo com informações fornecidas pelo Ideb, nos anos finais do ensino 
fundamental, a escola E.E.I.E.F Izídio José Campina, alcançou as metas nos anos 
2007, 2009, 2011, 2013, 2015 e 2017. 
 
Os resultados de 2019 não estavam disponíveis até o dia do acesso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Encaminhando conclusões, o quadro geral de políticas públicas de educação 
apresenta uma estrutura de avaliação implementada no final dos anos oitenta 
e incrementada a partir de 1995 pelo Saeb. Além do Saeb, vários outros 
instrumentos de avaliação vão sendo criados com objetivos específicos e mais 
delimitados. 
 
O projeto de avaliação em larga escala em desenvolvimento desde o final da 
década de 1980, desdobrado ao longo de vinte anos, é reforçado a partir de 
2005, com a criação de novos índices, e sistemas de seleção que valorizam os 
resultados de outras avaliações, que instituem novos parâmetros de 
comparações entre as instituições do sistema educacional. 
 
Avançar no que diz respeito aos padrões de aprendizagem é o ponto central, é 
o sentido da avaliação externa. É preciso apropriar-se dos resultados, 
compreendê-los em profundidade, mas também olhar para além deles, 
considerando-se o conjunto de fatores que de fato produzem uma educação de 
qualidade. 
 
A responsabilidade e o compromisso dependem tanto das escolas quanto do 
poder público. Sem o apoio e os insumos necessários às escolas e à ação 
docente, os possíveis avanços poderão ser tímidos. 
 
5 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 
FERNANDES, Reynaldo. Índice De Desenvolvimento Da Educação Básica (IDEB): 
metas intermediárias para a sua trajetória no brasil, estados, municípios e 
escolas. Disponível em 
http://download.inep.gov.br/educacao_basica/portal_ideb/o_que_sao_as_metas/Artig
o_projecoes.pdf/. Acesso em: 10 Maio. 2020 
ALMEIDA, Thamíris. Qual a importância das avaliações da educação básica do 
Brasil? Disponível em http://www.futura.org.br/avaliacoes-da-educacao-basica-do-
brasil/. Acesso em: 10 Maio. 2020 
Quais são as avaliações brasileiras e por que elas são importantes? Disponível 
em https://www.todospelaeducacao.org.br/conteudo/uais-sao-as-avaliacoes-
brasileiras-e-porque-elas-sao-importantes. Acesso em: 10 Maio. 2020 
FREITAS, Dirce Nei Teixeira de. A avaliação da educação básica no Brasil: 
dimensão normativa, pedagógica e educativa. Disponível em 
http://www.fcc.org.br/pesquisa/publicacoes/eae/arquivos/1497/1497.pdf. Acesso em: 
10 Maio. 2020 
MELCHIOR, Maria Cecília. Avaliação Institucional da Escola Básica. Disponível 
em https://pt.scribd.com/read/262614179/Avaliacao-Institucional-da-Escola-Basica.Acesso em: 10 Maio. 2020 
ARAGUAIA, Mariana. Plano Nacional de Educação (PNE). Disponível em 
https://educador.brasilescola.uol.com.br/politica-educacional/plano-nacional-
educacao-pne.htm . Acesso em: 10 Maio. 2020 
Ministério da Educação. Plano de metas compromisso todos pela educação: guia 
de programas. Brasília: FNDE, 2007c. 86 p. Disponível em: 
https://planipolis.iiep.unesco.org/sites/planipolis/files/ressources/brazilguiadosprogra
masdomec.pdf. Acesso em: 10 Maio. 2020 
 
BRASIL. Constituição Federal (1988). Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 10 
Maio 2020. 
 
IDEB. Inep, 2018. Disponível em: 
http://idebescola.inep.gov.br/ideb/escola/dadosEscola/23064463. Acesso em: 10 
Maio 2020. 
 
INEP. Portal Inep. Disponível em: http://portal.inep.gov.br/web/guest/inicio. Acesso 
em: 07 Maio 2020. 
 
MINISTÉRIO da Educação. Portal MEC. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/ . 
Acesso em: 10 Maio 2020. 
 
QEDU. Disponível em: https://www.qedu.org.br/ . Acesso em: 10 Maio 2020. 
 
https://educador.brasilescola.uol.com.br/politica-educacional/plano-nacional-educacao-pne.htm
https://educador.brasilescola.uol.com.br/politica-educacional/plano-nacional-educacao-pne.htm
EDUCAÇÃO: mais educação. Brasília, DF: MEC, 2007. Disponível 
em:http://portal.mec.gov.br/. Acesso em: 10 Maio 2020. 
 
INEP. Prova Brasil e Saeb. Brasília, DF, 2009. Disponível em: 
http://provabrasil.inep.gov.br. Acesso em: 10 Maio 2020. 
 
O observatório. Por Todos pela Educação. Disponível em 
https://www.observatoriodopne.org.br/. Acesso em: 10 Maio 2020. 
https://www.observatoriodopne.org.br/

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