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AULA 03 - TEORIA DA PERSONALIDADE

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Teorias da personalidade
Aula 3 – Abordagem genética
Abordagem genética
A classificação por traços da personalidade data da época do médico grego Hipócrates (460-377 a.C) - mais de 2  mil anos antes das teorias descritas da personalidade.
Hipócrates distinguiu quatro tipos de pessoas: felizes, infelizes, temperamentais e apáticas.
As causas desses tipos diferentes eram fluidos corporais internos, ou "humores".
Ele acreditava que esses traços de personalidade baseavam-se na constituição da pessoa, e eram determinados pelo funcionamento biológico, não pela experiência ou pela aprendizagem. 
Na década de 1940, o médico norte-americano Wiliam Sheldon ofereceu outra tipologia de personalidade, com base na constituição da pessoa, e propôs três tipos de corpos, cada um deles associado a temperamentos diferentes. 
Assim, como a abordagem de Hipócrates, a obra de Sheldon considera que os traços ou características de personalidade são em grande parte fixos, isto é, constantes e invariáveis, independente das situações nas quais nos encontramos. 
Alguns psicólogos da personalidade criticaram o conceito de que a personalidade é composta de traços diferentes.
Eles argumentaram, em contraposição, que, se os traços individuais fossem suficientes para explicar a personalidade, as pessoas se comportariam de forma consistente em todas as situações.
Essa teoria não é corroborada por pesquisas ou por nossas próprias experiências em lidar com outras pessoas. Como sabemos, o comportamento humano tende a variar de acordo com a situação
Os participantes desse debate talvez ignorassem o fato de que teóricos da personalidade posteriores, que definem a teoria dos traços, principalmente Gordon Allport e Raymond Cattell nunca sugeriram que houvesse consistência nas várias situações do comportamento humano.  
Na verdade, ambos levaram em consideração o efeito de eventos específicos e de influências ambientais e sociais no comportamento.
A abordagem deles era interativa, reconhecendo que o comportamento é uma função da interação entre variáveis pessoais e situacionais. 
A abordagem de traços da personalidade continua vital. Essa área foi explorada por Allport e Cattel há várias décadas e é central para o estudo da personalidade hoje em dia.
Eles divergem da maioria dos teóricos que discutimos até aqui num aspecto importante: as suas observações não se baseavam na abordagem psicoterapêutica, que utiliza estudos de caso ou entrevistas com pacientes emocionalmente perturbados.
Eles estudaram a personalidade observando pessoas emocionalmente saudáveis num ambiente de laboratório acadêmico. 
Allport e Cattel concordavam quanto à importância dos fatores genéticos na formação dos traços. 
Uma quantidade cada vez maior de provas corrobora o conceito de que os traços da personalidade são influenciados por fatores biológicos herdados. 
Aparentemente existe um componente genético significativo na personalidade. 
Gordon Allport: motivação e personalidade
Foi Allport quem ajudou a trazer a personalidade para o centro da psicologia e formulou uma teoria do desenvolvimento da personalidade na qual os traços têm um papel proeminente.
Sua obra divergia da psicanálise em vários pontos:
1: acreditava que pessoas emocionalmente saudáveis agem de forma racional, consciente, ciente e com controle das várias forças que as motivam. De acordo com Allport, o inconsciente só é importante no comportamento neurótico ou problemático. 
2: Allport entende que não somos prisioneiros de conflitos da infância e de experiências passadas, como Freud achava. Para o autor, somos mais guiados pelo presente e pela nossa visão do futuro. 
Allport escreveu que as pessoas estão "ocupadas em conduzir sua vida para o futuro, enquanto a psicologia, na sua maior parte, ocupa-se com o passado".
3: Se opunha a coletar dados de pessoas emocionalmente perturbadas. Para ele, a única maneira correta de estudar a personalidade seria coletar dados de adultos emocionalmente saudáveis. Não se devem comparar outras populações - como neuróticos, crianças e animais – com adultos normais. 
A definição de personalidade segundo Allport
"A personalidade é a organização dinâmica, dentro do indivíduo, dos sistemas psicofísicos que determinam [...] comportamento e pensamentos característicos"
                                (Allport, 1961)
Organização dinâmica: embora a personalidade esteja sempre mudando e crescendo, este crescimento é organizado e não aleatório.
Psicofísico: significa que ela é composta de mente e corpo, atuando juntos como uma unidade. A personalidade não é totalmente mental nem totalmente biológica. 
Com determinar ele quer dizer que todas as facetas da personalidade ativam ou orientam comportamentos e ideias específicos. 
A expressão comportamento e pensamento característicos significa que tudo o que pensamos e fazemos é característico ou típico da nossa pessoa. Portanto, cada pessoa é única. 
Herediariedade e ambiente
Refletimos tanto a nossa hereditariedade como nosso ambiente, corroborando a ênfase na singularidade da personalidade. 
A hereditariedade fornece a matéria-prima da personalidade (o físico, a inteligência e o temperamento), que pode ser moldada, ampliada ou limitada pelas condições do ambiente. 
Dessa forma o autor invocava as variáveis pessoais e situacionais para mostrar a importância da genética e da aprendizagem. 
No entanto, para ele, o nosso histórico genético é responsável pela maior parte da nossa singularidade. 
A nossa dotação genética interage com o nosso ambiente social e não existem duas pessoas iguais, nem mesmo irmãos criados na mesma casa, com exatamente o mesmo ambiente. 
Duas personalidades distintas
Allport considerava que a personalidade pode ser distinta ou descontínua.
Não só cada pessoa é diferente de todas as outras, mas cada adulto está separado do seu passado, Segundo ele não há continuum de personalidade entre a infância e a idade adulta.  
O comportamento infantil é orientado pelas necessidades e pelos reflexos biológicos primitivos, enquanto o funcionamento adulto é de natureza mais psicológica.
Num certo sentido, existem duas personalidades: uma para a infância e outra para a idade adulta.  
A personalidade adulta não é limitada pelas experiências da infância. 
Visão singular de Allport sobre a natureza da personalidade:
Enfatiza o consciente, e não o inconsciente
O presente e o futuro, e não o passado
Reconhece a singularidade da personalidade, em vez de propor generalidade ou semelhanças de grandes grupos de pessoas, e optou por estudar a personalidade normal, não a anormal. 
Os traços são características diferenciadoras que regem o comportamento. Os traços estão sujeitos a influências sociais, ambientais e culturais. 
Traços de personalidade
Allport considerava os traços de personalidade as predisposições  a responder igualmente ou de modo semelhante a tipos diferentes de estímulos. 
Em outras palavras, os traços são formas constantes e duradouras de reagir ao nosso ambiente. Ele resumiu as características dos traços da seguinte maneira:
1: Os traços de personalidade são reais e existem em cada um de nós. Eles não são constructos teóricos ou rótulos criados para explicar comportamentos.
2: Os traços determinam ou causam o comportamento. Eles não surgem apenas em resposta a certos estímulos; eles motivam-nos a buscar os estímulos adequados e interagem com o ambiente para produzir comportamentos. 
3: Os traços podem ser demonstrados empiricamente. Observando o comportamento ao longo do tempo, podemos inferir a existência de traços na consistência das respostas de uma pessoa ao mesmo estímulo ou  a um estímulo semelhante.
4: Os traços estão inter-relacionados. Eles podem sobrepor-se, embora representem características diferentes. Por exemplo, a agressividade e a hostilidade são traços diferentes, mas estão relacionados um ao outro, e frequentementesão observados ocorrendo juntos no comportamento de uma pessoa. 
5: Os traços variam de acordo com a situação. Por exemplo, uma pessoa pode apresentar traços de asseio numa situação e traços de desordem em outra. 
Motivação: a autonomia funcional dos motivos
É o estado atual da pessoa que importa, e não o que aconteceu no passado. 
O que quer que tenha acontecido no passado, é exatamente isso: passado.
Ele não está mais ativo e não explica o comportamento adulto, a menos que exista como força motivadora no presente. 
Os processos cognitivos – isto é - nossos planos e intenções conscientes - são um aspecto vital de nossa personalidade.  O que queremos e aquilo pelo que lutamos são as chaves para entendermos nosso comportamento. 
Autonomia funcional dos motivos
Os motivos no adulto normal e maduro são independentes das experiências da infância das quais eles originalmente surgiram.
Acarreta a noção de que as motivações para os comportamentos se atualizam de acordo com o nosso desenvolvimento. 
As fases de desenvolvimento em Allport
RAYMOND CATTELL
O objetivo de Cattel em seu estudo da personalidade era predizer de que modo uma pessoa se comportaria em resposta a uma dada situação e estímulo. 
Sua teoria da personalidade não se origina em um ambiente clínico. A abordagem é rigorosamente científica, baseando-se em observações de comportamento e numa infinidade de dados. 
A abordagem de Cattel sobre os traços de personalidade
Cattell definiu os traços como tendências de reação relativamente permanentes, que são as unidades estruturais básicas da personalidade, e classificou-os de diversas maneiras
Traços comuns e singulares
Traços comuns: Todas as pessoas possuem: Inteligência, extroversão, etc.. Todos têm esses traços, mas a intensidade varia de uma pessoa pra outra. 
Traços singulares: Sâo aspectos da personalidade compartilhados por poucos. Esses traços são particularmente evidentes em nossos interesses atitudes. Por exemplo, uma pessoa pode ter um interesse enorme por genealogia, ao passo que outra pode ser apaixonada por batalhas de guerras civis, por baisebol ou por artes marciais chinesas. 
Traços de capacidades, de temperamento e dinâmicos
Traços de capacidades: determinam quão eficientes seremos capazes de atuar por um objetivo. A inteligência é um traço de capacidade; nosso nível de inteligência influenciará a maneira como buscaremos nossos objetivos.
Traços de temperamento: descrevem o estilo geral e o tom emocional de nosso comportamento; por exemplo, o quão assertivos, irritadiços ou calmos nós somos. Esses traços influenciam a maneira como agimos e reagimos às situações.
Traços dinâmicos: são as forças motrizes do comportamento; eles definem nossas motivações, interesses e ambições. 
Traços superficiais e originais
Traços superficiais: são características de personalidade que têm correlação umas com as outras, mas não constituem um fator, porque não são determinadas por uma única fonte. Por exemplo, vários elementos comportamentais – como ansiedade, indecisão e medo irracional – combinam-se para formar o traço superficial denominado neuroticismo, o qual não tem origem numa única fonte. 
Traços originais: fatores unitários da personalidade, muito mais estáveis e permanentes. Cada um deles determina certos aspectos do comportamento. Eles são fatores individuais, obtidos a partir da análise fatorial, que se combinam para formar os traços superficiais. 
Traços constitucionais e moldados pelo ambiente
Traços constitucionais: têm origem em condições biológicas, mas não são necessariamente inatos. Por exemplo, o consumo de álcool pode levar a comportamentos como falta de atenção, loquacidade e discurso confuso. A análise fatorial  indicaria que tais características são traços originais. 
Traços moldados pelo ambiente: Sâo provenientes dos nossos ambientes social e físico. São características e comportamentos aprendidos, que impõem um padrão à personalidade. Traços originais que são adquiridos por meio de interações sociais e ambientais. 
As influências da hereditariedade e do ambiente
A partir de análises estatísticas de seus testes de personalidade, Cattell chega ao seguinte resultado: 
Para alguns traços, a hereditariedade tem papel mais importante. 
80% da inteligência e 80% da timidez podem ser atribuídos a fatores genéticos. 
Ele concluiu que, em geral, um terço da nossa personalidade é geneticamente determinado e dois terços são determinados por influências sociais e ambientais. 
As fases do desenvolvimento da personalidade para Cattell
O modelo dos cinco fatores
Trabalhos mais contemporâneos têm admitido em geral cinco amplos fatores de personalidade. 
Esses fatores são: neuroticismo, extroversão, abertura à experiência, socialização e realização. 
Consistência intercultural
Os cinco fatores têm sido consistentemente observados tanto em culturas orientais como ocidentais, garantindo ao modelo adesão geral. 
De acordo com McCrae e Costa os cinco grandes fatores parecem representar uma "estrutura comum de personalidade humana" que transcende diferenças culturais. 
Esses cinco fatores e seus traços foram encontrados em mais de cinquenta países diferentes.

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